Jornalista e escritor
Carlos Rafael Guimaraens Filho, jornalista e escritor, conhecido como Rafael Guimaraens, Rafa para seus muitos amigos, iniciou sua carreira em 1976, atuando em todos os cargos até se tornar secretário de redação da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre, o histórico Coojornal. O mensário marcou época na luta pela redemocratização do país. Rafael foi um dos quatro jornalistas processados e presos pela publicação de documentos secretos do Exército. Dez anos depois, era editor de política do jornal Diário do Sul, outro marco de qualidade entre veículos da imprensa estadual, de 1986 a 1988. Posteriormente exerceu diversas funções nas assessorias de imprensa da Prefeitura de Porto Alegre, do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Desde então passou a se dedicar também a escrever livros e reportagens de história e também de história ficcionalizada, recriação histórica através da ficção, com especial frequência sobre fatos marcantes de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, solidificando sua presença nos setores histórico e cultural.
É autor dos livros “O Livrão e o Jornalzinho” (1997, reeditado em 2011), “Pôrto Alegre Agôsto 61” (2001), “Trem de Volta, Teatro de Equipe” (com Mario de Almeida, 2003). Com “Tragédia da Rua da Praia”, de 2005, recebeu o prêmio “O Sul Nacional e os Livros”, na categoria melhor narrativa longa – este livro teve uma versão em quadrinhos com Edgar Vasques, relançado agora, em 2022. Seguiram-se “Abaixo a Repressão – Movimento Estudantil e as Liberdades Democráticas” (com Ivanir Bortot, 2008), e “Teatro de Arena – Palco de Resistência” (2009), vencedor do prêmio Açorianos nas categorias Especial e Livro do Ano. Com “A Enchente de 41” recebeu em 2010 o Prêmio da Associação Gaúcha de Escritores (AGES), como melhor livro de não-ficção. Depois vieram “Rua da Praia – Um Passeio no Tempo” (2010), “Unidos pela Liberdade!” (2011), “Mercado Público – Palácio do Povo” (2012), “A Dama da Lagoa” (2013), “Águas do Guaíba” (2015). Com “O Sargento, o Marechal e o Faquir” (2016), foi novamente agraciado com o Prêmio da AGES, desta vez na categoria Especial, e com “20 Relatos Insólitos de Porto Alegre” (2017), ganhou o Prêmio Minuano de Literatura. Publicou “Fim da Linha – Crime do Bonde” em 2018 e no ano seguinte “O Espião que Aprendeu a Ler”, vencendo seu terceiro Prêmio AGES, desta vez em melhor narrativa longa. Em 2021, recebeu menção honrosa do Prêmio Açorianos com “1935”, também na categoria narrativa longa, e, no mesmo ano, lançou o livro infantil Bolita de Gude. Todos esses títulos foram publicados pela editora Libretos.

Sua produção autoral soma ainda outros livros, num total de 22 obras. Em 1986, editou o livro “Legalidade – 25 anos” e coordenou a edição do livro “Coojornal – um Jornal de Jornalistas sob o Regime Militar” (2011, vencedor do prêmio Açorianos, categoria especial) e também do livro “Os Filhos Deste Solo – Olhares Sobre o povo Brasileiro” em 2013. Produziu o roteiro do espetáculo “Legalidade – o Musical”, de 2011, exibido durante as comemorações oficiais do cinquentenário da Campanha da Legalidade.
A Libretos, à qual Rafael é vinculado, atua há 20 anos no mercado editorial gaúcho, inclusive com presença há doze anos na Feira do Livro de Porto Alegre, tendo publicado mais de 200 títulos, e recebido mais de vinte prêmios literários. Participa há mais de dez anos do programa Adote um Escritor, que leva livros e autores às salas de aula do ensino público.