O presidente da República está no hospistal por conta de uma facada que levou na campanha eleitoral, quando participava de uma manifestação em Juiz de Fora, em Minas.
As investigações, até agora, não são conclusivas e, embora haja um réu confesso, há quem duvide que a facada ocorreu.
Esse episódio já seria uma boa metáfora da situação em que se encontra o Brasil em 2019. Mas há muito mais…
Por causa do ferimento que lhe trespassou o intestino, Jair Bolsonaro passou a portar uma “bolsa de colostomia”, que recolhia urina e fezes até que as lesões internas cicatrizassem.
Nesta segunda-feira ele passou pela terceira cirurgia – a primeira de emergência para estancar a hemorragia interna que poderia matá-lo, a segunda para reconstituir as áreas lesadas e prevenir uma infecção.
E agora esta, para “reconstrução do trânsito intestinal”, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, um dos mais avançados do país.
O presidente entrou na sala das cirurgia pouco antes das sete horas da manhã, com uma previsão de três a quatro horas de operação. Ao meio dia, quando já se completavam cinco horas, os noticiários informavam que “o presidente ainda está sendo operado”.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, divulgará um boletim assim que os médicos liberarem. Não foi divulgado o nome dos médicos.
O presidente ficará no Hospital Albert Einstein por 10 dias, pelo menos.
Mas a crise política não lhe dará tréguas. É visível sua preocupação em não deixar o vice em seu lugar mais do que as 48 horas indispensáveis para sua mínima recuperação.
Depois disso, ele pretende trabalhar normalmente, despachando com ministros e assessores, além de transmitir orientações para a equipe ministerial.
O Hospital Albert Einstein organizou um espaço para o presidente despachar.
Segundo o porta-voz, existe um dispositivo montado pelo gabinete de Segurança Institucional com equipamentos, possibilidades técnicas para Bolsonaro orientar seus ministros e seus órgãos e despachar.
Por enquanto, o vice-presidente, Hamilton Mourão, estará na Presidência da República. Mourão conduziu a reunião ministerial, que Bolsonaro passou a realizar uma vez por semana no Palácio do Planalto.
A cirurgia com certeza é o maio risco que Bolsonaro enfrenta. É um risco que diz respeito à sua sobrevivência ou capacidade física. Mas os riscos políticos envolvendo sua posição não são pequenos.
Esta semana, por exemplo, deve emergir um personagem que aparece ligado ao presidente e à sua familia em situações perigosas: o ex-segurança e motorista Fabricio Queiroz.
Queiroz escapou de depor até agora alegando problemas de saúde. Mas depois que ele apareceu num vídeo dançando no quarto do hospital, a expectativa é de que apareça para falar nos próximos dias.
A dança de Queiroz, vazada pelas redes, não foi entendida. Talvez fosse um recado para os que o protegem, que podem dançar também se ele abrir a boca.