Elmar Bones, de São Paulo
O orador mais aplaudido no lançamento do “Pacto pela Sustentabilidade” promovido pela Walt Mart, em São Paulo, foi o diretor geral do Greenpeace no Brasil, Marcelo Furtado.
Ele não escondeu a surpresa e agradeceu a oportunidade de falar num evento como aquele.
Na platéia, a maioria representada por seus presidentes, estavam 300 empresas – Coca Cola, Ambev, Unilever, Cargill, Bung, Colgate, Friboi – e outras 200 ongs.
No palco, onde pela manhã passara o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, estavam os presidentes da Fundação Akatu e do Instituto Ethos.
Furtado saudou os empresários pela apoio ao relatório “A Farra do Boi” que o Greenpeace divulgou no inicio de junho, denunciando a pecuária predatória na Amazonia.
Disse que a decisão da Associação Brasileira de Supermercados de recomendar o corte dos fornecedores denunciados representa “uma mudança de padrão”.
No final, para demonstrar que o Greenpeace não é mais só “chute na canela”, disse que faria “uma coisa que vocês acham que a gente não sabe fazer”, e encerrou batendo palmas. O auditorio retribuiu com entusiasmo.
O Pacto de Sustentabilidade que os 20 maiores fornecedores do Wal Mart, gigantes de todos os setores, assinaram, é um compromisso com metas de “ecoeficiência” (redução de resíduos, menor consumo de energia, embalagens menores, substituição de sacolas de plástico) e uma condenação a “práticas degradantes” como o desmatamento ilegal e o trabalho escravo. (continua)