MARGS realiza em maio programação especial e gratuita pensada para diversos públicos

Pensadas para atender aos mais diversos públicos, as atividades envolvem ações de acessibilidade, oficinas e sessão de curta-metragem. Ações integram os programas públicos “Mediação em Libras”, “Oficinas de criação”, “Crianças no MARGS” e “Conversas com artistas” e as mostras “Acervo em movimento” e “MARGS 70”

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul — MARGS, instituição da Secretaria de Estado da Cultura do
RS — Sedac e com patrocínio do Banrisul, anuncia programação especial para o mês de maio de
2024.

Oficina ‘Arte de vestir’, a partir da obra de Didonet Thomaz, ‘Arte vestível da performance ARTE AE’/ Divulgação

Desenvolvidas pelo Núcleo Educativo e de Programa Público do Museu, as atividades são gratuitas e
pensadas para atender aos mais diversos públicos, envolvendo ação de acessibilidade, oficinas de
experimentação artística e sessão de curta-metragem.
Integram as programações das exposições “Acervo em movimento” e “MARGS 70 – Percursos de
um acervo”, além de contemplar os programas públicos de longa duração em andamento:
“Mediação em Libras”, “Oficinas de criação”, “Crianças no MARGS” e “Conversas com artistas”.

Além disso, haverá mais uma edição do já tradicional evento “Conversas no Museu”, realizado
mensalmente pela Associação dos Amigos do MARGS – AAMARGS.
Destaca-se a sessão de exibição do curta-metragem “Hélio Fervenza, conjunto vazio” (dir. Hopi
Chapman, 2023, 11’45”), seguida de debate com o artista Hélio Fervenza e o diretor Hopi Chapman.
O filme aborda a produção de Hélio Fervenza, no contexto da exposição “Hélio Fervenza – Conjunto
vazio”, apresentada no MARGS de agosto a novembro de 2023.

Confira abaixo a programação, detalhes e mais informações.

PROGRAMAÇÃO DE MAIO

Atividade

Data, horário, local Programa público, parcerias Indicação de
público

Inscrições

Mediação em Libras
por Vânia da Rosa

03.05.2024
(sexta-feira)
14h
Pinacotecas do
MARGS

Programa público “Mediação
em Libras” e da exposição
“MARGS 70 – Percursos de
um acervo”

Público surdo
ou com
audição
reduzida

Atividade
gratuita. Vagas
limitadas.
Inscrições através
de formulário
(clique aqui)

Oficina de retrato-ficção
por Paula Trusz

11.05.2024
(sábado)
10h30
Sala de reuniões do
MARGS

Programa público “Oficinas
de criação” e da exposição
“MARGS 70 – Percursos de
um acervo”

Programa de Extensão
Histórias e Práticas Artísticas
– PEHPA (IA/UFRGS)

Livre Atividade
gratuita. Vagas
limitadas.
Inscrições através
de formulário
(clique aqui)

Oficina “Arte de vestir”
por Núcleo Educativo e
de Programa Público do
MARGS

11.05.2024
(sábado)
15h
Sala de reuniões do
MARGS e
Pinacotecas

Programa público “Crianças
no MARGS” e da exposição
“MARGS 70 – Percursos de
um acervo”

Crianças,
acompanhadas
de seus
responsáveis

Atividade
gratuita. Vagas
limitadas.
Inscrições através
de formulário
(clique aqui)

Mulheres artistas do
Renascimento e Barroco:
do silêncio à história
por Cristine Tedesco e
mediação de Eunice
Pigozzo

14.05.2024
(terça-feira)
14h30
Auditório do MARGS

“Conversas no Museu” Livre Atividade
gratuita. Sem
necessidade de
inscrições prévias
(são 60 lugares,
por ordem de
chegada)

Sessão comentada do
curta-metragem “Hélio
Fervenza, conjunto
vazio”
com Hélio Fervenza,
Hopi Chapman e
Francisco Dalcol

25.05.2024
(sábado)
10h30
Auditório do MARGS

Programa público
“Conversas com artistas”

Livre Atividade
gratuita. Sem
necessidade de
inscrições prévias
(são 60 lugares,
por ordem de
chegada)

Mediação em Libras

No dia 03.05, às 14h, será realizada mais uma edição de Mediação em Libras. A atividade ocorrerá
na exposição “MARGS 70 – Percursos de um acervo”, nas Pinacotecas do MARGS. Há necessidade
de inscrições prévias via formulário (clique aqui).
O projeto Mediação em Libras iniciou em 2023, integrando o Programa público da exposição
“Acervo em movimento”, que é um programa expositivo concebido em 2019 com o objetivo de
trazer a público o acervo do Museu, por meio de uma exposição de longa duração que se vale da
estratégia de rotatividade das obras expostas. Além das exposições, as visitas mediadas em Libras
também abordam a história do MARGS e o prédio histórico onde o Museu funciona.
As próximas visitas mediadas em libras acontecerão nos dias 07 de junho e 05 de julho. Em agosto,
haverá duas edições, uma no dia 02 de agosto e outra durante a Semana Estadual da Pessoa com
Deficiência. A partir de junho deste ano, as mediações em Libras acontecerão na ampla exposição
comemorativa “MARGS 70 – Percursos de um acervo”, concebida para a ocasião do aniversário do
Museu. A mostra abrangerá todas as salas expositivas do MARGS e apresentará uma amostragem
panorâmica, reunindo obras marcantes e emblemáticas, justapostas a obras menos conhecidas e
pouco ou há muito tempo não exibidas.
Vânia da Rosa
Vânia Rosa da Silva é pedagoga, Intérprete de Língua de Sinais – Libras, Certificada em Pró-Libras –
MEC. Atua como intérprete em eventos, seminários, congressos, audiências judiciais, em
atendimento às empresas e ministra cursos em Libras; Especialista na Educação e apoio das Pessoas
Surdas e Múltiplas Deficiências, Especialista em Educação Inclusiva e Especialista em Educação
Especial, com experiência em diferentes empresas nacionais e multinacionais.

Oficina de retrato-ficção

No dia 11.05.2024, sábado, às 10h30, Paula Trusz ministrará uma Oficina de retrato-ficção. A
atividade gratuita terá lugar na sala de reuniões do MARGS. Há necessidade de inscrição prévia, via
formulário (clique aqui).
A atividade tomará como referência a série fotográfica “Autorretrato com armário”, de David
Ceccon, atualmente em exibição na exposição “MARGS 70 – Percursos de um acervo”, na qual o

artista altera selfies através de aplicativos de edição de imagem. Na oficina, selfies servirão como
base para a construção de representações a partir de fragmentos, colagens e intervenções. Os
participantes serão convidados a realizarem autorretratos ficcionais, refletindo sobre as
representações de si mesmos.
O Programa público “Oficinas de criação” desenvolve mensalmente oficinas e ações educativas de
caráter prático, com o objetivo de proporcionar experimentações ou introduções a práticas e
técnicas artísticas em diálogo com obras do Acervo Artístico do MARGS ou em exibição.
Paula Trusz
Mestre em História, Teoria e Crítica de Arte junto ao PPGAV-IA/UFRGS e graduanda em Museologia
(UFRGS). Possui licenciatura (2022) e bacharelado (2011) em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisa atualmente a autorrepresentação de artistas
mulheres em ambientes virtuais. É professora de educação básica desde 2016 e editora de arte da
Revista PHILIA | Filosofia, Literatura & Arte.

Oficina “Arte de vestir”

No dia 11.05, sábado, às 15h, ocorre mais uma edição do programa público “Crianças no MARGS”,
realizado mensalmente e destinado a crianças acompanhadas de seus responsáveis. A atividade
acontecerá nas Pinacotecas e na sala de reuniões do MARGS. Há necessidade de inscrição prévia
através de formulário (clique aqui).
A atividade tomará como base “Arte vestível da performance ARTE AE” (1983), de Didonet Thomaz,
atualmente em exibição na exposição “MARGS 70 – Percursos de um acervo”. O conjunto exibido
contém registros da performance e objetos utilizados, incluindo o que a artista chama de “Arte
vestível”. A partir de uma reflexão sobre a relação entre arte e vestimenta, as crianças serão
convidadas a realizar experimentos com tecidos, cores e texturas, criando vestimentas ou
composições têxteis. Ao final da atividade, haverá um desfile.

Frame do curta ‘Hélio Fervenza, conjunto vazio’ (dir. Hopi Chapman, / Divulgação

Mulheres artistas do Renascimento e Barroco:

do silêncio à história

No dia 14.05.2024, terça-feira, às 14h30, no Auditório do MARGS, acontecerá o encontro
“Mulheres artistas do Renascimento e Barroco: do silêncio à história”. A palestra será de Cristine
Tedesco e a mediação ficará a cargo de Eunice Pigozzo, mediadora literária e produtora cultural. A
atividade é gratuita e não necessita de inscrição prévia. São 60 lugares, por ordem de chegada.

Cristine Tedesco abordará, na palestra, o protagonismo feminino na História da arte e das
Academias literárias dos períodos do Renascimento e do Barroco, abordando as distintas formas de
violência, no contexto artístico, contra as mulheres, tanto no passado quanto na realidade. Além
disso, serão discutidos os métodos de análise de fontes epistolares, judiciais, visuais e inventários de
obras.
Cristine Tedesco
Doutora em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, com período de bolsa sanduíche na Università Ca’ Foscari de Veneza (2016–2017).
Mestra em História pela Universidade Federal de Pelotas (2011–2013). Licenciada em História pela
Universidade de Caxias do Sul (2006–2011). Desenvolve estudos sobre o protagonismo feminino nas
artes no período entre os séculos XVI e XVII, na península italiana. Investiga e analisa, em especial, a
vida e a obra da pintora Artemisia Gentileschi (1593-1654). Trabalha com fontes judiciais,
correspondências e imagens, em sua maioria representações pictóricas produzidas entre o
Renascimento e o Barroco. Realiza cursos, oficinas e pesquisas em universidades, museus e outras
instituições de memória. Desenvolve projetos culturais e curadorias de arte. Atua como professora
de História da Arte.

Sessão comentada do curta
“Hélio Fervenza, conjunto vazio”

No dia 25.05, sábado, às 10h30, será realizada a exibição do curta-metragem “Hélio Fervenza,
conjunto vazio”, seguida de conversa com o artista Hélio Fervenza e o diretor Hopi Chapman. Com
mediação do diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol, a atividade acontecerá no Auditório do
MARGS. Não há necessidade de inscrições prévias. São 60 lugares, por ordem de chegada.
O curta “Hélio Fervenza, conjunto vazio” (dir. Hopi Chapman, 2023, 11’45”) aborda a produção de
Hélio Fervenza, a partir de uma série de depoimentos, dentre os quais estão, além do próprio
artistas, Maria Ivone dos Santos, André Severo e os curadores Francisco Dalcol e Cristina Barros,
responsáveis pela exposição “Hélio Fervenza – Conjunto vazio”, apresentada no MARGS de agosto a
novembro de 2023.

FICHA TÉCNICA

“Hélio Fervenza, conjunto vazio” (2023, 11’45”, Full HD)
Direção, Roteiro e Montagem: Hopi Chapman
Direção de Fotografia e Drone: Eduardo Horlle

Som: Renato Almeida

Trilha Sonora: Vito O. Az.
Produção: Flow Filmes

A Flow Filmes produz, desde 2007, programas de TV e documentários sobre cultura, arte e direitos
humanos exibidos em Festivais de Cinema como Gramado, Mostra de Campinas, Cine Vitória,
Mostra de Cinema SESC e em canais de TV como Canal Futuro, Prime Box Brazil, Arte 1, Canal Curta,
TV Justiça and Sesc TV, TV Cultura e TV Brasil. Produziu curta-metragens sobre artistas como Júlio
Plaza, Vera Chaves Barcellos, o grupo Nervo Óptico, Karin Lambrecht, Regina Silveira, Gisela Waetge,
Cava, Ottjőrg A.C, Lia Menna Barreto, Hélio Fervenza, Nelson Wilbert Jr., Lenir de Miranda, entre
outros. Em 2024 está realizando Nhemongarai um curta sobre um ritual Guarani com financiamento

do edital Lei Paulo Gustavo de Porto Alegre e o Governo Federal.

Artista visual Mádia Bertolucci expõe “Resgate no Olhar”, em 18 obras de arte abstrata

 A Delphus Galeria de Arte e Molduras abriga de sábado (4) até o dia 31/05 a exposição Resgate no Olhar, da artista visual Mádia Bertolucci, uma das fundadoras do Navi – Núcleo de Artes Visuais de Caxias do Sul, criado em 1988.  Ela é o destaque da 15ª edição da série “Mês do Artista Delphus” – a primeira realizada neste ano em que a galeria comemora meio século de existência.

Obra de Mádia Bertolucci/ Divulgação

    Composta de 18 obras de arte abstrata, a maioria acrílica sobre tela e as demais aquarelas, a mostra pode ser vista de segunda a sexta-feira das 9h às 18h45min e sábado das 9h às 13h, na Av. Cristóvão Colombo, 1501, bairro Floresta.

A artista visual Mádia Bertolucci, de Caxias do Sul/ Divulgação

“Entre as transformações de cores, texturas e formas, encontro o ‘Resgate no olhar’, moldando e remoldando na memória minha maneira de ver a natureza. Não quero mostrar guerras, desmatamentos ou lixo humano, mas o que descansa o olhar e que o espectador possa ter sua própria linguagem de interpretação. É um trabalho contemporâneo, leve e até lírico, pois tanto nas aguadas, rasuras ou até mesmo no acúmulo de tinta surge minha obra de arte”, diz a artista caxiense.

Obra de  Mádia Bertolucci/ Divulgação

Com Licenciatura Plena de Educação Artística pela UCS, Mádia já participou de salões, coletivas e exposições individuais e, em 2009, lançou o livro Passagem Permanente, sobre arte. Entre outras técnicas praticadas pela artista em sua carreira estão o pastel seco, a gravura, a litografia e a xilografia.

Obra de Mádia Bertolucci/ Divulgação

Mádia está entre os mais de 100 artistas de diversos lugares do Brasil que têm obras oferecidas pela Delphus, nos estilos clássico, moderno e contemporâneo. A galeria, inaugurada em 1974 em Porto Alegre, trabalha com acervo de obras originais superior a 2 mil itens, entre pinturas, esculturas, fotografias e gravuras seriadas.

Obra de Mádia Bertolucci/ Divulgação

O serviço de moldura para quadros é referência na Capital, aliando assessoria especializada na escolha da melhor montagem à mão de obra qualificada. Desde 2017, a Delphus tem à frente a experiente galerista Salete Salvador.

Obra de Mádia Bertolucci/ Divulgação

SERVIÇO

 O quê: Exposição Resgate no Olhar, da artista visual Mádia Bertolucci

 Onde: Delphus Galeria de Arte e Molduras, Av. Cristóvão Colombo, 1501, bairro Floresta

 Visitação: segunda a sexta-feira, das 9h às 18h45 e sábado, das 9h às 13h

Entrada gratuita

23 Paisagens icônicas na exposição ” Mundo afora”, da artista visual Márcia Baroni

Artista visual dedicada à colagem, técnica desenvolvida em paralelo à prática do desenho autoral, Márcia Baroni inaugura, na sexta-feira (3/5), às 18h, a exposição “Mundo Afora”, na Galeria 506 (Avenida Nova York, 506, bairro Auxiliadora), em Porto Alegre. A mostra fica aberta à visitação até 7 de junho. O músico Otávio Segala fará uma participação na abertura da mostra. A entrada é gratuita.

A artista visual Márcia Baroni -/Divulgação

Ela apresenta 23 quadros, a maioria dos quais de 0,80 x 0,80 cm, e uma instalação que reproduz a favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, a partir do conceito de sustentabilidade, utilizando caixas de remédios, de fósforos, de perfumes.

Times Square; Mostra Mundo a Fora/ Divulgação

Outro símbolo do Rio de Janeiro – a orla de Copacabana – também é recriado por Márcia, que, principalmente,  leva o espectador a contemplar lugares icônicos mundo afora, conforme expressa o título da mostra: o nova-iorquino Times Square, o romano Trastevere, a estação de esqui de Cerro Castor, na Terra do Fogo, e Ximending, em Taipei, por exemplo.

Trastevere – Mundo a Fora/ Divulgação

“Destaco lugares multifacetados, onde, além dos moradores locais, transita gente de todo lugar, para conhecer, desbravar, em caminhadas, conversas, risadas, lágrimas, apreciando a animação do lugar, celebrando a vida, brindando a existência”, detalha Márcia que, no pico da pandemia da Covid-19, se entristecia ao ver as ruas quase vazias por conta do necessário distanciamento social. A situação levou-a a produzir a série “Porto Alegre, um olhar”, montada no ano passado.

Ximending. Mundo a Fora/ Divulgação

Em seguida, a colagista começou a pensar em ampliar olhar para cidades do mundo, “endereços existenciais, que na pandemia também se tornaram exilados, pois não havia gente, toda beleza parecia descolorida. Minha pesquisa e meu olhar se direcionaram para a superação desse estado de coisa”, lembra ela, referindo-se ao atual trabalho.

Cerro Castor – Mundo a Fora/ Divulgação

Segundo o material de divulgação “nessa mostra Márcia Baroni oferece uma estética do encontro. Sugere um estado de espírito de abertura e trânsito aos instantes de autodescoberta. Com sabor e cor seu trabalho reflete uma história não escrita em palavras”, escreve Hélio Strassburger no texto de apresentação da exposição, intitulado “As pessoas e seus endereços existenciais”.

Márcia trabalha essencialmente a partir do seu traço, com revistas descartadas como elementos pictóricos. Pedacinhos recortados vão preenchendo os desenhos e dando cor aos espaços retratados. “É um trabalho lento, meticuloso, detalhista, numa produção analógica, de pesquisa, criatividade, paciência, desaceleração”, descreve ela, aludindo à técnica que teve o grande mestre Picasso entre seus adeptos.

SERVIÇO

Exposição Mundo Afora

Abertura: 3/5 (sexta-feira), 18h

Visitação: a partir de 6/5, de segunda a sexta, das 14h às 18h, até 7 de junho

Local: Galeria 506, Av. Nova York, 506, Auxiliadora, Porto Alegre

Entrada gratuita

 Confraria Cultural Latino Americana faz evento com música, gastronomia e sorteio de ilustrações de cartunistas gaúchos consagrados

 

Higino Barros

O evento vai acontecer no dia 28 de abril, domingo, no espaço Cultural Mosaico,  localizado na Rua Otavio Correia, 39.  Segundo um dos organizadores, o músico Chicão Dornelles, “estaremos comemorando os 40 anos da Associação Jose Marti e 27 anos da Associação Recreativa e Cultural Bota Fogo. Teremos além de um almoço , um show com as participações dos artistas : Liane Shuller  Rosa Franco, Gilberto Oliveira , Mario e Nene Falcão , Bernardo Zubaran , Florisnei Thomaz , Claudio Baraldo , Chicão Dornelles , Josue Krug e Leonardo Ribeiro. “
Liane Schuller, uma das atrações da festa no domingo; Foto: Divulgação
O surgimento , em 25 de julho de 1984, da Associação Jose Marti RS, que desde então tem defendido a auto determinação dos povos, em especial do povo cubano e dos povos em luta trabalha com a cultura para que os povos se integrem e estabeleçam laços de amizade. Já produziu dois CDS , trovas da Pátria Grande em 2008 e Jose Marti em Canto em 2014, com lançamentos em Porto Alegre , Rio de Janeiro , Montevideo e Havana, participando igualmente de atividades solidárias nas comunidades carentes de Porto Alegre.
O músico Nenê Falcão. Foto: Divulgação
O músico Josué Krug. Foto: Divulgação
O músico Leonardo Ribeiro. Foto: Divulgação
A Associação Recreativa Cultural e Desportiva Bota Fogo fundada há 27 anos reúne-se toda semana para um encontro esportivo e musical. Atualmente o encontro se dá na AMRIGS, na avenida Ipiranga, todas as terças-feiras as 20.hs. E todo ano faz ações solidárias com o objetivo de angariar alimentos , roupas e material de higiene para a creche da comunidade que fica ao lado da Amrigs, Vila São Pedro .
A formação é totalmente eclética, com músicos, profissionais liberais,  artistas visuais e o time futebol tem também participação de várias jogadoras, além do Clube das Mães  do Bota Fogo, sempre presente nas atividades culturais e solidárias
O músico Gilberto Oliveira/ Divulgação. Foto: Divulgação
O músico Rosa Franco. Foto: Divulgação
O músico Florisnei Thomaz. Foto Divulgação
O músico Cláudio Baraldo. Foto: Divulgação

Fundação Pão dos Pobres promove visita mediada sobre o legado do arquiteto José Lutzenberger

A  restauração das fachadas internas da Fundação o Pão dos Pobres de Santo Antônio segue em andamento. Projetado em 1925 pelo arquiteto alemão Joseph Franz Seraph Lutzenberger, o monumental prédio foi tombado em 2014 pelo município de Porto Alegre, em função de suas características arquitetônicas e por sua relevância histórica.

Como parte das comemorações do bicentenário da imigração alemã no Brasil, a Casa da Memória Unimed Federação/RS apresenta a exposição Lutzenberger Universal, que segue em cartaz até 3 de julho no espaço localizado na Rua Santa Terezinha, 263. A mostra, com curadoria de José Francisco Alves, conta com cem obras de arte – aquarelas, óleos e nanquins – e desenhos de projetos arquitetônicos de autoria de Lutzenberger, alguns deles de propriedade privada, nunca expostos, e outros de coleções institucionais.

Neste sábado 27 de abril, às 10 horas ocorre a visita mediada à Fundação Pão dos Pobres (Rua da República, 801, em Porto Alegre), com participação de membros da entidade e do arquiteto Lucas Volpatto, responsável pela restauração do prédio. A atividade é gratuita, com vagas limitadas e inscrição prévia, pelo link disponível na bio do Instagram @casadamamoriaunimedrs.

Detalhe da restauração interna do prédio histórico.; foto Marcelo Donadussi / Divulgação

Sobre o projeto de restauro

Com gestão cultural da Cult Assessoria e Projetos Culturais, esta inicitiva tem financiamento aprovado na Lei de Incentivo à Cultura – LIC do Sistema Pró-Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul no valor de R$ 1.137.442,40 (hum milhão, cento e trinta e sete mil, quatrocentos e quarenta e dois reais e quarenta centavos).

Com captação parcial, a adesão de empresas é fundamental para a sua plena execução. Detalhes sobre como apoiar a preservação de um importante exemplar do nosso patrimônio histórico, com Cecília Muccillo Daudt, da Práxis Gestão de Projetos pelos contatos (51) 99236-6951 ou praxisgestaodeprojetos@gmail.com.

Sobre o artista

O alemão José Lutzenberger foi artista plástico, arquiteto e professor do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Naturalizado brasileiro em 1950, ele emigrou em 1920 para trabalhar em uma empresa de engenharia, e em Porto Alegre ficou, para viver e construir família.

Nasceu em 13 de janeiro de 1882, na pequena Altötting, situada no reino da Baviera, Império Alemão. Formou-se em Munique, em 1906, como engenheiro-arquiteto. Foi oficial do Exército do Império Alemão nos quatro anos da I Guerra Mundial, pelo Exército Imperial Alemão.

Além das artes plásticas, seu legado também é extremamente importante na arquitetura. Entre os seus prédios projetados mais conhecidos podem ser citados, em Porto Alegre, o Pão dos Pobres, a Igreja São José e o Palácio do Comércio. No interior do Estado, foi o responsável pela Igreja e Convento de Santo Antônio, em Cachoeira do Sul, e pelo Instituto de Nossa Senhora do Carmo, em Caxias do Sul.

Fundação Pão dos Pobres

A FPP é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que atende cerca de 1.500 crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social. A instituição tem 128 anos de existência e oferece três serviços: Acolhimento Institucional, Aprendizagem Profissional e Serviço de Convivência e Educação Integral.

Do total de atendidos, 160 crianças e adolescentes com idades de zero a 18 anos (incompletos) tem o Pão dos Pobres como sua moradia. A instituição serve cerca de 62 mil refeições mensalmente e é mantida com recursos do Funcriança, parcerias com órgãos municipais e empresas parceiras, por meio de cotas de aprendizagem profissional. Doações via PIX e em espécie também são fonte de recursos para a manutenção dos espaços e serviços oferecidos pelo Pão dos Pobres.

Graça Craidy abre exposição sobre Clarice Lispector no Mercado Público de Florianópolis

A exposição “Clarices”, da artista visual gaúcha Graça Craidy, será aberta nesta quarta-feira (24/04), às 18h, na Galeria de Arte do Mercado Público de Florianópolis – Sala José Cipriano da Silva.

A mostra, em homenagem à célebre escritora Clarice Lispector, permanecerá em cartaz até 14 de junho. A mostra já foi vista em Porto Alegre, na cidade do Rio de Janeiro, em Niterói e em Brasília, em espaços culturais dos Correios; e, em São Paulo, na galeria do Conjunto Nacional, entre outubro de 2022 e setembro de 2023. A intenção da artista é ajudar a popularizar e manter viva a obra da escritora.

Graça Craidy no Mercado Público de Florianópolis. Foto: Carlos Souza/ Divulgação

Graça apresenta Clarice em diferentes situações e fases da vida: a autora trabalhando em casa com a máquina de escrever no colo e o cigarro nos lábios; a esposa de diplomata que morava no exterior dividida entre a vida conjugal e o desejo de autonomia; a mãe de dois filhos; a tutora do cão Ulisses, por exemplo.

Exposição Clarices” abre dia 24de abril em Galeria de Arte do Mercado Público de Florianópolis. Foto Carlos Souza/ Divulgação

“Embora Clarice Lispector tenha partido há 47 anos, sua prosa se faz muito necessária neste momento histórico de vazio existencial e valorização equivocada do aparente e do fútil”, diz a artista que vive e tem atelier em Porto Alegre.

Ballet Vera Bublitz, na final de uma importante competição mundial da dança

 

Escola tradicional gaúcha leva 13 bailarinas para uma das mais importante competição mundial da dança, o World Ballet Competition e entre elas, a atual medalhista de ouro na edição do ano passado, Alicia Prietsch.

Segundo o material de divulgação, Vera Bublitz tem uma importante missão neste mês: acompanhar as bailarinas finalistas de sua escola no World Ballet Competition, que será realizado de 23 a 26 de abril, na Flórida, nos Estados Unidos. Neste ano, a 17ª edição de uma das mais importantes competições de dança do mundo conta com a participação de mais de 300 participantes de 25 países, entre eles, 13 bailarinas do Ballet Vera Bublitz, de Porto Alegre.

“É com muito orgulho que vejo, mais uma vez, nossas bailarinas BVB em destaque em uma competição internacional da dança. É o reconhecimento da persistência, da técnica e da graça de nossos talentos que começaram bem cedo nessa trajetória e seguem brilhando nos palcos daqui e do mundo”, ressalta Vera Bublitz.

Com 11 anos, Alicia Prietsch volta ao World Ballet Competition depois de levar a medalha de ouro como solista, com o primeiro lugar na categoria introdutória da competição em 2023. Nesta edição, ela concorre como solista, com duas coreografias de ballet de repertório, Harlequinade e Giselle, e uma de contemporâneo, Corpo Líquido, e ainda participa de uma apresentação em grupo.

Vera Bublitz e bailarinas rumo ao World Ballet Competition – Fabiele Parizotti/ Divulgação

O Ballet Vera Bublitz emplaca sete solistas nesta edição. Além de Alicia e Antonella Feberati Algeri, que recentemente se destacou em participações em Portugal, integram o time de solistas as bailarinas Catarina Kallfelz da Costa, Larissa Barbosa Silveira, Manuela Matos Parizotti, Maria Carolina Bianchi e Marina Miguel Starosta. Elas apresentam solos de ballet de repertório e contemporâneo.

Em grupo, a coreografia autoral Seres da Floresta, do Ballet Vera Bublitz, da coreógrafa Celicia Santos, está na final do World Ballet Competition, depois de ter conquistado o primeiro lugar no Sul em Dança, em setembro do ano passado. Participam da apresentação as bailarinas Alicia Araujo Soares, Alicia Prietsch, Catarina Kallfelz da Costa, Cecília Gerling, Gabriela Dal Castel Russowski, Isabele Ribeiro de Oliveira, Júlia Treméa Spolidoro, Larissa Barbosa Silveira, Manuela Matos Parizotti, Maria Carolina Bianchi, Mariana Pedone Barroco e Marina Miguel Starosta.

Para Vera Bublitz, a presença de sua escola no World Ballet Competition com um grupo tão significativo é mais um presente pela comemoração dos seus 80 anos, completados em fevereiro. “Minha alegria é a dança. É ver essas bailarinas tão jovens se desenvolverem em busca de seus sonhos”, completa.

Ubu Tropical, do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz, tem novas apresentações no Parque da Redenção

Resultado de ampla pesquisa que envolveu seminário e oficina, o grupo retrata a personagem Pai Ubu, criada pelo francês Alfred Jarry (1873-1907), precursor do teatro contemporâneo

Ubu Tropical – Foto_Eugênio Barbosa/ Divulgação

          A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz fará novas apresentações de Ubu Tropical. O espetáculo estará dias 21 e 28 de abril, domingos, no Parque da Redenção, próximo ao Monumento ao Expedicionário. A cada domingo serão duas apresentações gratuitas, às 12h e 16h.

Segundo o material de divulgação “Os bufões do Ói Nóis Aqui Traveiz vão contar a história do Pai Ubu, símbolo do cinismo, destruição e estupidez. Em cena, as peripécias de uma personagem grotesca e cruel que, incitado por Mãe Ubu, assassina o Rei da Polônia e coroa a si mesmo, iniciando uma longa série de atrocidades que incluem traições, roubos, corrupção e assassinatos. Personagem ambicioso, covarde e irracional, o legendário Pai Ubu relembra, em chave humorística, o que o Brasil viveu nos últimos anos com um governante autoritário e demente.

Ubu Tropical. Foto:Maíra Flores/ Divulgação

     A personagem Pai Ubu foi criada pelo francês Alfred Jarry (1873-1907) precursor do teatro contemporâneo e fundador de uma nova concepção estética e ideológica de onde beberam as vanguardas do século XX, como dadaístas, surrealistas, o teatro do absurdo, e grande parte do humor grotesco atual. Jarry desenvolveu uma interessante saga com as peças Ubu Rei, Ubu Cornudo, Ubu Acorrentado e Ubu na Colina, entre outras, de comédia bufa e as vezes, escatológica e absurda. A provocação de Ubu chega, inclusive, ao universo da linguagem, inventando palavras e chamando atenção para um mundo aparentemente ordenado e progressista, mas que a todo momento cria os seus brutais Ubus.

Ubu Tropical – Foto_Eugênio Barbosa /Divulgação

       A encenação do Ói Nóis Aqui Traveiz parte da figura do bufão. São os atuadores como bufões que encenam a peça. O bufão é o ser dos paradoxos, das antíteses, o personagem do avesso e do direito, da negação e da afirmação. Sua função é de dizer alto o que se pensa baixo: ele desvela o não-dito, o interdito, o latente ou o recalcado. O bufão está ligado à rua, à praça, sendo o representante de uma reunião de vozes de contestação e de transgressão.

        O grupo iniciou sua pesquisa sobre a personagem Pai Ubu ainda durante a pandemia em 2021. Neste ano desenvolveu um seminário e uma oficina sobre a relação da personagem de Jarry com o Tropicalismo e o conceito modernista de antropofagia criado por Oswald de Andrade. Dando seguimento ao estudo apresentou nas ruas a intervenção cênica Parada Ubuesca e em 2022 criou e produziu o filme curta metragem ‘Ubu Tropical’. Durante 2023 desenvolveu esta nova criação coletiva para o Teatro de Rua.

Na criação coletiva estão em cena os atuadores Rafael Torres (Pai Ubu), Helen Sierra (Mãe Ubu), Marta Haas, Keter Velho, Eugênio Barboza, Roberto Corbo, Lucas Gheller, Márcio Leandro, Alex Pantera, Jules Bemfica, Gengiscan, Ellen Hiromi, Kayzee Fashola, Milena Moreira, Fabrício Miranda e Daniel Steil. Na parte técnica e contra regra estão Tânia Farias, Clélio Cardoso e Paulo Flores.

                A montagem de “Ubu Tropical” faz parte do Projeto Arte Pública – Criação e Formação. Uma realização da FUNARTE (Fundação Nacional das Artes) e Ministério da Cultura com recursos da emenda parlamentar da deputada federal Fernanda Melchionna.”

UBU TROPICAL

novo espetáculo da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz

Dias 21 e 28 de abril, em duas sessões por domingo: às 12h e 16h

Parque da Redenção – próximo ao Monumento do Expedicionário

O projeto Arte Pública uma realização da FUNARTE (Fundação Nacional das Artes) e Ministério da Cultura.

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OSPA celebra os 100 anos de “Rhapsody in Blue”, de Gershwin, com atrações internacionais

Sob regência de Catherine Larsen-Maguire, a Orquestra interpreta um programa dedicado à música norte-americana, com participação da pianista russa Anastasiya Evsina

Uma das obras orquestrais mais famosas do século 20, “Rhapsody in Blue” foi um sucesso desde a estreia, em 1924. Os acordes concebidos por George Gershwin (1898-1937) chegaram aos ouvidos do grande público de várias formas, desde a abertura do filme “Manhattan”, de Woody Allen, até um comercial da United Airlines amplamente veiculado nos anos 1980. Em 2024, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS), celebra o centenário da obra com o concerto “Rhapsody in Blue 100 anos”, na sexta-feira (19/04). Reconhecida pianista russa radicada no Brasil, Anastasiya Evsina é a solista convidada para executar a peça. A OSPA também recebe a regente Catherine Larsen-Maguire que, assim como Evsina, foi ovacionada na Casa da OSPA no ano passado. O concerto inicia às 20h, na Sala Sinfônica da Casa da OSPA, com transmissão ao vivo pelo canal da OSPA no YouTube. Os ingressos podem ser adquiridos pela Sympla, por valores entre R$ 10 e R$ 50.

Segundo a regente Catherine Larsen-Maguire, “Rhapsody in Blue” continua inovadora cem anos depois. As suas características de “alegria, energia e ritmo” são fios condutores de todo o concerto da OSPA, que une no repertório três geniais compositores norte-americanos do século 20. De Leonard Bernstein (1918-1990) – maestro e compositor cuja vida foi recentemente retratada no filme “Maestro” –, a OSPA interpreta a abertura da opereta “Candide”, inspirada no conto “Cândido, ou o Otimismo”, de Voltaire. Refletindo o bom-humor do personagem-título, a música é uma exuberante peça que “combina melodias líricas com a ousadia típica de Nova York”, segundo Larsen-Maguire.

Anastasiya Evsina e OSPA em 15-07-2023 Foto: Vitória Proença, divulgação OSPA

Em seguida, a pianista Anastasiya Evsina sobe ao palco da OSPA para interpretar “Rhapsody in Blue”. A obra-prima de George Gershwin construiu uma ponte entre as salas de concerto e os bares de jazz. Entretanto, Anastasiya pontua que a obra às vezes recebe críticas nos dois contextos: “Músicos de jazz frequentemente argumentam que ela não representa o verdadeiro jazz, devido à sua natureza escrita. Por outro lado, músicos clássicos reconhecem seu estilo como jazz, embora muitos críticos sustentem que eles falham em executá-la adequadamente”. Na visão da pianista, Gershwin criou uma obra que funde a expressividade do jazz com a estrutura da música clássica. “Para interpretá-la, é essencial ter sensibilidade ao jazz”, afirma Anastasiya.

Após o intervalo, a OSPA executa a majestosa terceira sinfonia de Aaron Copland (1900-1990), considerado um líder entre os compositores americanos. Segundo Leonard Bernstein, que regeu uma versão famosa da obra com a Filarmônica de Nova York, a sinfonia é “um monumento americano”. O quarto movimento contém a famosa “Fanfare for the Common Man”, cuja melodia traduziu o espírito patriótico dos Estados Unidos no pós-guerra, em 1946. Instantaneamente reconhecível, a composição heroica embala eventos esportivos, filmes hollywoodianos, cerimônias oficiais e até a tradicional festa de Ano-Novo em Times Square, em Nova York.

O público poderá conhecer a fundo o repertório antes do concerto desta semana. O violoncelista da OSPA Murilo Alves falará sobre as especificidades das músicas e seus compositores na palestra do projeto Notas de Concerto, na sexta-feira, às 19h, na Sala de Recitais.

Anastasyia Evsina _ Foto> Christoph Diewald

Anastasiya Evsina (piano – Rússia)

Reconhecida pianista russa radicada no Brasil, Anastasiya Evsina tem se apresentado globalmente. Possui mestrados em piano solo pelo Conservatório Tchaikovsky de Moscou e em música de câmara pela Academia Gnessin. Já se apresentou em locais prestigiados, como Tokyo Opera City Recital Hall, Minato Mirai Recital Hall (Japão), Palácio Nacional da Cultura, em Sofia (Bulgária), Paderewsky Hall em Lausanne (Suíça), entre outros. Nos últimos anos, Evsina fez uma série de recitais sob o tema “Grandes Compositores-Pianistas”. Em 2023, a pianista foi convidada para ser solista com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) e a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (OSTNCS). A TV Senado produziu um documentário no mesmo ano, destacando sua notável carreira.

Catherine Larsen-Maguire_Divulgação- OSPA

Catherine Larsen-Maguire (regente – Reino Unido/Alemanha)

Nascida em Manchester e radicada em Berlim, Catherine Larsen-Maguire realizou seus estudos musicais na Universidade de Cambridge (Inglaterra), na Royal Academy of Music (Londres) e na Karajan Academy (Berlim). Após uma carreira de sucesso como fagotista, que incluiu 10 anos como fagote principal no Komische Oper Berlin, Catherine voltou seu foco exclusivamente para a regência em 2012. Desde então, tornou-se uma regente muito procurada na Europa e na América Central e do Sul. Destaques recentes e futuros incluem concertos com London Philharmonic Orchestra, London Symphony Orchestra, BBC National Orchestra of Wales, Scottish Chamber Orchestra, Deutsches Sinfonieorchester Berlin, Berlin Radio Symphony Orchestra, Orquesta Sinfónica de Galicia, Orchestre du Capitole de Toulouse, Orchestre de Chambre de Paris, Jerusalem Symphony Orchestra, Hong Kong Sinfonietta e Orquesta Filarmónica de la UNAM, entre outras. Atualmente, é diretora musical das Orquestras Juvenis Nacionais da Escócia (National Youth Orchestras of Scotland). Além de compositores canônicos, Catherine tem um interesse especial em música contemporânea, tendo regido estreias mundiais e nacionais de mais de uma centena de trabalhos.

FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE

RHAPSODY IN BLUE 100 ANOS

SEXTA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2024

Início do concerto: às 20h. Palestra Notas de Concerto: às 19h, com Murilo Alves.

Onde: Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).

Ingressos: de R$ 10 a R$ 50. Descontos: ingresso solidário (com doação de 1kg de alimento), clientes Banrisul, Amigo OSPA, associados AAMACRS, sócio do Clube do Assinante RBS, idoso, doador de sangue, pessoa com deficiência e acompanhante, estudante, jovem até 15 anos e ID Jovem.

Bilheteria: via Sympla em sympla.com.br/casadaospa ou na Casa da OSPA no dia do concerto, das 15h às 20h.

Estacionamento: gratuito, no local.

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.

Transmissão ao vivo: às 19h (Notas de Concerto) e às 20h (concerto) no canal da OSPA no YouTube.
Este evento disponibiliza medidas de acessibilidade.

PROGRAMA

Leonard Bernstein | Abertura “Candide”

George Gershwin | Rhapsody in Blue

Intervalo

Aaron Copland | Sinfonia nº 3

Apresentação: Orquestra Sinfônica de Porto Alegre

Direção Artística: Evandro Matté

Regente: Catherine Larsen-Maguire (R. Unido – ALE)

Solista: Anastasiya Evsina (Piano – RUS)

Lei de Incentivo à Cultura

Patrocínio da Temporada Artística: Banrisul, John Deere, Gerdau e Bazk.

Apoio da Temporada Artística: Trento, Sponchiado, Cavaletti, Unimed, Triel-HT, Intercity, Imobi e Blumenstrauss. Promoção: Clube do Assinante.

Realização: Fundação Cultural Pablo Komlós, Fundação Ospa, Secretaria da Cultura do RS, Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

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Noite de charlas, tertúlias e milongas literárias com especialistas em Simões Lopes Neto

 

Geraldo Hasse
Quem gosta de charlas, tertúlias e milongas literárias sobre a cultura gaúcha e, particularmente, sobre a vida e a obra do escritor João Simões Lopes Neto, tem uma rara chance de forrar o poncho na quinta-feira 18 de
abril, a partir das 18h30m, na Livraria Paralelo 30, rua Vieira de Castro, 48, bairro Farroupilha, em Porto Alegre. No centro da mesa, estará o advogado e professor Carlos Francisco Sica Diniz, autor da mais completa biografia do criador do vaqueano Blau Nunes, personagem que se confunde com 1001 peões do Pampa. A seu lado, sempre pronto a trovar com os presentes, o professor Luis Augusto Fischer, da UFRGS, e o juiz aposentado Fausto Domingues, bibliófilo juramentado que colecionou livros e amigos na ex-Princesa do Sul, onde morou por muitos anos.

Da esq pra direita: Fausto Domingues, Carlos Francisco Sica Diniz e Luis Augusto Fischer no lançamento (dia 14/3 em Pelotas) do livro “João Simões Lopes Neto — uma biografia”, a ser lançado dia 18/4 na livraria paralelo 30 em POA / Foto: Divulgação

É um lançamento de luxo emoldurado por uma centenária coincidência:  faz um século que João Simões Lopes Neto (1865-1916) recebeu o primeiro
elogio público do crítico João Pinto da Silva, autor da “História Literária do Rio Grande do Sul”, livro de 1924 em que o contista pelotense mereceu meia dúzia de páginas ao lado de famosos como Alcides Maia, Apolinário Porto Alegre e Marcelo Gama, entre outros.

 

A capa da mais recente biografia sobre o escritor João Simões Lopes Neto/ Divulgação

Já a nova biografia do hoje consagrado escritor pampeano, tema da noitada da próxima quinta-feira, dia 18 de abril, tem mais de 400 páginas e abrange pela primeira vez um levantamento minucioso dos 51 anos de vida do neto que morreu pobre apesar de ter nascido numa das famílias mais ricas da província, na época. Por ser o mais recente de uma extensa lista de obras sobre JSLN, o livro de Sica Diniz é mais do que uma biografia: ele avalia, comenta, interpreta, contextualiza e repassa toda a vida e a obra do sujeito franzino e vesgo por todos conhecido na terra natal como Joca Simões.

Com seu modo diplomático de escrever, Diniz encara e disseca os aspectos polêmicos da vida do seu personagem, que ressurge quase como figura de
romance. Fora a introdução, os dois prefácios (dos professores Ligia Chiappini e L.A. Fischer) e o posfácio (de Fausto Domingues, que recorda os encontros de amigos em torno de livros em Pelotas), o trabalho de
Diniz se desdobra ao longo de 16 capítulos. Destes, o único de travessia mais difícil é o primeiro, com 14 páginas sobre a genealogia da família Simões Lopes, cujo pioneiro originário de Portugal ganhou da Coroa
muitas léguas de campo na região de Pelotas no final do século XVIII.

As capas dos livros da biografia lançada por Carlos Francisco Sica Diniz, em 2023 e 2024

O primeiro João Simões Lopes teve 22 filhos. A figura mais folclórica desta parte familiar é Catão Bonifácio Lopes, pai do futuro escritor. É um gauchão largado, quase um capitão Rodrigo Cambará, dado a proezas
muito faladas. Certa vez teria invadido a cavalo o Teatro Sete de Abril para desfeitear a plateia por ter vaiado artistas brasileiros…

O cigarro marca Diavolus, uma iniciativa de negócio do escritor João Simões Lopes Neto; Reprodução/Divulgação

Neto do patriarca de mesmo nome, Joca Simões viveu 25 anos no Império e outro tanto na República. Dividiu-se entre a escrita e negócios de duvidoso sucesso. Embora não tenha estudado além do ensino médio, era
culto, bem relacionado nos meios literários e se envolveu em atividades tão variadas como o despacho portuário, a manufatura de tabaco, o ciclismo, o culto ao patriotismo, o tradicionalismo, o teatro, o jornalismo e o magistério. O mais famoso de seus empreendimentos foi uma
indústria caseira de cigarros da marca Diavolus (Diabo) virou sinônimo de coisa ruim e indício de sua desavença com o catolicismo e de sua afeição à maçonaria. Amigo de intelectuais do Rio, onde viveu alguns anos na
juventude, só foi reconhecido a partir do momento em que morreu inesperadamente de uma úlcera duodenal supurada. Seu enterro “parou a
cidade”.

Apenas quatro anos antes havia publicado — em brochuras de baixa tiragem por favor de um parente — os livros que lhe dariam fama: Contos Gauchescos e Lendas do Sul, que teriam servido de inspiração para o mineiro João Guimarães Rosa escrever suas histórias sertanejas. Sim ou não, são eles os maiores joões da literatura brasileira.

Tudo isso está esmiuçado no primoroso livro agora publicado pela Editora Coragem — na realidade, uma reedição revista e ampliada da primeira edição (300 páginas) editada em 2003 pela AGE em parceria com a UCPel e que ganhou um prêmio Açorianos em 2004. Não se pode dizer que este seja “o melhor” livro sobre Simões: entre tantos publicados desde 1949, cada um com seu viés literário ou enfoque biográfico, este tem a vantagem de ser o mais atual, tendo seu autor percorrido de ponta a ponta toda a trajetória de vida do mais notável escritor sulino até o aparecimento de Erico Verissimo. Foram anos de pesquisa por conta própria. Além de ler tudo que Simões escreveu, sobretudo na imprensa, Sica Diniz foi ao Rio para tirar a limpo a lenda de que o jovem
pelotense teria estudado medicina na capital do Império.
Nascido em 1941, Carlos Francisco Sica Diniz trabalhou por um ano (1960) como repórter do Diário Popular de Pelotas antes de se dedicar ao Direito. Com a morte do pai, em 1967, coube-lhe tocar o escritório de advocacia paterno.

Aos 82 anos, preside o Instituto João Simões Lopes
Neto, fundado há 25 anos e que funciona numa das casas em que morou Joca Simões com a esposa Francisca e a filha adotiva Firmina. Nesse casarão, o livro teve seu primeiro lançamento no último dia 14 de março, com as
presenças dos três estudiosos citados no início deste texto.