Daniel de Andrade (1948 – 2025) 

CARLOS CARAMEZ

O meu amigo Dani Boy ou Daniel de Andrade Simões, que faleceu hoje, era um baiano gaúcho muito retado, talentoso fotógrafo e jornalista, que vai deixar muitas saudades e um acervo fotográfico importantíssimo.

Nascido em Rio Real(BA), adotou o Rio Grande do Sul como sua morada definitiva. Casou com a socióloga Carmem Crayd com quem teve os filhos José Daniel e Ana Creyde Simões e depois viveu com a historiadora Stela Petrasi, até os dias atuais.

Mudou para Salvador, ainda guri, onde começou a estudar como seminarista, mas devido a sua falta de vocação sacerdotal, foi mandado embora do colégio.

Continuou em Salvador e mais tarde foi trabalhar na Petrobrás, de onde foi expulso por imprimir panfletos do Partido Comunista. Caiu na clandestinidade e se tornou subversivo e militante aguerrido contra   a ditadura militar. Acabou preso com armas, dinheiro de um assalto e livros sobre a luta armada, em Alagoinhas(BA), quando iria treinar camponeses para a guerrilha e encontrar o cap. Carlos Lamarca.

Não delatou ninguém,  foi muito torturado e ficou preso cumprindo pena no quartel do Barbalho, no quartel de Amaralina e na penitenciária Lemos de Brito, em Salvador. Quando deixou a prisão adotou o nome fictício de “Reginaldo Farias”, para despistar a repressão e saiu clandestino do Brasil. Esteve exilado no Chile, Itália, Dinamarca, Alemanha e França onde estudou fotografia e cinema, em Vicennes, e conheceu Daniel Cohn Bendito, ” o vermelho”, líder das manifestações de maio de 68, na Europa. Depois foi para Moçambique, colaborar com a FRELIMO e trabalhar na AIM- Agência de Informações Moçambicana, sob a direção do escritor e poeta  Mia Couto, que se tornou seu amigo para a vida toda. Na sua volta ao Brasil, depois da anistia, trabalhou no Amapá com a família Capibaribe e o jornalista Élcio Martins. Aqui no RS fundou a agência “Em Foco”, com os fotógrafos Eduardo Tavares e Pablo Fabian e depois a Gaya Produções Fotográficas com Stela Petrasi.

Trabalhou no Coojornal, Zero Hora e fundou o Jornal Denúncia com Carlos Alberto Kolecza. Também colaborou com os mais importantes veículos da imprensa brasileira.

Fizemos juntos um documentário sobre o sen.  Teotônio Vilela, entre outras coisas. Éramos amigos e cúmplices. Daniel usava a máquina fotográfica como uma arma.

Seus clics certeiros e personagens únicos fazem parte da história da luta contra a ditadura brasileira e também retratam o Brasil de hoje, novamente ameaçado pela truculência militar golpista. Como ele gostava de falar, “Yankees Go Home, para sempre”.

A praia de Itapeva, onde ele morava e pescava, entre uma foto e outra, não será mais a mesma, nem continuará preservada e bonita, sem ele por lá. Chefia nós seguiremos juntos. Até…
Foto Mirian Fichtner.

 

Enem 2025: Inscrições crescem 11% e chegam a 4,8 milhões no pais

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou 4,8 milhões de inscritos no país, em 2025, um aumento de mais de 38% em relação a 2022 e de 11,2% em relação ao ano passado.
Os números correspondem ao balanço, divulgado nesta quarta-feira, 23 de julho, pelo Ministério da Educação (MEC).

Entre os estados que registraram o maior número de inscritos no Enem 2025 estão: São Paulo (751.648), Minas Gerais (464.994) e Bahia (428.019).

Confira o número de inscritos por UF:

UF

Inscritos

Acre

28.962

Alagoas

96.488

Amapá

33.193

Amazonas

110.842

Bahia

428.019

Ceará

275.937

Distrito Federal

82.975

Espírito Santo

85.920

Goiás

166.761

Maranhão

211.383

Mato Grosso

80.429

Mato Grosso do Sul

57.941

Minas Gerais

464.994

Pará

289.392

Paraíba

142.050

Paraná

195.870

Pernambuco

272.299

Piauí

120.040

Rio de Janeiro

329.001

Rio Grande do Norte

113.229

Rio Grande do Sul

186.541

Rondônia

46.801

Roraima

14.162

Santa Catarina

110.465

São Paulo

751.648

Sergipe

78.344

Tocantins

37.652

Provas – O MEC, por meio do Inep, aplicará as provas em 9 e 16 de novembro, nas 27 unidades da Federação.

Pará – De forma excepcional, o Enem será aplicado em 30 de novembro e 7 de dezembro, nas seguintes cidades do Pará: Belém, Ananindeua e Marituba.

A medida visa atender aos públicos desses municípios, em virtude da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá na capital paraense no período da aplicação regular do exame.

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações do Inep

Ruy Ostermann, o professor de todos nós

Como sempre acontece com as personalidades realmente grandes, será necessário transcorrer um tempo para que se tenha a verdadeira dimensão de Ruy Carlos Ostermann – para além da popularidade que em pouco se apaga.

No jornalismo posso testemunhar que pelo menos duas gerações de profissionais foram visivelmente marcadas ele – por sua inteligência límpida, pelo seu estilo elegante e preciso, seu entusiasmo, seu comportamento ético.

Quando entrei como “foca” na Folha da Tarde, em 1968, Ostermann já era um nome.  Internamente, mobilizava ciúmes e preconceitos – um cara com nome alemão  que dava aulas de filosofia e…cagando regras no futebol!

Mas logo todos perceberam – mesmo seus detratores e principalmente o público – que estavam diante de algo novo. O professor sabia o que estava falando.

Esporte, então, era uma editoria secundária nas redações, ganhava espaço porque vendia jornal, mas o que dava prestígio era a política, a economia e a novidade que surgia, meio ambiente.  . A cobertura esportiva nos jornais impressos, então, era uma ladainha de mesmice e lugares comuns.

Ruy enxergava uma partida de futebol por outras lentes, via o jogo em todos os seus níveis e tinha um vocabulário e uma linguagem para descrever o que via. Ele deu régua e compasso ao jornalismo esportivo.

Fui reencontrá-lo, com José Antonio Severo,  naquele projeto insano da Folha da Manhã, em 1972.  Um diário independente num regime de ditadura militar!  O esporte era o melhor caminho para ter leitores sem ter atritos com as autoridades.

Ruy montou a editoria de esportes, que era quase metade do jornal: Roberto Appel, Pinheiro Machado, Cláudio Dienstmann, Mário Marcos de Souza, Gilberto Pauletti, Paulo Antunes de Oliveira, jovens impulsivos…que temperou com alguns veteranos- Ivo Correa Pires, Aparício Viana e Silva.

Por sua indicação entraram na equipe José Onofre, Jefferson Barros, Luiz Fernando Veríssimo.

O jornal foi um sucesso. Saltou de 7 mil para 35 mil exemplares de venda. Mas o  projeto que apostava na abertura política, bateu no muro do regime, quando ele endureceu em 1975.

A semente do jornalismo independente, porém, sobreviveu em muitas iniciativas e, em todas elas, do Pato Macho ao Coojornal e ao JÁ, enquanto pode, Ruy Carlos Ostermann esteve presente.

 

 

 

Sebastião Salgado deixou pronta exposição sobre a Amazônia para a COP 30 em novembro

Ele não fotografava mais, mas seguia trabalhando em seus projetos. O útimo foi a seleção das fotos para  exposição sobre a Amazônia, que será montada em Belém para a Conferência do Clima (COP30), em novembro deste ano.

Sebastião Salgado morreu na sexta-feira, 23, aos 81 anos, devido a complicações da malária que contraiu na Indonésia em 2010.

Nascido em Aymorés, no interior Minas Gerais, formou-se em economia em São Paulo e nos anos de 1970, com a repressão da ditadura brasileira, mudou-se para Paris, onde começou sua carreira.

Sua fama iniciou com as fotos do garimpo de Serra Pelada nos anos 80. Fotos em preto e branco, com um tratamento diferenciado que dava um clima dramático aos seus registros.

A partir dali ele ampliou seus projetos com financiamentos internacionais, contando com a sagacidade comercial de sua mulher, Lélia Wanick Salgado, considerada a responsável pela transformação do nome de Salgado numa grife global não vinculada diretamente a um veículo de imprensa em particular ou ao jornalismo em geral. Viajou por mais de 130 países.

Trinta anos depois, voltou à terra natal na divisa de Minas Gerais com o Espirito Santo, e encontrou a fazenda onde morou na infância totalmente devastada. Os belos morros estavam pelados, a floresta havia sido derrubada para extração de madeira para a construção civil do Rio, de Belo Horizonte e Brasília; e também para a exportação.

Criou o Instituto Terra e iniciou um projeto de reflorestamento sob a direção do engenheiro florestal Renato Moraes de Jesus. Sete milhões de mudas foram plantadas para recuperar uma área de dois mil hectares.

Seguiu vivendo em Paris, sua base operacional para os últimos trabalhos fotográficos principalmente na Africa, onde documentou o estágio de pobreza de populações nativas.

A Academia Francesa, da qual era membro, definiu-o como “grande testemunha da condição humana e do estado do planeta”.

De vez em quando ele voltava para ver a incrível recuperação florestal da fazenda da família. Ao lado de seu excepcional acervo fotográfico, o que ele deixa em Aymores é um exemplo de que é possível recuperar os estragos no meio ambiente.

Via a floresta como um organismo vivo, no que ecoava o saber de Carl Sagan, o astrônomo da série Cosmos: “As árvores são nossas tias biológicas”.

Num longo e detalhado necrológico, o jornal britânico The Guardian disse que “suas dramáticas fotografias em preto e branco destacaram a injustiça e apresentaram a floresta amazônica ao mundo”.

 

Projeto para criar o Museu Ivo Caggiani andou até pelo MEC em 2005

Um museu para reunir o acervo do historiador Ivo Caggiani, em Santana do Livramento, chegou a ter o início de sua construção anunciado, em 2005.

Quase vinte anos depois, abandonado e sem interesse do poder público, há duas semanas foi doado para o Museu Departamental de Rivera, no Uruguai.

“Obras do Museu Ivo Cggiani  iniciam na semana que vem”, foi a manchete do jornal A Platéia, de 13 de fevereiro de 2005.

A Associação Comercial de Livramento havia cedido um terreno junto a sua sede no centro da cidade para  construir o museu.

O jornalista Danilo Ucha, santanense de grande prestígio na capital, se engajou na campanha pelo museu, a ponto de apelar ao então ministro da Educação, Tarso Genro, pedindo apoio. (Tarso Genro, quando perseguido político, depois do golpe de 1964, se refugiara em Rivera).

Havia expectativa de enquadrar o projeto na lei de incentivo e ter apoio das empresas.

Por diversas razões, inclusive a morte do líder do movimento, Vitor Hugo Fialho, o projeto não andou. O assunto voltou ao domínio da familia que acabou por encontrar acolhida “do outro lado da linha”.

Pelotas torna-se a capital da música em dez dias de festival internacional

Às 18h desta  segunda-feira, 16/01, no Largo do Mercado Público, em Pelotas, começam a soar as primeiras notas do 11º Festival Internacional Sesc de Música.

Um dos maiores eventos de música de concerto da América Latina, o Festival começa no Centro Histórico da cidade na forma de um já tradicional cortejo musical, puxado pelos músicos que participam do no evento.

O cortejo parte do Mercado Público e percorre as ruas do calçadão, dando um gostinho das atividades que acontecem até 27 de janeiro.

Ao longo destes dias, serão mais de 60 apresentações musicais gratuitas para a comunidade, a presença de músicos de diversas nacionalidades e aulas, no eixo Pedagógico do evento, para cerca de 350 alunos bolsistas vindos de diferentes partes do Brasil e do mundo para aprenderem com professores renomados.

Após o cortejo, ainda na segunda-feira, a primeira apresentação do 11º Festival Internacional Sesc de Música é de Alejandro Brittes e Orquestra Barroca no Theatro Guarany (Rua Lobo da Costa, 849).

O espetáculo da orquestra, para o qual já foram retirados todos os ingressos disponíveis gratuitamente, é liderado pelo acordeonista, compositor, pesquisador e intérprete de música argentino Alejandro Brittes, que é PHD em Música pela Universidade do Texas e vencedor de prêmios como o do Festival de Chamamé de Federal.

A apresentação também marcará a abertura oficial da edição 2023 e poderá ser acompanhada por transmissão ao vivo através do site www.sesc-rs.com.br/festival.

Diferentes espaços de Pelotas receberão atrações como a Orquestra Mundana Refugi, a Ópera Cavalleria Rusticana, Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, acompanhada de Vitor Ramil, assim como a Sphaera Mundi Orquestra, dentre outras.

Os espetáculos que acontecerão no Theatro Guarany e no Teatro Sicredi (Avenida Dom Joaquim, 1087) demandam a retirada antecipada de ingressos gratuitos.

As entregas serão feitas na Rua Lobo da Costa, 849, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h30. Há limite de dois ingressos por pessoa, conforme cronograma de distribuição iniciado no dia 10.

Para as apresentações da primeira semana, os ingressos já estão esgotados. Entre os dias 14, 17, 18 e 19 de janeiro serão entregues os ingressos para os dias 19, 22 e 23; e em 20, 21, 23 e 24 são distribuídos para os dias 24, 25 e 26.

Quem não conseguir buscar com antecedência, pode tentar 1h30 antes de cada concerto na entrada dos teatros, onde haverá um número limitado de ingressos. Sugere-se a doação de 1kg de alimento não perecível por pessoa para o programa Mesa Brasil Sesc.

Promovido pelo Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, em parceria com a Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo, e tendo como diretor artístico o maestro Evandro Matté, o Festival atua em dois eixos principais: Pedagógico e Sociocultural.

No plano Pedagógico, são ofertados cursos de instrumentos, composição, canto lírico, choro, prática de música de concerto e câmara, prática de orquestra e prática de banda sinfônica para estudantes e profissionais da música.

Já no Sociocultural, são realizados recitais de professores e alunos, além de uma ampla programação de espetáculos gratuitos, abertos a toda comunidade. Para este ano, o Festival conta com o patrocínio master da CMPC, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), apoio do Grupo Panvel, apoio cultural da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Bibliotheca Pública Pelotense, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e Expresso Embaixador e apoio institucional da Prefeitura Municipal de Pelotas.

Programação do 11º Festival Internacional Sesc de Música

16/01 (Segunda-feira)

15h30 – Ensaio Aberto | Alejandro Brittes e Orquestra Barroca | Teatro Guarany

18h – Cortejo Musical (Largo do Mercado Público)

20h30 – Alejandro Brittes e Orquestra Barroca (Theatro Guarany)

*Espetáculo com transmissão ao vivo no site do Festival com audiodescrição e tradução em libras;

17/01 (Terça-feira)

9h30 – Grupo de Cordas do Festival | Festival na Comunidade (Hospital Santa Casa de Misericórdia) ***

15h – Grupo de Cordas do Festival | Festival na Comunidade (Hospital Beneficência Portuguesa) ***

15h30 – Ensaio Aberto | Orquestra Mundana Refugi – Theatro Guarany

18h30 – Banda União Democrata | Festival na Comunidade (Casa da Música – Largo de Portugal)

19h – Recital de Canto lírico, Madeiras e Piano | Flávio Leite (BRA), André Carrara (BRA), Marcelo Barboza (BRA), Ovanir Buosi (BRA), Paulo Bergmann (BRA), Diego Grendene (BRA) (Bibliotheca Pública Pelotense)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

20h – Grupo de Cordas Sesc Minas Gerais | Festival na Comunidade (Paróquia Santa Terezinha)

20h30 – Orquestra Mundana Refugi (Theatro Guarany)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

18/01 (Quarta-feira)

13h – Recital de Alunos (Conservatório da UFPel)

13h – Grupo de Cordas do Festival | Festival na Comunidade (Campus da Saúde UCPel)

16h – Ensaio Aberto | Sphaera Mundi Orquestra – Theatro Guarany

18h – Grupo de Cordas Sesc Sergipe | Festival na Comunidade (Catedral do Redentor)

19h – Recital de Violino e Piano | Yang LIU (CHI) e Olivia Tsai (CHI) (Bibliotheca Pública Pelotense)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

19h – Quinteto de cordas Negrinho Martins | Festival na Comunidade (Associação Otroporto)

20h30 – Sphaera Mundi Orquestra (Theatro Guarany)

19/01 (Quinta-feira)

13h – Recital de Alunos (Conservatório da UFPel)

14h – Grupo de Cordas do Festival | Festival na Comunidade (Hospital São Francisco de Paula) ***

15h30 – Ensaio Aberto | Ópera Cavalleria Rusticana – CORS | Theatro Guarany

17h – Banda União Democrata | Festival na Comunidade (Shopping Pelotas)

19h – Recital de Choro | Homenagem a Avendano Júnior | Mathias Behrends Pinto (BRA), Lucian Krolow (BRA), Matheus Kleber (BRA), Elias Barboza (BRA), Guilherme Sanches (BRA), Alexandre Susin (BRA), Fernando Deddos (BRA), Albert Khattar (BRA) e Marcelo Barboza (BRA) (Bibliotheca Pública Pelotense)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

20h30 – Ópera Cavalleria Rusticana – CORS (Theatro Guarany)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

20/01 (Sexta-feira)

13h – Recital de Alunos (Conservatório da UFPel)

14h – Grupo de Cordas do Festival | Festival na Comunidade (Hospital Escola UFPel) ***

19h – Recital de Cordas, Harpa e Piano | Emmanuele Baldini (BRA), Freddy Varela (ARG), Horácio Schaefer (BRA), Fábio Presgrave (BRA), Ana Valéria Poles (BRA), Liuba Klevtsova (RUS), Eder Kinappe (BRA), Max Uriarte (BRA) e André Carrara (BRA) (Bibliotheca Pública Pelotense)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

19h30 – Grupo de Canto do Festival | Festival na Comunidade (Catedral Metropolitana São Francisco de Paula)

20h – Orquestra Municipal e do Areal | Festival na Comunidade (Paróquia São José)

20h – Banda Sinfônica Acadêmica | Regente Mônica Giardini (BRA) (Praia do Laranjal – Palco do Festival)

21/01 (Sábado)

13h – Recital de Alunos (Conservatório da UFPel)

19h – Recital de Madeiras, Metais e Piano | Maurício Freire (BRA), Giorgio Mandolesi (ITA), Ovanir Buosi (BRA), Paulo Bergmann (BRA), Tiago Linck (BRA), Marcos Motta (BRA), Alma Liebrecht (EUA), José Milton Vieira (BRA) e Adib Corrêa Vera (BRA) (Bibliotheca Pública Pelotense)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

20h – Orquestra de Câmara Theatro São Pedro e Vitor Ramil (Praia do Laranjal – Palco do Festival)

20h30 – Gafieira do Festival | Festival na Comunidade (Nave)

22/01 (Domingo)

15h – Recital Classe de Piano (Bibliotheca Pública Pelotense)

18h – Banda União Democrata (Casa da Praia Sesc Laranjal)

20h30 – Orquestra Sinfônica Acadêmica | Regente Robert G. Hasty (EUA) (Theatro Guarany)

*Espetáculo com transmissão ao vivo pelo site do Festival;

21h – Autocine Brazilian Blend | Festival na Comunidade (Food Hall Quartier)

23/01 (Segunda-feira)

13h – Recital de Alunos (Conservatório de Música da UFPel)

18h – Quinteto de Cordas Negrinho Martins | Festival na Comunidade (CEU DUNAS)

19h – Orquestra de Câmara Sesc Roraima | Festival na Comunidade (Igreja Sagrado Coração de Jesus – Porto)

19h – Recital de Madeiras, Metais e Percussão | Philip Nodel (RUS), Douglas Gutjahr (BRA), Pedro Sá (BRA), Tiago Linck (BRA), Marcos Motta (BRA), Alma Liebrecht (EUA), José Milton Vieira (BRA), Adib Corrêa Vera (BRA), Fernando Deddos (BRA) e Albert Khattar (BRA) (Bibliotheca Pública Pelotense)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

20h30 – Gala Lírica | Núcleo de Alunos do Festival (Theatro Guarany)

24/01 (Terça-feira)

13h – Recital de Alunos (Conservatório de Música da UFPel)

15h – Grupo de Choro do Festival |Festival na Comunidade (Rodoviária de Pelotas)

19h – Sexteto Gaúcho | Festival na Comunidade (Parque UNA) **

19h – Recital de Canto lírico, Cordas, Madeiras, Harpa e Piano | Stanimir Todorov (BUL), André Carrara (BRA), Paulo Bergmann (BRA), Maurício Freire (BRA), Eiko Senda (JAP), Max Uriarte (BRA), Liuba Klevtsova (RUS), Horácio Schaefer (BRA), Ana Valéria Poles (BRA) e Joana Cipriano (POR) (Bibliotheca Pública Pelotense)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

20h30min – Orquestra Jovem Sesc Brasil | Núcleo Sopros e Percussão (Theatro Guarany)

*Espetáculo com transmissão ao vivo pelo site do Festival;

25/01 (Quarta-feira)

10h – Grupo de Metais do Festival | Festival na Comunidade (Unidade Cuidativa de Pelotas)

13h – Recital de Alunos (Conservatório de Música da UFPel)

15h – Grupo de Canto do Festival | Festival na Comunidade (Asilo de Mendigos de Pelotas) ***

19h – Recital de Madeiras e Metais | Carlos Gontijo (BRA), Maurício Freire (BRA), Viktória Tatour (BIE), Diego Grendene (BRA), Giorgio Mandolesi (ITA), Philip Nodel (RUS), Ovanir Buosi (BRA), Alma Liebrecht (EUA) e Matias Piñeira (CHI) (Bibliotheca Pública Pelotense)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

20h – Grupo de Cordas Sesc Minas Gerais | Festival na Comunidade (Comunidade Católica São Miguel – Monte Bonito)

20h30min – Avendano Júnior: A tradição do choro em Pelotas (Theatro Guarany)

*Espetáculo com transmissão ao vivo pelo site do Festival;

26/01 (Quinta-feira)

13h – Recital de Alunos (Conservatório de Música da UFPel)

15h – Grupo de Saxofone do Festival | Festival na Comunidade (Hospital Espírita) ***

19h – Recital de Cordas | Emmanuele Baldini (ITA), Freddy Varela (ARG), Horácio Schaefer (BRA), Joana Cipriano (POR) e Stanimir Todorov (BUL) (Bibliotheca Pública Pelotense)

19h – Orquestra de Choro do Festival | Festival na Comunidade (Teatro Sicredi)

*Espetáculo com serviço de audiodescrição e tradução em libras;

20h – Grupo de Cordas Sesc Sergipe | Festival na Comunidade (Paróquia Amor Divino – Colônia. Sto. Antônio)

20h30min – Banda Sinfônica Acadêmica | Regente Mônica Giardini (BRA) (Theatro Guarany)

*Espetáculo com transmissão ao vivo pelo site do Festival;

27/01 (Sexta-feira)

13h – Recital de Alunos (Conservatório de Música da UFPel)

14h30 – Ensaio Aberto | Concerto de Encerramento – Orquestra Acadêmica – Palco Mercado Público

15h – Grupo de Canto do Festival (Conservatório de Música da UFPel)

17h – Orquestra de Choro do Festival (Bibliotheca Pública Pelotense)

20h30min – Orquestra Acadêmica | Regente Evandro Matté (BRA) (Largo Mercado Público)

*Espetáculo com transmissão ao vivo pelo site do Festival;

**Apresentação será suspensa em caso de instabilidade climática.

***Espetáculo para público fechado.

O Festival Internacional Sesc de Música é um dos maiores da área na América Latina e tem o objetivo de incentivar o desenvolvimento da produção musical e fomentar o intercâmbio e o desfrute de bens culturais

Durante o Festival, os alunos participam das classes (cursos) e ensaios nos turnos da manhã e tarde; e apresentações que podem ocorrer pela manhã, tarde ou noite. Todas as apresentações têm entrada franca para a comunidade

Classes de Música de Concerto: turno da manhã

Classes de Canto Lírico e Choro: manhã e tarde

Ensaios de orquestras, música de câmara: turno da tarde e vespertino

Ensaios de recitais de alunos: manhã e tarde (a combinar com o coordenador da área)

Ingressos: Entrada gratuita para todos os espetáculos, mas para as apresentações no Theatro Guarany e no Teatro Sicredi, é necessária a retirada antecipada de ingressos na Rua Lobo da Costa, 849, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h30. Há limite de um par por pessoa, conforme o cronograma: Nos dias 10, 11, 12 e 13 retiram ingressos para espetáculos de 16, 17, 18 e 19 (já esgotados); nos dias 14, 17, 18 e 19 de janeiro são entregues para 19, 22 e 23; e 20, 21, 23 e 24 distribui ingressos para os dias 24, 25 e 26. Quem não conseguir buscar com antecedência, pode tentar uma hora antes de cada concerto na entrada dos teatros, onde haverá um número limitado de ingressos à disposição. Sugere-se a doação de 1kg de alimento não perecível por pessoa para o programa Mesa Brasil Sesc.

 

Documentário sobre Lupicínio resgata um Brasil que foi esquecido

Num momento em que o país busca se reencontrar, o documentário sobre Lupicínio Rodrigues joga luzes no caminho.

Ali está um Brasil que foi soterrado por uma avalanche de transformações e  Lupicínio foi junto,  relegado a um desvão da história pelo políticamente correto.

O documentário remove as camadas de visões e interpretações apressadas e reconstitui em torno da figura de Lupicínio um fragmento do Brasil de duas ou três gerações atrás.

Um Brasil que em muitos aspectos é anacrônico perante o século 21, mas, se bem entendido,  pode ser uma fonte importante para esclarecer o presente e inspirar o que se pode fazer. Um Brasil que tinha um projeto.

Fora um fascículo da  Editora Abril, em 1970 por aí, não havia um reconhecimento da importância de Lupicínio Rodrigues,  como neste trabalho.

O periférico Lupicínio Rodrigues, criado na Ilhota, vila irregular de Porto Alegre, ganha  expressão nacional ao cantar um mundo de amores frustrados, com desejos de “morte e de dor”. Mas um mundo fervilhante, num país que se industrializava e se integrava culturalmente.

É instigante o documentário e merece que se reflita mais sobre ele.

Documentário: “Lupicínio Rodrigues: Confissões de Um Sofredor”, com direção de Alfredo Manevy, coprodução Plural Filmes e Canal Curta!

 

 

 

 

 

 

Rafael Guimaraens vai aos anos 50 e resgata o incrível Major Aragon

Os teóricos se encarregarão de enquadrar Rafael Guimaraens neste ou naquele gênero literário.  Por cacoete profissional, talvez,  vejo-o como um repórter, de olho certeiro para encontrar seus temas e personagens e sutil na habilidade para narrá-los. 

Jornalismo, literatura e história se misturam nos seus relatos precisos. 

Seu último livro, o décimo nono, tem como epicentro dois incêndios suspeitos no centro de Porto Alegre – do Tribunal de Justiça do Estado  e da Repartição Central de Polícia.

No meio de milhares de processos e inquéritos incinerados sumiram escândalos financeiros e um rumoroso processo em que 53 policiais eram acusados de extorquir famílias  alemãs durante a 2ª Guerra. Incêndios criminosos, é a dedução imediata.

O crime não é esclarecido, mas o que se desenrola no entorno dele é um vivo painel de uma época, os anos 50, em Porto Alegre. Corrupção e o corporativismo policial, imprensa manipulada, autoridades lenientes e os personagens do submundo, usados no jogo. Dentre eles emerge o incrível Major Aragon, um espanhol trapaceiro e sedutor, forçado a assumir a autoria dos crimes e cujas peripécias atravessam toda a história.

O Incendiário é o título, da Libretos.Recomendo. É um livro  que se lê num fôlego.

PS: É da Libretos.

 

Cantata dos Sete Povos: a saga das missões jesuíticas na música de Raul Ellwanger

Documentário apresenta obra musical de Raul Ellwanger dedicada à saga guarani e às missões jesuíticas no Rio Grande do Sul

A estreia do primeiro episódio da série documental “Cantata Sete Povos – Episódio 1” acontecerá em uma sessão especial da Cinemateca Paulo Amorim, na Casa de Cultura Mário Quintana, na quarta-feira (16/11), às 19h00, em Porto  Alegre.

O filme aborda, de forma poética, a construção da utópica sociedade proposta por jesuítas europeus aos guaranis, que povoaram, originariamente, o território gaúcho por mais de um milênio.

Finda a experiência missioneira nos séculos 17 e 18, sobreveio a era do apagamento da memória missioneira, a ocultação dos fatos e o genocídio indígena.

O documentário em tela está alicerçado sobre a obra musical do consagrado compositor Raul Ellwanger, criador da “Cantata Sete Povos” – uma suíte popular de 12 canções em diferentes estilos – que narra, segundo o autor, a saga guarani em busca da Terra-Sem-Males” e sua relação com os religiosos europeus.

O episódio inicial da série, concluído no início de outubro, mostra o músico em diferentes situações em seu trabalho artístico e criativo.

Assim, Ellwanger interpreta “Invocação” diante do altar da Igreja Santa Cecília, padroeira dos músicos. Visita, ainda, uma aldeia guarani em Viamão, onde canta “Bate o Enxadão” na Opy (casa de reza).

O compositor conversa, em Porto Alegre, com pesquisadores da história e do legado guarani e jesuíta. E viaja ao sítio arqueológico da missão de S. Miguel, onde revela as razões que o levaram a compor a “Cantata Sete Povos”, gênero originado durante o período barroco na Europa, depois referenciado em ações emancipacionistas na América Hispânica.

Omar L. de Barros Filho, roteirista e diretor do documentário, explica que a proposta cinematográfica de “Cantata Sete Povos – Episódio 1” está apoiada “em uma narrativa ágil, que oferece ao espectador uma viagem musical ao passado, em busca de respostas a questões que ainda permanecem vivas e inquietantes. No filme, o personagem central e mediador do processo é o compositor e músico Raul Ellwanger”.

“Cantata Sete Povos – Episódio 1” é uma realização do Instituto Latinoamerica, com 21 anos de atuação cultural e educativa, com produção da Kino Kaos Filmes e Poética Produções.

Parceria firmada com a Secretaria Especial da Cultura/Ministério do Turismo através do termo de fomento 921134/2021

 

 

 

Ficha Técnica

“Cantata Sete Povos”
Episódio 1
Duração: 20 minutos

Roteiro e Direção: Omar L. de Barros Filho
Argumento: Paulo de Tarso Riccordi
Direção Musical e Composições: Raul Ellwanger

Realização: Instituto Latinoamerica

Produção: Kino Kaos Filmes; Poética Produções

Fomento: Ministério do Turismo – Secretaria Especial da Cultura

Coordenação de Projeto: Atanagildo Brandolt Controller: Paula Melo;

Produção Executiva: Márcia Schmidt; Direção de Produção: Rosane Furtado

 

Participações Especiais:

Raul Ellwanger; Famílias da comunidade Mbyá-Guarani da Tekoá Pindó Mirim; José Otávio Catafesto de Souza; Tau Golin; Fábio Silveira Lázzari; Agostinho Moreira e Fábio Junior Fernandes Acosta

 

Assistente de Direção: Saturnino Rocha; Direção de Fotografia: Vini Barcellos
Colorização e Finalização: Gustavo Schmitt e CenaUm Produções; Edição: Guga Freitas Drone: Eduardo Schmitt; Fotografia Auxiliar: Alexandro Auler

Captação de som: Juan Quintáns; Still: Luiz Ávila; Identidade Visual: Ananias Lemes e Guga Freitas

Mixagem, Masterização e Desenho de som: Bruno Klein e Artur Waismann; Pós-Produção e Acessibilidade: Rosane Furtado; Transcrições: Elisa Furtado; Locução de acessibilidade e LIBRAS:  Flávia Frassa

 

Músicas
“Invocação”: Raul Ellwanger – voz; Leandro Har Cardoso – órgão de tubos
“Bate o Enxadão”: Raul Ellwanger – voz e violão
“Indiozinho Sepé”: Raul Ellwanger – voz e violão; Omar Aguirre (violino); Gabriela Vilanova (viola); Marcelo Piraíno (clarinete e clarone) – Trecho de fonograma do álbum  “Cantata Sete Povos”
“Em Busca da Terra Sem Males” – Raul Ellwanger  (voz e violão); Maira  Machado (soprano); Zelito (violino); e Luiz Jakka (percussão)

Mais informações:
Omar L. de Barros Filho
51.99253.0887

E-mail: viapolitica@gmail.com

Independência 200 Anos: Um livro fundamental para entender o que aconteceu

Um dos importantes lançamentos na Feira do Livro de Porto Alegre, este ano, é A Independência Além do Grito, obra póstuma do jornalista e escritor  José Antônio Severo.

Concebido como roteiro para uma série de televisão, o livro mostra, passo a passo, os intrincados e pouco conhecidos caminhos que levaram à Independência do Brasil.

O autor faz um corte de dez anos para traçar o painel histórico em que se deflagra e se consolida a condição do Brasil como Nação Soberana.

Começa no Congresso de Viena, em 1815, quando as grandes potências da época vislumbram um Brasil independente (e recomendam seu fatiamento). Vai  até o reconhecimento da independência brasileira pelo governo português, em 1825.

No caminho, muitas batalhas diplomáticas, intrigas palacianas, batalhas sangrentas e, ao contrário do que  se pensa, muita participação popular, inclusive uma aguerrida presença feminina em momentos decisivos. Personagens como D. João VI, D. Pedro I, a Imperatriz Leopoldina, José Bonifácio são alguns dos personagens que ganham outros contornos nos perfis traçados por Severo.

D. João VI, por exemplo, geralmente apresentado como um rei vacilante, que deixou seu país numa fuga desastrada: no contexto deste livro, revela-se na verdade um estrategista corajoso e astuto que, ao final, vai dar um novo fôlego à monarquia portuguesa.

José Antônio Severo/foto Tânia Meinerz

A Independência Além do Grito é o último livro de José Antônio Severo, falecido em setembro de 2021, aos 79 anos. Nele, o autor deu continuidade ao seu trabalho de mais de três décadas sobre temas históricos. Trabalho que rendeu três obras referenciais – Senhores da
Guerra, Cinzas do Sul e Rios de Sangue – e agora esse Além do Grito em que traça um painel monumental dos eventos que culminaram com a Independência do Brasil.

O livro está à venda na 68a Feira do Livro de Porto Alegre, na banca da Associação Riograndense de Imprensa (no corredor central, perto do monumento a Osório), e também na Amazon e no site da editora JÁ.