Sérgio da Costa Franco, que morreu nesta quinta-feira (13), aos 94 anos, deixou uma obra única sobre a história de Porto Alegre, cidade que conheceu em 1935, quando sua família se mudou de Jaguarão para a capital.
Ele tinha sete anos.
O viaduto Otávio Rocha recém-inaugurado (dois ou três anos antes) lhe pareceu monumental. “Tudo era grandioso”, diria ele sobre a cidade que conheceu e adotou e à qual dedicou décadas de laboriosas pesquisas que resultaram em textos fundamentais para o entendimento da evolução de Porto Alegre.
Com mais de 30 obras publicadas, ele produziu também textos fundamentais da historiografia regional, como a já clássica biografia política de Júlio de Castilhos. Autor de uma obra extensa, foi também jornalista e cronista por muitos anos.
Em dezembro de 2021, Sérgio da Costa Franco aceitou dar um depoimento aos editores Elmar Bones e Caco Schmitt para a edição especial da História Ilustrada de Porto Alegre, da qual foi consultor quando lançada, em 1997.
Foi a última entrevista, segundo ele mesmo decretou. Chama atenção sua crítica ao descaso com a memória da cidade.