Neste fim de semana, Jair Bolsonaro deu um passo bastante ousado na sua caminhada para obter um poder autocrático, livre das limitações que a Constituição impõe aos governantes no Brasil.
Ele avança aos trambolhões, em zigue-zague, com declarações contraditórias, atos incompreensíveis, mas avança e, cada vez mais parecem dispersas e intimidadas as forças que podem detê-lo.
Neste domingo, ele foi explícito: disse que tem apoio do povo e que isso lhe garante o apoio das forças armadas.
O povo ao qual ele se dirige são os grupos de bolsonaristas que pedem intervenção militar, com fechamento do congresso e do STF, o que deixa subentendido que, se ele tentar o passo decisivo, terá não só o apoio desse “povo”, como terá também os respaldo das “Forças Armadas”.
Ele falou no domingo e até o início desta segunda-feira nenhuma palavra dos comandos militares havia esclarecido a situação anômala que se criou com a manifestação do presidente. A expectativa geral é por uma manifestação que recoloque as coisas no seu lugar.
Ou não haverá outra interpretação, além daquela que diz que o golpe já foi dado.