Divisão da esquerda é desafio de Lula em Porto Alegre

O primeiro item da agenda de Lula nesta quarta-feira  em Porto Alegre é uma reunião com representantes dos partidos que poderiam compor a frente ampla de centro esquerda para derrotar o bolsonarismo no Rio Grande do Sul: PT, PCdoB, PV, PSB, Psol, Rede e Solidariedade.

Não é certo que todos estarão presentes. A frente, por enquanto, é uma quimera.

Com Edegar Pretto já lançado como pré-candidato a governador, o PT oferece vice-governador e senador aos aliados principais para compor a chapa, que daria um palanque único e forte para Lula no Estado . Por enquanto, só a candidatura de Edegar Pretto está de pé.

Beto Albuquerque, que seria o senador da Frente, é pré-candidato a governador há seis meses. Só entra na frente se for na cabeça da chapa.

Pedro Ruas, do PSol, bem cotado para vice na composição da frente, foi lançado pré-candidato a governador.

O PCdoB, fiel aliado, estava certo com Manuela D’Ávila para o Senado, com bons índices nas pesquisas, inclusive. Mas, inesperadamente, ela desistiu. Anunciou há poucos dias que não vai mais concorrer.

Nos bastidores da campanha, essa decisão de Manuela é vista como um movimento brusco para re-arranjar peças de um jogo que está travado.

Ela terá um encontro com Lula na quinta-feira.

O apoio de Lula a Pretto tem laços fortes.  Por isso, considera-se a hipótese de que Lula, no encontro com Manuela, tente convencê-la a ser candidata a vice na chapa de Pretto.

Manuela alegou razões pessoais e famiiares ao desistir da candidatura ao Senado, mas nas declarações a imprensa não escondeu as motivações políticas:

“Me esforcei muito para termos um palanque único da base de Lula aqui no Estado, com Edegar Pretto, Beto Albuquerque e Pedro Ruas, mas não conseguimos”.

Se ela aceitar, restará convencer o Psol a desistir da candidatura de Pedro Ruas como vice, para compor a chapa como candidato ao Senado.

Ainda que não fosse a frente dos sonhos de Lula,  seria uma chapa competitiva.

 

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