Helen Lopes
Reinstalada no dia 3 de março, a comissão de revisão do Plano Diretor na Câmara de Porto Alegre está praticamente parada porque apenas um dos cinco sub-relatores apresentou parecer. Os vereadores receberam o projeto em setembro do ano passado.
O presidente da Comissão Especial, Nereu D’Avila (PDT), queria os relatórios prontos em 31 de março, mas já cogita estender o prazo em 15 dias. “Acho muito difícil que concluam esse mês”, reconhece. Nereu pretendia levar o tema a plenário até oito de maio, mas admite que o debate pode acontecer só no início de junho. “Sei que é o mês das convenções partidárias e, por isso, precisaremos do empenho de todos”.
Carlos Comassetto (PT) assume que seu relatório está atrasado (Planejamento e da Adequação ao Estatuto da Cidade), e que a proximidade do pleito municipal preocupa. “A partir de abril a votação fica contaminada pelo processo eleitoral. É impossível votar nesse período e, se passar, pode ser insuficiente para cidade”, acredita.
Bernardino Vendrusculo (PMDB) e Maristela Maffei (PCdoB), que relatam respectivamente a mudança nas alturas e recuos de prédios e os Projetos Especiais, julgam superficial o debate com a sociedade, mesmo depois de duas audiências públicas e da instalação do fórum de associações e entidades.
O único a terminar a análise foi o vereador João Antônio Dib (PP), responsável pelo tema Desenvolvimento Urbano, Estratégias e Modelo Espacial. Há ainda o documento sobre as áreas de interesse cultural, sob responsabilidade do Dr. Goulart (PTB). “Está quase concluído, mas precisamos de informações da prefeitura”, é o que diz o relator.
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