No aniversário de Mario Quintana, mostra reúne fotografias, livros e manuscrito de poema inédito do autor

Quintana na Biblioteca Pública. Foto: Eliane Neves- Divulgação

 

A Biblioteca Pública do Estado (BPE), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), convida o público para comemorar o aniversário de nascimento do poeta Mario Quintana (1916 -1994), visitando a mostra que reúne fragmentos da vida e obra do autor e tradutor, na
Sala de Leitura da BPE, de 28 de julho a 18 de agosto.

A exposição “Mario Quintana: 116 anos de poesia” apresentará o manuscrito de poema inédito do autor, doado esse ano pela Associação dos Amigos da BPE, assim como cópias de outros originais, fotografias, informações e documentos, além das edições dos seus principais livros.
“Mario Quintana era frequentador assíduo da Biblioteca Pública do Estado, considerada por ele um refúgio de estudo e lazer”, comenta a diretora da BPE, Morgana Marcon.
“Recentemente, em nossas pesquisas, descobrimos que ele frequentava a Biblioteca desde adolescente. Uma passagem do livro Da preguiça como método de trabalho cita que, quando o poeta tinha 17 anos, seu pai, incomodado, veio à Biblioteca Pública consultar o fichário para informar-se sobre quais livros o filho lia, e saber de onde o menino tirava aquelas ideias. Por
esta e outras razões, é mais que um prazer celebrar a vida e a obra desse saudoso poeta”, completa Morgana.
Como lembrança, os visitantes poderão escolher em um baú e levar para casa alguns poemas de Mario Quintana. A Biblioteca Pública do Estado funciona de segunda a sexta, das 10h às 18h, sempre com entrada gratuita. Visitas guiadas podem ser agendadas pelo telefone (51)
3244-5045.

Sobre o poeta
Mario de Miranda Quintana foi um foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Nasceu em
Alegrete, no Rio Grande do Sul, em 30 de julho de 1906 e faleceu, em Porto Alegre, em 5 de
maio de 1994.
Considerado o “poeta das coisas simples”, seu estilo foi marcado pela ironia, pela
profundidade, além da perfeição técnica. Além da poesia, atuou como jornalista quase toda a
sua vida. Trabalhou na Editora Globo, onde traduziu mais de 130 obras da literatura universal,
entre elas Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, Mrs. Dalloway de Virginia Woolf, e
Palavras e Sangue, de Giovanni Papini.
Entre 1953 a 1977, Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de
cultura, que saía aos sábados. Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de várias poesias, A Rua
dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com 60 poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus 60 anos de idade, sendo por esta razão o
poeta saudado na Academia Brasileira de Letras, por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que
recita o poema Quintanares, de sua autoria para o colega. No mesmo ano, ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores, de melhor livro do ano. Em 1976, ao completar 70 anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio, do governo do estado do Rio
Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras,
pelo conjunto da obra. Por residir de 1968 a 1980 no Hotel Majestic, no Centro Histórico de Porto Alegre, acabou por ser homenageado com seu nome, quando o prédio transformou-se em centro cultural na atual Casa de Cultura Mario Quintana. Além da leitura, Quintana amava
cigarros, quindins e passear pelas ruas de Porto Alegre, pequenos prazeres que ficaram eternizados em lindos poemas.

SERVIÇO
Mostra Mario Quintana: 116 anos de poesia
Onde: Sala de Leitura da Biblioteca Pública do Estado (Rua Riachuelo, 1190, Centro Histórico
de Porto Alegre/RS)
Quando: De 28/07 a 18/08/22
Curadoria: Cláudia Antunes
Entrada Franca
Informações pelo telefone 51 32245045

Deixe uma resposta