Desde o inicio de seu mandato, o prefeito Sebastião Melo aprovou 28 projetos na Câmara Municipal.
O último foi aprovado, nesta quarta-feira, autoriza o Executivo a contratar empréstimo de até R$ 40 milhões junto ao Banco do Brasil.
Com uma base consistente que chega a formar 23 votos (quase dois terço dos vereadores) nas principais votações, o prefeito parece não ver barreiras que o impeçam de aprovar os demais projetos do Executivo que ainda estão em tramitação na casa legislativa.
São trinta e seis projetos que estão na fila.
O último, foi entregue segunda-feira, 27, pelo próprio prefeito ao presidente da Câmara, Márcio Bins Ely (PDT) ,é o projeto que altera o Plano Diretor do centro histórico.
Como precisa de maioria absoluta (19 votos) o governo também não deve ter problemas para aprovar esse.
“O governo está passando o carro”
Ao contrário de seu antecessor Melo aposta no estilo conciliador e de diálogo, até porque tem a maioria a seu favor.
Todos os projetos antes de entrarem pelo plenário passam por uma audiência pública. Mesmo em votações mais polêmicas como a privatização da Carris e a extinção dos cobradores, que exaltaram os ânimos, a mediação foi usada.
O único projeto que o governo teve mais dificuldades para aprovar foi o da Reforma da Previdência, que necessitava de 24 votos. Após alguns dias de conversas, o governo convenceu o vereador Airto Ferronato (PSB) e aprovou a reforma.
Uma das peças fundamentais para essa sintonia com a Câmara é a presença constante, no plenário, do ex-vereador e agora secretário de Governança Local e Coordenação Política, Cassio Trogildo.
Cassio foi vereador por oito anos, dois como presidente do legislativo, conhece bem muitos dos atuais vereadores além de conhecer bem o funcionamento do regimento da casa.
Mas também não é só isso, Melo sabe usar a base, evitando atritos desnecessárias. Pelo contrário, é constante a presença de vereadores no Paço em reuniões com o prefeito.”
“Nesse sentido o Melo vai muito melhor que o Marchezan, esse não tinha diálogo. O Melo está passando o carro mas o Fortunati também passava, com essa maioria só não passa quem não quer” comentou um servidor da Câmara.