O Brasil saiu novamente do Mapa da Fome da ONU, segundo o Relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, da ONU.
Significa que, na média dos últimos três anos (2022/2023/2024), o percentual de brasileiros em risco de subnutrição, sem acesso ou com alimentação insuficiente não ultrapassou os 2,5% da população do país.
A saída do Brasil do Mapa da Fome novamente resulta de um conjunto de políticas que priorizaram a redução da pobreza: estímulo à geração de emprego e renda, fortalecimento da alimentação escolar, acesso à alimentação saudável e o apoio à agricultura familiar.
Um exemplo é a restauração da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a criação do Programa Cozinha Solidária.
A Conab foi desmontada pelo governo anterior, com a venda ou fechamento de seus principais armazéns.
Nos últimos dois anos investiu mais de R$ 1 bilhão na compra de 132 milhões de quilos de alimentos da agricultura familiar. “Essa comida chegou a quem mais precisa, diretamente na mesa das famílias em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar”, diz o presidente da companhia, Edegar Pretto.
O povo Yanomami, por exemplo, enfrentando grave desnutrição, recebeu 160 mil cestas de alimentos, de um total de mais de 800 mil que a Conab já entregou a populações afetadas pela seca em estados como Amazonas, Pernambuco e Alagoas, e pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Segundo o IBGE, até o final de 2023, o país retirou cerca de 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave.
Além disso, em 2023, o país reduziu a pobreza extrema a 4,4%, um mínimo histórico, refletindo a retirada de quase 10 milhões de pessoas dessa condição em relação a 2021.
Em 2024, a taxa de desemprego chegou a 6,6%, a menor desde 2012, o rendimento mensal domiciliar per capita bateu recorde, chegando a R$ 2.020, e o índice de Gini, que mede a desigualdade, recuou para 0,506 — menor resultado da série histórica.
“Essa vitória é fruto de políticas públicas eficazes, como o Plano Brasil Sem Fome que engloba o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos, o Programa Cozinha Solidária, a valorização do salário mínimo, crédito para a produção de alimentos pela agricultura familiar, incentivo à qualificação profissional, ao emprego e ao empreendedorismo, além do incremento da alimentação escolar. Todas as políticas sociais trabalhando juntas para ter um Brasil sem fome e soberano”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias.
Esta é a segunda vez que o governo do presidente Lula retira o país da condição de fome: a primeira foi em 2014, após 11 anos de políticas consistentes. No entanto, a partir de 2018, o desmonte de programas sociais fez o Brasil retroceder e retornar ao Mapa da Fome no triênio 2018/2019/2020.
Com informações do MDS