Uma nota no expediente da Câmara Municipal acendeu o alerta: o projeto de “desestatização” da Companhia Carris está na ordem do dia e pode ser votado na próxima segunda-feira, 23 de agosto.
O movimento dos funcionários da empresa convocou o início da mobilização para às quatro da manhã da segunda-feira da frente da sede, de onde sairão em caminhada até a Câmara.

A Carris juridicamente é uma empresa de economia mista, mas na prática é uma estatal de propriedade do município, que detém 99,9% de suas ações. Já foi uma empresa modelo na virada do século 21, nos últimos dez anos apresenta problemas crônicos.
O prefeito alega que o município já aplicou R$ 500 milhões nesse período para garantir o funcionamento da empresa.
A pandemia, que reduziu drasticamente o número de passageiros no transporte coletivo, agravou ao extremo a crise da Carris.
O projeto que tramita na Câmara é uma autorização o prefeito para “alienar” ou seja, se desfazer do patrimônio da Carris, seja vendendo a empresa toda, seja vendendo seus ativos e distribuindo as linhas entre as atuais concessionárias.