PINHEIRO DO VALE
A quinta-feira amanheceu com fogo nas ventas.
A batalha do Planalto Central chega ao clímax. As duas frentes se inflamam e entram em nos grandes entreveros.
Na frente judicial a ofensiva é um ataque maciço: o procurador geral Rodrigo Janot despejou um balde de pedidos de indiciamentos para possíveis réus de foro privilegiado; no Supremo, o ministro Teori Zavascki pede a suspensão do mandato de deputado federal do presidente da Câmara Eduardo Cunha, que significará, no fim, sua retirada do tabuleiro .
No front politico, o processo do impeachment chega a seu ápice.
Batendo em retirada com pouca munição, assim pode-se entender a declaração do senador Lindemberg Farias, depois de ouvir a leitura do relator da Comissão Especial do Impeachment, Antônio Anastasia.
Isto quer dizer: a bancada de sustentação da presidente Dilma Rousseff no Senado jogou a toalha na Comissão e se prepara para a batalha do Plenário, que deve se iniciar dia 11 de maio, quando se votará o parecer o senador tucano de Minas Gerais.
Que nem Honório de Lemes, autor da frase da abertura, os dilmistas estão dispostos a não se entregar, pois acrescentariam a oração subordinada do Leão do Caverá: “mas peleando”.
Com isto, o senador Lindemberg inicia o recuo da tropa de choque para a segunda linha de defesa, no plenário do Senado.
Não há muitas expectativas de melhorar resultados no primeiro embate, pois já se dão como favas contadas que o processo será instaurado. Leia-se: Dilma vai ser afastada nesta primeira fase.
A aposta é que na votação final não se repita o resultado de 11 de maio. O desastre anunciado do governo de Michel Temer pode levar o núcleo indecisos, cerca de 10 senadores, a barrarem o impeachment.
No placar atual a bancada leal tem 21 senadores. Faltariam sete para melar o golpe.
Já na frente de batalha judiciária, tudo pode acontecer: a metralhadora giratória de Janot botou todo o mundo escondido na trincheira para escapar das balas. No Supremo, o primeiro passo de Teori indica que vem chumbo grosso, pois ele começou atirando diretamente no chefe do bando, o famigerado Cunha, alvo das balas de todos os lados.
Voltando ao velho Honório: “Não ‘tá morto quem peleia”.
Um comentário em “Como diria Honório Lemes…”
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Leia o segundo parágrafo. Abraço. Mauro Horst