Ubu Tropical, do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz, tem novas apresentações no Parque da Redenção

Resultado de ampla pesquisa que envolveu seminário e oficina, o grupo retrata a personagem Pai Ubu, criada pelo francês Alfred Jarry (1873-1907), precursor do teatro contemporâneo

Ubu Tropical – Foto_Eugênio Barbosa/ Divulgação

          A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz fará novas apresentações de Ubu Tropical. O espetáculo estará dias 21 e 28 de abril, domingos, no Parque da Redenção, próximo ao Monumento ao Expedicionário. A cada domingo serão duas apresentações gratuitas, às 12h e 16h.

Segundo o material de divulgação “Os bufões do Ói Nóis Aqui Traveiz vão contar a história do Pai Ubu, símbolo do cinismo, destruição e estupidez. Em cena, as peripécias de uma personagem grotesca e cruel que, incitado por Mãe Ubu, assassina o Rei da Polônia e coroa a si mesmo, iniciando uma longa série de atrocidades que incluem traições, roubos, corrupção e assassinatos. Personagem ambicioso, covarde e irracional, o legendário Pai Ubu relembra, em chave humorística, o que o Brasil viveu nos últimos anos com um governante autoritário e demente.

Ubu Tropical. Foto:Maíra Flores/ Divulgação

     A personagem Pai Ubu foi criada pelo francês Alfred Jarry (1873-1907) precursor do teatro contemporâneo e fundador de uma nova concepção estética e ideológica de onde beberam as vanguardas do século XX, como dadaístas, surrealistas, o teatro do absurdo, e grande parte do humor grotesco atual. Jarry desenvolveu uma interessante saga com as peças Ubu Rei, Ubu Cornudo, Ubu Acorrentado e Ubu na Colina, entre outras, de comédia bufa e as vezes, escatológica e absurda. A provocação de Ubu chega, inclusive, ao universo da linguagem, inventando palavras e chamando atenção para um mundo aparentemente ordenado e progressista, mas que a todo momento cria os seus brutais Ubus.

Ubu Tropical – Foto_Eugênio Barbosa /Divulgação

       A encenação do Ói Nóis Aqui Traveiz parte da figura do bufão. São os atuadores como bufões que encenam a peça. O bufão é o ser dos paradoxos, das antíteses, o personagem do avesso e do direito, da negação e da afirmação. Sua função é de dizer alto o que se pensa baixo: ele desvela o não-dito, o interdito, o latente ou o recalcado. O bufão está ligado à rua, à praça, sendo o representante de uma reunião de vozes de contestação e de transgressão.

        O grupo iniciou sua pesquisa sobre a personagem Pai Ubu ainda durante a pandemia em 2021. Neste ano desenvolveu um seminário e uma oficina sobre a relação da personagem de Jarry com o Tropicalismo e o conceito modernista de antropofagia criado por Oswald de Andrade. Dando seguimento ao estudo apresentou nas ruas a intervenção cênica Parada Ubuesca e em 2022 criou e produziu o filme curta metragem ‘Ubu Tropical’. Durante 2023 desenvolveu esta nova criação coletiva para o Teatro de Rua.

Na criação coletiva estão em cena os atuadores Rafael Torres (Pai Ubu), Helen Sierra (Mãe Ubu), Marta Haas, Keter Velho, Eugênio Barboza, Roberto Corbo, Lucas Gheller, Márcio Leandro, Alex Pantera, Jules Bemfica, Gengiscan, Ellen Hiromi, Kayzee Fashola, Milena Moreira, Fabrício Miranda e Daniel Steil. Na parte técnica e contra regra estão Tânia Farias, Clélio Cardoso e Paulo Flores.

                A montagem de “Ubu Tropical” faz parte do Projeto Arte Pública – Criação e Formação. Uma realização da FUNARTE (Fundação Nacional das Artes) e Ministério da Cultura com recursos da emenda parlamentar da deputada federal Fernanda Melchionna.”

UBU TROPICAL

novo espetáculo da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz

Dias 21 e 28 de abril, em duas sessões por domingo: às 12h e 16h

Parque da Redenção – próximo ao Monumento do Expedicionário

O projeto Arte Pública uma realização da FUNARTE (Fundação Nacional das Artes) e Ministério da Cultura.

https://www.oinoisaquitraveiz.com.br/

https://www.instagram.com/oinoisaquitraveiz/

https://www.youtube.com/oinoisaquitraveiz

https://www.facebook.com/oinoisaquitraveiz2/

OSPA celebra os 100 anos de “Rhapsody in Blue”, de Gershwin, com atrações internacionais

Sob regência de Catherine Larsen-Maguire, a Orquestra interpreta um programa dedicado à música norte-americana, com participação da pianista russa Anastasiya Evsina

Uma das obras orquestrais mais famosas do século 20, “Rhapsody in Blue” foi um sucesso desde a estreia, em 1924. Os acordes concebidos por George Gershwin (1898-1937) chegaram aos ouvidos do grande público de várias formas, desde a abertura do filme “Manhattan”, de Woody Allen, até um comercial da United Airlines amplamente veiculado nos anos 1980. Em 2024, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS), celebra o centenário da obra com o concerto “Rhapsody in Blue 100 anos”, na sexta-feira (19/04). Reconhecida pianista russa radicada no Brasil, Anastasiya Evsina é a solista convidada para executar a peça. A OSPA também recebe a regente Catherine Larsen-Maguire que, assim como Evsina, foi ovacionada na Casa da OSPA no ano passado. O concerto inicia às 20h, na Sala Sinfônica da Casa da OSPA, com transmissão ao vivo pelo canal da OSPA no YouTube. Os ingressos podem ser adquiridos pela Sympla, por valores entre R$ 10 e R$ 50.

Segundo a regente Catherine Larsen-Maguire, “Rhapsody in Blue” continua inovadora cem anos depois. As suas características de “alegria, energia e ritmo” são fios condutores de todo o concerto da OSPA, que une no repertório três geniais compositores norte-americanos do século 20. De Leonard Bernstein (1918-1990) – maestro e compositor cuja vida foi recentemente retratada no filme “Maestro” –, a OSPA interpreta a abertura da opereta “Candide”, inspirada no conto “Cândido, ou o Otimismo”, de Voltaire. Refletindo o bom-humor do personagem-título, a música é uma exuberante peça que “combina melodias líricas com a ousadia típica de Nova York”, segundo Larsen-Maguire.

Anastasiya Evsina e OSPA em 15-07-2023 Foto: Vitória Proença, divulgação OSPA

Em seguida, a pianista Anastasiya Evsina sobe ao palco da OSPA para interpretar “Rhapsody in Blue”. A obra-prima de George Gershwin construiu uma ponte entre as salas de concerto e os bares de jazz. Entretanto, Anastasiya pontua que a obra às vezes recebe críticas nos dois contextos: “Músicos de jazz frequentemente argumentam que ela não representa o verdadeiro jazz, devido à sua natureza escrita. Por outro lado, músicos clássicos reconhecem seu estilo como jazz, embora muitos críticos sustentem que eles falham em executá-la adequadamente”. Na visão da pianista, Gershwin criou uma obra que funde a expressividade do jazz com a estrutura da música clássica. “Para interpretá-la, é essencial ter sensibilidade ao jazz”, afirma Anastasiya.

Após o intervalo, a OSPA executa a majestosa terceira sinfonia de Aaron Copland (1900-1990), considerado um líder entre os compositores americanos. Segundo Leonard Bernstein, que regeu uma versão famosa da obra com a Filarmônica de Nova York, a sinfonia é “um monumento americano”. O quarto movimento contém a famosa “Fanfare for the Common Man”, cuja melodia traduziu o espírito patriótico dos Estados Unidos no pós-guerra, em 1946. Instantaneamente reconhecível, a composição heroica embala eventos esportivos, filmes hollywoodianos, cerimônias oficiais e até a tradicional festa de Ano-Novo em Times Square, em Nova York.

O público poderá conhecer a fundo o repertório antes do concerto desta semana. O violoncelista da OSPA Murilo Alves falará sobre as especificidades das músicas e seus compositores na palestra do projeto Notas de Concerto, na sexta-feira, às 19h, na Sala de Recitais.

Anastasyia Evsina _ Foto> Christoph Diewald

Anastasiya Evsina (piano – Rússia)

Reconhecida pianista russa radicada no Brasil, Anastasiya Evsina tem se apresentado globalmente. Possui mestrados em piano solo pelo Conservatório Tchaikovsky de Moscou e em música de câmara pela Academia Gnessin. Já se apresentou em locais prestigiados, como Tokyo Opera City Recital Hall, Minato Mirai Recital Hall (Japão), Palácio Nacional da Cultura, em Sofia (Bulgária), Paderewsky Hall em Lausanne (Suíça), entre outros. Nos últimos anos, Evsina fez uma série de recitais sob o tema “Grandes Compositores-Pianistas”. Em 2023, a pianista foi convidada para ser solista com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) e a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (OSTNCS). A TV Senado produziu um documentário no mesmo ano, destacando sua notável carreira.

Catherine Larsen-Maguire_Divulgação- OSPA

Catherine Larsen-Maguire (regente – Reino Unido/Alemanha)

Nascida em Manchester e radicada em Berlim, Catherine Larsen-Maguire realizou seus estudos musicais na Universidade de Cambridge (Inglaterra), na Royal Academy of Music (Londres) e na Karajan Academy (Berlim). Após uma carreira de sucesso como fagotista, que incluiu 10 anos como fagote principal no Komische Oper Berlin, Catherine voltou seu foco exclusivamente para a regência em 2012. Desde então, tornou-se uma regente muito procurada na Europa e na América Central e do Sul. Destaques recentes e futuros incluem concertos com London Philharmonic Orchestra, London Symphony Orchestra, BBC National Orchestra of Wales, Scottish Chamber Orchestra, Deutsches Sinfonieorchester Berlin, Berlin Radio Symphony Orchestra, Orquesta Sinfónica de Galicia, Orchestre du Capitole de Toulouse, Orchestre de Chambre de Paris, Jerusalem Symphony Orchestra, Hong Kong Sinfonietta e Orquesta Filarmónica de la UNAM, entre outras. Atualmente, é diretora musical das Orquestras Juvenis Nacionais da Escócia (National Youth Orchestras of Scotland). Além de compositores canônicos, Catherine tem um interesse especial em música contemporânea, tendo regido estreias mundiais e nacionais de mais de uma centena de trabalhos.

FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE

RHAPSODY IN BLUE 100 ANOS

SEXTA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2024

Início do concerto: às 20h. Palestra Notas de Concerto: às 19h, com Murilo Alves.

Onde: Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).

Ingressos: de R$ 10 a R$ 50. Descontos: ingresso solidário (com doação de 1kg de alimento), clientes Banrisul, Amigo OSPA, associados AAMACRS, sócio do Clube do Assinante RBS, idoso, doador de sangue, pessoa com deficiência e acompanhante, estudante, jovem até 15 anos e ID Jovem.

Bilheteria: via Sympla em sympla.com.br/casadaospa ou na Casa da OSPA no dia do concerto, das 15h às 20h.

Estacionamento: gratuito, no local.

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.

Transmissão ao vivo: às 19h (Notas de Concerto) e às 20h (concerto) no canal da OSPA no YouTube.
Este evento disponibiliza medidas de acessibilidade.

PROGRAMA

Leonard Bernstein | Abertura “Candide”

George Gershwin | Rhapsody in Blue

Intervalo

Aaron Copland | Sinfonia nº 3

Apresentação: Orquestra Sinfônica de Porto Alegre

Direção Artística: Evandro Matté

Regente: Catherine Larsen-Maguire (R. Unido – ALE)

Solista: Anastasiya Evsina (Piano – RUS)

Lei de Incentivo à Cultura

Patrocínio da Temporada Artística: Banrisul, John Deere, Gerdau e Bazk.

Apoio da Temporada Artística: Trento, Sponchiado, Cavaletti, Unimed, Triel-HT, Intercity, Imobi e Blumenstrauss. Promoção: Clube do Assinante.

Realização: Fundação Cultural Pablo Komlós, Fundação Ospa, Secretaria da Cultura do RS, Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

Acompanhe as notícias da Fundação OSPA:

ospa.rs.gov.br

instagram.com/ospabr

facebook.com/ospabr

youtube.com/ospaRS

twitter.com/ospabr

A peça teatral “Curiosa Mente do Fim do Mundo ao Começo”, no Teatro do SESC 

O espetáculo teatral “Curiosa Mente do Fim do Mundo ao Começo” é, segundo o material de divulgação, “uma  viagem nos Tempos. Entre Grécia, Roma,  Bob Marley, Einstein e Mulheres incríveis e Maravilhosas. Amor, Música, Humor e um professor de Cursinho muito Aloprado. Com Oscar Simch (Homem de Perto), Evandro Soldatelli (Logo Ali) e Jottagá Souza Gomes (vem chegando)

Fotos: Pedro Henrique Barbo/ Divulgação

Conduzido pelos atores Oscar Simch e Evandro Soldatelli, com trilha sonora ao vivo de Jotagá Souza Gomes, a montagem propõe um passeio por relatos da arte, gente, tempo e cultura que humanizam o mundo. Ela é composta por oito quadros com histórias sobre personalidades e acontecimentos reais, entre passagens cômicas e dramáticas, que destacam diferentes pessoas que realizaram feitos para transformar a humanidade.

Jotagá Gomes, Oscar Simch e Evandro Soldatelli,/ Divulgação

As apresentações acontecem às 19h30 nos três dias e possuem classificação indicativa de 12 anos. Os ingressos estão disponíveis para compra através da plataforma Sympla a partir de R$20. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3284-2000 ou WhatsApp (51) 98608-5456.

Arte Sesc 

É um dos pilares prioritários para o Sesc/RS e tem como propósitos a valorização da arte e a disseminação da cultura para a sociedade de forma democrática e acessível, com ações que proporcionem a formação de plateias dos mais diferentes públicos. Dessa forma, promove atividades culturais de teatro, música, artes plásticas, circo, literatura e cinema, com uma intensa troca de experiências para ampliar o acesso à produção artística.

SERVIÇO

Curiosa Mente – Sesc Alberto Bins

Data: 18, 19 e 20/04 (quinta-feira a sábado)

Horários: 19h30 nos três dias

Local: Teatro do Sesc Alberto Bins (Av. Alberto Bins, 665)

Ingressos:

18/04 – https://www.sympla.com.br/evento/curiosa-mente-do-fim-do-mundo-ao-comeco/2398726

19/04 – https://www.sympla.com.br/evento/curiosa-mente-do-fim-do-mundo-ao-comeco-copia/2399069

20/04 – https://www.sympla.com.br/evento/curiosa-mente-do-fim-do-mundo-ao-comeco-copia-copia/2399075

Informações: Pelo telefone (51) 3284-2000 ou WhatsApp (51) 98608-5456

Ingressos pelo Sympla e no local.

Noite de charlas, tertúlias e milongas literárias com especialistas em Simões Lopes Neto

 

Geraldo Hasse
Quem gosta de charlas, tertúlias e milongas literárias sobre a cultura gaúcha e, particularmente, sobre a vida e a obra do escritor João Simões Lopes Neto, tem uma rara chance de forrar o poncho na quinta-feira 18 de
abril, a partir das 18h30m, na Livraria Paralelo 30, rua Vieira de Castro, 48, bairro Farroupilha, em Porto Alegre. No centro da mesa, estará o advogado e professor Carlos Francisco Sica Diniz, autor da mais completa biografia do criador do vaqueano Blau Nunes, personagem que se confunde com 1001 peões do Pampa. A seu lado, sempre pronto a trovar com os presentes, o professor Luis Augusto Fischer, da UFRGS, e o juiz aposentado Fausto Domingues, bibliófilo juramentado que colecionou livros e amigos na ex-Princesa do Sul, onde morou por muitos anos.

Da esq pra direita: Fausto Domingues, Carlos Francisco Sica Diniz e Luis Augusto Fischer no lançamento (dia 14/3 em Pelotas) do livro “João Simões Lopes Neto — uma biografia”, a ser lançado dia 18/4 na livraria paralelo 30 em POA / Foto: Divulgação

É um lançamento de luxo emoldurado por uma centenária coincidência:  faz um século que João Simões Lopes Neto (1865-1916) recebeu o primeiro
elogio público do crítico João Pinto da Silva, autor da “História Literária do Rio Grande do Sul”, livro de 1924 em que o contista pelotense mereceu meia dúzia de páginas ao lado de famosos como Alcides Maia, Apolinário Porto Alegre e Marcelo Gama, entre outros.

 

A capa da mais recente biografia sobre o escritor João Simões Lopes Neto/ Divulgação

Já a nova biografia do hoje consagrado escritor pampeano, tema da noitada da próxima quinta-feira, dia 18 de abril, tem mais de 400 páginas e abrange pela primeira vez um levantamento minucioso dos 51 anos de vida do neto que morreu pobre apesar de ter nascido numa das famílias mais ricas da província, na época. Por ser o mais recente de uma extensa lista de obras sobre JSLN, o livro de Sica Diniz é mais do que uma biografia: ele avalia, comenta, interpreta, contextualiza e repassa toda a vida e a obra do sujeito franzino e vesgo por todos conhecido na terra natal como Joca Simões.

Com seu modo diplomático de escrever, Diniz encara e disseca os aspectos polêmicos da vida do seu personagem, que ressurge quase como figura de
romance. Fora a introdução, os dois prefácios (dos professores Ligia Chiappini e L.A. Fischer) e o posfácio (de Fausto Domingues, que recorda os encontros de amigos em torno de livros em Pelotas), o trabalho de
Diniz se desdobra ao longo de 16 capítulos. Destes, o único de travessia mais difícil é o primeiro, com 14 páginas sobre a genealogia da família Simões Lopes, cujo pioneiro originário de Portugal ganhou da Coroa
muitas léguas de campo na região de Pelotas no final do século XVIII.

As capas dos livros da biografia lançada por Carlos Francisco Sica Diniz, em 2023 e 2024

O primeiro João Simões Lopes teve 22 filhos. A figura mais folclórica desta parte familiar é Catão Bonifácio Lopes, pai do futuro escritor. É um gauchão largado, quase um capitão Rodrigo Cambará, dado a proezas
muito faladas. Certa vez teria invadido a cavalo o Teatro Sete de Abril para desfeitear a plateia por ter vaiado artistas brasileiros…

O cigarro marca Diavolus, uma iniciativa de negócio do escritor João Simões Lopes Neto; Reprodução/Divulgação

Neto do patriarca de mesmo nome, Joca Simões viveu 25 anos no Império e outro tanto na República. Dividiu-se entre a escrita e negócios de duvidoso sucesso. Embora não tenha estudado além do ensino médio, era
culto, bem relacionado nos meios literários e se envolveu em atividades tão variadas como o despacho portuário, a manufatura de tabaco, o ciclismo, o culto ao patriotismo, o tradicionalismo, o teatro, o jornalismo e o magistério. O mais famoso de seus empreendimentos foi uma
indústria caseira de cigarros da marca Diavolus (Diabo) virou sinônimo de coisa ruim e indício de sua desavença com o catolicismo e de sua afeição à maçonaria. Amigo de intelectuais do Rio, onde viveu alguns anos na
juventude, só foi reconhecido a partir do momento em que morreu inesperadamente de uma úlcera duodenal supurada. Seu enterro “parou a
cidade”.

Apenas quatro anos antes havia publicado — em brochuras de baixa tiragem por favor de um parente — os livros que lhe dariam fama: Contos Gauchescos e Lendas do Sul, que teriam servido de inspiração para o mineiro João Guimarães Rosa escrever suas histórias sertanejas. Sim ou não, são eles os maiores joões da literatura brasileira.

Tudo isso está esmiuçado no primoroso livro agora publicado pela Editora Coragem — na realidade, uma reedição revista e ampliada da primeira edição (300 páginas) editada em 2003 pela AGE em parceria com a UCPel e que ganhou um prêmio Açorianos em 2004. Não se pode dizer que este seja “o melhor” livro sobre Simões: entre tantos publicados desde 1949, cada um com seu viés literário ou enfoque biográfico, este tem a vantagem de ser o mais atual, tendo seu autor percorrido de ponta a ponta toda a trajetória de vida do mais notável escritor sulino até o aparecimento de Erico Verissimo. Foram anos de pesquisa por conta própria. Além de ler tudo que Simões escreveu, sobretudo na imprensa, Sica Diniz foi ao Rio para tirar a limpo a lenda de que o jovem
pelotense teria estudado medicina na capital do Império.
Nascido em 1941, Carlos Francisco Sica Diniz trabalhou por um ano (1960) como repórter do Diário Popular de Pelotas antes de se dedicar ao Direito. Com a morte do pai, em 1967, coube-lhe tocar o escritório de advocacia paterno.

Aos 82 anos, preside o Instituto João Simões Lopes
Neto, fundado há 25 anos e que funciona numa das casas em que morou Joca Simões com a esposa Francisca e a filha adotiva Firmina. Nesse casarão, o livro teve seu primeiro lançamento no último dia 14 de março, com as
presenças dos três estudiosos citados no início deste texto.

As cores de Marcelo Zanini, em obras de grandes dimensões, no Espaço Cultural Correios

Vernissage da exposição “Croma” será no sábado, 13 de abril, às 11h. Mostra segue no local até o dia 18 de maio, com entrada franca.

Segundo o material de divulgação, Marcelo Zanini alia paixão e beleza em sua trajetória como artista e médico. O resultado dessa união pode ser conferido na exposição “Croma”, que inaugura no sábado, 13 de abril, às 11h, no Espaço Cultural Correios, com curadoria de Fábio André Rheinheimer. São 27 obras de grandes dimensões que expressam nas cores e nos gestos uma arte visceral. A mostra fica em cartaz até o dia 18 de maio e pode ser visitada de terça a sábado das 10h às 17h, com entrada franca.

O artista visual Marcelo Zanini/ Foto:
Wandeley Oliveira/ Divulgação

“As obras selecionadas para compor esta exposição apresentam uma construção livre, gestual e estabelece uma proposta visual potente. São obras isentas de elementos figurativos balizadores convencionais; a discorrer sobre sentimentos como o sofrimento, a paixão e a fúria, elementos essencialmente humanos. ‘Croma’ traz relatos pungentes e arrebatadores, expressos em cada movimento, revelando nas cores, a alma do artista”, apresenta o curador.

Ibis -Marcelo Zanini – Wanderlei Oliveira/ Divulgação

Marcelo Zanini iniciou a pesquisa do expressionismo abstrato na década de 90, participando de exposições no Brasil e no exterior. O artista concilia o trabalho médico com a pintura e transformou sua clínica em uma verdadeira galeria de arte, que também abre espaço para o amplo estúdio onde produz suas obras. “Na medicina eu trabalho com precisão milimétrica, mas na arte abstrata eu exerço a liberdade nos gestos e na profusão de cores”, revela.

Resultado de ininterrupto processo criativo, a exposição “Croma” apresenta um conjunto de obras em sintonia tanto no que se refere ao conceito abordado quanto à técnica empregada. “Sua arte não comunga com dogmas formais, recursos óbvios ou qualquer representação ‘não abstrata’. Por meio de sua gestualidade, expressa a inspiração momentânea a cada pincelada. Nessa pesquisa pictórica continuada, Zanini desenvolve estética visceral e intensa, portanto, muito alinhada à proposta do expressionismo abstrato”, conclui Rheinheimer.

Frésia – Marcelo Zanini – Foto Wanderlei Oliveira/ Divulgação

Croma – Pinturas de Marcelo Zanini

Curadoria: Fábio André Rheinheimer

Vernissage: 13 de abril, das 11h00 às 13h00

Visitação: de 13 de abril a 18 de maio de 2024 – terça a sábado das 10h às 17h

Local: Espaço Cultural Correios

Endereço: Av. 7 de Setembro, Nº1020, Praça da Alfândega, Porto Alegre, RS

Pop Art na Casa Amarela, na mostra “Expo Actioneon”, do pintor Geraldo Markes

 

O artista visual santa-mariense Geraldo Markes inaugurou sábado (6/4), na Casa Amarela, em Porto Alegre, a mostra “Expo Actioneon”, que permanece aberta à visitação, de segunda à sexta-feira, das 14h às 17h, até o próximo dia 18. A entrada é gratuita.

O artista Geraldo Markes na abertura da exposição/ Divulgação

A Pop Art é a estética que une técnicas diferentes entre as 30 obras exibidas nas duas salas da Casa Amarela, na Avenida José Gertum, 671, bairro Chácara das Pedras. Na primeira sala, com iluminação clara, estão 15 trabalhos digitais feitos a partir de fotos manipuladas no Photoshop. Pode-se ver ali, por exemplo, o legendário Chuck Berry empunhando sua guitarra em uma pose de quase espacato.

O lendário Chuck Berry no trabalho de Geraldo Markes/ Divulgação

A segunda sala é dominada pela luz negra, e o espectador mergulha na atmosfera do neon. Essa tinta é usada na produção das 15 obras do recinto, algumas delas remetendo para cenas noturnas de ruas, prédios e personagens nova-iorquinos. A fim de garantir que o efeito visual do neon seja mantido para além do espaço expositivo, quem compra obra dessa sala ganha lâmpada de luz negra para, em casa, curtir o mesmo clima experimentado na galeria. No vernissage, o artista, que morou em São Paulo por muitos anos, produziu um trabalho ao vivo.

“Geraldo Markes, tendo como tema a ação, logra dar corporeidade a sua inquietude plástica e estética, constituindo duas séries de trabalhos que se entrecruzam através de elementos comuns, a tecnologia e a memória cultural. Com isso, ele rememora e atualiza, homenageia e dá vazão a sua criatividade, produz seu trabalho reproduzindo marcas importantes da cultura contemporânea”, diz Nilda Jacks, fundadora da Casa Amarela.

Fotos: Carlos Souza/Divulgação

O show de humor “UFTchê – A Peleia” faz curta temporada em Porto Alegre

O próximo embate do Guri de Uruguaiana (Jair Kobe), o Gaúcho Raiz,  e o Léo, Gauchão de Apartamento (Dudu Weber) já tem local, data e hora para acontecer. O show de humor UFTchê – A Peleia faz curta temporada no Teatro da AMRIGS nos dias 12, 13 e 14 de abril, sexta e sábado às 21h e domingo às 20h. Com indicação livre para todos os públicos, o espetáculo já está com os ingressos à venda pelo link https://linktr.ee/uftche  ao valor de R$ 60,00 (+ taxas) mais 01 kg de alimento não perecível e R$ 40,00 (+ taxas) a meia entrada. Na hora, o ingresso custará R$ 80,00 (+ taxas).

É chimarrão ou o Chimas?  Bebe-se na cuia de porongo ou na cuia térmica? E o churrasco? Pode ser abreviado para churras?  Já pode ser feito na Air Fryer e a carne temperada com sal fino? No ringue de humor, as tradições do Pampa Gaúcho são confrontadas pelos dois humoristas durante quase uma hora e meia. “Nesse espetáculo inédito, eu e o Guri exploramos a cultura gaúcha em todos os seus aspectos. Temos nessa peleia entre os costumes raiz e da gauchada de apartamento a missão de transmitir as tradições do nosso Estado para as próximas gerações “, afirma Dudu Weber.

O Gaúcho Raiz e o Gaúcho de Apartamento disputam o Cinturão de Ouro ou, como se diz em bom gauchês, ao Guaiacão de Ouro.  “É um show muito divertido de fazer, completamente diferente do que eu venho fazendo nesses mais de 20 anos de humor. Esse exercício de interagir com o Léo no palco e essa interação com a plateia, Realmente dá um 1 toque especial para o espetáculo”, finaliza Jair.

SERVIÇO

O QUE: UFTchê – A Peleia

DATA:  12, 13 e 14 de abril

HORÁRIO:  sexta e sábado às 21h / domingo às 20h

LOCAL:  Teatro da AMRIGS (Avenida Ipiranga, 5311 Partenon)

INFORMAÇÕES: (51) 99313.4843

INGRESSOS:

Inteiro (Na hora) R$ 80,00

Antecipado + 1Kg de Alimento R$ 60,00¹

Meia-entrada R$ 40,00²

Compra e informações: https://linktr.ee/uftche

 

 

 

¹Os alimentos deverão ser entregues no Teatro, no momento da entrada ao evento.

² Para o benefício da meia-entrada:

* 50% de desconto para estudantes: Lei Federal 12.933/13 – é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo.

* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.

* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.

* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

* 50% para doadores regulares de sangue: Lei Estadual n° 13.891/12 – obrigatória apresentação de documento oficial válido e expedido pelos hemocentros/bancos de sangue.

Crianças menores de 5 anos que não ocupem assento (sentem no colo) não pagam ingresso.

Crianças acima de 5 anos pagam meia-entrada

 

 Sexta Blues, no Espaço 373, começa com Mari Kerber e Ale Ravanello Trio

Nesta sexta (5), Mari Kerber e Ale Ravanello dão a largada ao Sexta Blues no Espaço 373. Acompanhados pelo baterista Clark Carballo, eles reinterpretam clássicos do blues e do jazz, dois gêneros que os aproximaram a partir de 2014, e músicas do primeiro álbum da dupla, “So Many Stories to Tell”, lançado em 2019.

Mari Kerber e Ale Ravanello. Foto de Maicon
Hinrichsen/Divulgação

Com curadoria e produção do músico Andy Serrano, mais conhecido como Andy Boy, o projeto pretende explorar as mais diversas vertentes do blues e tornar o 373 um espaço de encontro dos admiradores desse estilo.

Ainda em 2024, sobem ao palco nomes, como o próprio Andy Boy, Alexandre França, Blues da Casa Torta, Coié Lacerda, Guto Konrad, Hard Blues Trio, Money Man e Thiago Bitencourt.

Mari Kerber e Ale Ravanello. Foto de Maicon Hinrichsen/Divulgação

SERVIÇO
5 de abril | Sexta-feira | 21h
Mari Kerber & Ale Ravanello Trio
Ingressos: R$30 a R$90
Ingressos antecipados: https://www.sympla.com.br/evento/mari-kerber-ale-ravanello-trio/2366211

Onde: Espaço 373 (Rua Comendador Coruja, 373 – Bairro Floresta)
Informações e reservas de mesas pelo WhatsApp: (51) 9 81423137 ou (51) 9 98902810

As pinturas abstratas em cores fortes, na exposição “Portais de Luz”, de Décio Rosolen

O paulista Décio Rosolen, um dos artistas visuais mais celebrados da atualidade, realiza sua primeira exposição na capital gaúcha. Sua arte, presente em espaços culturais, arquitetônicos e em ambientes de Norte a Sul do Brasil, estará na Galeria Bublitz, em Porto Alegre, com a exposição “Portais de Luz”. O vernissage será realizado no sábado, 6 de abril, das 10h às 13h, na Galeria Bublitz, localizada na Av. Neusa Goulart Brizola, 143, em Porto Alegre. São mais de 30 obras do artista, entre pinturas e gravuras, que poderão ser vistas no local até o dia 6 de maio. A mostra tem entrada franca.

Segundo o material de divulgação, “Nas pinturas abstratas de Rosolen, o concreto aparece em cores fortes, que deixam a luz emanar de telas pintadas originalmente em branco. O dourado e o preto surgem como contorno, mas também evocam uma presença iluminada. Em sua obra, o artista transmite luz, energia, magnetismo, por meio de uma estética gestual e uma assimetria equilibrada, que podem ser observadas nas composições e nas texturas produzidas. Esse cuidado também está presente na exploração e na seleção criteriosa que utiliza em produções de pequeno e grande formato.

O artista visual Décio Rosolen Foto Júlio Ricardo/ Divulgação

A maior parte do trabalho do artista é realizada espontaneamente e seu estilo se diferencia pelas formas abstratas, com uso de cores selecionadas, sombreados, transparências e muita profundidade. Rosolen adota a pintura acrílica como técnica predileta e atinge um minimalismo intencional e intrigante em seu trabalho pictórico.

Décio Rosolen é conhecido no meio das artes visuais. Paulistano, descendente de italianos, atualmente vive em São Paulo e divide seu tempo entre a pintura e a empresa Artprints, referência em gravuras de artistas renomados, como Juarez Machado, Rubens Ianelli, Inos Corradin, Sônia Menna Barreto, Erico Santos, Antônio Peticov e muitos outros.

Rosolen 2024 – 60 x 60 cm – Foto Valentina Bublitz/ Divulgação

Seu contato com a arte começou aos 13 anos, a partir de um tio materno que importava e comercializava gravuras de nomes como Miró e Redouté. No início da década de 80, começou seu trabalho como editor de arte na Arteprints, convivendo com inúmeros artistas. Após 14 anos como editor, iniciou um projeto de serigrafias inspiradas na arte abstrata e gestual. Sua obra tem referência em nomes como o norte-americano Franz Kline e o escultor e artista brasileiro Amilcar de Castro.  Desde 2004, Rosolen já produziu mais de 9 mil gravuras, e suas obras estão entre as preferidas por arquitetos e decoradores de todo País.”

SERVIÇO

Portais de Luz – Décio Rosolen
Local: Bublitz Galeria de Arte
Endereço: Av. Neusa Goulart Brizola, 143
Período: 6 de abril a 6 de maio
Vernissage: sábado, 6 de abril, das 10h às 13h
Visitação: segundas às sextas, das 10h às 18h, e sábados, das 10h às 13h

Orixás, crianças de pano e obras de grandes nomes da arte brasileira, na Galeria Duque

Beatriz Milhazes, Burle Marx, Di Cavalcanti, Magliani, Carybé, Manabu Mabe, Vilaró e Volpi são alguns dos artistas representados na exposição “Inconfundíveis”.

Espaço traz ainda os “Orixás” de Deja Rosa e as “Crianças de Pano” de Vera Behs.

Vernissage será no próximo sábado, 6 de abril, a partir das 14h. Entrada franca.

Segundo o material de divulgação, a cada exposição, a Galeria Duque se consagra por ter um dos mais completos acervos de arte do Brasil e do mundo e por abrir espaço para artistas gaúchos da atualidade. A partir do próximo sábado, 6 de abril, das 14h às 16h30, os visitantes poderão conferir três mostras que reúnem diferentes manifestações da arte e evocam a essência de cada artista representado, como em “Inconfundíveis”, com obras icônicas de grandes nomes da arte, com curadoria de Daisy Viola.

Obra de Orixás por Deja Rosa/ Divulgação

Também imperdível, “Orixás” apresenta criações expressivas e representativas da pintora Deja Rosa, com curadoria de Denise Giacomoni. No quarto andar, as produções de Vera Behs remetem às memórias de infância, com “Crianças de Pano”, que também tem a curadoria de Daisy Viola. A Galeria Duque está localizada na Rua Duque de Caxias, 649, no Centro Histórico de Porto Alegre. As exposições ficam no espaço até o dia 25 de maio.

Obra de Burle Marx/ Divulgação

“Em ‘Inconfundíveis’, apresentamos obras do acervo da Galeria Duque, de artistas singulares, de quem reconhecemos a assinatura mesmo que ela não esteja ali, explícita”, explica a curadora. “O modo singular pelo qual cada indivíduo se expressa dentro do contexto de sua própria história de vida, evidencia a sua trajetória individual através do mundo da arte. São artistas que desempenham diferentes papéis em diferentes níveis de ação. A singularidade expressa sua subjetividade, sua experiência individual, o que torna um artista autêntico. São criadores que realizam uma obra única, que contém elementos expressivos pessoais cujas poéticas surgem a partir do universo que os rodeia”, detalha Daisy.

Obra de Beatriz Milhazes/ Divulgação

Fazem parte dessa exposição nomes que simbolizam a própria arte. Entre eles, estão Beatriz Milhazes, Burle Marx, Iberê Camargo, Tarsila do Amaral, Pedro Weingärtner, Antonio Bandeira, Carlos Scliar, Athos Bulcão, Manabu Mabe, Aldemir Martins, Britto Velho, Danúbio Gonçalves, Gustavo Rosa, Di Cavalcanti, Carybé, Paulo Pasta, Alfredo Volpi, Manoel Santiago, Arcangelo Ianelli, Leopoldo Gotuzzo, Mário Zanini, Pietrina Cecacchi, Ado Malagoli, Carlos Páez Vilaró, Orlando Teruz, Nelson Jungbluth, além de outros grandes artistas.

Orixás por Deja Rosa / Divulgação

Orixás – Enquanto a essência da arte é representada pelo acervo da Galeria Duque, a artista Deja Rosa, natural de Santa Cruz do Sul, remonta à ancestralidade com a mostra “Orixás”, em uma série composta por quinze telas com pinturas das divindades do Candomblé. “Os Orixás representam a força que emana de cada elemento: Oxalá é o ar, Iemanjá é o mar, o vento é de Iansã, os rios são de Oxum, as matas de Oxóssi, o metal é de Ogum e o fogo é de Xangô”, ensina a artista. “Em cada obra, Deja Rosa expressa de forma sistemática sua leitura sobre a estética sagrada. Ela nos mostra a difusão e a desmistificação dos elementos e reafirma a luta contra a discriminação racial e o preconceito que circunda a religião e o culto dos Orixás”, destaca a curadora Denise Giacomoni.

Obra de Vera Behs/ Divulgação

Crianças de Pano – Já a artista Vera Behs mergulha em suas memórias e faz um resgate de uma infância que pode ser a de cada um de nós na mostra “Crianças de Pano”. A fonte inspiradora de sua obra foi uma menina, hoje uma mulher, filha de coração de Vera. Foi a partir da história das duas, que Vera encontrou na arte uma forma de nos contar das questões que envolvem a infância e o amor construído entre mãe e filha, que evolui pelo tempo e se transforma hoje na relação entre duas mulheres. “Os trabalhos da artista nos encantam e trazem consigo um tanto das memórias da infância. Com suas situações de brincadeiras, sonhos, mas também momentos de solidão e isolamento”, resume a curadora Daisy Viola.

Orixás por Deja Rosa/ Divulgação

Agenda:
Exposições:

“Inconfundíveis” – Acervo com grandes nomes da arte
“Orixás” – Deja Rosa
“Crianças de Pano” – Vera Behs
Local:
 Galeria e Espaço Cultural Duque
Endereço:
 Duque de Caxias, 649 – Porto Alegre
Vernissage: sábado, 6 de abril, das 14h às 16h30min
Período da exposição: de 6 de abril a 25 de maio
Horário de funcionamento:
Seg/Sex: 10h às 18h | Sáb: 10h às 17h
Entrada Franca