O jardineiro Dwayne Johnson trabalhou dois anos com um herbicida à base de glifosato, um dos agrotóxicos mais usados no mundo. Contraiu um câncer incurável e foi à Justiça munido de atestados médicos que atribuíam ao veneno a causa de sua doença.
Na sexta-feira passada, um júri de São Francisco reconheceu as provas apresentadas por Johnson e condenou a Monsanto, fabricante do veneno, a pagar US$ 290 milhões por não alertar que o glifosato contido em seus herbicidas era cancerígeno.
O juri considerou que a companhia “agiu com malícia” e que seus herbicidas RoundUp e RagenrPro, contribuíram “substancialmente” para a doença terminal do jardineiro californiano.
Cabe recursos e a multinacional Monsando vai usar todo o seu imenso poderio para reverter a sentença, em outras instâncias. “Sentimos empatia com o senhor Johnson e sua família (…) mas defenderemos vigorosamente este produto com 40 anos de história e que continua sendo vital, efetivo e seguro para agricultores e outros”, declarou a empresa.
De qualquer forma, essa primeira condenação desloca os agrotóxicos do debate ambiental, para os tribunais da Justiça, na condição de réu, agora já não mais primário.
O próprio Johnson, depois da sentença, falando aos jornalistas disse que está ajudando “numa causa”. “Estou contente em poder ajudar em uma causa que vai além de mim. Espero que esta decisão dê ao assunto a atenção que necessita”.
No Brasil, além das ações judiciais que possa provocar, o caso vai ter um impacto direto no rumo do projeto que tramita na Câmara Federal para abrandar os controles na venda e no uso dos agrotóxicos nas lavouras do país, que é um dos maiores consumidores do mundo. Vai reacender a reação.
Dois dias depois que o caso do jardineiro americano teve seu desfecho anunciado, o jornal espanhou El País, resgatou para sua primeira página um levantamento inédito feito pela Agência Pública, que analisou os prontuários de quase 40 mil pessoas atendidas pelo SUS após serem expostas a agrotóxicos nos últimos dez anos. Constatou que, desse total, 26 mil pacientes tiveram intoxicação confirmada por médicos, com sinais clínicos como náuseas, diarreias ou problemas respiratórios, ou mesmo alterações bioquímicas no sangue e urina detectadas por exames laboratoriais.
A média equivale a sete pessoas intoxicadas por dia. Homens são a maioria dos afetados por agrotóxicos agrícolas e a maioria dos pacientes tem ensino fundamental incompleto.
Segundo os registros, na maior parte dos casos o paciente foi curado.
Mas há centenas de casos de mortes: 1.824 pessoas morreram devido à intoxicação e outras 718 pessoas permaneceram com sequelas, como insuficiência respiratória, problemas nos rins ou lesões no fígado.
O levantamento foi feito com base em registros de 2007 a 2017 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Os dados revelam também uma grande quantidade de tentativas de suicídio por agrotóxicos e milhares de envenenamentos no ambiente de trabalho.
O levantamento completo está no site da Agencia Pública.
Categoria: X.Categorias velhas
Expointer
[envira-gallery id=”48414″]
Bancários realizam ato em defesa do Banrisul nesta sexta na Praça da Alfândega
Os bancários vinculados ao Banrisul realizam nessa sexta-feira, 2, o Ato de Mobilização Permanente em Defesa do Banrisul Público. O evento acontece a partir das 10h, em frente à agência central do banco na Praça da Alfândega, Centro Histórico de Porto Alegre. Às 12 horas haverá um abraço simbólico ao prédio do Banrisul do local.
Há 15 anos, junto com o SindBancários e a Fetrafi-RS, os funcionários do Banrisul conseguiram uma salvaguarda que repercute ainda hoje nas lutas em defesa do Banrisul público. Obtiveram a alteração do Artigo 22 da Constituição Estadual, por meio da aprovação da PEC 94/98, pela Assembleia Legislativa, em 28 de maio 2002. Se não fosse isso, provavelmente, o Banrisul não seria mais público.
Para vender ou federalizar o banco tem que haver plebiscito ou convencer em duas sessões na Assembleia Legislativa, 33 deputados a votarem a favor de uma PEC que derrube a obrigatoriedade na decisão de vender o Banrisul e empresas como CRM, Sulgás, CEEE. O governo Sartori tem tido dificuldade de impor essa pauta na Assembleia Legislativa, devido, principalmente, ao repúdio que a sociedade gaúcha demonstra por esse projeto.
Empresas públicas
O atual governo do Estado tenta desde que assumiu criar condições para vender empresas públicas. Os administradores públicos já sabem que não conseguem esses 33 votos para derrubar a PEC do plebiscito na ALERGS. O governo do Estado, inclusive, fez uma última tentativa no parlamento gaúcho na terça-feira, 30/5, mas sofreu nova derrota e teve que recuar. Numa seção que não teve quórum suficiente, o governo de José Ivo Sartori retirou da pauta o Projeto de Lei 259/16, que alterava o artigo 22 da Constituição Estadual para privatizar ou federalizar a CEEE, Sulgás e CRM.
Sem votos suficientes, o governo Sartori passou a adotar outra estratégia. Agora, o novo objetivo é aprovar até 13 de junho um decreto no parlamento gaúcho para enviar ao Tribunal Regional Eleitoral (TER-RS) e submeter aos eleitores gaúchos, por meio de plebiscito em 15 de novembro, a venda ou federalização de três empresas públicas do setor energético, CEEE, Sulgás e CRM.
O Banrisul, a princípio, não entra neste pacote de privatizações vias plebiscito. Até porque 24 deputados estaduais, inclusive da base do atual governo, assinaram a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público, instalada em ato no Teatro Dante Barone, em 22 de março passado.
Pacote de privatizações
O SindBancários entende que o Banrisul não está livre de entrar neste pacote de privatizações via plebiscito. Isso porque, em fevereiro, o PL 343/17, o Regime de Recuperação Fiscal, foi apresentado pelo governo Michel Temer e assinado pelo ministro da Fazenda, o banqueiro Henrique Meirelles, com uma proposta que não favorece o estado.
Por esse acordo, o governo do Estado tem que vender patrimônio público para ficar apenas três anos sem pagar dívida com a União. A partir de 2020, quando termina a moratória, a dívida total, o também chamado estoque de dívida, cresceria muito. O Banrisul sempre esteve e segue na mira.
O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, explica que o ato desta sexta-feira, serve de alerta para a situação do Banrisul. “O Banrisul é a joia da coroa do Estado e, para nós, um patrimônio dos bancários que trabalham no banco e de todo o povo gaúcho. Entendemos que o Estado tem dívidas que vêm de muitos anos, mas também não pode vender um banco que rende dividendos e ajuda o Estado neste tempo difícil. Nos próximos 10 anos, o Banrisul vai entregar R$ 1,2 bilhões ao governo do Estado em troca da compra da folha de pagamento dos servidores públicos. É um bom negócio para o governo”, diz Gimenis.
Segundo o presidente do Sindbancários há alternativas para tirar o Rio Grande da crise sem precisar vender o patrimônio público. Basta que o governo Sartori cobre créditos da Lei Kandir e se disponha a negociar um encontro de contas. Cálculos apontam para o fato de que o RS deve cerca de R$ 50 bilhões para a União e teria a receber em torno de R$ 45 bilhões. Um encontro de contas reduziria para R$ 5 bilhões, ou em até 10 vezes, a dívida pública do Rio Grande do Sul.
Fonte: Imprensa SindBancários
Ecobarreira retira 172 toneladas de lixo do Dilúvio em um ano
Um total de 172.290 quilogramas de resíduos foi retirado do Arroio Dilúvio desde 30 de março de 2016, quando foi realizada a primeira coleta dos materiais retidos na Ecobarreira instalada e mantida pela empresa Safeweb Segurança da Informação.
Todos os dias, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, por meio das equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), faz o recolhimento dos resíduos içados pela gaiola da Ecobarreira e os encaminha para o aterro sanitário de Minas do Leão.
O equipamento está instalado no Arroio Dilúvio, na esquina das avenidas Ipiranga e Borges de Medeiros, bairro Praia de Belas. Milhares de plásticos, isopores, pedaços de madeira são exemplos de materiais retidos pela estrutura. “A Ecobarreira tem prestado um serviço essencial à nossa cidade, impedindo que grande parte do descarte irregular de resíduos no arroio Dilúvio cheguem ao Guaíba. É uma parceria que, certamente, terá continuidade”, afirma o secretário Ramiro Rosário.
A Ecobarreira da Safeweb é gerida em conjunto com o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), do DMLU, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Smams) e do professor Gino Gehling, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O controle do equipamento também é feito pela Safeweb, que fez a instalação e custeou o valor da estrutura, com um investimento de R$ 250 mil.
Para o vice-presidente da Safeweb, Luiz Carlos Zancanella Júnior, idealizador da ação, a iniciativa veio da necessidade de contribuir com a cidade e o ambiente: “Eu observava a quantidade de lixo que o Dilúvio despejava no Guaíba, e isso era algo que me incomodava. Vendo um vídeo na internet de uma máquina que retinha e coletava os resíduos num rio nos Estado Unidos, tive a ideia de fazer algo parecido pela cidade onde eu moro”, conta.
Zancanella levou o projeto para a empresa em que trabalha e foi prontamente atendido. “Só que não imaginávamos recolher tantos quilos apenas com lixo flutuante. Não podemos ficar felizes em recolher cada vez mais lixo. Precisamos lutar para alcançarmos a marca de zero quilos recolhidos. Nesse momento, poderemos dizer que o projeto teve sucesso”.
Segundo Zancanella, nesse um ano de existência da Ecobarreira, o trabalho ultrapassou o resultado esperado. A empresa pretende manter a operação, tornando-a cada vez mais eficiente, e agir em duas frentes: na busca de uma destinação mais adequada aos resíduos do que o envio para aterro sanitário e, também, trabalhar com a educação das comunidades para evitar a geração dos resíduos.
Segunda Virada Sustentável de Porto Alegre vai até domingo
Começou nesta quinta-feira a segunda edição, em Porto Alegre, do Virada Sustentável, com uma agenda de mais de 200 atividades.
São ações colaborativas, seminários, mostras de filmes, esportes, oficinas, shows e espetáculos teatrais, artes visuais, feiras de inovação e a Virada Ecogastronômica. O mote comum abarca qualidade de vida, biodiversidade, resíduos, água, cidadania, mobilidade urbana e mudanças climáticas, além de potencializar as discussões sobre a importância econômica dos negócios sustentáveis e da nova tendência cultural na vida urbana.
Com os temas Empreendedorismo e Inovação Sustentável, Educação para a Sustentabilidade, e Ecogastronomia e Alimentação Saudável, o festival reúne cerca de 200 atrações e atividades em diferentes locais e em quatro EcoPontos.
Os EcoPontos são os espaços de encontro e mobilização durante a Virada: Casa de Cultura Mario Quintana, Associação Cultural Vila Flores, Parque da Redenção e SESC Campestre.
Além dos EcoPontos, a Virada acontece em outros locais, como a Unisinos – Novo Campus Porto Alegre (cerimônia oficial de abertura e o Seminário Marcas Sustentáveis), o StudioClio (onde acontece a oficina A História da Música nos Festivais Nativistas do Rio Grande do Sul) e o Largo Glênio Peres, dois shows do projeto Porto Alegre Musical: Orquestra da ULBRA com As Grandes Canções do Festivais Nativistas e Os Tambores da Rua, com Turucutá e Bloco da Laje.
Para reunir os diferentes projetos e iniciativas, foi lançado um edital de adesões, que recebeu 150 inscrições e selecionou 78 projetos para integrar a Virada. Eles são promovidos de forma autônoma por grupos, coletivos, movimentos e instituições diversas.
Todas as atividades são gratuitas.
Programação completa neste link. O Virada Sustentável vai até este domingo, 2 de abril.
Deputado denuncia plano de Sartori para federalizar o Banrisul
Convencido de que não vai conseguir os 33 votos na Assembléia Legislativa para derrubar a lei que obriga a um plebiscito para privatização do Banrisul, o governo Sartori mudou de tática. Vai federalizar o banco para que o encargo de sua privatização fique a cargo do governo Temer.
Essa manobra, classificada como plano B pelos governistas, foi denunciada pelo deputado estadual Luis Augusto Lara (PTB), na plenária dos funcionários do Banrisul, na sede do Sindbancários, na noite de quinta-feira. O governo do Estado tem negado qualquer intenção de negociar o Banrisul.
Desajuste fiscal
A reunião durou cerca de uma hora e meia no auditório da Casa dos Bancários. Durante o encontro o deputado estadual apresentou números da dívida pública estadual e explicou que o acordo da dívida oferecido pelo governo Temer vai piorar muito a situação das finanças do Estado.
Segundo Lara, a dívida pública gaúcha era de R$ 9 bi nos anos 1990. O Estado já teria pago R$ 24,5 bilhões e ainda deve R$ 50 bilhões. O papel do Banrisul seria de garantidor de novos empréstimos em bancos privados.
“Não se pode chamar a proposta da União de renegociação. Tem uma cláusula no acordo que diz que o Estado não poderá reivindicar créditos passados. Então, não existirá recuperação fiscal. Este será o maior desajuste fiscal da história do Rio Grande do Sul”, apontou Lara.
O deputado estadual contou que foi procurado em seu gabinete na Assembleia Legislativa pelo líder do governo, o deputados Gabriel Souza, há algumas semanas.
“Nessa conversa ficou claro que o Banrisul será federalizado. O governo federal é que vai vender. Querem fazer o mesmo que fizeram com algumas estradas. Federaliza e o governo federal coloca os pedágios. Não tenho dúvida disso”, acrescentou Lara.
Acordo espúrio
Uma das chaves para entender o que representa o acordo proposto pelo governo Temer ao Estado é compreender quais setores o governo Sartori sonha em entregar para a iniciativa privada. Não por acaso a Sulgás, empresa de gás, a CRM, empresa de mineração de carvão, e a Corsan, a CEEE estão na mira, assim como o Banrisul.
Segundo Lara, o próximo movimento do governo Sartori será abrir o capital da Corsan. “Eles querem vender os setores de energia, água e o financeiro. A água deve ficar com os árabes. Os chineses ficam o carvão. E o Banrisul eles federalizam para depois o governo federal vender para um banco privado”, contou Lara.
O problema para esse “acordo espúrio” é que tanto o governo do Estado quanto o governo Federal têm até 30 de novembro para concluir as negociações. Isso porque, o STF, em 30 de novembro passado, considerou inconstitucionais os insuficientes repasses de compensações de perdas dos Estados em razão da Lei Kandir.
Por essa lei, os Estados abrem mão de ICMS para produtos manufaturados e semifaturados para incentivar as exportações. O problema é que o governo de federal não vem repassando a totalidade desses créditos para os Estados.
Em agosto de 2013, o Estado do Pará, junto com outros 14 Estados da União, entre eles o Rio Grande do Sul, ingressaram no STF com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) reivindicando os pagamentos.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) já anunciou em janeiro, por exemplo, que não precisa do acordo com a União. O governo de Minas seria credor do governo Federal por conta da Lei Kandir.
A decisão do STF, em sessão de 30 de novembro de 2016, determinou um prazo de um ano para que o Congresso Nacional crie uma lei que regulamente os repasses da União para os Estados e o Distrito Federal. “O tempo corre contra o projeto do golpe nas empresas públicas gaúchas patrocinado por Sartori e Temer”.
Receber comissão
“O governo federal está nos entregando para os bancos privados. Ao invés de pagar, a dívida vai subir de R$ 50 bilhões para R$ 84 bilhões depois da moratória de três anos. Quer dizer, vai ficar para o próximo governador pagar. Querem dar o Banrisul e a CEEE para aumentar o endividamento. Por que o governo do Estado não ingressa no STF com um processo de encontro de contas? Vai lá vê qual a dívida do Estado e a dívida que a União. É simples. Não precisa vender nada. Eu sei por que eles não querem fazer isso. Se fizerem, alguém vai deixar de receber comissão”, denunciou Lara.
Com informações da Imprensa/Sindbancários
Engenheiros querem melhorar a comunicação sobre saneamento
Nesta sexta-feira, 20, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental lança, em São Paulo, sua Câmara Temática de Comunicação no Saneamento. Será coordenada pelo engenheiro Dante Ragazzi Pauli, ex-presidente nacional da entidade.
Na ocasião, haverá uma roda de conversa com o jornalista Talis Maurício, repórter da Rádio CBN em São Paulo, com o tema “O papel da imprensa na cobertura do Saneamento e a importância do relacionamento com o setor”.
A ideia de criar uma área de comunicação voltada para o setor de saneamento começou a ser discutida ainda na gestão de Dante Ragazzi Pauli e foi fortalecida, segundo ele, durante o 28º CBESA da ABES, realizado em outubro de 2015, no Rio de Janeiro.
“Ainda estávamos na crise de escassez hídrica que atingiu o Brasil – principalmente o Sudeste e a Região Metropolitana de São Paulo – e o que se comentava é que tinham muitas informações desencontradas da imprensa e dos próprios operadores”, lembra Dante.
Ao final de uma Palestra Magna, que contava com a participação de Mônica Porto, secretária adjunta de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo e membro do Conselho Consultivo da ABES-SP, o então presidente nacional da ABES anunciou oficialmente que a Câmara seria criada. “A ideia foi tomando corpo e a partir daí muitas entidades parceiras têm nos procurado”, conta Ragazzi.
O objetivo desta Câmara Temática é discutir com os meios de comunicação, assessorias de imprensa das entidades e com a própria mídia em geral, como dar mais destaque ao saneamento e ao meio ambiente, mais especificamente ao saneamento básico. “Isso é algo que poderia melhorar bastante. Para que a população no geral entenda o que é saneamento, o que é uma água bem distribuída, um esgoto coletado e tratado”, ressalta.
Importância da comunicação
O engenheiro observa que, nos anos do auge da escassez de água (2014 e 2015), só se fala nos níveis dos reservatórios. “Grandes questões que estavam sendo discutidas na época, como reúso de água, por exemplo, saíram da pauta. E a nossa ideia é ver como podemos fazer para alavancar a comunicação no setor”, salienta. “Aprendi que a comunicação é um item altamente estratégico em qualquer gestão, seja de uma empresa, seja de uma entidade. A comunicação é um dos carros chefes para o sucesso de uma gestão. A ABES, agora com o apoio do presidente Roberval Tavares de Souza, vai atacar nessa frente”, adianta Dante Ragazzi Pauli.
Veja a programação
09h – Recepção e café
10h – Boas-vindas de Roberval Tavares de Souza (presidente nacional da ABES) e Dante Ragazzi Pauli (coordenador da CT)
10h15 – Roda de conversa: “O papel da imprensa na cobertura do Saneamento e a importância do relacionamento com o setor”
11h – Lançamento da Câmara
12h – Encerramento
Serviço:
O quê: Lançamento da Câmara Temática de Comunicação no Saneamento
Quando: Dia 20 de janeiro de 2017, sexta-feira, das 10h às 12h
Local: Sede da ABES-SP – Rua Eugênio de Medeiros, 242 – Pinheiros, São Paulo/SP.
Para se inscrever, clique aqui http://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdZeiADeh97d5FBLzv_mwFe07YKT8POAlCGUH5aO_2UDVRpmg/viewform?c=0&w=1
Informações: 11 3814 1872
Sobre a ABES
Com 51 anos de atuação pelo saneamento e meio ambiente no Brasil, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES reúne em seu corpo associativo cerca de 10.000 profissionais do setor. A ABES tem como missão ser propulsora de atividades técnico-científicas, político-institucionais e de gestão que contribuam para o desenvolvimento do saneamento ambiental, visando à melhoria da saúde, do meio ambiente e da qualidade de vida das pessoas.
www.abes-dn.org.br
Fontana propõe emenda constitucional para garantir eleição direta
De acordo com Fontana, diante do momento de grave crise institucional e de legitimidade da representação política no Brasil, se faz necessário que o Congresso revise o artigo que determina eleição indireta para presidente.
“O momento exige eleições diretas. O país precisa preservar a democracia e eleger diretamente seu principal mandatário. Para isto apresentamos a emenda que garanta eleições diretas sempre que o mandato presidencial (presidente e vice) for interrompido por qualquer motivo ocorrido dentro da ordem constitucional. Queremos garantir ao povo brasileiro a decisão final da escolha de quem governa o país, garantindo maior transparência, legitimidade e estabilidade política”, defende.
Em discurso no plenário nesta quarta-feira (07) afirmou que o país vive uma das mais graves crises institucionais da história, com o golpe de caráter parlamentar que iniciou o processo de desestabilização das instituições do país e começa a cobrar um preço cada vez mais alto da população brasileira. “Quando se desrespeita um dos pilares mais importantes do sistema democrático que é o cargo de presidente da República eleito pelo voto direto da população se desencadeia uma espécie de vale tudo institucional. É isso que esta causando a grande instabilidade que vivemos hoje no país”.
Renúncia de Temer
O parlamentar aponta que o governo Temer derrete a olhos vistos e a base que se uniu para derrubar ilegitimamente a presidenta Dilma já se engalfinha por espaço de poder, querendo abandonar o governo e estudar uma alternativa de, por via de eleição indireta, mais uma vez os 513 deputados escolherem outro presidente sem o direito da população votar.
Para Fontana, a mais estrutural de todas as decisões é a retomada de eleições diretas. “Temer deve renunciar à Presidência para que o povo brasileiro possa escolher presidente por eleições diretas o mais rápido possível. As soluções para a economia não virão de um governo fragilizado e ilegítimo. O povo brasileiro é que vai dar o rumo para sairmos desta crise institucional. Jamais esse Congresso pode pensar que poderia escolher outro presidente pela via indireta, derrubando Temer. Diretas já. É isso que o Brasil precisa”, concluiu.
Lula é indiciado duas horas depois que Lava Jato anunciou investigar governo FHC
Do Jornal GGN
Nesta quarta (5), por volta das 10h30, a manchete do Estadão indicava que a Polícia Federal decidiu, a partir da delação de Nestor Cerveró, investigar corrupção no governo FHC. Duas horas depois, a revista Época mudava a direção dos holofotes da velha mídia com a notícia de que Lula foi indiciado novamente, agora por propina suposta propina de R$ 20 milhões que seu sobrinho postiço teria recebido da Odebrecht.
Segundo as primeiras informações, a Polícia Federal entende que Lula teria usado de sua influência como presidente da República para obter contratos da Odebrecht por obras em Angola para a empresa de seu “sobrinho”, Taiguara Rodrigues dos Santos, dono da empresa Exergia. Além de Lula e Taiguara, outros sete executivos da empreiteira, incluindo Marcelo Odebrecht, foram indiciados por corrupção e lavagem.
“Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente, já falecida. Morador de Santos, no litoral paulista, ele atuava no ramo de fechamento de varandas e viajou para Angola para começar seus negócios naquele país em 2007”, diz o Estadão.
Época traz mais detalhes: segundo a revista, a PF teria indícios de que a própria Odebrecht admitiu que a empresa de Taiguara não deu conta dos serviços em Angola, classificando-os como “imprestáveis”, o que faz a corporação acreditar que a Exergia não tinha competência para executar o contrato e, logo, ele só teria sido obtido com ajuda de Lula.
A publicação assinada por Felipe Coutinho não traz documentos que comprovem as teses da PF, somente uma cópia do contrato entre a Odebrecht e a Exergia. O texto sugere que a Odebrecht foi beneficiada com financiamento do BNDES por firmar o negócio com a empresa de Taiguara. À CPI do BNDES, ele disse que participou de uma licitação e que os serviços foram prestados.
O veículo do grupo Globo insinuou, creditando a informação à PF, que a família de Lula se beneficiou da propina gasta com “artigos de luxo”, como roupas de marca. Disse ainda que a Polícia recolheu, no âmbito da operação Janus, de maio passado, um diário digital em que Taiguara supostamente fala da época das negociações com a Odebrecht e cita conversas com Lula sobre Angola. Mensagens de WhatsApp trocadas entre Taiguara e um segurança de Lula, que queria saber onde o tio estava, também viraram provas para a PF.
Por fim, a publicação – que diz que Taiguara citar Lula não era bravada, mas clara demonstração de intimidade – força a tese de que as palestras de Lula em Angola, pagas pela Odebrecht, fazem parte das negociações por propina em troca de financiamento do BNDES. As palestras, contudo, foram dadas quando Lula já era ex-presidente.
A defesa de Lula ainda não se manifestou.
Derrotados, Raul e Luciana anunciam que não apoiarão Melo nem Marchezan
O candidato do PT, Raul Pont, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições municipais, anunciou que não apoiará nenhum candidato no segundo turno. “Não temos nenhum compromisso, pois são alternativas que estão juntos na prefeitura, no Estado e com o Temer em Brasília. Temos que organizar a resistência popular”, disse o ex-prefeito de Porto Alegre.
Para Pont, os dois nomes que disputarão no segundo turno – o deputado federal Nelson Marchezan (PSDB) e o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) – são peças do mesmo “golpe orquestrado e organizado pela direita com a cumplicidade do judiciário e com o monopólio dos meios de comunicação”.
Aliado ao PcdoB, o petista considera importante ampliar e fortalecer um bloco de esquerda. “Podemos ter métodos distintos, mas somos responsáveis o suficiente para saber que temos que sentar na mesa com PSol, com PSTU e outros para contribuir com uma resistência a esse golpe”, afirmou. “É assim que a gente faz política.”
“Já passamos por momentos muito piores. Não se assustem com essa conjuntura e poderão vir piores pela frente. Mas precisamos convocar a militância e nossos quadros pela luta de uma sociedade igualitária.”
A candidata do PSol, Luciana Genro, também disse que não apoiará nenhum dos candidatos no segundo turno. Luciana argumentou que não entrou na eleição para barganhar cargos ou tentar consegui-los depois do pleito decidido. “Não nos corrompemos por cargos na administração ou por outras benesses.”
Somados os votos confiados a Raul e a Luciana, haveria disputa entre Marchezan e a chapa de esquerda. Mas não foi o que aconteceu. Raul praticamente empatou com os brancos e nulos, enquanto Luciana, que largou na frente, perdeu.