CCMQ promove experiência sensorial de música por vibrações: The Sub_Bar Show #1 

A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), receberá duas sessões gratuitas da experiência sensorial internacional The Sub_Bar Show #1, que apresenta um repertório musical para ser sentido em vez de ouvido. Elas acontecem na quarta-feira (23) e no domingo (27), às 19h, no Teatro Carlos Carvalho (2° andar da CCMQ). A entrada é franca nas duas sessões, mediante a retirada de ingressos com uma hora de antecedência, na bilheteria do Teatro. O evento conta com interpretação de Libras.

Apresentado nos idiomas inglês e Língua Internacional de Sinais, o momento imersivo convida o público surdo e ouvinte a se movimentar pelo espaço e deitar no chão para conhecer o repertório musical que é transmitido através de subwoofers, que são alto-falantes que reproduzem as frequências mais baixas do áudio. Após o espetáculo, haverá um bate-papo entre organizadores e o público, para debater as sensações e contextualizar as obras em português e Libras.

Gabriele Modica Fotografia/ Divulgação

SOBRE O SUB_BAR

Criado na Europa em 2021, o projeto Sub_Bar reúne artistas, pesquisadores surdos e ouvintes de todo o mundo, que buscam romper com a ideia de que o som é o principal elemento da música. Ao longo dos quatro anos, em parceria com artistas consagrados e ascendentes, o projeto tem construído um repertório crescente em que a modulação da pressão do ar, a vibração e o silêncio são os elementos centrais. A partir de agora, obras selecionadas desse acervo farão parte das apresentações mensais promovidas em diversos espaços culturais espalhados pelas Américas, Ásia e Europa.

O evento no Teatro Carlos Carvalho integra a programação mundial de lançamento do show, que promove performances em cerca de 18 países ao longo do mês de abril. A CCMQ é o único espaço a sediar a experiência no Brasil.

O plano anual da CCMQ é financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio direto do Banrisul, patrocínio prata da Hyundai, Lojas Renner, EDP e Paraflu; apoio de Tintas Renner, Banco Topázio e iSend; e realização do Ministério da Cultura – Governo Federal – União e Reconstrução.

SERVIÇO

The Sub Bar #1 na CCMQ
Quando: quarta-feira e domingo (23 e 27/4)
Horário: 19h
Onde: Teatro Carlos Carvalho, no 2° andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 – Porto Alegre, RS.
Recurso de Acessibilidade: Libras

Entrada franca, mediante retirada de ingressos na bilheteria do teatro, uma hora antes da sessão

Foto Clube expõe “Sob as Águas: Bravura e Resistência”, mostra sobre as enchentes no RS

Exatamente um ano após as históricas enchentes que devastaram Porto Alegre e o Rio Grande do Sul, o Memorial do Ministério Público abre ao público a exposição fotográfica “Sob as Águas:
Bravura e Resistência”.

A mostra, uma realização do Fotoclube Porto- Alegrense em parceria com o Memorial, apresenta 40 obras que documentam os impactos da tragédia, retratando histórias de dor, coragem e superação que marcaram a população gaúcha.

Gutemberg_51 x 34 peq/ Divulgação

A cerimônia de abertura oficial, com vernissage e presença de autoridades, parceiros e convidados, ocorrerá na quinta-feira, 24 de abril, às 19h, reforçando o caráter memorialístico de uma data simbólica. Período de Visitação: A exposição permanecerá em cartaz até 17 de junho de 2025, permitindo que o
público reflita sobre este marco de um ano através de um olhar artístico e humanizado.

JaneC 45,3 x 34 peq/Divulgação

As imagens capturam paisagens transformadas, cenas urbanas submersas e momentos de solidariedade, servindo como um poderoso registro histórico e uma homenagem à resiliência dos atingidos.

A exposição chega no momento em que a cidade ainda vive o processo de reconstrução, oferecendo uma
reflexão sobre os desafios enfrentados e a força comunitária que emergiu da adversidade.

Eloi 70×46,5 Peq/Divulgação

Inauguração oficial
A cerimônia de abertura oficial, com vernissage e presença de autoridades, parceiros e convidados, ocorrerá na quinta-feira, 24 de abril, às 19h, reforçando o caráter memorialístico de uma data simbólica. Período de Visitação: A exposição permanecerá em cartaz até 17 de junho de 2025, permitindo que o
público reflita sobre este marco de um ano através de um olhar artístico e
humanizado.

Serviço

Abertura ao público: 17 de abril de 2025. Local: Memorial do Ministério Público
Horário: das 8:30 às 18hs
Entrada gratuita


Relação dos expositores

Ale Freitas Beleza tragica @alefreitas.fotos
Álvaro Sanguinetti Reflexos e marcas da enchente @alvarobertonisanguinetti
Ana Elisabeth Nunes Deixando tudo para trás @anaelisabethnunes
Andréa Barros Espelho de Maio @andreabarros_photomobile
Andréia Kris Kaleidoscope @andreia.kris
Anelise Barra Ferreira Cicatriz (1) @anelise_barra_ferreira
Aníbal Elias Carneiro A Solidariedade Vive @anibal.ec
Beto Martinez Súplica @bettomarttinez
Bia Donelli A Casa Rosa @biadonelli
Cris Mattos Brincar Ficou para Depois @crismattos_fotos
Cynthia Jappur Cores da Enchente @cynthia_fotoarte
Cynthia Recuero O cais e o caos @cynthia.recuero
Eloi De Farias Êxodo Ribeirinho @elofarias
Flavia Ferme Solidariedade @flavia_ferme
Gerson Turelly Rowing @gersonturrely
Gutemberg Ostemberg Lar do Menino Deus @gutemberg_ostemberg
Heloiza Averbuck Nas águas @heloaverbuck
Jane cassol À margem @cassoljane
Jorge Lansarin Nau Fragado @jorge.lansarin
Jorge Leão Limpeza @leao.jorge
Jorge Neumann Espetáculo e espanto @jorgeneumann
Kathy Esposito Cidade Invadida @ka.thy1575
Marco Resende Mudança Climática – Bravura @marcoresende
Margaret Abreu O resgate @margabreu11
Maria Helena Guaragni Rastros e resquícios @guaragni.mh
Marlene Silva O reflexo da tristeza @marlenehist
Mendes Filho Barricada no Banco Safra @fotoletrada_mendesfilho
Nely Alves Cultura Submersa @nely.fotoart
Nina Pulita Era uma vez uma passarela….. @ninapulita
Paulo Paim Usina D ́água @pespaim
Rafael Beck Verso Emerso @2beck
Rafael Rosa Cozinhando Solidariedade @fujixphoto_rafaelrph
Rodrigo Cantini How many roads must a man walk down? @streets_of_poa
Rogerio Camboim Novo Cais @camboimx
Rogério Soares Hidrovia ? @cursosimagopoa
Sandra Rodrigues Calçadão Orla de Ipanema @sansrodrigues7
Selmar Medeiros Barqueiro da Enchente @selmar_medeiros_
Vinícius Tabajara Horizonte trágico @vinitabajara
Viviane Monteavaro Três de maio no Gasômetro @vivianemonte
Wanderlei Oliveira Tragédia @artefotowander
William K Clavijo O Corpo @williamkclavijo_photography

Instituto Brasa Zona Norte: um espaço para aprender a recomeçar

O bairro Sarandi, na capital gaúcha, vai ganhar um espaço de reconstrução e esperança. É o Instituto Brasa Zona Norte, um local onde a educação, o acolhimento e a cultura se encontram para apoiar uma das comunidades mais afetadas pelas enchentes de maio do ano passado. A inauguração será neste sábado, 12 de abril, às 10h, na Rua Baltazar Oliveira Garcia, 430.

Quem for à inauguração no dia 12 de abril vai poder sentir um pouco dessa vibração de cultura, de educação e de apoio que a casa vai oferecer à comunidade. Entre as atividades previstas está o lançamento da exposição “O Recomeço”, com obras da artista visual Isabel Ferreira, que também vai ministrar uma oficina de desenho. Haverá também uma oficina de violino, com a violonista Luiza Czeczelcki, além de oficinas de decoupage, aulas de inglês, finanças, e de presença digital para pequenos negócios, entre outras. Toda a programação da inauguração será gratuita.

Sala de aula do Instituto Brasa Zona Norte – Ricardo Glavam/ Divulgação

A história desse novo espaço de inclusão que Porto Alegre vai ganhar nasceu a partir dos desafios enfrentados em maio do ano passado. Por estar localizada em um dos bairros mais afetados pelas cheias, a Igreja Brasa Zona Norte foi também um dos primeiros locais a receber os desabrigados. “Ali acolhemos 350 desalojados e mais de 10 mil pessoas tiveram acesso a algum tipo de atendimento. Fomos um dos primeiros a receber as vítimas e um dos últimos a fechar”, relata o pastor Ricardo Glavam.

Orquestra Jovem Fábrica dos Sonho/ Divulgação

Diante da situação, o Instituto Vakinha doou R$ 300 mil e as contribuições podem chegar a R$ 600 mil, em breve, com a ajuda de outros apoiadores. E justamente são essas doações que estão possibilitando a criação do Instituto Brasa Zona Norte, um empreendimento totalmente novo, com 700 m2, com diversas salas de aula, espaço de exposição e auditório, que deve beneficiar centenas de pessoas de todas as idades da região.

A proposta é simples, mas poderosa — profissionais de diversas áreas, que também foram duramente impactados pela enchente, irão ministrar cursos de formação para pessoas em situação de vulnerabilidade social, promovendo qualificação, inclusão e geração de renda. “O diferencial do projeto é o modelo sustentável: além de oferecer formação gratuita para quem mais precisa, o Instituto também abrirá turmas pagas, permitindo que os professores recebam por seu trabalho e reconstruam suas próprias vidas. É um ciclo virtuoso: quem sofreu, agora transforma. Quem perdeu, agora ensina a recomeçar”, destaca.

Vista Superior do Instituto Brasa Zona Norte com a exposição O Recomeço de Isabel Ferreira – Ricardo Glavam/ Divulgação

 “Nosso objetivo é promover apoio e reconstrução para a comunidade da Zona Norte de Porto Alegre, oferecendo diversas atividades voltadas para famílias direta ou indiretamente afetadas pelas enchentes de 2024”, complementa Adriana Paz, diretora do Instituto Brasa Zona Norte. É um espaço de cultura, com atividades como música, com a Orquestra Jovem da Fábrica dos Sonhos, dança, com a Escola Ritmos, artes visuais e outras manifestações artísticas. É um ambiente de educação, com atividades como reforço escolar e cursos voltados para finanças, empreendedorismo, gastronomia e outras capacitações para jovens e adultos impactados pela enchente. É um local de assistência e saúde, com foco no acolhimento, com consultoria jurídica e acompanhamento psicológico. É um espaço de incentivo ao esporte, com aulas de jiu-jitsu e outras atividades para promover habilidades motoras, disciplina, socialização e alívio de estresse pós-traumático.

Serviço:

Inauguração do Instituto Brasa Zona Norte
Data: 
sábado, 12 de abril de 2025.
Horário: 10h às 16h
Endereço: 
Rua Baltazar Oliveira Garcia, 430, bairro Sarandi.
Entrada franca e atividades gratuitas com vagas limitadas por ordem de chegada.

Programação:
10h – Evento de Inauguração
11h40 – Lançamento da exposição “O Recomeço” com a artista Isabel Ferreira
13h30 – Oficina de decoupage com Laura de Franco
14h – Palestra “Teoria do Flow: usando a criatividade para tesolver problemas” com Laís Fagundes
15h – O violino é pra mim? Descubra os primeiros sons com Luiza Czeczelski
15h – Arte em personalização: transforme desafios em oportunidades com Maiara Weber
15h – Palestra “Como Blindar Suas Finanças” com Álvaro Konrath
16h – Oficina de desenho com Isabel Ferreira
16h – Inglês para viagem com Silvana Konrath
16h – Crie presença Digital e destrave seu negócio com Laura Franco

Gelson Oliveira celebra 70 anos de vida, repassando sua obra com show no Espaço 373

Um dos mais importantes compositores do Rio Grande do Sul, Gelson Oliveira vai celebrar seus 70 anos com show especial, dia 11 de abril (sexta-feira), no Espaço 373. Além de cantar as obras relevantes como “Tem que Provar” – gravada por Lauro Corona e que foi trilha sonora da novela Louco Amor –, “Dentre elas”, “Papagaio Pandorga”, “Salve-se Quem Souber”, “Tempo ao Tempo”, “Pimenta” e “Noite Magia”, a noite contará com várias “canjas” surpresas.

Em seus 46 anos de carreira, Gelson Oliveira se consolidou no rol de cantautores gaúchos com carreiras longevas. Seu primeiro álbum, Terra (1983), lançado de forma independente, ao lado do baterista Luiz Ewerling, é um artigo cult de colecionadores de vinil. Já o premiado segundo álbum, Imagem das pedras (1992) contou com a participação de Gilberto Gil. Seu nome está ligado a grandes outros nomes da música brasileira como Antonio Villeroy, Bebeto Alves, Chico César, Geraldo Flach, Giba Giba, Gilberto Gil Hique Gomes, Jerônimo Jardim, Luis Vagner, Nei Lisboa, Nelson Coelho de Castro, Paulo Moura e Renato Borguetti.

Dono de voz potente e canções que marcaram época, interpretou com maestria uma composição de Geraldo Flach e Jerônimo Jardim, chamada Pátria amada,

Gelson Oliveira – Foto Simone Schlindwein/Divulgação

no Festival dos Festivais da Globo, em 1985.

 

Sua discografia conta com oito álbuns solo (Terra: Gelson Oliveira & Luiz EwerlingImagem das pedrasColetânea, Tempo ao tempo, Gelson Oliveira & Júlio Rizzo, O Anjo Negro, Tridimensional O ônibus do sobe e desce) e dois gravados com o Juntos, formado por Antônio Villeroy, Bebeto Alves e Nelson Coelho de Castro (Juntos ao vivo Juntos 2).

Como diretor artístico, atuou em trabalhos como Mameluca (2007), de Paulo Lata Velha, Ziringuindim (2009), de Zilah Machado, e Brasil Quilombo (2019), de Glau Barros. Gelson já cantou em palcos da Argentina, Uruguai, Alemanha, França, Holanda, Itália, Portugal, República Tcheca e Suíça.

A obra de Gelson Oliveira tem sido revalorizada no novo contexto tecnológico. Em 2018, foi editado na Alemanha um disco chamado Too Slow To Disco Brasil, compilado por Ed Motta, com fonogramas dos anos 1970 e 1980 que se destacam pela incursão qualificada nos gêneros soul e funk. Entre eles está Acordes & Sementes, do primeiro LP, ao lado de nomes como Filó Machado e Sandra de Sá. A coletânea possui versão em vinil e digital. Um selo português também fez contato com o gaúcho manifestando interesse em relançar Terra em longplay.

Além dos seis prêmios Açorianos e das distinções nacionais com os prêmios Fiat (1990) e Sharp (1993), o artista guarda outras curiosidades, como o fato de ter sido artesão em Gramado, onde confeccionou o troféu Kikito do festival de cinema.

SERVIÇO
GELSON OLIVEIRA – 70 ANOS
Quando: 11 de abril | Sexta-feira | 21h
Onde: Espaço 373 (Rua Comendador Coruja, 373 – Floresta)
Ingressos: R$30 a R$90
Ingressos antecipados: https://tri.rs/event/65/gelson-oliveira-70-anos

Informações e reservas de mesas pelo WhatsApp: (51) 999 99 23 15

O lançamento do curta-metragem do espetáculo “Memórias Enferrujadas – Costuras do Tempo “

 

 

O Grupo De Pernas Pro Ar celebra nos dias 9 e 10 de abril o lançamento do sua mais recente produção, o curta-metragem MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo , com uma programação especial e gratuita. Dirigido por Tayhú D. Wieser, o curta promete transportar o público para o universo particular de seu protagonista, o ator, diretor e inventor, Luciano Wieser, e de suas criações, que atravessam o tempo. O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, Município de Canoas/RS, e pelo Ministério da Cultura do Governo Federal.

Em MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo, adentramos a mente fascinante das criações do inventor Luciano Wieser. Seu cotidiano, repleto de delírios e recordações, mesmo que enferrujado pelo tempo, continua a ressoar e a moldar sua existência. “Esta é uma experiência provocadora que entrelaça passado, presente e futuro, onde curiosas máquinas ganham vida e, como artesãs do tempo, costuram memórias e destinos”, afirma o inventor.

Na trama, o velho inventor, esquecido e desgastado, vive imerso em ilusões e lembranças despertadas por suas próprias criações. Cada uma das suas máquinas guarda preciosas pistas e acompanha cada um de seus passos, fragmentos de um quebra-cabeça a serem decifrados em um futuro distante. É através da vida pulsante dessas criações que ele não apenas recorda, mas revive cada momento com uma simplicidade renovada. Uma dança de tempos que se cruzam e se reinventam, costurada nas engrenagens das máquinas e nas emoções que elas despertam.

A programação

O lançamento do curta-metragem MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo, dirigido por Tayhú D. Wieser, inicia no dia 9, a partir das 19h30, quando será realizada a exibição online do filme no canal do YouTube do Grupo De Pernas Pro Ar (@depernasproar), com legendas e audiodescrição. Logo após, às 20h, realiza-se uma live de lançamento, com um bate-papo entre o diretor Tayhú D. Wieser, o criador da obra Luciano Wieser e os cineastas Jackson Zambelli e Tutti Gregianim. A será transmitida no mesmo canal do YouTube.

No dia 10, a exibição do curta será feita presencialmente na Escola Municipal de Ensino Fundamental Erna Würth, localizada para alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos), às 19h30min. Às 20h, o público presente poderá participar de um bate-papo com o diretor Tayhú Wieser, o criador Luciano Wieser e a cineasta Maíra Coelho.

Toda a programação é gratuita e aberta ao público, oferecendo uma oportunidade única de interagir com os criadores do curta e explorar o universo de Memórias Enferrujadas – Costuras do Tempo.

Sobre o grupo:

Desde 1988, o Grupo De Pernas Pro Ar, de Canoas-RS, tem desenvolvido um estilo próprio de teatro e audiovisual, com obras curiosas e  inusitadas, com traquitanas, bonecos e maquinarias de cena que misturam mecânicas com tecnologias digitais e robótica: estética ousada que rompe com o cotidiano por meio de máquinas que provocam reflexões sobre a vida de forma sensível, poética e curiosa.

FICHA TÉCNICA:

Diretor de Audiovisual: Tayhú Durigon Wieser

Diretor de arte: Luciano Wieser

Roteirista: Raquel Durigon e Luciano Wieser

Produção: Raquel Durigon

Ator: Luciano Wieser

Atriz animadora de tecnologias digitais e robótica: Raquel Durigon

Inventor das máquinas de cena e cenógrafo: Luciano Wieser

Captação de imagens e Montagem: Tayhú Durigon Wieser

Designer: Isadora Fantini Rigo  e Tayhú Durigon Wieser

Figurinista: Raquel Durigon

Iluminação: Gabriel Gonçalves

Cabelos e maquiagem: Raquel Durigon e Luciano Wieser

Assessoria técnica de audiovisual: Tutti Gregianim

Debatedores: Jackson Zambeli, Tutti Gregianim e Maíra Coelho , Luciano Wieser e Tayhú Wieser

Auxiliar de audiovisual: Isadora Fantini Rigo

OVNI – Acessibilidade

Legendas: Isadora Fantini Rigo

Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu

Divulgação: Rolezino

Contabilidade: Extrema Razão

Realização: Grupo de Pernas Pro Ar

Projeto contemplado Lei Paulo Gustavo Município de Canoas/RS – Ministério da Cultura Governo Federal

Apoio: 

Ponto de Cultura – Inventário Espaço Criativo

ABTB/Unima Brasil _ Associação Brasileira de Teatro de Bonecos

Met RS

Rolezinho

 

SERVIÇO:

09/04/25 – 19h30 – Exibição do curta-metragem  MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo   

Minutagem: 15min

Local – Canal Youtube:   @depernasproar

Com Legendas e audiodescrição

Indicação: Livre

Divulgação: @grupodepernasproar @tayhuwieser

09/04/25 – 20h – Live de lançamento MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo.

Bate-papo: Diretor Tayhú D Wieser

Artista Criador Luciano Wieser

Convidados: Cineastas Jackson Zambelli e Tutti Gregianim

Local – Canal Youtube:  @depernasproar

Duração: 1h20min

 

10/04/25 – 19h30 – Exibição do curta-metragem na EMEF Erna Würth para alunos do EJA (Av. Dezessete de Abril, 430, Guajuviras, Canoas-RS)

10/04/25 – 20h – Bate-papo com o Diretor Tayhú Wieser, o criador Luciano Wieser e a cineasta Maíra coelho

Duração 1h30min

Programação Gratuita

Acesse fotos de divulgação – Crédito Tayhú Wieser:

https://www.dropbox.com/scl/fo/c1fwgknf4hpz0tf488ala/AFdy1tuIGP_c7Zo1_VliyrQ?rlkey=vpan6ts7beh07kbpm7smi5u47&dl=0

Projeto Proseando em Tupi contempla escolas de Viamão  com material sobre povos originários do Brasil

 

Proseando em Tupi_material pedagógico para crianças com palavras dos povos originários. Foto Poliana Peres/ Divulgação

Iniciativa, realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo Pró-Cultura RS, será lançada oficialmente nesta quinta-feira (3), durante atividade formativa destinada a professores e orientadores 

Com o objetivo de valorizar a importância da língua Tupi como patrimônio cultural imaterial, o projeto Proseando em Tupi irá contemplar dez escolas públicas de Viamão com uma ferramenta de alfabetização voltada a estudantes das séries iniciais do Ensino Fundamental. O lançamento oficial do projeto ocorre nesta quinta-feira (3) e contará com entrega gratuita do material lúdico e pedagógico, durante atividade formativa destinada a professores e orientadores das instituições, que acontece, das 18h às 20h, no Colégio Estadual Cecília Meireles (rua Alcides Maia, 390 – Centro de Viamão). A Iniciativa conta com recursos da Lei Complementar nº 195/2022 do Ministério da Cultura, repassados pela Sedac/RS, via Lei Paulo Gustavo Pró-Cultura RS.

Formado por um jogo de tabuleiro, com baralhos de cartas que apresentam palavras dos povos originários do Brasil associadas a imagens representativas (de animais, plantas, alimentos, entre outros), a ferramenta foi elaborada para ser aplicada em salas de aula do 1º e 2º ano (para grupos com quatro crianças, em média).  A proposta tem como objetivo viabilizar que os pequenos se conscientizem, resgatem e reconheçam a procedência de palavras indígenas, a partir do desenvolvimento de habilidades de expressão corporal e de fluência leitora. Para isso, o material utiliza como vocabulário as palavras incorporadas do Tupi à Língua Portuguesa Brasileira, de forma contextualizada com a flora e a fauna presentes no território nacional.

Todas as dez instituições contempladas são escolas da rede de ensino público estadual, localizadas na cidade de Viamão (Açorianos, Airton Sena, Alcebíades Azeredo dos Santos, Canquirine, Cecília Meireles, Cecília Flores, Farroupilha, Minuano, Nísia Floresta e Rui Barbosa). “Inicialmente, nossa proposta era a de entregar os tabuleiros e realizar a formação de professores da rede municipal; no entanto, não houve interesse por parte da prefeitura da cidade e – com a autorização da Sedac – a iniciativa foi remanejada para alunos de escolas mantidas pelo Estado”, explica o produtor executivo e assessor artístico-pedagógico do projeto, Giancarlo Carlomagno.

A atividade formativa desta quinta-feira será considerada como horas trabalhadas aos participantes das escolas e será ministrada pela equipe integrante do projeto Proseando em Tupi, (contando com um intérprete de Libras) apresentando propostas didáticas para as áreas de Educação Artística, Alfabetização e Ciências da Natureza. Durante a formação sobre o uso do jogo em sala de aula e suas potencialidades no ensino interdisciplinar para as práticas de alfabetização, serão distribuídos – ao todo – 45 exemplares do material (somando uma média de quatro a cinco kits por escola). Para facilitar o treinamento, os professores e orientadores já receberam acesso a um e-book em PDF (mantido na nuvem do projeto) para que pudessem estudar a ferramenta e entender, antecipadamente, como o jogo funciona.

Embasado em conceitos teóricos da Pedagogia, com a orientação da professora Jaqueline Gomes Nunes, o projeto Proseando em Tupi é uma realização da empresa Diana Manenti Produção e Arte. Idealizada pela pedagoga e psicopedagoga Brenda Rosana Goulart, a iniciativa contou com distintas fases de execução: em agosto de 2024, foi realizado um playtest do protótipo do jogo com três professores voluntários, todos profissionais da Educação Básica; seguido por ajustes sugeridos pelos participantes e, após, a inclusão de recursos de acessibilidade (previstos originalmente pelo cronograma do trabalho). Realizada pelo Coletivo de Acessibilidade Criativa, esta última etapa incluiu a produção de dois baralhos com texturas distintas (para cada jogo), que podem ser diferenciados por crianças com deficiência visual, além de áudio disponibilizado em nuvem, para que os professores possam aplicar recursos de audiodescrição, quando necessário.

Com distintas propostas didáticas (organizadas conforme gradação de dificuldade) o material engloba, ainda, diferentes níveis de escrita e leitura. Além dos kits com os jogos de tabuleiro, as escolas também receberão manuais para professores e mediadores, a fim de que seja possível auxiliar no entendimento da ferramenta pelas crianças. “Durante o playtest realizado em agosto do ano passado, constatamos que não há impedimento de que o material seja utilizado por uma possível falta de conhecimento prévio”, pondera Brenda. “Também o vocabulário está adequado para a faixa etária destinada”, avalia a idealizadora. Segundo ela, o jogo é “divertido e rápido”, com coleta de itens ao longo do percurso. “Este material é uma potência para a aprendizagem de conceitos por parte do estudante, já que promove interação”, emenda.

 

Proseando em Tupi

Ficha técnica:

Idealização e assessoria pedagógica: Brenda Rosana Goulart

Realização: Diana Manenti Produção e Arte

Produção executiva/ ass. artístico-pedagógica: Giancarlo Carlomagno

Assessoria pedagógica: Jaqueline Gomes Nunes

Consultoria em acessibilidade: Coletivo de Acessibilidade Criativa

Social Media e fotografia: Poliana Peres

Design gráfico: Willian Nunes Ferreira

Vídeos e edição audiovisual: Pedro Clezar

Intérprete de Libras: Lucas Terres Rocha

Assessoria de imprensa: Adriana Lampert

 

Ritmos latinos e música de concerto se encontram na Casa da OSPA

 

Sonoridades brasileiras e caribenhas tomam conta do Complexo Cultural Casa da OSPA no concerto Latinidades, que será apresentado na próxima sexta-feira (04/04) pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS). A partir das 20h, o grupo percorre um repertório onde a música de concerto se encontra com boleros, cumbias, frevos, samba-canção e outros ritmos. O compositor Arthur Barbosa será o regente da Orquestra, que interpreta duas de suas composições, incluindo uma estreia mundial e uma peça com a participação do violinista Alejandro Drago. Os ingressos já estão disponíveis pelo Sympla. Está prevista a transmissão ao vivo da apresentação pelo canal da OSPA no YouTube.

O violinista argentino Alejandro Drago . Foto Ed Jahelka /Divulgação

Um dos compositores mais importantes do Rio Grande do Sul, Arthur Barbosa é também violinista da OSPA e regente da OSPA Jovem. Nascido em Fortaleza, no Ceará, ele completa 30 anos em Porto Alegre e 40 anos de carreira em 2025. Sua trajetória será homenageada no concerto Latinidades, no qual vai reger duas composições próprias. A Suíte Caribe, uma estreia mundial, deriva de uma pesquisa que abrangeu mais de 100 ritmos da América Latina e deu origem a diferentes suítes.  “A peça é composta por três movimentos, todos baseados em ritmos da região do Caribe, como cumbia, bolero e salsa. Cada movimento representa um desses ritmos, e a orquestração busca retratá-los da forma mais pura e límpida possível, sem a intenção de ser original, mas sim de preservar ao máximo sua essência”, detalha Barbosa.

A outra obra de Barbosa no repertório, Concerto para Violino e Orquestra, nasceu de conversas com o violinista argentino Alejandro Drago, que a estreou em 2007 nos Estados Unidos. Baseado em elementos musicais brasileiros, o Concerto aproxima o violino da rabeca, instrumento precursor do violino que é muito usado no forró e no xote, e explora gêneros como o samba-canção e o frevo. Convidado para atuar como solista junto à OSPA, o músico descreve a obra: “É uma honra apresentar este concerto, que vejo como um hino à beleza e à diversidade do Brasil, sua geografia, seu povo e sua cultura”.

A noite também inclui obras de dois grandes nomes da música latino-americana: o mexicano Arturo Márquez e o cubano Dámaso Pérez Prado (1916-1989). Do primeiro, a Orquestra interpreta “Danzón nº2” – obra-prima inspirada em um estilo de dança que tem suas origens em Cuba, mas é parte essencial do folclore mexicano de Veracruz, no México. Foi composta em 1994 após uma visita do compositor a um salão de baile da região mexicana.

O concerto é finalizado com Pot-pourri de Mambos, de Pérez Prado, considerado um dos pais do ritmo e responsável pela sua popularização ao redor do mundo. Na seleção de peças que a OSPA vai executar, arranjada por Eugenio Toussaint, estão quatro dos mambos mais conhecidos do compositor. Segundo Arthur Barbosa, a obra “transmite um clima nostálgico, remetendo às grandes orquestras de rádio e às trilhas sonoras do cinema que marcaram a América Latina em décadas passadas”.

OSPA em concerto . crédito Vinícius Angeli, Divulgação

O violoncelista da OSPA Murilo Alves convida o público a se aprofundar mais no repertório uma hora antes da apresentação, no projeto Notas de Concerto. A palestra, que traz comentários e curiosidades sobre cada obra, será na sexta-feira (04/04), às 19h, na Sala de Recitais da Casa da OSPA – a entrada é mediante o ingresso do concerto. Assim como o concerto, a palestra tem transmissão ao vivo pelo canal da OSPA do YouTube.

Alejandro Drago . Foto Vern Evans / Divulgação

Sobre Alejandro Drago

Alejandro Drago é um violinista argentino aclamado internacionalmente. Sua musicalidade transcende gêneros, combinando virtuosismo clássico com a essência do tango. Formado no Conservatório Estadual de Moscou e na University of Southern Mississippi, Drago atua como solista, maestro, compositor e educador. Apresentou-se em prestigiadas salas como o Teatro Colón e o Kennedy Center. Atualmente, é Diretor Artístico da Greater Grand Forks Symphony Orchestra e professor na University of North Dakota. Seu repertório inclui obras clássicas e composições próprias, com destaque para as Seis Sonatas e Partitas Buenos Aires para violino solo. Seus arranjos de Piazzolla são especialmente aclamados pela crítica.

Arthur Barbosa rege obra de sua autoria. crédito Fabio Kreme/ Divulgação

Sobre Arthur Barbosa

Arthur Barbosa, violinista, compositor e regente, integra a OSPA desde 1998, assumindo em 2014 a regência da OSPA Jovem e, a partir de 2025, o cargo de Regente Assistente. Natural de Fortaleza, no Ceará, já residiu na Argentina, Chile, João Pessoa e Campinas, acumulando vasta experiência em música latino-americana. Sua obra, com mais de 200 composições, já foi executada em mais de 25 países, incluindo oito estreias internacionais. Entre reconhecimentos e premiações ganhou o prêmio Açorianos de Música, Trilha Sonora para Teatro Infantil e Dança, e em 2023 foi o compositor homenageado pelo 25° Encontro de Violoncelos do RS. No mesmo ano, recebeu o convite para tornar-se Embaixador do concurso de composição International Eduardas Balsys Young Composers Competition, com sede na Lituânia. Em 2025, completa 30 anos em Porto Alegre e 40 anos de carreira.

FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE

LATINIDADES – Homenagem à 14ª Bienal do Mercosul e à trajetória de Arthur Barbosa

SEXTA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2025

Início do concerto: às 20h. Palestra Notas de Concerto: às 19h, com Murilo Alves.

Onde: Complexo Cultural Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).

Ingressos: de R$ 10 a R$ 50. Descontos: ingresso solidário (com doação de 1kg de alimento), clientes Banrisul, Amigo OSPA, associados AAMACRS, sócio do Clube do Assinante RBS, idoso, doador de sangue, pessoa com deficiência e acompanhante, estudante, jovem até 15 anos e ID Jovem.

Bilheteria: em sympla.com.br/casadaospa ou no Complexo Cultural Casa da OSPA no dia do concerto, das 15h às 20h.

Estacionamento: gratuito, no local.

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.

Transmissão ao vivo: às 19h (Notas de Concerto) e às 20h (concerto) no canal da OSPA no YouTube.
Este evento disponibiliza medidas de acessibilidade.

PROGRAMA

Arturo Márquez | Danzón n° 2

Arthur Barbosa | Concerto para Violino e Orquestra

Solista: Alejandro Drago (violino)

Intervalo

Arthur Barbosa | Suíte Caribe (Estreia Mundial)

– Salsa

– Bolero

 – Cumbia

Dámaso Perez Prado | Pot-pourri de Mambos

Orquestração: Eugenio Toussant

-Que Rico el Mambo

-Ruletero

-Mambo n° 5

-Mambo n° 8

Solista: Alejandro Drago (Violino)

Regente: Arthur Barbosa

Apresentação: Orquestra Sinfônica de Porto Alegre

Lei de Incentivo à Cultura

Patrocínio da Temporada Artística: Gerdau, Banrisul, TMSA e Tramontina.

Apoio da Temporada Artística: Unimed, Imobi e Intercity. Promoção: Clube do Assinante.

Realização: Fundação Cultural Pablo Komlós, Fundação OSPA, Secretaria da Cultura do RS, Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

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“Pintura à Deriva”,   de Eduardo Vieira da Cunha, no Espaço Cultural do Hotel Praça da Matriz

 Localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, o Espaço Cultural do Hotel Praça da Matriz (HPM) hospeda de 2 a 30 de abril (14h-18h) a exposição “Pintura à Deriva”, com mais de 20 telas inéditas do renomado artista plástico gaúcho Eduardo Vieira da Cunha. A mostra tem abertura às 18h de quarta-feira (2) e visitação de segunda a sexta-feira (10h-18h), com entrada franca. Endereço: Largo João Amorim de Albuquerque nº 72, próximo ao Theatro São Pedro.

O evento está integrado à segunda edição do projeto “Portas para a Arte”, promovido em uma série de espaços alternativos durante a 14ª Bienal do Mercosul (27 de março a 1º de junho). Além da exposição, o HPM promoverá nas quartas-feiras de 9 e 30 de abril (17h) a sua já tradicional “Roda de Cultura”, com a presença de Eduardo Vieira da Cunha para um bate-papo. Reservas pelo whatsapp (51) 9859-55690.

O artista visual Eduardo Vieira da Cunha  em seu ateliê-Foto Marcello Campos/ Divulgação

Pintor, desenhista, fotógrafo, escultor, gravador, pesquisador, museólogo e ex-professor do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) de 1985 a 2024, Vieira da Cunha não realiza uma exposição individual desde 2022. Esse hiato é agora quebrado por 25 trabalhos de diferentes formatos e todos em acrílico sobre tela, produzidos desde o ano passado e que incluem ilustrações sob encomenda para o livro “Por que Ler os Clássicos?”, do jurista e escritor Daniel Mitidiero.

Eduardo Vieira da Cunha (Foto Marcello Campo/ Divulgação

“Eu me aposentei da atividade docente em maio do ano passado, bem na época da enchente, de modo que a combinação de maior tempo livre e isolamento forçado acabou permitindo que eu me dedicasse à pintura em tempo integral em meu ateliê, na avenida Independência”, conta o artista de 69 anos – 51 de carreira. Em breve, ele retomará a atividade acadêmica como professor convidado do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRGS.

Desenhos de aeronaves fazem parte dos quadros do artista. Foto Marcello Campos/ Divulgação

Espaço cultural HPM

 Inaugurado como imóvel residencial no final da década de 1920, o palacete do Largo João Amorim de Albuquerque nº 72 abriga há quase 50 anos o Hotel Praça da Matriz. O empreendimento passou por ampla revitalização e, sob o comando da família Patrício desde 2014, hospeda anônimos e famosos, além de abrigar o Espaço Cultural HPM. No foco estão exposições, saraus, lançamentos de livros e outros eventos, em parceria com a empresa Práxis Gestão de Projetos.

Pintura do Hotel Praça da Matriz (noturno) – Foto Divulgação

A origem do imóvel remonta a Luiz Alves de Castro (1884-1965), o “Capitão Lulu”, dono do cabaré-cassino “Clube dos Caçadores”, instalado de 1914 a 1938 na rua Andrade Neves (a poucas quadras dali) e enaltecido por cronistas e escritores como Erico Verissimo. A fortuna amealhada pelo empresário com a atividade ainda bancou, na mesma época, a construção do imponente edifício que hoje sedia o Espaço Cultural Força e Luz (Rua da Praia).

Contratado por Lulu, o engenheiro e arquiteto teuto-gaúcho Alfred Haasler projetou quatro andares com subsolo, pátio interno e dois diferenciais naquele tempo: garagem e sistema francês para calefação de água, tudo em estilo eclético, com mármores, azulejos e outros materiais importados. O conjunto está inventariado como de interesse histórico pelo Município e contemplado com o programa Monumenta, permitindo a recuperação de fachada, cobertura e estrutura elétrica.

 

O proprietário não teve muito tempo para aproveitar tamanho requinte, pois migrou no início da década de 1930 para o Rio de Janeiro, ampliando atividades (foi sócio do Cassino da Urca e dono de diversos empreendimentos). Com o decreto federal que em 1946 proibiu os jogos-de-azar, Lulu se desfez do seu patrimônio em Porto Alegre. O palacete junto à Praça da Matriz – até então alugado a terceiros – trocou de mãos até ser adquirido em 1949 por um comerciante cuja nora, Ilita Patrício, mantém hoje o estabelecimento hoteleiro.

Wander Wildner lança “Diversões Iluminadas” nas plataformas digitais e dá início à turnê

Um dos artistas mais presentes no cenário cultural do RS e do Brasil, Wander Wildner se prepara para o lançamento de seu novo álbum, Diversões Iluminadas, dia 3 de abril em todas as plataformas digitais, com direito a turnê de shows pelo país, começando por Porto Alegre, no Teatro de Câmara Túlio Piva. O álbum apresenta doze versões de clássicos atemporais, que vão de Bob Marley a Iggy Pop, passando por Caetano Veloso e Ednardo, em um verdadeiro almanaque de músicas que formaram a identidade de Wander Wildner e estão presentes em suas experiências pessoais e culturais. Diversões Iluminadas foi produzido por Rust Machado, jovem músico gaúcho de rara sensibilidade e criatividade, que há dez anos acompanha Wander em estúdios e nos palcos.

No show de lançamento, no dia 3 de abril, às 21h, Wander sobe ao palco acompanhado por Rust Machado na guitarra, Clauber Scholles no baixo, Rika Barcellos na bateria e Gabriel Guedes na guitarra. No repertório, além das músicas do disco, outras versões gravadas por Wander ao longo de sua extensa e movimentada carreira, entre elas, Um lugar do caralho, Amigo Punk, I believe in miracles e Candy, além dos clássicos de sua autoria, como Bebendo vinho, Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo e Rodando el mundo.

Em Diversões Iluminadas Wander Wildner reafirma sua importância no cenário musical brasileiro. O novo disco promete agradar aos fãs de longa data e também conquistar novas gerações, provando que a arte continua a ser uma poderosa ferramenta de expressão. Juntamente com o álbum, Wander Wildner lança também o livro de mesmo nome, onde conta como foi o processo de criação de cada uma das versões.

O álbum abre com a poderosa Redemption Song, de Bob Marley, que ganhou versão em português, ressoando uma mensagem de liberdade que sempre permeou a obra de Wander. Em seguida, The Killing Moon, do Echo & The Bunnymen, é reinterpretada, também em português, com a intensidade que caracteriza o som desse artista único, mostrando como a música pode transcender o tempo. Entre os destaques, Um Índio de Caetano Veloso ganha nova vida na voz de Wildner, trazendo à tona questões sociais e espirituais que ele carrega em sua alma. Já True

Love Will Find You in the End, de Daniel Johnston, é uma declaração de amor e esperança, perfeita para sua sensibilidade. Mas com certeza, transpor a poética de Simple Twist of Fate, do mestre Bob Dylan para a língua de Camões é uma mostra de que esse ‘punkbrega’ continua com a mente afiada e nos encantando cada vez mais. Com Dê um Rolê dos Novos Baianos e Sangue Latino dos Secos & Molhados, o álbum segue homenageando a rica história da música brasileira, descortina a versatilidade de Wander, mesclando diferentes estilos. A inclusão de Times Like These do Foo Fighters e Beside You de Iggy Pop, revela sua admiração pelo verdadeiro punk rock, traduzindo essas influências em um som que é essencialmente seu.

 

Diversões Iluminadas é mais do que um álbum de versões, são reinterpretações de memórias e vivências que definiram a carreira de Wildner. Em Terral, de Ednardo, Wander reforça seu amor pelo mar e a vida na natureza, e em John Lennon is my Jesus Christ, da Buzzard Buzzard Buzzard, banda inglesa do novo milênio, ele flerta novamente com a espiritualidade e a busca por sentido, temas recorrentes em sua obra. Fechando o disco, Pra Viajar no Cosmos não Precisa Gasolina de Nei Lisboa, é um convite à reflexão sobre o universo, mostrando a essência de um artista que continua buscando expandir seus horizontes.

 

Diversões Iluminadas é um lançamento YEAH/CDBABY e estará disponível nas plataformas digitais a partir do dia 3 de abril. Já o livro, poderá ser adquirido nos shows da turnê ou pelo whats (51) 99799.1900.

 

DIVERSÕES ILUMINADAS – shows de lançamento

3 de abril, quinta, às 21h – Porto Alegre

Teatro de Câmara Túlio Piva – Rua da República 575 – Porto Alegre

Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/102884/d/301903/s/2060585

4 de abril, sexta, às 22h – Viamão

Beerbox Cantegril – Av. Sen. Salgado Filho 6614 – Viamão

Ingressos: https://organizador.sympla.com.br/painel-do-evento?id=2826493

5 de abril, sábado, às 22h – Novo Hamburgo

O Lorde Bar – Av. Gal. Daltro Filho 1090 – Novo Hamburgo

Ingressos: https://olordebar.pagtickets.com.br/rs-rock-ed11-wander-wildner-alemao-ronaldo__14404/

6 de abril, domingo, às 21h – Canoas

London Music Pub – Rua doutor Barcelos 1350 – Canoas

Ingressos: https://organizador.sympla.com.br/painel-do-evento?id=2849247

*Diversões Iluminadas estará em todas as plataformas digitais a partir de 3 de abril

*Para adquirir o livro: nos shows de lançamento ou pelo telefone/whats (51) 99799.1900

 

 

 

“O oculto da pedra bruta” na exposição do escultor Ricardo Aguiar, em seu atelier

 

Com 35 anos de carreira e uma obra que adquire cada vez mais destaque em coleções privadas e espaços arquitetônicos, Ricardo Aguiar abre a exposição individual “O oculto da pedra bruta”, nesta terça-feira (1º/4), às 17h. Com curadoria de José Francisco Alves, a mostra integra a programação do Portas para a Arte, projeto da Fundação Bienal do Mercosul.

Obra de Ricardo Aguiar/ Divulgação

“A exposição reúne obras com estruturas segmentadas e polidas, com jogo de cortes e encaixes, proporcionando efeitos dinâmicos e fragmentados; também obras de formas simplificadas e arredondadas, lembrando um pássaro ou uma forma natural suavizada pela erosão”, descreve, analiticamente, o curador, que é membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e professor de escultura em pedra no Atelier Livre Xico Stockinger, em Porto Alegre.

Alves acrescenta que “o contraste entre texturas, partes lisas com camadas rugosas, cria efeitos de equilíbrio e leveza. Há acabamentos lisos e altamente refletivos em contraste com superfícies texturizadas, a reforçar o apelo tátil das esculturas”.

Pedra esculpida. Foto Amanda Luchese/ Divulgação

Aguiar trabalha basicamente com mármore, basalto e granito, e considera o desenho fundamental na sua atividade. Usa-o como ponto de partida para o trabalho que, a seguir, é modelado em gesso ou argila. Arredio a rótulos, o artista diz que precisa se sentir livre para criar suas obras, predominantemente abstratas.

Quem visitar o atelier, de fachada  pintada de vermelho, nem precisará adentrá-lo para começar a apreciar a arte de Aguiar. Já no jardim da entrada deparará com peças de grande porte em meio ao verde das plantas. Nos fundo do atelier, há outra área ao ar livre, que também reúne trabalhos artísticos.

Atelier de Ricardo Aguiar, no bairro Floresta, em Porto Alegre. Foto Amanda Luchese/ Divulgação

O vernissage terá status de inauguração oficial do atelier, ocupado pelo escultor desde 2019. Em duas ocasiões anteriores, imprevistos impediram a abertura festiva para convidados, colecionadores, amigos. A primeira por conta da pandemia e a segunda em razão da enchente de maio do ano passado.

“Desta vez, com certeza, vivenciaremos a alegria de confraternizar com nossos amigos e amigas”, declara Aguiar, um dos mais ativos escultores gaúchos da atualidade, que, entre tantos trabalhos e ações, esculpiu uma fonte em granito para o renomado artista Vik Muniz, na Gávea, no Rio de Janeiro.

Obras de Ricardo Aguiar/ Divulgação

SERVIÇO

Exposição “O oculto da pedra bruta”, de Ricardo Aguiar

Curadoria: José Francisco Alves

Abertura: 1º de abril (terça-feira), às 17h

Visitação: de 3 a 20 de abril, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h

Endereço: Rua 3 de Maio, 115, bairro Floresta, Porto Alegre

Entrada franca