Zoológico registra nascimento de papagaios de espécie ameaçada

cleber dioni tentardini
Tem bebês no Zoo. Assim foi anunciada na página na internet do Parque Zoológico, da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, o nascimento de dois papagaios-de-peito-roxo (Amazona vinacea). A espécie é ameaçada de extinção e está classificada em nível mundial (IUCN) como “Em Perigo”.
Na realidade, eles nasceram há dois meses mas só foram anunciados e fotografados agora por precaução.
Frequentemente o Zoo registra nascimentos de animais ameaçados, como anta, bugio-preto, bugio-ruivo e mico-leão-da-cara-dourada. E tem filhotes também de cujubi (uma ave), de cisne de pescoço-preto (em torno de 30) e muitos de cisne-negro (em torno de 45).

Filhotes de ema

Bugios-ruivo tomando sol. Foto Caroliny Oliveira

Cisne do pescoço-preto

Localizado em Sapucaia do Sul, quase divisa com São Leopoldo, o Parque Zoológico ocupa 160 hectares, com o espaço para os animais e prédios que abrigam as seções do Hospital Veterinário, de Nutrição, de Zoologia, de Manutenção e Conservação, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) e a área de visitação.
Os outros 620 hectares pertencem à reserva, que faz homenagem ao religioso e botânico gaúcho, autor do clássico A Fisionomia do Rio Grande do Sul (1942). Parte da área da reserva chega às margens do Rio dos Sinos e protege a mata ciliar por mais de 10 quilômetros de extensão.
Inaugurado em maio de 1962 pelo governador Leonel Brizola, o Zoo é um dos oito maiores do Brasil em extensão e em número de espécies animais da América, Ásia, Europa, África e Oceania: ao todo, 1.024 espécimes (indivíduos), distribuídos em 125 espécies, sendo 51 mamíferos, 60 aves e 14 répteis. Não estão incluídos aí os animais em atendimento no Cetas, um dos serviços mais solicitados do Zoo.
O Cetas é responsável pela manutenção, tratamento e destinação dos animais apreendidos em fiscalizações dos órgãos ambientais. A grande maioria é vítima de tráfico, outros chegam até o Zoo machucados em decorrência de atropelamentos, choques elétricos, ataque de animais domésticos ou mesmo órfãos.
`No momento, estamos treinando um falcão (quiri-quiri), soltamos o animal durante o dia e o recuperamos ao final da tarde para que possa ficar em segurança à noite`, diz a bióloga Vanessa Souza.
Filhote de falcão

A fim de reduzir os custos de manutenção dos animais, o Zoológico dispõe de lavouras destinadas à produção de forragem que normalmente ultrapassam 300 toneladas/ano.

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