O uso de agrotóxicos aumentou 21,2% em 11 anos no Brasil, revelou o Censo Agropecuário de 2017, divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE.
No ano passado, um terço dos produtores agrícolas (ou 1,68 milhão) usou defensivos em seus estabelecimentos e outros 134,36 mil responderam que costumam usar, mas naquele ano não haviam utilizado o produto.
Em 2006, data da pesquisa anterior, 1,39 milhão de produtores declarou ter usado pesticidas.
O tema é motivo de acolarado debate no Brasil porque no fim de junho, depois de seguidos adiamentos e de uma série de discussões, os deputados da Comissão dos Agrotóxicos aprovaram o parecer do relator Luiz Nishimori (PR-PR) que flexibiliza as regras para a comercialização do produto no Brasil.
Em quase dois meses de debates, o assunto mobilizou a atenção diferentes setores da sociedade, opondo representantes do agronegócio e um amplo movimento formado por artistas, ambientalistas e dirigentes de entidades ligadas ao meio ambiente e à área da saúde.
O projeto foi aprovado por 18 votos favoráveis e nove contrários. Grupos ambientalistas dizem que ele afrouxará a regulação dos agrotóxicos e poderá trazer riscos para a saúde humana.
Já os ruralistas, que são a favor da proposta e formaram maioria, dizem que a mudança trata da diminuição da burocracia no processo de certificação dos produtos e que não há risco para os consumidores.
Na prática, a proposta garante autonomia ao Ministério da Agricultura para registrar novos agrotóxicos, tirando da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) o poder de veto que atualmente esses órgãos têm.
(Com informações do G1)
Uso de agrotóxicos segue crescendo no Brasil
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