O Rio Grande movido a lenha, e com menos erva

lenha+chimarrãoO Rio Grande do Sul é o campeão nacional da lenha, diz a Pesquisa de Extração Vegetal e Silvícola do IBGE, que investiga 45 produtos (38 do extrativismo vegetal e sete da silvicultura), em todos os municípios brasileiros.
Açaí, látex, cera de carnaúba, piaçava, casca de angico, de acácia, babaçu, pequi, castanha-do-pará e urucum estão entre estes produtos que, muitas vezes, são a única fonte de renda das populações extrativistas.
Foram produzidas 14,5 milhões de metros cúbicos de lenha no Estado em 2012, ou 25% da produção nacional. Entre os vinte maiores produtores do país, oito municípios são gaúchos: Butiá, Santa Cruz do Sul, Encruzilhada do Sul, Pantano Grande, São Jeronimo, Vale Verde , Vale do Sol e Venâncio Aires.
Como era previsto, também aumentou a oferta de madeira em tora para celulose, de 2.4 milhões de metros cúbicos para 2.6 milhões em 2012, perfazendo 3.6% da produção nacional, o 8o fornecedor do país. Esta madeira vem de Tabaí, Barra do Ribeiro, Dom Feliciano e redondezas. A produção de madeira em tora para outras finalidades também aumentou, de cinco para quase 5,3 milhões de metros cúbicos, o 5o produtor, com participação de 9% na produção nacional.
Toda casca de acácia negra do Brasil sai da Serra gaúcha, mas a produção caiu de 105,5 mil toneladas em 2011 para 103 mil toneladas no ano passado. Serve especialmente para extrair tanino. Também caíram a produção de resina oriunda do litoral sul (de 21,6 para 20,8 mil toneladas, 2º produtor do Brasil, 28,2% da produção nacional), e de erva-mate. Ao contrário do que reza o imaginário popular, o Rio Grande do Sul é o 3o produtor do país, e respondeu por apenas 9% da produção em 2012: 22,7 mil toneladas. Haviam sido 23.6 mil toneladas em 2011.

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