A demissão do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6), rendeu manchetes sensacionalistas mas é um fato irrelevante.
Antônio, cujo nome de batismo é Marcelo Henrique Teixeira Dias, foi reeleito deputado federal pelo PSL de Minas Gerais no ano passado, com a maior votação do Estado: 230.008 votos.
O decreto não traz justificativas para a medida, mas o chefe da Casa Civil Onix Lorenzoni esclareceu que a demissão é uma formalidade, para que Alvaro Antônio tome posse na Câmara Federal.
Ele é um dos quatro ministros de Bolsonaro que também é deputado e o único que ainda não havia sido exonerado pelo presidente para tomar posse no mandato de parlamentar.
Os outros três ministros – Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Casa Civil; Tereza Cristina (DEM-MS), da Agricultura; Osmar Terra (MDB-RS), da Cidadania – foram exonerados para tomar posse e já foram nomeados novamente.
Antônio está sob pressão desde segunda-feira, quando uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo denunciou um esquema de lançamento de candidaturas laranja com o objetivo de desviar recursos eleitorais do Fundo Partidário e beneficiar empresas relacionadas ao seu gabinete.
Em sua conta no Twitter, Antônio afirmou, na segunda-feira, que foi “alvo de uma matéria que deturpa os fatos e traz denúncias vazias“.
“Reforço que a distribuição do Fundo Partidário do PSL cumpriu rigorosamente o que determina a lei. Todas as contratações da minha campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”, acrescentou.