Levantamento feito pelo Desterro Observatório da Violência constatou um recorde de mortes em ações políciais em Florianópolis´este ano.
De janeiro a agosto, já foram registradas 25 mortes em ações policiais na capital catarinense, um recorde segundo a pesquisa que abrange os últimos 10 anos.
A reportagem de Rodrigo Barbosa, publicada esta semana, mostra também algo que a imprensa convencional minimiza: a mobilização nas comunidades atingidas, denunciando a crescente violência policial, que atinge sobretudo moradores da periferia, pobres e negros.
O Desterro foi um dos 15 projetos de jornalismo independente de todo o Brasil que participaram do Google News Initiative Startups Lab 2024, realizado pelo Google em parceria com a empresa Echos.

A pesquisa analisou ocorrências registradas de janeiro de 2015 a agosto deste anos.
Até então, os períodos mais violentos eram 2018 e 2024, com 22 mortes registradas em cada ano. Esta é também a primeira vez que são registrados pelo menos 20 óbitos em ações policiais por três anos seguidos: 2023, 2024 e 2025.
Os dados para a reportagem foram obtidos obtidos através da Lei de Acesso À Informação (LAI), combinados com consultas a arquivos de mídia e Boletins de Ocorrência, além de entrevistas com moradores de comunidades periféricas, lideranças comunitárias e familiares de vítimas de violência do Estado.
O perfil racial das vítimas de mortes em ações policiais é um fator que chama atenção. Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, 23% da população de Florianópolis é negra – o que classifica a capital catarinense como a capital mais branca do Brasil.
Na contramão desta estatística, pelo menos 44% das pessoas vitimadas pela polícia em 2025 eram negras – quase o dobro da porcentagem de pessoas negras que compõem a população da cidade como um todo.
Ao menos 23 das 25 mortes registradas em ações policiais em Florianópolis no ano de 2025 foram cometidas pela Polícia Militar – todas elas por agentes que estavam em serviço. O 4º Batalhão da PM (4BPM), responsável pelo patrulhamento das regiões central e Sul da cidade, foi responsável por mais da metade dos óbitos.

Leia a íntegra aqui:
Quatro meses antes do fim de 2025, Polícia de Florianópolis bate recorde de mortes em ação policial
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