A semana findou sob o ribombar de manchetes: o governo fechou as contas de 2021 com um superávit de 2,5 bilhões. Não era pra menos.
Em 50 anos foi o oitavo em que isso aconteceu no Rio Grande do Sul..
O problema é que as manchetes dizem tudo o que interessa ao governo e pouco, do que interessa à cidadania, que é a realidade das contas e dos serviços públicos no Estado.
Do alto da página em letras garrafais, despencam para para o arquivo morto e lá estarão até que surjam novos fatos bombásticos que o governo reúna a “imprensa” para divulgar.
Enquanto isso, a questão central, não só das contas mas dos serviços púbicos, que jugula o desenvolvimento do Estado, permanece como uma nebulosa distante que só alguns especialistas, com o telescópio dos seus altos cargos podem ver com nitidez.
Eles selecionam o que deve ser transmitido, apenas o suficiente para saciar um jornalismo de pouco apetite.