Demolição do esqueletão aguarda nova avaliação técnica; implosão está descartada

| Ramiro Furquim/@outroangulofoto/Jornal Já

A estrutura de 19 andares, inacabada há mais de 60 anos no coração do centro histórico de Porto Alegre, segue desafiando as previsões.

A demolição está autorizada, uma empresa de São Paulo (FBI Demolições) iniciou os trabalhos, mas foram paralisados por questões de segurança do trabalho e agora  dependem uma nova avaliação técnica.

A previsão para o início da obra era fevereiro, conforme estimativa do Prefeito Sebastião Melo e, do Secretário de Obras e Infraestrutura.

Ao todo serão oito etapas e o cálculo da empresa é que serão necessários pelo menos cinco meses de obra, incluindo a obtenção das licenças à logística e transporte dos escombros.

O tráfego da área será alterado, pois exigirá o escoamento do material no circuito das ruas Marechal Floriano e Voluntários da Pátria, utilizando caminhões pesados.

A implosão, que seria o modo mais rápido e está prevista no projeto, foi descartada porque o impacto pode atingir a estrutura de outros prédios, inclusive a galeria do Rosário.

Segundo os auditores da Superintendência Regional do Trabalho será necessária a instalação de um elevador de cremalheira para o transporte vertical de funcionários, ferramentas e materiais da demolição.

Os auditores também apontaram a necessidade de medidas de proteção coletiva nos locais internos em vista do risco de queda, a exemplo do poço do elevador do prédio inacabado.

Em vista do parecer da Superintendência Regional do Trabalho,  o secretário André Flores está adequando o projeto de demolição junto aos engenheiros da FBI Demolidora e ainda não há data marcada para inspecionar se as irregularidades da segurança de trabalho foram suprimidas.

A obra vai exigir o isolamento total da região, e esse fato vem gerando aflição para o comércio instalado nas imediações do edifício.

(Nei Rafael Ferreira Lopes Filho)