MIRIAM GUSMÃO / A irresponsabilidade dos partidos de esquerda

Não é possível que a população pobre e os segmentos progressistas independentes desta cidade sejam submetidos, mais uma vez, à irresponsabilidade dos partidos de esquerda.
Ficaremos, de novo, sem chances, e a direita desmontadora de tudo continuará na prefeitura? Não é concebível que esses partidos continuem com suas disputas por uma tola hegemonia e se envolvam de maneira meramente eleitoreira e sectária no processo eleitoral do ano que vem.
São patéticas as fotos do lançamento do suposto “Congresso do Povo” que o PT e o PC do B inventaram de fazer, ontem, na Redenção. Só faltou o povo!! Não adianta mencionar o nome de dirigentes de algumas entidades, todos eles com vinculação com esses dois partidos, pra dizer que foi representativo. Não foi. Faltou o povo. Parem de brincar de política, parem de fazer jogo de cena! A situação da cidade é grave, exige maior responsabilidade. Lá estavam os mesmos políticos e militantes falando para eles mesmos e, pior, falando tão-somente as mesmas coisas, sem qualquer aprofundamento.
E esse grupo critica o Psol, que seria o sectário por não se submeter à busca da “unidade” via PT/PC do B. Já o Psol critica essa via, que seria sectária por ter ignorado a proposta psolista de realização de uma prévia eleitoral para definir nomes e programa. Na verdade, a prévia poderia definir nomes, mas jamais consolidaria um programa unitário para um governo progressista. A construção desse programa unitário exigiria competência, debate unitário aprofundado, estudo sério das questões sociais, verdadeira abertura para uma verdadeira unidade, espírito público, outro modo de fazer política.
Agora os dois blocos falam em “buscar o povo”, “ir para a periferia”. Ir com tudo pronto, como faz a direita, ir tentar abocanhar o povo, “encantar” com proselitismo. Partidos que se distanciaram do povo, que se encantaram, isso sim, com gabinetes e cargos… Militantes em busca de status, discursando ao microfone para se tornarem “referência”, pois trabalho de base, luta social, é o que menos fazem (e alguns nada fazem).
Desde que o neoliberalismo passou a destruir totalmente as políticas públicas, com auxílio feroz de fascistas neste país, eu tinha feito a minha parte, cuidando de suspender qualquer crítica a qualquer partido ou liderança das esquerdas. Os dias foram passando, eu e milhares de outros progressistas assistindo, aflitos, à repetição das mesmas disputas irresponsáveis desses partidos… E a gente aguardando a unidade das esquerdas… Agora, quando o ano eleitoral se aproxima e esses políticos e seus fiéis seguidores escancaram seu modo de proceder e sua incompetência para a unidade, não adianta mais ficar calada aguardando…
Conclamo: esquerdistas, progressistas, mostrem sua indignação com a politicagem, ajudem a buscar a boa política. Sabemos inclusive que os nomes de candidatos não deveriam ser esses que estão sendo jogados na barganha… as esquerdas têm nomes mais agregadores para o executivo municipal (Pedro Ruas, por exemplo, ou outros, dependendo do processo de construção de um programa realmente unitário).

3 comentários em “MIRIAM GUSMÃO / A irresponsabilidade dos partidos de esquerda”

  1. Impressionante como essa esquerdalha nojenta chama de “fascista” à quem não professa sua ideologia. Não é a toa que criam o ódio e as desavenças. Essa gentalha deveria estudar mais o que foi o fascismo, o que foi o nazismo e até mesmo, ler mais sobre as barbáries do seu próprio socialismo soviético, vietnamita, cambojano. saber sobre o khmer vermelho, sobre a matança indiscriminada provocada pelo governo esquerdista chinês , norte coreano e, não muito longe, sobre o “paredón” na sua tão amada Cuba. Olhem para a esquerda bolivariana no país vizinho. É para isto que vocês servem? para xingar quem é de direita de fascista sem ao menos conhecer sobre? O que lhes falta é educação. Tanto educação familiar quanto educação escolar. Jumentos adoradores de ídolos corruptos de criminosos condenados, incapazes de tirar as viseiras ou de dialogar. Cuidado. Seus chicotes podem voltar às suas costas.

  2. Eu gostaria de saber quem são os progressistas, onde eles estão? E o que exatamente isso significa? Ser progressista, no período da ditadura, era desejar crescimento econômico a qualquer custo. Com certeza não é isso que a Míriam Gusmão quis dizer, mas falta contexto no comentário. No entanto, concordo que PT e outros partidos estão fazendo discurso para si, mas são partidos políticos com objetivos e com gente conhecida. Mas e os ditos progressistas? O que são? Onde estão? O que significa?

  3. “Nomes” na atual situação NÃO EXISTEM. >>>> Todos sem exceção desperdiçaram e desperdiçam seus mandatos, ou com irrelevâncias, ou com a aplicação burra “homologando” os absurdos e crueldades legislativas, aprovadas e sancionadas com a participação patética desses nossos “nomes”. >>>> Deveriam ao menos se informar sobre as intervenções de Gandhi, de Panella (Partido Radical na Itália) e mesmo no Brasil, de Brizola, que sabiam o que queriam e como podiam alcançar o que queriam. >>>> NÃO HÁ POLÍTICA SEM INTELIGÊNCIA POLÍTICA!!!!! >>>> PS: Nem citei os “revolucionários” porque aí a comparação é impossível…

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