Ciro Gomes na entrevista ao Jornal Nacional demonstrou que é um candidato preparado, tem experiência, tem idéias, tem propostas…tem um projeto para o Brasil.
O que falta a Ciro Gomes é um partido orgânico, capaz de articular um conjunto de forças que dêem suporte às suas propostas ousadas e, inegávelmente, pertinentes.
À falta disso, ele recorre a um discurso, muito bem articulado, diga-se, mas messiânico em que transparece que as coisas acontecerão de acordo com sua vontade, sem nenuma contaminação, porque ele sabe como mobilizar “as energias da política”.
Com essa postura, óbviamente, Ciro Gomes procura colocar-se fora do arco de alianças que se constrói em torno do ex-presidente Lula. Quer atrair os que não querem Lula nem Bolsonaro, a terceira via cada vez mais improvável. Corre o risco de isolar-se, congelado nos 7 ou 8% das intenções de voto. Mas é sua aposta. Ele se saiu bem na entrevista, fluente, firme e elegante. Nada que possa sinalizar uma mudança no cenário polarizado entre Lula e Bolsonaro.