OSPA celebra aniversário de 75 anos com concerto comemorativo nos dias 22 e 23/11

Em duas sessões, concerto especial traz à Porto Alegre o conceituado grupo de percussão Martelo

No dia 23 de novembro de 2025, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) — fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS) — completa 75 anos. E para comemorar, prepara uma grande celebração no concerto OSPA 75 Anos, que acontece em duas sessões, no sábado, dia 22 de novembro, e no domingo, dia 23, às 17h, na Sala Sinfônica do Complexo Cultural Casa da OSPA.

A apresentação traz a orquestra sob a batuta do maestro e diretor artístico da OSPA, Manfredo Schmiedt, executando um repertório cheio de referências à história e cultura do Brasil e do Rio Grande do Sul que celebra o Dia da Consciência Negra. A apresentação conta com a participação do Coro Sinfônico da OSPA e, pela primeira vez na Casa da OSPA, solos do grupo de percussão Martelo.

Maestro Manfredo Schmiedt _ crédito _ Daisson Flach/Divulgação

Os ingressos estão à venda na plataforma Sympla, com valores entre R$ 10 e R$ 50, e a apresentação de 23 de novembro será também transmitida ao vivo pelo canal da OSPA no Youtube. Antes do espetáculo, o público aproveita a palestra Notas de Concerto, apresentada pelo timpanista da OSPA Douglas Gutjahr na Sala de Recitais da Casa da OSPA, a partir das 16h.

Na semana anterior ao concerto de aniversário, a OSPA prepara um presente para o público: entre 11 e 14 de novembro, a orquestra se dedica à gravação da obra A Salamanca do Jarau, do compositor gaúcho Luiz Cosme. Fruto de uma parceria com a Academia Brasileira de Música (ABM), o registro será disponibilizado ao público em canais digitais da OSPA e da ABM em data a definir, democratizando e divulgando o bailado de Cosme. A obra também faz parte do programa do concerto comemorativo.

Concerto “OSPA 75 Anos” — Sábado e domingo, 22 e 23 de novembro, às 17h

A apresentação começa com Raízes – Concerto para Quarteto de Percussão e Orquestra, uma obra encomendada à compositora brasileira Clarice Assad por um consórcio formado pelas orquestras Filarmônica de Goiás, Filarmônica de Minas Gerais e Sinfônica Brasileira. Dedicada ao grupo Martelo, a música é uma celebração da cultura e da comunidade brasileira em sua diversidade, trazendo sons vibrantes inspirados em diversas regiões e em referências do passado e presente. “A peça celebra o percurso da cultura brasileira desde as suas origens africanas, passando pelas tradições indígenas e influências europeias”, explica Clarice.

Marcando a primeira vez que a OSPA convida um grupo de percussão para atuar como solista, está o grupo Martelo. Unindo suas diferentes origens e formações, o quarteto, em suas próprias palavras, “reimagina a música de câmara” trabalhando na fronteira entre a sonoridade popular e a música de concerto, com influência dos ritmos brasileiros e latinos. Na apresentação da OSPA, o grupo será formado por Danilo Valle, Leonardo Gorosito, Rubén Zúñiga e Camila Cardoso.

Depois de um intervalo, a orquestra volta ao palco com A Salamanca do Jarau, bailado composto pelo gaúcho Luiz Cosme em 1935. A música é inspirada no conto de mesmo nome escrito por João Simões Lopes Neto e publicado em 1913 no livro Lendas do Sul. Baseada em uma lenda popular, a história conta como o trabalhador campeiro Blau Nunes quebra a maldição que envolve um sacerdote e a Teiniaguá, uma princesa moura transformada em uma lagartixa. A obra musical é dividida em nove partes, com uma introdução seguida por sete movimentos que descrevem as provas fantásticas enfrentadas pelo gaúcho Blau Nunes. “Tudo isso é traduzido por uma orquestra vibrante, que mistura melodias populares gaúchas com harmonias modernas e ousadas”, conta o regente Manfredo.

Martelo_3 (Rawziski-Ana Clara Miranda)/Divulgação

Escolhida para o concerto comemorativo, A Salamanca do Jarau faz parte da história da OSPA: foi executada pela Orquestra, sob a regência do maestro Pablo Komlós, em 1956, 1957, 1963 e 1972. Anos depois, teve regência de David Machado em 1978 e de Arlindo Teixeira em 1981 e 1985. Foi apresentada com balé coreografado por Eva Schul em 2002, com a OSPA sob regência de Ion Bressan. Em 2008, foi executada sob regência de Manfredo Schmiedt, que volta ao palco para a nova interpretação e o registro fonográfico de qualidade que a obra ganha em 2025.

Martelo_1 (Rawziski-Ana Clara Miranda)/Divulgação

Para finalizar o concerto, a OSPA interpreta o Maracatu de Chico-Rei, de Francisco Mignone, composto em 1933. Também um bailado, a obra se baseia na lenda de Chico-Rei, um rei africano escravizado e enviado para o trabalho nas minas de ouro de Minas Gerais. Depois de conseguir comprar sua alforria, ele liberta seus companheiros e forma a Confraria do Rosário, que constroi a famosa Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Ouro Preto (MG). Em suas festas, que misturam tradições católicas com a herança cultural africana, eles arrecadam ouro para a construção do templo — ou, na versão de Mignone, para a libertação de mais pessoas escravizadas. “Maracatu do Chico-Rei é um tributo sonoro à herança afro-brasileira e um convite à valorização da diversidade que compõe a identidade cultural do Brasil”, comenta Manfredo Schmiedt. A obra conta ainda com a importante participação do Coro Sinfônico da OSPA, que estará presente com 72 vozes. O regente do grupo, Diego Schuck Biasibetti, descreve a música como “uma mescla de elementos europeus com o ritmo brasileiro e sua origem africana”. Segundo ele, “cantar essa peça nos remete a outro momento na história. Uma história profunda de raízes muito marcantes”.

Martelo (Rawziski-Ana Clara Miranda)/Divulgação

O público também é convidado a aproveitar a palestra Notas de Concerto, que acontece nos dias 22 e 23 de novembro a partir das 16h na Sala de Recitais do Complexo Cultural Casa da OSPA, com entrada incluída no ingresso para o concerto. Apresentada pelo timpanista da OSPA Douglas Gutjahr, a palestra traz informações aprofundadas sobre o repertório tocado a seguir e as biografias de cada compositor, e conta com transmissão online pelo canal da OSPA no Youtube no dia 23 de novembro. Douglas é Bacharel em Percussão pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e também atua como educador musical.

FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE

OSPA 75 Anos

SÁBADO E DOMINGO, 22 E 23 DE NOVEMBRO DE 2025

Início do concerto: às 17h. Palestra Notas de Concerto: às 16h, com Douglas Gutjahr.

Onde: Complexo Cultural Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).

Ingressos: de R$ 10 a R$ 50. Descontos: ingresso solidário (com doação de 1kg de alimento), clientes Banrisul, Amigo OSPA, associados AAMACRS, sócio do Clube do Assinante RBS, idoso, doador de  sangue, pessoa com deficiência e acompanhante, estudante, jovem até 15 anos e ID Jovem.

Bilheteria: em sympla.com.br/casadaospa ou no Complexo Cultural Casa da OSPA nos dias do concerto, das 12h às 17h.

Estacionamento: gratuito, no local.

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.

Transmissão ao vivo: às 16h (Notas de Concerto) e às 17h (concerto) no canal da OSPA no YouTube – apenas apresentação do dia 23 de novembro.

PROGRAMA

Clarice Assad | Raízes – Concerto para Quarteto de percussão e orquestra

Intervalo

Luiz Cosme | A Salamanca do Jarau

– Introdução – No Rastro do Boi Barroso

– Assombração

– Jaguares e Pumas

– Dança dos Esqueletos

– Línguas de Fogo

– A Boicininga

– Ronda de Moças

– Tropa de Anões

– Desencantamento

Francisco Mignone | Maracatu de Chico-Rei

– Bailado

– Chegada do Maracatú

– Dança das Macumbas

– O Príncipe Dança

– Dança dos 3 Macotas

– Dança de Chico-Rei e da Rainha N’ginga

– Dança do Príncipe Samba

– Dança dos 6 escravos

– Dança dos Príncipes Brancos: Minuetto-Gaivota

– Dança Final

Apresentação: Orquestra Sinfônica de Porto Alegre

Solista: Martelo (percussão)

Participação especial: Coro Sinfônico da OSPA

Regente: Manfredo Schmiedt

Estes eventos disponibilizam medidas de acessibilidade.

Lei de Incentivo à Cultura

Patrocínio da Temporada Artística: Gerdau, Banrisul, TMSA e Tramontina.

Apoio da Temporada Artística: Unimed, Imobi e Intercity. Promoção: Clube do Assinante.

Realização: Fundação Cultural Pablo Komlós, Fundação OSPA, Secretaria da Cultura do RS, Ministério da Cultura, Governo Federal – Do lado do povo brasileiro.

Acompanhe as notícias da Fundação OSPA:

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youtube.com/ospaRS


“A Voz da Ninfa”, espetáculo teatral no Cemitério da Santa Casa, tem novas apresentações

 Este é o primeiro espetáculo do novíssimo edital de Criação de Dramaturgia e Encenação sobre o Cemitério da Santa Casa e tem direção de Chico Marshall, direção musical de Vagner Cunha e assistência de direção de Júlio Conte. As apresentações são nos dias 13, 14 e 15 de novembro, às 19h30 e 21h30, no Cemitério da Santa Casa – Av. Professor Oscar Pereira, 423

 A voz da Ninfa é um drama histórico apresentado entre os jazigos do Cemitério da Santa Casa, em Porto Alegre, à noite. Com recursos de iluminação, projeções e música incidental, duas figuras de ninfas da estatuária da necrópole, Vida e Vigorosa, ganham vida e evoluem conduzidas por Caronta (versão feminina de Caronte, o barqueiro funerário). Ao falarem, as Ninfas interpelam a figura de um patriarca, elaborando o contraste entre a ética feminina, de amor e zelo, e as tradições do patriarcado antigo, de ambição, lei, guerra e glória. O drama em três atos promove uma mutação histórica, em que os valores de figuras da República Velha e de uma história que vem de Roma são enfrentados, produzindo uma transformação ética à luz de valores contemporâneos, femininos. A Voz da Ninfa, com direção e autoria de Chico Marshall, estreou dia 31 de outubro, no Cemitério da Santa Casa e desde então está lotando as sessões em tempo recorde. Os ingressos para a nova temporada, em dois horários/dia, já se encontram à venda na plataforma Sympla.
A Voz da Ninfa. Foto: Daisson Flach /Divulgação
Ao longo do trajeto, jazigos monumentais do Cemitério da Santa Casa, de grande valor artístico e histórico, são utilizados como cenários, apresentados e comentados. Há um palco dinâmico, movendo-se pelo cemitério, e uma plateia dinâmica, que avança junto com o espetáculo. A música original de Vagner Cunha amplia a dramatização e a beleza, somando-se às imagens das projeções de Jana Castoldi, aos efeitos de iluminação de Prego & Osório e outros efeitos especiais. Nos entreatos há performance coreográfica de Thaís Petzhold, representando as ninfas do parque de jazigos. Ao final, haverá um grande clímax, em forma de celebração.
Trata-se da primeira montagem dramatúrgica realizada no Cemitério da Santa Casa. A principal motivação foi valorizar o patrimônio artístico desse verdadeiro museu a céu aberto, um acervo de extraordinária beleza e significação, elaborando-se visões da condição feminina, como demandado pelo edital do Centro Histórico-Cultural Santa Casa e como proposto no projeto de Chico Marshall, autor e diretor geral da produção. O prof. Marshall é profundo conhecedor desse ambiente funerário, suas linguagens e memórias, que são parte vital da concepção artística. Eis um novo capítulo da vida artística e cultural em Porto Alegre, dando vida ao cemitério e à história.
A Voz da Ninfa. Foto: Daisson Flach /Divulgação
Ficha técnica:
Autoria e direção geral: Chico Marshall
Assistência de direção: Júlio Conte
Personagens e atrizes:
Ninfa 1, Vida: Victoria Carnelli
Ninfa 2, Vigorosa: Denizeli Cardoso
Caronta, a condutora: Paulina Nólibos
Fantasma do pai de Hamlet e do patriarcado: Laura Medina
Performance complementar:
Música, sob direção de Vagner Cunha
Participação de Heloísa Marshall, com Ana Carla Silva
Projeções: Jana Castoldi
Coreografia: Thaís Petzhold
Fotografia: Daisson Flach
Iluminação: Prego & Osório
Equipe de produção:
Heloísa Marshall
Daniela Távora de Oliveira
Pedro Brum
 Produção: StudioClio Itinerante
Ingressos na plataforma Sympla:
Projeto selecionado no Edital de Criação de Dramaturgia e Encenação sobre o Cemitério da Santa Casa 2025
 
Lei Rouanet / Ministério da Cultura
Patrocinadores: Aché, Agrogen, Dorf Ketal, Grendene, Stihl
Realização: CHC, Ministério da Cultura – Governo do BRASIL, do lado do povo brasileiro
Redes do CHC Santa Casa:

Terça Lírica Especial apresenta recital com a nova geração de cantores líricos brasileiros e um venezuelano

Nesta terça-feira (11), o projeto Terça Lírica realiza um concerto especial com o elenco do Ópera Estúdio 2025 da Companhia de Ópera do RS (CORS). Reunindo cantores de várias partes do país, o recital terá árias, duetos, trios, quartetos e demais conjuntos de óperas célebres. Don Giovanni e Bodas de Figaro de Mozart, La Bohème e Gianni Schicchi de Puccini, Rigoletto de Verdi, Lakmé de Delibes e Viúva Alegre de Lehár terão um lugar de destaque com a  direção artística de Flávio Leite e Patrick Menuzzi e a iluminação de Veridiana Mendes.

As sopranos Marina Zanol (RJ), Natasha Santana (RS), Duda Espírito Santo (RJ), Gabriela Jucá (RS), as mezzo-sopranos Diana Danieli (PR), Débora Moretti (RS), Heloísa Mazzini (RS), o tenor Xavier Quiñonez (Venezuela) e os barítonos Robert William (BH) e Sidharta Gobbi (RS) interpretam com Mari Brito (AP) ao piano os mais icônicos personagens do repertório neste programa cheio de contrastes e emoções.

Ópera Estúdio é um programa de formação continuada para cantores líricos e pianistas correpetidores. Em sua quarta edição, o projeto iniciou em setembro e encerrará nos dias 6 e 7 de dezembro, no Teatro Simões Lopes Neto, com a participação dos alunos na ópera João e Maria, uma adaptação em português da ópera Hansel und Gretel do compositor alemão Engelbert Humperdinck, inspirada no clássico homônimo dos Irmãos Grimm.

SERVIÇO
Terça Lírica apresenta Ópera em Conjunto
11 de novembro | Terça-feira | 19h
Onde: Auditório Osvaldo Stefanello do Memorial do Judiciário RS – 6º andar (Praça Marechal Deodoro, 55 – Centro Histórico)
ENTRADA GRATUITA

Atenciosamente,

Dyonelio Machado e Os Ratos: a atualidade de uma novela escrita há 90 anos

06/11/2025 (Quinta-feira)

17h30

Sala dos Jacarandás– Clube do Comércio (Andradas, 1085, 2°andar)

“A atualidade de Dyonelio Machado”

Com Homero Vizeu Araújo e Jonas K. Dornelles e mediação de Rafael Guimaraens

Como pode uma novela escrita em 1935, “Os ratos”, manter sua atualidade 90 anos após seu lançamento? É o que tentaremos responder nesse evento, que também procura homenagear os 130 anos do nascimento de Dyonelio Machado.

Escritor, médico e político, revela sua permanência tendo suas obras relançadas e reeditadas. Haverá também o lançamento de Memórias de um Pobre Homem (Libretos, 2025).

A Feira do Livro,  evento que Dyonelio sempre frequentou, será o lugar do debate que resgata sua obra e importância para a literatura. O evento tem um final musical, com pocket show com  Nelson Coelho de Castro.

07/11/2025 (Sexta-feira)

18h

Sala Vitrine de Lançamento – No Clube do Comércio (Andradas, 1085, 4°andar)

1937, Juliette em perigo!

Rafael Guimaraens

1937 – “Juliette em perigo”, de Rafael Guimaraens, é uma sequência do livro 1935. Desta vez, o repórter Paulo Koetz viaja a Buenos Aires e envolve-se em uma série de aventuras para proteger sua antiga namorada, a cantora Juliette Foillet, ameaçada por uma quadrilha de traficantes de escravas brancas.

Assinaturas às 19h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

08/11/2025 (Sábado)

16h

Sala Vitrine de Lançamento – No Clube do Comércio (Andradas, 1085, 4°andar)

Porto Alegre, arquitetura e contexto urbano, (1772-2018)

Com Helton Estivalet Bello, Luiz Merino de Freitas  Xavier e Ricardo Calovi

A abordagem da arquitetura e da evolução urbana de Porto Alegre, desde seus primórdios, em um período que já supera 250 anos. O trabalho realizado por dois professores, com a colaboração de mais de quase 40 pessoas, permite a percepção de um acervo arquitetônico, paisagístico e urbanístico. São 154 obras mais significativas da evolução da cidade como edificações, praças, parques e seus principais projetistas.

Assinaturas às17h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

08/11/2025 Sábado

17h30

No Mercado das Histórias

Um encontro

Bem de Boas

Com Ronald Augusto e Eloar Guazzelli

Bem de boas são poemas com clima e humor da primeira adolescência diante das mudanças sociais e tecnológicas que todos estamos experimentando. O pano de fundo é o cotidiano escolar, lugar onde as interações e as emoções desses jovens são potencializadas. Ronald Augusto, o poeta, e Eloar Guazzelli, o artista, vão conversar sobre este feliz encontro, a arte de criar e fabular, a arte a e vida real.

Assinaturas às 19h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

 

 

 

 

 

 

 

 

09/11/2025 (Domigo)

15h

Sala Vitrine de Lançamento – Clube do Comércio (Andradas, 1085, 4°andar)

Sem tempo certo

– fotografias analógicas, personagens e cenários

Marco Nedeff e Rafael Guimaraens

Fotografias analógicas em preto e branco fazem parte de um recorte da vida profissional de Marco Nedeff em seus quase 40 anos trabalhando com a imagem. Apresenta uma seleção produzida entre os anos 1980/1990 que trazem uma atmosfera de estranhamento, sem identificação dos personagens ou lugares. E sem tempo certo. O analógico resistirá ao tempo digital?

Assinaturas às 16h na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

09/11/2025 (Domingo)

15h

Território dos Parceiros

Contação de

A bruxa corcunda –

depois de A Viagem da Bruxa, o assunto agora é bullying

Com Celso Gutfreind, Martina Schreiner e Carmen Lima

Vocês já conhecem a bruxinha, antes mesmo de ela ficar corcunda! Desde A Viagem da bruxa, da seriedade à gargalhada e da feiura à beleza, quando ela conseguiu até mesmo ficar parecida com a fada, agora o assunto é bullying. Essa viagem que faz agora a bruxinha corcunda, da violência ao pensamento, é ainda mais importante. É o que ela mesma diz, do fundo de seu caldeirão, enquanto prepara o caldo bagunçado para um mundo menos feio. E até a fada concorda.

Assinaturas às 16h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

10/11/2025 (Segunda-feira)

17h

Sala Vitrine de Lançamento – Clube do Comércio (Andradas, 1085, 4°andar)

Reflexões sobre os efeitos climáticos catastróficos em 2024: RS, Resiliência & Sustentabilidade

Com João Ferrer, Marcelo Danéris e Walter Collischonn

Reflexões para a reconstrução do Rio Grande do Sul sobre os efeitos do desastre climático entre abril e maio de 2024, na forma de inspirações para futuras pesquisas. Ser resiliente e sustentável depende de escolhas técnicas e políticas, mas também de um pacto comum e um compromisso com o planeta. Após o debate, distribuição gratuita do livro aos presentes.

Assinaturas às 18h na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

11/11/2025 (Terça-feira)

17h

Sala Vitrine de Lançamento – No Clube do Comércio (Andradas, 1085, 4°andar)

Versar e conversar é só começar

Com Nora Prado e Alexandre Brito

Dois poetas se encontram. Alexandre Brito, com Cidade imaginada, e Nora Prado, com Afetos flutuantes, em uma troca afetiva e imagética. A poesia como uma forma para qualificar a vida. Pensar e sentir trazem respostas únicas e individuais. As palavras, trabalhadas com ritmo e visualidade, podem tratar de guerras, amores, instantes particulares e universais.

Assinaturas às 18h na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

11/11/2025 (Terça-feira)

18h

No Mercado das Histórias

Tributo a Mario Pirata

Roda de poesia, música e capoeira com artistas e coletivos que homenageiam o poeta

Lançamento simbólico do livro Ciomacio (Libretos, 2025), lançado em abril, com a presença de Mario Pirata.

Promoção da Editora da UFRGS e Libretos Editora.

12/11/2025 (Quarta-feira)

18h

Sala Vitrine de Lançamento – No Clube do Comércio (Andradas, 1085, 4°andar)

Ternura e indiferença no universo masculino contemporâneo:

Conto de um homem só

Com Guilherme Giugliani e Carlos André Moreira

O jornalista Carlos André Moreira e o escritor Guilherme Giugliani falam sobre o universo masculino que “parece pouco preparado para lidar com a vida contemporânea de modo saudável”. Giugliani apresenta a coletânea tematizando ternura, solidariedade, indiferença, estupro, incesto e erotismo. Entre os contos, segundo o escritor Raduan Nassar, estão obras-primas como “A queda de Kamchatka” e “Neve e mormaço”.

Assinaturas às 19h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

13/11/2025 (Quinta-feira)

18h

Sala Vitrine de Lançamento – No Clube do Comércio (Andradas, 1085, 4°andar)

A saliva que umedece

– poesia lgbtqia+ ou apenas poesia?

Com mariam pessah

A escrita como espaço da língua solta, que deslize e exceda a si mesma. O ponto de vista de uma pessoa lésbica, “feminiSTa mas não feminina”, em um mundo que “se entende dentro de binómios”. Para ax autorax mariam pessah a não binariedade vai além do tema sexo/gênero. A proposta é de uma linguagem livre de inibições, sem regras, seja por idiomas ou formalidade gráfica, que traga em si um posicionamento político.

Assinaturas às 19h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

14/11/2025 (Sexta-feira)

17h

Sala Vitrine de Lançamento – No Clube do Comércio (Andradas, 1085, 4°andar)

Indígenas são agentes importantes para a mudança cultural:

Os Mbya Guarani

Com Cacique Marcelino Kuaray Nhe’ery e Arno Alvarez Kern

Como os povos indígenas auxiliaram na formação de nossa cultura? O arqueólogo Arno Kern e o cacique Marcelino, da Aldeia Tekoá Kurity, vão tratar da participação dos aldeões mbya guarani nessa história e apresentar seu novo livro. Os Mbya Guarani hoje são considerados importantes agentes sociais para entender as mudanças culturais ocorridas há mais de dois mil anos. São a nossa herança social e cultural.

Assinaturas às 18h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

15/11/2025 (Sábado)

14h

No Território dos Parceiros

Contação:

O livro encantado

Com a autora Fátima Farias, o ilustrador Gil Gomes e participação especial de Jhonatan Gomes

Venha conhecer o menino e seu amigo pra lá de especial. Eles fazem com que a esperança se instale e todos passem a acreditar no futuro e aprender com o passado! Venha ver como é gostoso conhecer as maravilhas do mundo com o livro encantado!

Assinaturas às 15h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

15/11/2025 (Sábado)

16h

No Território dos Parceiros

O novo livro

Baile das Letrinhas

– agora uma peça de teatro!

Com Deborah Finocchiaro e Júlia Ludwig

Quem quer brincar de teatro? Uma apresentação de Deborah Finocchiaro e Julia Ludwig do roteiro da peça Baile das Letrinhas! Venha cantar, dançar, atuar e contar histórias! Tem aventura intergalática, conversa com planetas e volta para casa de balão. Passeios pelos mares, desertos e aulas de natação. Tem muitas cenas, música pra acalmar e se divertir. Você também vai conhecer o querido gatinho Listrinha, o bebê e as letrinhas personagens. Vamos nessa?

Assinaturas às 17h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

15/11/2025 (Sábado)

18h

Sala Vitrine de Lançamento – No Clube do Comércio (Andradas, 1085, 4°andar)

MAYA

– mulheres que moldaram a história

Com Hilda Simões Lopes e Fátima Torri

MAYA é um livro sobre mulheres fortes e combatentes, forjadas a ferro e fogo. Trata das figuras femininas à sombra dos donos do poder. Hilda Simões Lopes dá vida às vivandeiras, às mestras pioneiras e mulheres abastadas na antiga Província do Rio Grande dos tempos da escravidão ao final do século XIX. Um romance histórico sobre a poderosa Maya e seus ancestrais.

Assinaturas às 19h, na Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho

 

Novembro Negro: a presença da cultura negra no Rio Grande do Sul

Em 20 de novembro celebramos o Dia da Consciência Negra e para marcar a data, as instituições da Secretaria da Cultura (Sedac) prepararam uma programação especial para este mês.

Oficinas, rodas de conversa, intervenções, exposições e espetáculos de música e teatro estão entre as atividades promovidas pelo Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS), Biblioteca Pública do Estado (BPE), Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), Multipalco Eva Sopher, Museu da Comunicação Social Hipólito José da Costa (MuseCom) e Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa).

Já a partir de terça-feira (4/11), o Multipalco Eva Sopher e o Museu de História Julio de Castilhos promovem a exposição “Faces do Pampa”, que enaltece a identidade negra gaúcha e lembra que o pampa também é negro. No Teatro Oficina Olga Reverbel, a cantora Loma sobe ao palco na quinta-feira (6/11), para o último Mistura Fina do ano.

Nas semanas seguintes tem aula aberta sobre Oliveira Silveira e performance que convida pessoas negras a refletirem sobre a desigualdade no acesso ao tempo e ao descanso – ambas na CCMQ. E ainda: oficina sobre os registros das populações negras a partir de documentos históricos e práticas pedagógicas, no AHRS; BPE + Música com Jessie Jazz, na Biblioteca Pública; espetáculo infantil no Multipalco, exposição fotográfica no MuseCom e concerto da Ospa.

A programação completa das instituições da Sedac para o Novembro Negro você encontra aqui.

A celebração do Dia da Consciência Negra em nível nacional, a partir de 2023, contribuiu para um olhar mais atento e cuidadoso da sociedade às questões relacionadas ao povo preto. A efeméride deu mais visibilidade à data e promoveu uma reflexão mais profunda e abrangente em todo o País sobre a história da população negra, a resistência à escravidão e o combate ao racismo estrutural. Além, é claro, de estimular a implementação de ações de promoção à igualdade de oportunidades, empoderamento, reconhecimento e reparação histórica.

“Reconhecer a importância da cultura africana e afro-brasileira para nossa música, dança, culinária, linguagem, hábitos, costumes e religião é uma forma de reconhecer a riqueza e a diversidade do patrimônio cultural brasileiro e gaúcho. Patrimônio que reflete a história, a resistência e a resiliência do povo negro. Legado que possibilita o desenvolvimento de uma cultura plural e vibrante, e que temos o dever de fomentar, incentivar e divulgar”, destaca o secretário da Cultura, Eduardo Loureiro.

Sobre o Dia da Consciência Negra
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro como forma de valorização da cultura e da identidade afro-brasileira por meio de ações de enfrentamento ao racismo e do debate sobre a escravidão no Brasil e o racismo estrutural da sociedade. A data foi criada em Porto Alegre, em 1965, por intelectuais do Grupo Palmares. O movimento escolheu o 20 de novembro em homenagem à data da morte de Zumbi dos Palmares, um símbolo da resistência e da luta pela liberdade. A efeméride também é dedicada a reconhecer as contribuições da população negra à formação do Brasil e reforça a necessidade de valorizar a diversidade étnica e cultural do País.
Em dezembro de 2023, a data foi oficializada como feriado nacional. Até então, municípios e estados seguiam leis próprias para suspender as atividades.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Mulheres do hip hop realizam festival e revitalização de área no Quilombo dos Machados

Cerca de 900 m² de muros e fachadas serão revitalizados pelas artistas do projeto Ação Artística de Recuperação do RS – Ação Hip Hop

Com o objetivo de levar a arte de rua através do graffiti a cerca de 60 casas, muros ou paredes do território que pertence ao Quilombo dos Machados, a VGP, maior grupo de mulheres grafiteiras do Rio Grande do Sul, promove o Festival VGP, no dia 22 de novembro. O projeto integra a Ação Artística de Recuperação do RS – Ação hip hop que tem como foco grafitar espaços atingidos pela enchente do ano passado. Durante todo o dia, ocorrem apresentações musicais, de poesia e dj na sede do Quilombo. Além disso, terá um espaço para a gurizada brincar. Cerca de 900 m² de muros e fachadas serão revitalizados pelas artistas. A programação é aberta à comunidade das 8h às 19h.

De acordo com Verte, uma das idealizadoras do evento, o tema escolhido para os graffitis é Natureza, crise ambiental e recuperação da terra. “A nossa ideia é que o festival deixe um legado, que leve a cultura urbana, mas que também revitalize o espaço quilombola que foi atingido severamente pelas enchentes de maio de 2024”, afirma. A artista divide a concepção do evento com Sandy Kyoko, ambas são integrantes do coletivo VGP,  grupo de mulheres grafiteiras e pixadoras criado em 2021, em Porto Alegre. As mais de 30 integrantes se reúnem para pintar ruas, comunidades, eventos e organiza encontros de graffiti, projetos culturais e rolês de tinta em geral. Atualmente, se destacam como a maior crew de mulheres do Rio Grande do Sul.

Auryn Souza/ Divulgação

O Festival VGP é uma das ações do projeto Ação Artística de Recuperação do RS – Ação Hip Hop que surgiu como continuidade do Rolezada das Gurias, projeto de Graffiti Comunitário formado em 2023, com o objetivo de descentralizar a arte e oferecer mais espaço às mulheres artistas. Nesta edição, a ação foi contemplada pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), com isso revitalizará três bairros atingidos pelas enchentes em encontros de graffiti, música e cultura periférica.

Desde a maior catástrofe climática do RS, inundações que atingiram 2 milhões de pessoas, bairros inteiros estão deteriorados pela água, com marcas de lama que não deixam a comunidade esquecer o enorme estrago material e emocional causado em maio de 2024. “Em Porto Alegre, a maioria das comunidades atingidas são compostas por moradores que não têm recursos suficientes para recuperar tudo o que foi perdido”, destaca Kyoko.

Além do trabalho de Graffiti em espaços atingidos pelas enchentes, o projeto também prevê seis oficinas de graffiti em parceria com as redes de catadoras e catadores da cidade, levando arte para essa população.

Foto: Auryn Souza/ Divulgação

A equipe artística é formada exclusivamente por mulheres e pessoas LGBTQIAP+, com o objetivo de valorizar e dar visibilidade a essa classe de profissionais. Além das artistas convidadas e contratadas, abre-se espaço para artistas voluntários participarem da transformação das comunidades. Um dos objetivos é fortalecer vínculos com as comunidades contempladas e oferecer diversidade de ações sociais desenvolvidas para além das datas de realização do evento.

Raiz Afro-Gaúcha, novo espetáculo da Companhia Afro-Sul de Música e Dança, em apresentação no Araújo Vianna

A apresentação encerra a Trilha Cultural, uma série de eventos que o grupo propõe entre 19 e 23 de novembro para celebrar o mês da Consciência Negra e seus 50 anos de existência
 
Um novo espetáculo, gestado com muito afeto e dedicação ao longo de quase dois anos por um dos grupos fundamentais da cultura afro-gaúcha, o Afro Sul, chega aos palcos em novembro. E vem fortalecendo o encontro, jogando luz sobre tudo o que produz há 50 anos, enraizado no coração de Porto Alegre desde os anos 1970. Abre caminho com roda de saberes, reflexões, debates, feira de empreendedorismo, atividades para crianças, festival de música e encerra em grande estilo com a apresentação de Raiz Afro-Gaúcha, sua nova criação, dia 23 de novembro, no Auditório Araújo Vianna, com entrada franca. “O espetáculo aborda a temática Sankofa, refletindo sobre o passado e projetando o futuro, inspirado na liturgia yorubá”, reflete Edjana Deodoro, diretora artística e bailarina. Raiz Afro-Gaúcha tem direção artística de Edjana Deodoro e Taila Souza, tem o Mestre Paulo Romeu como diretor musical e o maestro Marcos Farias na composição de arranjos. Este projeto está sendo realizado com recursos provenientes da Emenda Parlamentar nº 022445/2024, de autoria da Deputada Federal Maria do Rosário, e executado pelo Ministério da Cultura. O projeto também conta com recursos da Emenda Impositiva Municipal nº 553/2025, de autoria da Vereadora Karen Santos, e executada pela Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre.
A Trilha Cultural do Afro-Sul é uma proposta para o público (re)descobrir esse espaço seminal da cultura gaúcha, que se dedica a cultura, a educação, a valorização da cultura negra e ao direito de livre expressão. Ao longo desses anos de trabalhos ininterruptos, o Afro-Sul e sua instituição sociocultural atenderam mais de 1.600 crianças diretamente em seus projetos. Além disso, criaram aproximadamente 450 composições coreográficas do grupo de dança, referência na dança afro-gaúcha, que acaba de circular com sucesso pelos palcos brasileiros. Nessa caminhada, 200 educadores foram capacitados dentro da metodologia afro-centrada, 400 eventos culturais foram sediados no espaço Afro-Sul/ Odomode e o grupo de dança e música somou 750 apresentações públicas. Nada mais justo do que comemorar com quem esteve, está ou ainda vai estar presente nessa linda trajetória.
Afro -Sul. Foto Bruno Gomes/Divulgação
Entre 19 e 23 de novembro, o grupo propõe uma série de atividades abertas para o público em geral. Uma Roda de Saberes Ancestrais abre o evento, dia 19 de novembro, e pretende refletir sobre temas como o poder ancestral da beleza e a influência das questões estéticas no reconhecimento e posicionamento da população negra, bem como inspirar o autocuidado, promovendo trocas por meio da representatividade e da amplificação das vozes negras que irão compartilhar suas experiências, perspectivas e desafios. Essas conversas também podem ajudar a construir empatia, conscientização e solidariedade entre diferentes grupos sociais. Será sediada no Salão de Atos da UFRGS.
O grupo Afro-Sul tem consciência da importância das novas gerações e, por isso, realiza dentro dessa Trilha Cultural outra atividade fundamental: o Legado da Cultura Afro-Gaúcha, uma ação que promove a pintura de um mural na fachada o Instituto Sociocultural Afro-Sul/Odomode, dia 21 de novembro. E no dia 22, um grande evento ocupa o Largo Zumbi dos Palmares, com Feira de Empreendedorismo, um Festival de Música e atividades afro-referenciadas para crianças, com dança, oficina de bonecos, pintura no rosto, pintura de desenhos dos Orixás, entre outros jogos educativos. Fechando esta programação está a apresentação do novo espetáculo do Afro-Sul, o Raiz Afro-Gaúcha, que traz na essência as diretrizes e o afeto deixado por Iara Deodoro e que segue em frente através das filhas, dos netos, da equipe/família Afro-Sul. Em cena, bailarinas e bailarinos irão compor a trajetória de uma criança desde o nascimento até a velhice, traçando um paralelo com a própria história do grupo dentro do contexto histórico de Porto Alegre e do Brasil.
Afro-sul. Foto: _Bruno Gomes / Divulgação
Longevo, premiado, consolidado, o Afro-Sul é reconhecido pela excelência de seu trabalho e por seu projeto educativo, que é a cereja do bolo, formando jovens empoderados e orgulhosos de sua identidade. E toda essa trajetória foi possível graças aos seus criadores: a Mestra Iara Deodoro, com o imenso legado que nos deixou, e Paulo Romeu, seguidos por seus descendentes que conduzem o grupo através das gerações. “A Companhia Afro-Sul de Música e Dança é uma verdadeira referência na valorização da cultura negra e da liberdade de expressão. Desde 1974, nosso compromisso é dedicado a combater o racismo e promover a cultura afro-brasileira por meio da música e da dança, verdadeiras formas de expressão que nos conectam e nos permitem questionar e comunicar com a sociedade”, afirma Paulo Romeu. Mais que uma instituição sociocultural, o Afro-Sul é um movimento que ultrapassa fronteiras, levando sua mensagem para além de Porto Alegre e do Brasil, em apresentações que levam a riqueza da cultura afro-gaúcha em uma fusão vibrante de ritmos que vão desde o soul africano ao candombe, do funk ao samba, passando pelo reggae e muito mais.
TRILHA CULTURAL – Companhia Afro-Sul de Música e Dança
Entre 19 e 23 de novembro
Salão de Atos da UFRGS/ Largo Zumbi dos Palmares/ Afro-Sul Odomode /Auditório Araújo Vianna
Entrada franca
• 19 de novembro, das 10h às 12h – Roda de Saberes Ancestrais | Salão de Atos da UFRGS

• 21 de novembro / durante o dia – O Legado da Cultura Afro-Gaúcha | Sede do Afro-Sul

arte e memória em pintura de mural na fachada do espaço

• 22 de novembro / horário a confirmar – Feira de Afroempreendedorismo, Atividade Infantil Afro-referenciada e Festival de Música Raiz Afro-Gaúcha | Largo Zumbi dos Palmares

• 23 de novembro, às 19h – Espetáculo Raiz Afro-Gaúcha | Auditório Araújo Vianna

Este projeto está sendo realizado com recursos provenientes da Emenda Parlamentar nº 022445/2024, de autoria da Deputada Federal Maria do Rosário, e executado pelo Ministério da Cultura. O projeto também conta com recursos da Emenda Impositiva Municipal nº 553/2025, de autoria da Vereadora Karen Santos, e executada pela Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre.
 
Realização: Afro-Sul
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Bea Balen Susin retrata Mata Atlântica em “Quando o corpo toca a terra”,” na Ocre Galeria

 

Exposição “Quando o corpo toca a terra”, com curadoria de Paula Ramos, apresenta 30 obras   

Um painel de 16 metros de largura (o equivalente a uma vez e meia a boca do palco do Theatro São Pedro), por 1m80 de altura, impressiona pelo tamanho e, sobretudo, pela exuberância da pintura que contém. A obra monumental retrata a vegetação da Mata Atlântica e integra a exposição “Quando o corpo toca a terra”, da artista visual Bea Balen Susin. Com curadoria da crítica e historiadora da arte Paula Ramos, a mostra será aberta sábado (1º/11), das 11h às 14h, na Ocre Galeria.

Bea Balen Susin, artista visual/ Divulgação

O painel é composto por 20 telas de 0,80 m de largura (e 1m80 de altura), montadas lado a lado numa grande panorâmica. “Habitadas por uma profusão de formas vegetais, em uma paleta vívida e exuberante, as pinturas parecem exibir, progressivamente, um adensamento da experiência, como se fosse possível tatear a superfície das plantas, acompanhar o transporte da seiva, sentir a absorção das raízes, pulsar no ritmo da mata”, comenta a curadora, também professora do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS), no texto de apresentação da mostra.

Tela 1/ Divulgação

A exposição abriga ainda dez outras obras da artista sobre o tema da natureza. Cinco igualmente inspirados num trecho da Mata Atlântica em Santa Catarina e cinco, em papel, reproduzindo troncos de árvores de outros lugares.

Tela 2/ Divulgação

O insight que levou Bea a produzir as telas a óleo do painel revelou-se ao visitar sua filha, que mora no pé da Mata Atlântica na praia do Campeche. “Sempre tive ligação com a natureza. Cheguei lá, sentei-me fora da casa, olhei a paisagem e vi aquela mata imensa. Pensei: ‘Isso daria um quadro enorme’. Fiz mais de 40 fotos e ao retornar para casa comecei a pintar”, conta a reconhecida artista, que em breve fará 79 anos, dos quais mais de 60 dedicados ao ofício que abraçou depois de cursar Belas Artes na Universidade de Passo Fundo.

Tela 5/Divulgação

Doação física e ganho espiritual

A execução do trabalho no ateliê em Porto Alegre ocupou a artista de maio a agosto passado, de manhã e de tarde. Ela só largava o pincel quando a coluna protestava. “Foi uma grande doação do meu corpo, mas espiritualmente representou o começo de muitas coisas. Do ponto de vista mental, me sinto jovem, tanto que quero fazer outros painéis. Não esmoreço, não me entrego. Tenho essa força, não desanimo jamais”, diz.

Tela 6/ Divulgação

Ex-professora de Artes da Universidade de Caxias do Sul (UCS) – sua cidade natal -, Bea se define como expressionista. “Sou movida pela emoção. Não planejo antes. Já saio com a tinta. Se desenhasse antes, gastaria a emoção. Adoro desenhar com o pincel, com gesto largo”. A cor é um capítulo à parte na sua atividade. “Pra mim, tudo funciona na base da cor. Tanto em paisagens como em figuras as cores vão entrando e mudando durante o processo de criação. Tenho essa mania de transformar as coisas em cores”.

Divulgação

A exposição coincide com a primeira COP realizada no Brasil. A Mata Atlântica, bioma presente em 17 estados do país, será um dos temas debatidos no maior evento das Nações Unidas sobre as mudanças do clima no planeta, em Belém (PA). O desafio do Brasil é alcançar o desmatamento zero em todos seus biomas até 2030, e a Mata Atlântica, por seu histórico de resistência e recuperação, pode ser o primeiro a atingir a meta. Como pessoa e artista intrinsicamente ligada à natureza, Bea Balen Susin torce – e à sua maneira age – para que isso aconteça e todos possam conviver com a beleza da floresta preservada.

Tela 14/ Divulgação

SERVIÇO

Exposição “Quando o corpo toca a terra”, de Beatriz Balen Susin, com curadoria de Paula Ramos

Local: Ocre Galeria, Avenida Polônia, 495, bairro São Geraldo, Porto Alegre

Abertura: 1º/11, das 11h às 14h

Visitação: de 3 a 29 de novembro. De segunda a sexta, das 10h às 18h e sábado, das 10h às 13h30

Entrada gratuita

FOTOS: Wanderlei Oliveira

Transformações através da música, em“Encanta”, o novo show de Mari Gazen

 Uma noite para celebrar histórias e suas transformações através da música. Em “Encanta”, o novo show de Mari Gazen, o público será convidado a embarcar em uma viagem no tempo através da música, com fortes emoções e a força feminina que marcaram gerações. A apresentação será no dia 20 de novembro, às 21h, no Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80, Porto Alegre). Os ingressos custam a partir de R$ 55,00 e já estão no site: https://uhuu.com/evento/rs/porto-alegre/mari-gazen-encanta-15389.

Durante muito tempo, eu vivi fases de construção, desconstrução e descobertas. A música sempre esteve comigo, mesmo quando eu precisei me afastar dela. Foi o fio que costurou todas as minhas transformações, a voz que me guiou quando eu precisei me reencontrar”, afirma Mari.  Depois de anos como líder de bandas, inspirada pelas grandes divas da música mundial, Mari estreia seu show solo em um grande teatro, num momento que simboliza  renascimento, coragem e plenitude.  Sob a direção musical de Cristian Sperandir e direção cênica de Juliano Barreto, o show costura clássicos eternizados por Elis Regina, Tina Turner, Celine Dion, Shania Twain e  Nina Simone com a própria trajetória da cantora — revelando as fases de sua vida, suas transformações e a força que nasce de cada mudança. “Para mim, o show representa muito mais do que um espetáculo musical. É o resultado de uma jornada inteira — de vida, de recomeços e de coragem”, completa.

 A música sempre foi o refúgio de Mari, sua verdade e sua forma de recomeçar.  Do incentivo familiar às aulas de canto, da timidez ao microfone até o inesquecível dia em que cantou “Como Nossos Pais”, cada nota foi moldando a artista — e a mulher — que hoje sobe ao palco para se revelar por completo. O show é um mergulho em sua própria história — um espetáculo que costura música e emoção para contar a trajetória de uma mulher que se reconstruiu em todos os sentidos. Após superar a obesidade e encontrar na cirurgia bariátrica o impulso para retomar a autoconfiança, Mari subiu aos palcos transformada. “Subir ao palco do Teatro Bourbon Country é, ao mesmo tempo, uma celebração e uma libertação. É olhar pra trás e ver que cada passo, cada desafio e cada lágrima me trouxeram até aqui”, diz.

CONVIDADOS ESPECIAIS

Mari receberá convidados especiais nesta jornada. Grande cantor e compositor de enorme sensibilidade artística, Juliano Barreto conquista pela autenticidade e emoção de sua voz. Sua participação especial representa uma conexão genuína entre música, sentimento e verdade. Outro nome confirmado é o de Stephanie Lii, intérprete oficial do Tributo a Adele. Em cada interpretação,transmite uma combinação única de emoção e potência. Sua versatilidade musical e carisma no palco tornam sua participação um momento especial e inesquecível. E para encerrar, um dos grandes nomes da guitarra brasileira, Frank Solari, reconhecido por sua técnica impecável e criatividade musical. Com uma carreira sólida e influente, sua presença no show promete adicionar ainda mais força e brilho à noite. Mari estará acompanhada por uma grande banda, formada por Edu Xavier (guitarra), Adriano Wigger (piano), Aretha Lima (backing), Luc Andriguetto (baixo) e Mateus Mussatto (bateria).

Um espetáculo que emociona, arrepia e convida o público a refletir sobre sua própria coragem de mudar. Uma noite para celebrar a música, a vida e todas as pessoas que um dia decidiram recomeçar — com brilho nos olhos, alma desperta e coração aberto.

Fotos (crédito: Johnny Marco –

https://drive.google.com/drive/folders/1sVPG76VwQA65GdU6YReL_xkrWdAVbsLT

SERVIÇO

O QUE: Mari Gazen – Encanta

DATA: 20 de novembro  – quinta-feira

HORÁRIO: 21h

LOCAL: Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80, Porto Alegre)

INGRESSOS: a partir de R$ 55,00

COMPRA PELO SITE: https://uhuu.com/evento/rs/porto-alegre/mari-gazen-encanta-15389

Exposição de 47 artistas visuais homenageia Erico Verissimo no Espaço Força e Luz

 

O Rio Grande do Sul está mobilizado para lembrar as datas de nascimento (17 de dezembro de 1905) e morte (28 de novembro de 1975) de Erico Verissimo. Um grupo de 47 artistas visuais apresentará em Porto Alegre uma exposição em homenagem ao escritor.

Fato pouco conhecido é que na juventude, em Cruz Alta, sua terra natal, Erico sonhava com um futuro em meio a telas, pincéis e tintas. “Me lembro que naquele tempo eu ainda pensava que podia ser pintor”, recordou ele, em entrevista a Clarice Lispector publicada na revista Manchete, em 1967.

Trabalhos contemplam autor e personagens

Bailanta – por Erico Santos/ Divulgação

A mostra integra a programação da 71ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre e tem o apoio da Associação Literária Erico Verissimo e da Academia Rio-grandense de Letras. A abertura será às 15h30 de sábado (1º/11), no Espaço Força e Luz – na Galeria Incidente -, no 3º andar. A visitação é gratuita e se estenderá até 20 de dezembro. O 6º andar do prédio abriga permanentemente o Memorial Erico Verissimo.

A curadoria da exposição está a cargo da artista visual Graça Craidy e da escritora Marô Barbieri. O texto de apresentação é assinado pelo professor de Literatura Sergius Gonzaga.

Quem visitar a mostra, composta por artistas como Zoravia Bettiol, Clara Pechansky, Bea Balen Susin, Erico Santos, Magna Sperb, Lucas Strey, Claudia Stern, Liana Timm, Leandro Machado e Umbelina Barreto, apreciará retratos do romancista e de alguns dos seus principais personagens, entre eles Ana Terra, Bibiana, Capitão Rodrigo, em diferentes linguagens. Os artistas criaram obras que envolvem o universo de 25 livros escritos pelo ficcionista.

O Fuzilamento – Pena Cabreira/Divulgação

Os trabalhos abrangem pintura a óleo, em acrílica, nanquim, desenhos a carvão, esculturas em aço corten oxidado e bronze, cerâmica, bordado, colagem, instalação têxtil, pastel oleoso, pastel seco, litografia, xilogravura, arte digital e livro de artista em serigrafia.

Conforme o professor Sergius, em seu texto de apresentação, Erico Verissimo e a criação artística, “o retrato do Dr. Rodrigo Cambará, pintado pelo anarquista Pepe, e a elaboração de um registro memorialístico de dois séculos da saga familiar, iniciado pelo escritor Floriano Cambará, no final de O Tempo e o Vento, são alguns dos símbolos desse triunfo da invenção artística sobre a morte e o absurdo do nada”.

Graça Craidy diz que a exposição rende tributo “a esse imenso contador de histórias que narrou a saga da formação do Rio Grande do Sul, que desenhou a construção do gaúcho urbano, que desvelou os anseios de uma época. Nossa  admiração está representada em pinturas, esculturas, gravuras, instalações, contando, com nossas obras, a história das histórias de Erico”.

Sepé Tiaraju – por Gustavo Burkhart/ Divulgação

Marô Barbieri acrescenta: “Precisamos celebrar Erico Verissimo, divulgando cada vez mais sua obra. Porque mesmo que um grande escritor morra, sua palavra permanece viva. Para sempre”.

Mesmo que não tenha realizado o sonho juvenil de se tornar pintor de quadros, Erico, de certa forma, fez arte, além da literária, no exercício de seu ofício. Isso porque ele costumava desenhar seus personagens antes de descrevê-los com palavras.

.Ana Terra e o Tempo e o Vento – por Umbelina Barreto/ Divulgação

Artistas participantes

Adriana Leiria, Adroaldo Selistre, Alexandra Eckert, Alexandre Barcelos, Alisson Affonso, Anaurelino Corrêa de Barros Neto, Bea Balen Susin, Bira Fernandes, Carla Magalhães, Clara Pechansky, Claudia Stern, Débora Irion, Deja Rosa, Emanuele de Quadros, Erico Santos, Fernando Lima, Gilmar Fraga, Giovana Hemb, Graça Craidy, Gus Bozzetti, Gustavo Burkhart, Helena Stainer, Jorge Carlet, Leandro Machado, Lena Kurtz, Liana D’ Abreu, Liana Timm, Lília S. Manfroi, Lucas Strey, Lurdi Blauth, Magna Sperb, Marcela Meirelles, Marcelo Monteiro, Marcia Baroni, Marcia Rosa, Nara Fogaça, Ondina Bonfim, Pena Cabreira, Rita Gil, Roger Monteiro, Ronaldo Mohr, Rosane Vargas, Sandra Lages, Tuchi Niederhageböck, Umbelina Barreto, Zoravia Bettiol e Zupo.

 

SERVIÇO

Exposição “Erico”

Curadoria – Graça Craidy e Marô Barbieri (participação de 47 artistas)

Local: Espaço Força e Luz, Rua dos Andradas, 1223. Galeria Incidente, no 3º andar

Abertura: 1º/11 (sábado), às 15h30

Visitação: de segunda a sexta-feira das 10h às 19h; sábado das 11h às 18h

Entrada gratuita

Fotos: Divulgação dos artistas