Evento na ARI marca os 50 anos da morte de Vladimir Herzog

Na manhã deste sábado (25), data que marca os 50 anos da morte de Vladimir Herzog, o Salão Nobre da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) esteve praticamente lotado para o painel “50 Anos por Vlado”, iniciativa do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, com apoio da ARI, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS, da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e da Associação de Ex-Presos e Perseguidos Políticos do RS.

Mediado pela jornalista Márcia Torcato, o painel contou cim os jornalistas Elmar Bones e Rafael Guimaraes, que compartilharam experiências vividas durante o regime militar. Ambos foram presos e perseguidos pela ditadura, e relataram com detalhes o cotidiano da censura, das redações vigiadas e das violações sofridas por profissionais da imprensa à época.

Bones e Guimaraes relembraram o caso de Vladimir Herzog, preso e morto sob tortura nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo, no dia 25 de outubro de 1975. “Embora o regime tenha tentado encobrir o crime como suicídio, ficou claro que Herzog foi assassinado por exercer sua profissão. Vlado morreu por ser jornalista”, lamentou Bones.

O público presente acompanhou o painel com atenção. Para Guimaraes o painel foi um bom momento para reflexão sobre os riscos à liberdade de imprensa e à democracia. O presidente da ARI José Nunes  disse que o evento reafirmou o papel da memória e da imprensa livre como pilares da democracia.

Após o painel, os participantes seguiram para o Bar da ARI, onde foi servida a Feijoada da ARI, em sua quarta edição. Também puderam visitar a exposição fotográfica “Um Olhar diferenciado sobre Porto Alegre”, de Ricardo Stricher, montada na Galeria da Arfoc,  no Bar da ARI, com 20 imagens que retratam a Capital sob diferentes perspectivas.
Por Thamara Costa Pereira