Novembro Negro: a presença da cultura negra no Rio Grande do Sul

Em 20 de novembro celebramos o Dia da Consciência Negra e para marcar a data, as instituições da Secretaria da Cultura (Sedac) prepararam uma programação especial para este mês.

Oficinas, rodas de conversa, intervenções, exposições e espetáculos de música e teatro estão entre as atividades promovidas pelo Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS), Biblioteca Pública do Estado (BPE), Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), Multipalco Eva Sopher, Museu da Comunicação Social Hipólito José da Costa (MuseCom) e Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa).

Já a partir de terça-feira (4/11), o Multipalco Eva Sopher e o Museu de História Julio de Castilhos promovem a exposição “Faces do Pampa”, que enaltece a identidade negra gaúcha e lembra que o pampa também é negro. No Teatro Oficina Olga Reverbel, a cantora Loma sobe ao palco na quinta-feira (6/11), para o último Mistura Fina do ano.

Nas semanas seguintes tem aula aberta sobre Oliveira Silveira e performance que convida pessoas negras a refletirem sobre a desigualdade no acesso ao tempo e ao descanso – ambas na CCMQ. E ainda: oficina sobre os registros das populações negras a partir de documentos históricos e práticas pedagógicas, no AHRS; BPE + Música com Jessie Jazz, na Biblioteca Pública; espetáculo infantil no Multipalco, exposição fotográfica no MuseCom e concerto da Ospa.

A programação completa das instituições da Sedac para o Novembro Negro você encontra aqui.

A celebração do Dia da Consciência Negra em nível nacional, a partir de 2023, contribuiu para um olhar mais atento e cuidadoso da sociedade às questões relacionadas ao povo preto. A efeméride deu mais visibilidade à data e promoveu uma reflexão mais profunda e abrangente em todo o País sobre a história da população negra, a resistência à escravidão e o combate ao racismo estrutural. Além, é claro, de estimular a implementação de ações de promoção à igualdade de oportunidades, empoderamento, reconhecimento e reparação histórica.

“Reconhecer a importância da cultura africana e afro-brasileira para nossa música, dança, culinária, linguagem, hábitos, costumes e religião é uma forma de reconhecer a riqueza e a diversidade do patrimônio cultural brasileiro e gaúcho. Patrimônio que reflete a história, a resistência e a resiliência do povo negro. Legado que possibilita o desenvolvimento de uma cultura plural e vibrante, e que temos o dever de fomentar, incentivar e divulgar”, destaca o secretário da Cultura, Eduardo Loureiro.

Sobre o Dia da Consciência Negra
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro como forma de valorização da cultura e da identidade afro-brasileira por meio de ações de enfrentamento ao racismo e do debate sobre a escravidão no Brasil e o racismo estrutural da sociedade. A data foi criada em Porto Alegre, em 1965, por intelectuais do Grupo Palmares. O movimento escolheu o 20 de novembro em homenagem à data da morte de Zumbi dos Palmares, um símbolo da resistência e da luta pela liberdade. A efeméride também é dedicada a reconhecer as contribuições da população negra à formação do Brasil e reforça a necessidade de valorizar a diversidade étnica e cultural do País.
Em dezembro de 2023, a data foi oficializada como feriado nacional. Até então, municípios e estados seguiam leis próprias para suspender as atividades.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)