Em menos de 12 horas, na noite e madrugada de quinta-feira, um posto de saúde, uma escola municipal, um posto de combustíveis, dois tratores e, pelo menos, dois ônibus foram incendiados em três municípios.
Já no Posto de Saúde de Olho d’Água, os invasores roubaram um botijão de gás, cortaram os fios de alguns aparelhos eletroeletrônicos, danificaram teclados de computadores e espalharam parte dos medicamentos e produtos farmacêuticos armazenados.
Em Fortaleza, por volta das 21h de ontem, dois homens armados assaltaram os clientes de um posto de gasolina do bairro Papicu e puseram fogo em um dos carros estacionados no local.
Os próprios funcionários do estabelecimento conseguiram apagar as chamas, mas os criminosos escaparam sem ser identificados.
Também na capital, dois homens invadiram o prédio do Centro Social Urbano (CSU), no bairro Pici, e incendiaram dois tratores estacionados. Segundo testemunhas, os criminosos fugiram em uma motocicleta.
O fogo foi apagado por policiais militares, com a ajuda de vizinhos. Ainda em Fortaleza, um ônibus e uma van abandonada foram incendiados nos bairros Pedras e Dias Macedo, respectivamente.
A quinta ocorrência foi registrada em Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza, onde um micro-ônibus foi incendiado no bairro Jardim Bandeirante.
Ataques
Este foi o vigésimo quarto dia da onda de ataques no estado, que começou no último dia 2, quando ônibus, veículos, prédios públicos, estabelecimentos bancários e edificações em vias públicas passaram a ser alvo da ação organizada de criminosos.
A violência é uma reação de facções criminosas à nomeação do secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, e ao anúncio de medidas para reforçar a segurança nos presídios, como a não separação de presos em presídios por facção e o bloqueio total de celulares.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, 430 suspeitos de participar dos ataques já foram detidos desde o começo dos ataques. A pasta, no entanto, não informou quantos destes permanecem detidos.
Para tentar conter os ataques, o governo estadual convocou cerca de 1.200 policiais militares da reserva para voltar ao serviço. No dia 13, o governador Camilo Santana sancionou leis que facilitam a adoção de medidas como a convocação dos militares reservistas; o pagamento de recompensa a quem fornecer informações que resultem na prisão de bandidos ou evitem ataques criminosos no estado.
(Com informações da Agência Brasil)