Arte preta e periférica retorna em atividade colegial, com apresentação dos Poetas Vivos

Colégio Estadual Carlos Fagundes de Mello, em Porto Alegre, recebe projeto que valoriza a arte preta e periférica

No dia 17 de fevereiro, quando as aulas voltarem, às 10h, o Coletivo Poetas Vivos marcará o retorno de suas atividades em 2025 com a apresentação do show exclusivo “Heróis Negros – O Show Tem Que Continuar!” no Colégio Estadual Carlos Fagundes de Mello, localizado na Vila Farrapos, Zona Norte de Porto Alegre. A apresentação, que faz parte da retomada cultural do grupo, tem como objetivo reforçar a importância da cultura hip-hop dentro das escolas, além de trabalhar temas fundamentais ao grupo, como resistência, saúde mental, afeto e autoestima.

Com o apoio do PROGRAMA RETOMADA CULTURAL RS – BOLSA FUNARTE DE APOIO A AÇÕES ARTÍSTICAS CONTINUADAS 2024, o projeto visa proporcionar um momento de identificação e empoderamento para a juventude periférica, utilizando a arte como ferramenta de transformação social e enfrentamento ao racismo. O show contará com a participação dos cinco integrantes do coletivo – Felipe Deds, Mariana Marmontel, DaNova, Dj Ericão e Maicon PNA – e será uma oportunidade única de reconexão entre os artistas e a comunidade escolar, especialmente após os desafios enfrentados pela região devido às enchentes e a paralisação de atividades artísticas.

“Este projeto é um ato de resistência e renovação. Queremos mostrar aos jovens da periferia que dentro de cada um de nós existe um herói negro, que pode transformar sua realidade por meio da arte”, afirma Felipe Deds, um dos fundadores do Coletivo Poetas Vivos.

Além da apresentação musical de 30 minutos, os artistas promoverão um bate-papo com os alunos, abordando a importância da arte no enfrentamento das dificuldades e como ela pode servir como uma poderosa ferramenta de mudança pessoal e profissional. A interação será seguida de uma sessão de fotos e autógrafos, marcando esse momento de aproximação entre artistas e estudantes.

O projeto também busca reafirmar a presença de jovens artistas pretos no cenário cultural do Rio Grande do Sul e possibilitar que seus versos e composições, carregados de vivências reais, se tornem um espelho para a juventude local. O coletivo tem como missão valorizar a arte preta e periférica, além de fomentar o empreendedorismo artístico na comunidade.

Sobre o Poetas 

Fundado em 2018, o Poetas Vivos é um coletivo cultural composto por jovens artistas negros, com o objetivo de fortalecer a arte preta e periférica. O grupo promove ações de educação, literatura, música e afro empreendedorismo, realizando atividades culturais em mais de 100 escolas e espaços culturais em Porto Alegre e outras localidades. Seu trabalho visa à valorização da autoestima, a saúde mental e a resistência antirracista.

SERVIÇO:

O quê: Show exclusivo “Heróis Negros – O Show Tem Que Continuar!”

Quando: 17 de fevereiro de 2025, sexta-feira, às 10h

Onde: Colégio Estadual Carlos Fagundes de Mello, Rua Irmã Maria José Trevisan, 200, Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS

Participação: Poetas Vivos (Felipe Deds, Mariana Marmontel, DaNova, Dj Ericão, Maicon PNA)

Quanto: Exclusivo para estudantes do Colégio Estadual Carlos Fagundes de Mello

Celebrando os 60 anos do flautista Pedrinho Figueiredo, com canções que marcaram sua carreira

No dia 19 de fevereiro (quarta-feira), Pedrinho Figueiredo celebra 60 anos com uma grande festa no Espaço 373. O encontro de músicos começará com um quarteto formado por Antonio Flores (guitarra), Edu Saffi (contrabaixo), Luiz Mauro Filho (piano) e Kiko Freitas (bateria), seguido por uma JAM (Junção de Amigos de Músicos) com vários convidados.

No repertório, músicas que marcaram a carreira do flautista, como Se eu quiser falar com Deus (Gilberto Gil), que está no CD Primeira Impressão; o próprio samba Primeira Impressão, de Pedrinho Figueiredo; e canções de nomes como Alegre Corrêa, Daniel Sá e Paulo Dorfman.

Mil músicas 

Essa é a soma de uma carreira de sucesso do multi-instrumentista e entusiasta da música instrumental contemporânea com base no folclore do Rio Grande do Sul e países vizinhos, que ainda traz na bagagem aproximadamente 250 discos e DVDs com sua assinatura como técnico de gravação e produtor musical. Desses 60 anos de vida, 35 são ao lado de Renato Borghetti, com quem se apresentou em mais de 40 países.

Nos anos 1980 e 1990, participou intensamente de festivais no Estado, conquistando 23 prêmios de “Melhor instrumentista” e dois de “Melhor Arranjador”. Ainda nos anos 1990 foi produtor musical em várias edições do Festival da Moenda da Canção (Santo Antônio da Patrulha), de duas do Musicanto Sul-americano da Canção (Santa Rosa) e de três do Festival de Música de Porto Alegre. Pedrinho Figueiredo também conquistou o Prêmio Açorianos em seis edições como Melhor Instrumentista e Melhor Produtor Musical.

Pedrinho Figueiredo – Foto Karine Rossi/ Divulgação

Desde 1997, escreve arranjos para orquestras de câmara, sinfônicas e bandas sinfônicas, contribuindo para a aproximação da música popular com as salas de concerto. Escreveu para intérpretes regionais e nacionais, entre eles Ivan Lins, Lenine, Zeca Baleiro, MPB 4, Shana Müller, Luiz Carlos Borges, Nelson Coelho de Castro, Vítor Ramil e Zé Caradípia, totalizando cerca de 800 arranjos. Em 2017, foi convidado pela Ospa para apresentar sua primeira peça sinfônica, “Lua Rosa”, quando, mais uma vez, atuou como solista.

Como técnico de sonorização, é responsável pelas apresentações do Renato Borghetti Quarteto, nas turnês internacionais, da Orquestra Villa-Lobos e do grupo vocal Expresso 25 e coordena o Festival Choro Jazz de Jericoacoara, um dos maiores festivais de música instrumental do país. Desde 2020, integra o Coletivo Músicos Online, coordenado pelo Ajurinã Zwarg, com direção artística de Itiberê Zwarg, que tem como membro os grupos de Hermeto Pascoal e da Itiberê Família. Este Coletivo gravou músicas de compositores de várias partes do mundo e lançou trabalhos no Brasil, Estados Unidos, Japão e França.

Em 2023, Pedrinho lançou o álbum Jogo de Peteca em duo com o pianista Paulo Dorfman. O projeto incluiu a gravação ao vivo no teatro da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, material de áudio e partituras e um bate-papo entre Pedrinho Figueiredo e Paulo Dorfman sobre as composições, seus aspectos técnicos e inspirações no site do artista. Pode ser visitado no site www.pedrinhofigueiredo.com/jogodepeteca

SERVIÇO
19 de fevereiro | Quarta-feira | 21h
60 anos de Pedrinho Figueiredo
Ingressos:
Ingressos antecipados:

Informações e reservas de mesas pelo WhatsApp: (51) 999 99 23 15
Espaço 373: Rua Comendador Coruja, 373 – Bairro Floresta

Graça Craidy completa dez anos de arte expondo violência contra mulher em “Meu bem, meu mal”

 

Depois de uma década denunciando violência contra a mulher com suas pinturas, a artista visual gaúcha Graça Craidy reúne obras das suas várias coleções como a série Até que a morte nos separe, com retratos das cenas dos crimes de feminicídio coletadas em fotos de noticiários, a série Livrai-nos do Mal, em que aponta as violências referidas pela Lei Maria da Penha, a série Feminicidas, o machismo que mata, com homens portando revólveres no lugar do pênis, e Estupro, com assédio masculino, entre outras.
A exposição Meu bem, meu mal, abre na terça-feira (11/02), no Memorial do Ministério Público, na Praça Marechal Deodoro, esquina com a rua Jerônimo Coelho.

Tudo começou em março de 2015, ano da primeira exposição da artista, quando suas obras da série Até que a morte nos separe foram selecionadas para o Salão de Artes do Atelier Livre Xico Stockinger, de Porto Alegre, onde estudava desenho e pintura, e quando foi convidada, também, a compor o Dia da Mulher no Centro Cultural Zona Sul, no bairro Tristeza, da Capital.

Após essas mostras iniciais, Graça Craidy foi convidada a expor a mesma série sobre feminicídio em importantes instituições, como o Memorial do Palácio da Justiça, Pinacoteca AJURIS, Memorial da Justiça Federal, Assembleia Legislativa, Memorial do TRE, Memorial do TRF4, e também em universidades, como FURG – campus de Rio Grande, UFPR – Campus Mourão (online), e mais tarde, no Museu da UFRGS, como convidada especial dos graduandos em Museologia, para integrar a sua exposição feminista de final do curso.

Também inspirou trabalho acadêmico para aluna de disciplina Projetos Especiais, no curso de Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS, integrou a capa do livro A Lei Maria da Penha na Justiça, da desembargadora Maria Berenice Dias, além de ilustrar capa e quatro páginas do caderno DOC, de ZH, em novembro de 2015, quando a redação do ENEM abordou o tema Violência contra a mulher.

Fotos: Arquivo pessoal/ Divulgação

“A palavra feminicídio ainda nem era conhecida, tive que fazer um banner explicando o termo”, conta a artista. “Coloquei embaixo dos quadros a foto original da reportagem que inspirou a pintura, e o efeito foi devastador. Ao atinarem que aquele não era apenas o retrato de uma mulher dormindo, mas de uma mulher morta – e pior: morta pelo marido ou pelo ex – as pessoas levavam um choque, queriam debater o assunto, entender o que se passava”- acrescenta a artista.

“Foi assim que o assunto feminicídio passou das páginas policiais para o caderno de cultura. Em pouco tempo, eu expus mais de 12 vezes a mesma série. Todo mundo queria discutir feminicídio e, lamentavelmente, continua querendo, dado os recentes números de feminicídio no Brasil, considerado hoje não mais apenas um caso de segurança, mas de saúde pública.”

O nome da exposição, “Meu bem, meu mal”, é uma referência ao contexto onde acontecem os crimes: sempre dentro do lar, sempre, na maioria das vezes, praticado pelo marido, companheiro, namorado ou ex que não aceita a separação.

Nesta mostra no Memorial do Ministério Público, Graça Craidy mostra 30 obras selecionadas entre as mais de 50 que pintou sobre o tema. O vernissagem será às 17h, na Praça Marechal Deodoro 110. A entrada é franca.

Texto: Carlos Souza

SERVIÇO

O QUÊ: EXPOSIÇÃO MEU BEM MEU MAL, DE GRAÇA CRAIDY
QUANDO: DE 11 DE FEVEREIRO A 11 DE MARÇO

HORÁRIO: DE 2ª A 5ª, DAS 8 ÀS 19 HORAS,
ÀS 6ªs, DAS 8 ÀS 15 HORAS;
SÁBADO E DOMINGO,FECHADO

ABERTURA: 11 DE FEVEREIRO, ÀS 17 HORAS

ONDE: MEMORIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

PRAÇA MARECHAL DEODORO, 110, ESQUINA COM A RUA JERÔNIMO COELHO.

Espetáculo “A Sbørnia Kontr`Atracka”, em fevereiro, no Theatro São Pedro

O consagrado espetáculo “A Sbørnia Kontr’Atracka” está de volta aos palcos do Theatro São Pedro, em Porto Alegre. Com apresentações marcadas para os dias 7, 8 e 9, e 14, 15 e 16 de fevereiro de 2025, o show acontecerá de sexta a domingo trazendo toda a irreverência e a genialidade que conquistaram o público ao longo de quatro décadas. Os ingressos já podem ser adquiridos pelo site: https://theatrosaopedro.rs.gov.br.

Com humor refinado, músicas cativantes e uma narrativa única, “A Sbørnia Kontr’Atracka” promete encantar tanto os fãs de longa data quanto novos espectadores. No show, Kraunus (Hique Gomez) e Nabiha (Simone Rasslan) apresentam as canções e causos sbørnianos junto a seus convidados especiais: o Professor Ubaldo Kanflutz (Cláudio Levitan), reitor das Universidades de Ciências Fictícias da Sbørnia, MenThales (Tales Melati), o tocador de gaita-foles e hipnotizador das montanhas da Kashkadúnia, Pierrot Lunaire (Gabriella Castro) a grande sapateadora do Ballet Hiperbølico da Sbørnia e o “Stela Maritmus Sborniani”, as Estrelas do Mar Sbørniano, uma seleção de 12 vozes do Jungst Korhal Sbøniani. Um show de luzes e projeções especiais promovem uma imersão ao universo sborniano.

O espetáculo é uma continuação das aventuras dos excêntricos Kraunus Sang e Pletskaya, personagens que exploram temas universais com inteligência e leveza. A Sbørnia é uma ilha peculiar que se desprendeu do continente após sucessivas explosões nucleares, vagando errante pelos mares do mundo. Seu maior patrimônio cultural é a Recykla Gran Rechebuchyn, uma grande lixeira de onde se reciclam os dejetos artísticos esquecidos por outras nações. Governada pelo Anarquismo Hiperbølico, todos os seus governos são provisórios. Seu povo segue o Votørantismo, uma religião que reflete sua essência sonhadora e concreta.

Os personagens Kraunus Sang e Pletskaya chegaram ao Brasil em 1984, fugindo de ataques de tribos hostis como os Menudos, tornando-se os grandes embaixadores da cultura sbørniana. A saga ganhou continuidade em 2016, quando Kraunus uniu forças com a pianista sbørniana Nabiha, vivida pela talentosa maestrina, pianista e atriz Simone Rasslan, criando “A Sbørnia Kontr’Atracka”.

Além dos palcos, a Sbørnia também conquistou outras linguagens artísticas. Em 1990, surgiu a publicação em quadrinhos “Tangos e Tragédias em Quadrinhos”, e em 2013, ganhou vida no cinema com o aclamado longa de animação “Até Que a Sbørnia nos Separe”, dirigido por Otto Guerra e Ennio Torrezan, hoje membros da academia de cinema de Hollywood.  E, recentemente, na websérie Sbørnia em Revista, que ganhou o premio de melhor performance em Série Musical, com Simone Rasslan, além de ser escolhida a Melhor Websérie Nacional no Rio WebFestival em 2022.

©2022 Nilton Santolin

SERVIÇO

O QUE: A Sbørnia Kontr´Atracka

DATA:  07, 08, 09, 14, 15 e 16 de fevereiro

HORÁRIO:  sexta e sábado às 20h / domingo às 18h

LOCAL:  Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n°) 51 32275100

INGRESSOS:

Plateia e cadeira extra: R$ 160,00
Camarote central: R$ 140,00
Camarote lateral: R$ 100,00
Galeria: R$ 70,00

 

COMPRA PELO SITE:

https://www.teatrosaopedro.rs.gov.br

 

Pontos de venda física: apenas 2h antes do evento

 

Descontos Obrigatórios
50% para idosos com idade igual ou superior a 60 anos;
50% para estudantes em até 40% da lotação do teatro:
– até 15 anos mediante RG;
– acima de 16 anos portando carteira da UGES, UEE, UNE;
50% para jovens entre 16 e 29 anos, pertencentes a famílias de baixa renda, mediante comprovação de matrícula CADÚNICO;
50% para pessoas com deficiência, inclusive seu acompanhante quando necessário, e doadores de
sangue.
Outros descontos
50% para artistas com registro profissional e regulamentado na carteira de trabalho
50% para até 50 associados da da AATSP Clube do Assinante ZH (50% assinante e acompanhante)

 

FICHA TÉCNICA

Criação e direção geral: Hique Gomez

Arranjos e atuação: Hique Gomez e Simone Rasslan

Elenco de apoio: Cláudio Levitan, Tales Melati e Gabriella Castro

Projeções visuais: Rique Barbo

Desenho de iluminação: Heloiza Averbuck

Engenharia de som: Edu Coelho

Assistente de produção: Camila Franarin

Assistente técnico: Rafael Pacheco

Camareira: Nelli Schineider

Preparadora vocal: Ligia Motta

Redes Sociais: Pamela Batú

Administração Projetos de Lei – Daniela Ramirez

Assessoria de Imprensa:  Adriano Cescani (51) 99664.4888

Fotógrafo Oficial: Nilton Santolin

Empresa de Som/Luz – Alternativa Som e Luz

Painel Led – WB Painéis de Led

SbørniaProjectus® Criado por Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky para Tangos e Tragédias.

 

“Atos e Cenas do RS”: inscrições abertas para selecionar 20 espetáculos

O edital “Atos e Cenas do RS”, para ocupação do Teatro Oficina Olga Reverbel, foi lançado nesta segunda-feira (3/2), pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Artes Cênicas (Ieacen) e da Fundação Teatro São Pedro (FTSP).

A iniciativa busca contemplar 20 espetáculos de artes cênicas, como circo, dança e teatro, com o subsídio de R$ 2,5 mil, isenção da taxa do teatro e bilheteria integral. As inscrições estarão abertas de terça-feira (4/2) até o dia 24 de março e podem ser realizadas neste link.

As apresentações ocorrerão em um total de 20 datas, entre os dias 2 de julho e 19 de novembro, em todas as quartas-feiras, às 19h, em sessões únicas. Por meio de uma parceria com o Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul (Sesc/RS), as equipes dos espetáculos selecionados que tenham endereço fora de Porto Alegre contarão com apoio para logística de alimentação, hospedagem e transporte. Acesse o regulamento na íntegra clicando aqui.
Podem apresentar propostas pessoas jurídicas de direito privado representantes de artistas, grupos e coletivos – que tenham entre suas finalidades legais o exercício de atividades na área cultural, como associações, fundações, sociedades simples, incluindo cooperativas –, sociedades empresariais e empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI) ou Micro Empreendedor Individual (MEI), desde que estabelecidas no Rio Grande do Sul, conforme comprovado pelo endereço cadastrado no cartão de CNPJ do proponente responsável pelo espetáculo.
A Comissão de Avaliação do edital irá considerar os seguintes critérios: consistência da concepção artística do espetáculo; criatividade e inovação na forma de experimentação artística e relação com o espaço; estratégias de produção, montagem e divulgação; e ações afirmativas (inclusão e protagonismo de grupos sociais discriminados no elenco, na equipe ou na temática abordada). O atendimento aos princípios receberá, respectivamente, 35, 35, 20 e 10 pontos, totalizando 100 pontos.
Os resultados preliminares serão divulgados em 14 de maio, e a listagem definitiva dos contemplados e suplentes, em 02 de junho.

Esse edital faz parte do LabMultipalco, é um projeto de políticas públicas desenvolvido para a ocupação descentralizada do Multipalco Eva Sopher, com fornecimento de eixo formativo para as artes cênicas gaúchas.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Coletiva de artistas gaúchas apresenta obras com abordagem feminista no Rio de Janeiro

Mostra reúne mais de 120 trabalhos, de 46 criadoras, no Centro Cultural Correios, entre 5 de fevereiro (abertura) e 22 de março

Obra de Helena d’Avila /Divulgação

Uma mostra com viés feminista e representativa da recente produção de artistas visuais mulheres do Rio Grande do Sul será aberta no dia 5 de fevereiro, às 16h, no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro. Com curadoria de Ana Zavadil, que foi curadora-chefe do MARGS, o principal museu público do RS, e do MACRS, além de curadora assistente da 10ª Bienal Mercosul (2015), a exposição apresenta mais de 120 obras, de autoria de 46 artistas.

Curadora Ana Zavadil – Arquivo pessoal – Divulgação –

“Esse trabalho é mais um avanço na expansão da pesquisa em relação às artistas gaúchas”, diz Zavadil, que desde 2014 mantém foco na abordagem feminista e busca visibilidade e reconhecimento para as mulheres que produzem arte. Uma de suas exposições, “Fora das Sombras: Novas Gerações do Feminino na Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul”, ficou em cartaz durante oito meses no Museu Oscar Niemeyer (MON) em Curitiba, sendo prorrogada a pedido da instituição em razão do interesse do público, que a visitou entre agosto de 2022 e março de 2023.

Obra ‘Clitóris’, de Simone Barros/ Divulgação
.Obra de Mary Marodin/Divulgação

A atual exposição, denominada “Reivindicação: Escrituras e Utopias do Feminismo”, começou a ser projetada há mais de um ano, a partir de convite do Centro Cultural Correios. A mostra, instalada nas Galerias I e II, no 3º andar do CCC, reúne trabalhos produzidos nas mais diferentes técnicas e linguagens artísticas, executados por nomes reconhecidos, como, por exemplo, Cláudia Sperb, Andréa Brächer, Umbelina Barreto, Simone Bernardi, Sandra Gonçalves, Helena d’Ávila, Isabel Marroni, Kika Costa, Márcia Marostega e Sílvia Brum, e também por outras artistas donas de carreiras consolidadas.

Obra de Susan Mendes. /Divulgação

Graduada em Desenho e Pintura em 1978 pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS), onde também lecionou, Umbelina Barreto conta que seus desenhos são construídos com diversos materiais, iniciando com o carvão e seguindo com pastéis secos coloridos e pedras calcárias. “A relação das imagens perpassa a história da arte, as experiências vividas e por vezes a indignação com o que ocorre no mundo. Fazer arte é minha forma de ser justa”, afirma.

Obra de Ivone Rabelo/Divulgação
Obra de Mariana Orengo/Divulgação

ARTISTAS DA EXPOSIÇÃO

Alexandra Eckert, Ana Flores, Andréa Brächer, Clara Figueira, Clara Koppe, Cláudia Sperb, Cristie Boff, Esther Bianco, Evenir Comerlato, Fátima Pinto, Gio Hemb, Griseldes Vieira, Helena d’Ávila, Isa Dóris Teixeira de Macedo, Isabel Marroni, Ita Stockinger, Ivone Rabelo, Jane Maria, Juiara Barbizan, Jussara Moreira, Karina Koslowski, Kika Costa, Laura Ribero Rueda, Lisi Wendel, Lorena Steiner, Lu Gaudenzi, Márcia Marostega, Maria Paula Giacomini, Mariana Orengo, Marinelsa Geyer, Mary Marodin, Mery Bavia, Milene Gensas, Miriane Steiner, Mylène d’huyer, Neca Lahm, Regene Rocha, Sandra Gonçalves, Selir Straliotto, Sílvia Brum, Simone Barros,

Simone Bernardi, Sirlei Hansen, Susan Mendes, Susie Prunes, Umbelina Barreto.

 SERVIÇO

Obra de Susie Prunes/Divulgação
.Obra de Lisi Wendel/Divulgação9

Exposição: “Reivindicação: Escrituras e Utopias do Feminismo”

Curadoria: Ana Zavadil

Abertura: 5 de fevereiro (quarta-feira), às 16h

Visitação: 6 de fevereiro a 22 de março

Horário: de terça a sábado, das 12h às 19h

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro

Entrada franca

Fotos: Divulgação das artistas

.Obra de Umbelina Barreto/ Divulgação

Tribunal de Contas silencia sobre concessão da Usina do Gasômetro

Até o momento, o plano do prefeito Sebastião Melo (MDB) de conceder a gestão da Usina do Gasômetro à iniciativa privada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) com duração de 20 anos, não teve a atenção do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), como ocorreu nas privatizações da Corsan, CEEE, Parque Harmonia e Redenção (que não se concretizou).

Não existe qualquer expediente aberto para análise da concessão de um equipamento cultural histórico de Porto Alegre.

O TCE-RS normalmente realiza uma análise criteriosa de diversos aspectos para assegurar a legalidade, economicidade e eficiência do projeto.

Os estudos para essa concessão pela administração Melo estão em andamento e devem ser concluídos até julho de 2025, depois da prefeitura investir em R$ 21 milhões de dinheiro público.

O projeto de revitalização da Usina do Gasômetro, elaborado pela 3C Arquitetura e Urbanismo em 2015, durante a gestão do prefeito Fortunati, previa uma ampla reforma estimada em R$ 40 milhões.

No entanto, na administração subsequente de Nelson Marchezan Jr. (2017/2021 – PSDB), o projeto foi considerado inviável devido ao seu alto custo e complexidade e a Usina foi simplesmente fechada em 2017.

O novo projeto começou a ser executado em 2020.

A Usina do Gasômetro reabriu parcialmente só para eventos em janeiro de 2025, após sete anos de interdição para reformas, já com o anúncio do plano de concessão à iniciativa privada por meio de uma PPP.

Leia mais

Prefeito Melo planeja conceder a gestão da Usina do Gasômetro à iniciativa privada

Espetáculo “O Lanceirinho Negro”, apresentado em praças e parques de Porto Alegre

O espetáculo infanto juvenil “O Lanceirinho Negro”, inspirado no livro homônimo da escritora gaúcha Angela Xavier, será apresentado em diversos espaços públicos de Porto Alegre entre os dias 23 e 26 de janeiro. Com realização do coletivo Trupi di Trapu e contemplado pelo último Edital de Produção Artística do Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural de Porto Alegre (Fumproarte), o projeto é financiado pelo Grupo Carrefour Brasil.

A diretora do espetáculo infanto juvenil Mayura Matos: Foto Divulgação

A montagem dirigida por Mayura Matos traz à tona histórias de luta e resistência dos Lanceiros Negros, promovendo reflexões sobre ancestralidade e fortalecimento identitário para crianças e adolescentes. No elenco, estão Anderson Gonçalves, Bruno Fernandes, Jane Oliveira e Yannikson (no papel do Lanceirinho). Ketelin Oliveira integra o grupo, realizando a interpretação de libras.

A peça é uma adaptação teatral da obra de Angela Xavier, criada para responder às inquietações de uma aluna sobre a Revolução Farroupilha. O espetáculo, rico em sonoridades e elementos da cultura afro-gaúcha, utiliza recursos como atabaques, samba de roda e arquétipos dos orixás para envolver o público em uma narrativa poética e educativa.

 

Os personagens conectam vivências contemporâneas com a memória dos Lanceiros Negros, símbolos de coragem e resiliência. “O espetáculo surge como uma possibilidade de resgate ancestral, de difusão de conhecimento e de aproximação das novas gerações com a cultura e com a história negro-brasileira, ao mesmo tempo em que marca os 17 anos da Trupi di Trapu”, explica o ator e bonequeiro Anderson Gonçalves, responsável pela produção e cenografia do espetáculo.

Para Gonçalves, apresentar a peça em locais públicos é essencial para ressaltar o papel dos Lanceiros Negros na história do Rio Grande do Sul e enfrentar o racismo estrutural do Estado. “Esses espaços são democráticos e permitem discutir a invisibilidade histórica de heróis negros e indígenas, que muitas vezes são omitidos da narrativa tradicionalista”, ressalta. “Mostrar essas histórias na rua ajuda a desconstruir estereótipos e contribui para a formação de uma consciência antirracista, valorizando a diversidade e a memória desses heróis esquecidos”, opina.

 

Além da valorização histórica, a encenação destaca a importância do protagonismo negro, explorando temas como identidade e combate ao racismo por meio de jogos, músicas e brincadeiras afrorreferenciadas. A montagem é uma oportunidade única de promover o diálogo entre gerações, fortalecendo o orgulho das raízes culturais negras.

 

Com o objetivo de ampliar o debate presente no livro e de expandir cada vez mais a memória dos Lanceiros Negros, o espetáculo teatral O Lanceirinho Negro, proposto pelo grupo, surge como uma possibilidade de resgate ancestral, de difusão de conhecimento e de aproximação das novas gerações com a cultura e com a história negro-brasileira.

 

Com este projeto, a Trupi di Trapu se coloca em um lugar de acolhimento com as infâncias negras, se propondo ao resgate da memória heróica negra com grande relevância histórico-socialcultural e também de prospecção de lugares heróicos, positivos e de identificação para as novas gerações.

 “Nosso trabalho, ao abordar o letramento racial e destacar a importância de personagens negros, promove reflexões e valoriza heróis que inspiram resistência e esperança. Embora tratemos de temas históricos pesados, como a luta e a morte dos Lanceiros Negros, trazemos também a mensagem de virtude e liberdade, que vai além da ausência de correntes, abrangendo a aceitação e a valorização do outro em sua essência”, afirma Anderson. “Pedagogicamente, mostramos que os heróis podem e devem ser negros, indígenas ou LGBTQIA+, ampliando referências e fortalecendo as relações étnico-raciais na comunidade”.

FICHA TÉCNICA:

Atuadores: Anderson Gonçalves, Bruno Fernandes, Jane Oliveira e Yannikson

Diretora cênica/encenadora: Mayura Matos

Produtor executivo, cenógrafo e criação de bonecos: Anderson Gonçalves

Diretora musical: Jane Oliveira

Intérprete de Libras: Ketelin Oliveira

Assessoria Histórica: Angela Maria Xavier Freitas

Figurinos e cenografia: Mari Falcão

Designer gráfico: Yannikson

Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu

Identidade Visual: Mitti Mendonça e Alisson Affonso

Fotografia e Gestão de Redes Sociais: Juliette Bavaresco

Produção local: Rita Santos

 

Realização: Trupi Di Trapu
Financiamento: Fumproarte, Prefeitura de Porto Alegre

Canais de comunicação:
Instagram: @trupiditrapu
E-mail: trupiditrapu@hotmail.com

SERVIÇO:

O quê: Espetáculo infantojuvenil “O Lanceirinho Negro” com a Trupi di Trapu. Direção: Mayura Mattos

Quando e onde:

  • Dia 23/01, quinta-feira, 17h – Explanada da Restinga, Estr. João Antônio da Silveira, 2359
  • Dia 25/01, sábado, 10h30min – Chocolatão | Biblioteca, Av. Loureiro da Silva, 445, Centro Histórico
  • Dia 26/01, domingo, 16h – Redenção | Perto da Cancha de Bocha
  • Quanto: Gratuito
    Classificação indicativa: Livre

Dia do Leitor acontece na Praça da Alfândega sob o absoluto encantamento dos participantes

Higino Barros

O artista visual  Wili Cava falando sobre a obra de Quintana | Foto: Carlos Souza/Divulgação
A poeta Ana dos Santos declamou poemas de sua autoria | Foto: Carlos Souza/ Divulgação
O jornalista Paulo Gasparotto falou de suas lembranças de Mário Quintana e a importância de le |. Foto: Carlos Souza/Divulgação

Cerca de 100 pessoas participaram do Dia do Leitor nesta terça-feira, junto às estátuas dos poetas Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade, na praça da Alfândega. O evento aconteceu das 11h às 17h e teve presenças de vários intelectuais gaúchos, autoridades da Secretaria de Cultura de Porto Alegre e pessoas que estavam transitando pelo local no horário e pararam desfrutando a função, absolutamente encantadas com o que estava acontecendo. Entre eles dois estrangeiros, visitando a capital gaúcha – um irlandês e um argentino – e que acabaram declamando poemas em seus idiomas de origem.

A cantora e compositora Heloísa Marshall declamou poema de sua autoria | Foto: Carlos Souza/ Divulgação
O psicanalista Abrão Slavutzsky falou sobre a importância de ler | Foto: Divulgação
Grupo de fotógrafos do Foto Clube Porto-alegrense e o jornalista Carlos Souza |Foto: divulgação

Uma das organizadoras do evento, a artista visual Graça Craidy, ao lado dos jornalistas Ayres Cerutti e Higino Barros, fez uma descrição assim em suas redes sociais:

“Teve psicanalista se rendendo à poesia: Abrão Slavutzky diz que o poeta cura mais que o psicanalista.  Paulo Raymundo Gasparotto: que o último grande prazer da vida é a leitura.

Os organizadores do evento e o staff da Secretaria de Cultura Municipal de Porto Alegre | Foto: Carlos Souza/ Divulgação
O escritor Alcy Cheuiche lembrou da sua convivência com o poeta Mario Quintana/ Divulgação
O professor Sérgius Gonzaga leu poema de Carlos Drummond, a quem considera o maior poeta brasileiro | Foto: Divulgação
A deputada estadual Sofia Cavedon fez denúncia contra fechamentos de bibliotecas públicas estaduais  | Foto: Carlos Souza/ Divulgação
O turista argentino que declamou poema em espanhol | Foto: Carlos Souza/ Divulgação

E teve também vertentes dos próprios autores, elas e eles, em pessoa: Rafael Guimaraens, Lilian Rocha Eira eira eira!, Taiasmin Ohnmacht , Catia Simon, Ana dos Santos, Alcy Cheuiche e Alice Urbim, em nome do querido Carlos Urbim, já falecido.

Professor Sérgius Gonzaga ostentou um Drummond exclusivo praticamente inédito dedicado a Guilhermino César.

Cheuiche contou causos hilários do Quintana, seu mestre e conterrâneo do Alegrete. Diz que inventaram uma lenda do poeta: certa madrugada, voltando pra casa já meio alto, ele teria sido visto batendo na “porta” dum poste. Ao que o guarda noturno, brincalhão, teria  alertado: – Não adianta bater que não tem ninguém em casa! Contestado, incontinente, por Quintana: – Tem, sim, não tá vendo que a luz tá acesa?

Teve garotinha lendo redação do colégio. Teve um rapaz que me mostrou no celular dele mensagem em inglês em que dizia ser da Irlanda, não sabia português, mas queria muito dizer um poema, respondi Why not? E também outro muchacho argentino que declamou em espanhol.

Teve inclusive uma cidadã do povo, engraxate na Praça da Alfândega, que recitou versos que ela decorou do Poesia no Ônibus, veja a importância. E que tentou se desculpar dizendo “eu sou uma mera engraxate”, ao que devolvi na horita: aqui ninguém é mero!

Jornalista Ayres Cerutti, um dos organizadores do evento | Foto: Divulgação
O jornalista e escritor Rafael Guimaraens | Foto: Carlos Souza/ Divulgação
O secretário adjunto municipal de Cultura, Victor Hugo | Foto: Carlos Souza/ Divulgação
O professor e escritor Francisco Marshall | Foto Carlos Souza/ Divulgação

Teve presenças da Secretária da Cultura e seus assessores e do diretor do IEL – Instituto Estadual do Livro.

E teve, também, denúncia grave da deputada Sofia Cavedon: todas as bibliotecas de escolas públicas do Estado – inclusive a do Instituto de Educação! – foram fechadas pelo Governo Leite e, by the way, não existem mais bibliotecárias. E o vereador Adeli Sell reforçou: as bibliotecas de escolas municipais ainda estão fechadas por conta da enchente e do descaso público.

Teve pertinente observação feminista de que o dia era do leitor e também da leitora.

Teve a revoada amorosa dos fotógrafos do Fotoclube Porto-alegrense cobrindo o evento.

Graça ainda fez outras observações sobre o ocorrido. A reação de quem participou do evento foi de absoluto encantamento. As pessoas foram pegas de surpresa e não esperavam o acontecido. Assim todos eram elogios e sentimento de felicidade no final. Com isso o 7 de Janeiro, Dia do Leitor, que na edição de 2025 teve o slogan “Leio, logo existo”, passa a forte candidato de efeméride a ser  incorporada ao calendário cultural de Porto Alegre.

 

 

A volta do Dia do Leitor, com participação especial da artista visual Graça Craidy e 16 intelectuais gaúchos

Higino Barros

Criado pelo jornal cearense O Povo em 1928, fixado na data de 7 de janeiro o Dia do Leitor foi comemorado pela primeira vez em Porto Alegre vez em 2017. Iniciativa do jornalista Ayres Cerutti em um local icônico na capital gaúcha: as estátuas dos poetas Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade, da autoria do escultor Xico Stockinger, na Praça da Alfândega. Na ocasião grupo de moradores da cidade, em parceria com a Biblioteca Pública Estadual (BPE) e Associação Riograndense de Imprensa (ARI) se reuniu junto às estátuas e fez leituras de textos de autores diversos.

Após um intervalo de oito anos, o evento volta a se repetir no próximo dia 7 de janeiro, das 11h às 17h, na Praça da Alfândega, com uma atração especial. A participação da artista visual Graça Craidy cuja trajetória artística está intensamente ligada à literatura. Ela que é publicitária de formação e artista por vocação.

Desenhos do poeta gaúcho Quintana e do mineiro Drummond para o Dia do Leitor de 2025 pela artista visual Graça Craidy/ Divulgação

Além de Graça Craidy outros artistas, escritores e intelectuais gaúchos foram convidados e cresceu nos últimos dias a lista de convidados que confirmaram presenças na praça da Alfândega. Alguns como Sergius Gonzaga, Demétrio Xavier, Cátia Simon, Milton Ribeiro e Rafael Guimaraens confirmaram presenças logo no início.

Outros se juntaram ao grupo nos últimos dias. Como Alcy Cheuiche, Francisco Marshall, Juremir Machado da Silva, Jane Tutikian, Abrão Slavutziki , Silvio Bento (IEL) , Alice Urbin, Cintia Moscoviche, Taiasmin Ohnmacht e da Secretaria Municipal da Cultura, Clóvis André, secretário da cultura adjunto e o cantor Vitor Hugo. O Jornal JÁ Porto Alegre, o Foto Clube Porto Alegrense e Luciano Riquez Produções são parceiros do evento em 2025.

Outro diferencial é que a data cai em uma terça-feira, dia de movimentação normal na praça. A proposta é envolver também no evento o público que transita pela área, tornando acessível também à população que gosta de ler. A escolha do texto de leitura fica a critério do leitor.

 

Grupo de participantes da primeira edição do Dia do Leitor na Praça da Alfândega em 2017. Foto: Divulgação

Arte visual e literatura

Já Graça Craidy tem em sua produção visual desenhos de rostos de mais de 50 autores de literatura universal, além de brasileiros como Guimarães Rosa e Clarise Lispector, a quem Graça dedicou exposições exclusivas com grande repercussão no cenário gaúcho e brasileiro. A exposição sobre Clarice Lispector foi exibida no Rio de Janeiro, Curitiba e outras cidades. A de Guimarães Rosa, sobre personagem do romance “Grande Sertão, Veredas” foi incorporada à programação da Feira do Livro deste ano e teve grande afluência de público.

Graça Craidy explica sua ligação com literatura e a importância dela para seu trabalho:

“Para mim ler é um ato revolucionário, muda rumos de dentro e rumos de fora. Por isso me valho da minha arte feito mediação entre os visitantes e grandes autores como Guimaraes Rosa e Clarice Lispector. Para que o visitante, ao se encantar com a representação pictórica dos escritores e seus personagens, desperte para o original literário. Por isso sou a primeira a aderir à justa e heróica homenagem ao Dia do Leitor.”

Família posa junto as estátuas na Praça da Alfândega/ Foto:: Divulgação
Criança no banco com os poetas. Foto: Divulgação

Se é de ler, leio.

Organizador do evento, ao lado de Graça Craidy e do jornalista Higino Barros, Ayres Cerutti relembra da primeira edição do Dia do Leitor;

“Tenho um costume. Se é de ler, leio. Era uma lista de efemérides que recebi de jornalista amigo, do Espírito Santo. Primeira surpresa: janeiro, 7, Dia do Leitor.

Liguei para amigos. Ninguém conhecia.  Como em 2017 a data cairia num sábado, pensei em promover algo. Primeiro passo: ligar para os amigos da Câmara do Livro e colegas jornalistas. Final de ano, muitos já estavam com outros compromissos, mas todos aplaudiram a proposta.

A Morgana Marcon, a então diretora da Biblioteca Pública, entusiasmada, decidiu levar livros para distribuir na praça. O Higino Barros publicou no JÁ Porto Alegre e enviou material para a Coletivanet. A Sônia Zancheta, a professora Ana Carolina Martins, da UERGS, ampliaram os convites.

Os organizadores do evento, Graça Craidy, Aires Cerutti e Higino Barros/ Divulgação

Na primeira semana do ano, recebi como hóspede o amigo Arno Rochol, que trabalhava na Alemanha. Na manhã do dia 07, na hora do nosso chimarrão, ele me surpreendeu com três camisetas que ele tinha feito com tesoura e cola para marcar o dia; Estava escrito Dia do Leitor. Naquele sábado, passamos o dia em ritmo de leitura. No final da tarde, o jornalista Elmar Bones declamou um dos poemas preferidos pelo jornalista Danilo Ucha, que tinha falecido há poucos meses, provocando forte emoção entre os presentes.”

Assim promete ser- sob fortes emoções- a próxima edição do Dia do Leitor, 7 de janeiro de 2025.