Depois de grandes shows em Encantado e Osório, sábado, dia 26 de abril, é a vez de Porto Alegre receber o 1º Festival Sul Universal. O evento reflete toda a diversidade musical produzida no Rio Grande do Sul, com influências das sonoridades brasileira e latino-americana.
As apresentações na capital gaúcha acontecem a partir das 18h30, na Travessa dos Cataventos, na Casa de Cultura Mario Quintana, com entrada franca. Dunia Elias, Quinteto Canjerana e Rapajador compõem um painel sonoro gaúcho contemporâneo: choro, MPB, Música Gaúcha Contemporânea, rap e pajada, num diálogo harmônico entre a raiz regional, a brasilidade e o modernismo musical.
E, no mês de maio, o Festival vai levar Lucio Yanel e Thiago Colombo, Instrumental Picumã e Shana Müller a Lajeado (11) e Carlos Badia e Grupo e Paulinho Cardoso Quarteto a Pelotas (17). Confira a programação completa no site https://suluniversal.com.br e nas redes (@suluniversal no instagram e facebook).
Selecionado no Edital SEDAC nº 32/2024 PNAB RS – MÚSICA, o 1º Festival Sul Universal tem financiamento da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), programa do Ministério da Cultura do Governo Federal. Com planejamento cultural da Gaita Produtora Cultural e Experimentais Cria Cultura, a iniciativa tem apoio do Movimento Sul Universal, IEM – Instituto Estadual da Música e CUBO PLAY.
O evento integra as primeiras ações do Movimento Sul Universal, dentre as quais se destacam o Podcast Sul Universal – cuja a primeira temporada está disponível nos canais no YouTube do MSU (https://www.youtube.com/@suluniversal) e da CuboPlay (https://www.youtube.com/@CuboPlay) e a futura Escola Sul Universal.
Atrações:
Dunia Elias é conhecida pelo público gaúcho como uma artista original, que se expressa como pianista, compositora e atriz-pianista, tendo sido várias vezes premiada em festivais, no Rio Grande do Sul e fora dele. Sua música retrata a identidade sonora do sul do Brasil, no pedaço de mundo contido entre Brasil, Argentina e Uruguai – a vasta região do Pampa, onde as fronteiras geográficas se confundem e se diluem. Música com tempero jazzístico.
Suas composições refletem essas influências que permeiam seu universo sonoro: “Choro Pampeano” (Prêmio Plauto Cruz no Festival de Choro de Porto Alegre 2005), “Antonio Abdallah” (milonga e dança árabe), “Candombe no Bomfim” (2º lugar no 13º Festival de Música de Porto Alegre), “O Choro do Bugio” (Melhor Música Instrumental no XI Musicanto).
Neste show, dois dos instrumentistas mais versáteis do RS a acompanham, formando uma parceria de longa data: Artur Elias na flauta e Giovani Berti na percussão.
Criado em 2012, o Quinteto Canjerana apresenta temas autorais que propõem uma sonoridade gaúcha contemporânea. São composições que trazem o universal para a música gaúcha.
Com dois álbuns lançados, o grupo busca inserir elementos da música do mundo em suas composições, o que resulta em uma sonoridade ímpar e um diálogo harmônico entre a raiz regional e modernismo musical.
O Quinteto é formado por Alex Zanotelli no contrabaixo, Fernando Graciola no violão, Maurício Horn no acordeon, Maurício Malaggi na bateria e percussão e Zoca Jungs na guitarra, violão e viola caipira.
O trio Rapajador crédito divulgação/
RAPajador
Resultado de uma mistura entre o rap e a pajada (Payador em castelhano, quer dizer repentista ou poeta do improviso), RAPajador nasce com o objetivo de representar a tradição do Sul por meio de sua essência musical e da rima.
O Rapajador vem da união entre duas manifestações artísticas presentes na cultura brasileira, mas com “sotaques” diferenciados, vez que, tanto o rap quanto a Pajada (Payada), tem como principal fundamento o verso – tanto escrito quanto improvisado. O projeto surge em 2018 com a parceria do rapper Chiquinho Divilas, do acordeonista Rafa De Boni e do DJ Hood.
Nomes como Jayme Caetano Braun e Mano Brown inspiram letras e arranjos que contam com a participação do DJ Hood, mixando temas e batidas típicas da região Sul com a batida do rap.
O Circo Teatro Girassol, uma das mais tradicionais companhias de teatro e circo-teatro de Porto Alegre, estreia a nova montagem do aclamado espetáculo “As Aventuras do Avião Vermelho”, baseado no clássico infanto juvenil de Erico Verissimo. A peça, que retorna ao palco com uma nova roupagem, será apresentada na Sala Álvaro Moreyra, no dia 26 de abril, sábado, às 16h. A temporada vai de 26 de abril a 04 de maio de 2025, aos sábados e domingos.
A nova montagem do espetáculo, que conta com o financiamento do programa Bolsa Funarte Retomada Cultural RS, marca duas datas importantes: os 120 anos de nascimento do escritor Erico Verissimo e os 30 anos da primeira adaptação para o teatro do livro “As Aventuras do Avião Vermelho”, realizada pelo diretor Dilmar Messias. O espetáculo é um marco na trajetória do Circo Teatro Girassol, companhia que, desde 1973, tem como missão levar ao público teatral e circense histórias populares, emocionantes e repletas de magia, tanto para crianças quanto para adultos.
“As Aventuras do Avião Vermelho” é uma história envolvente que narra as peripécias de Fernandinho, um menino travesso que, inspirado pelo Capitão Tormenta, protagonista de um livro que ganha de seu pai, decide encolher-se para embarcar em um avião vermelho de brinquedo e viajar por um mundo de fantasia ao lado de seus fiéis amigos: um boneco de louça e um ursinho de pelúcia. A peça, que estreou pela primeira vez em 1995, já conquistou dezenas de prêmios, incluindo o Prêmio Tibicuera, o Prêmio Isnard Azevedo e o Prêmio Fenate, tornando-se um dos maiores sucessos do teatro infantil em Porto Alegre e em outros importantes festivais nacionais e internacionais.
Com uma equipe talentosa e uma direção consagrada, o Circo Teatro Girassol promete encantar novamente o público com uma performance repleta de humor, emoção dentro de uma estética circense que prende a atenção de crianças e adultos. A peça é um convite ao divertimento, reaviva a memória emocional de várias gerações que tiveram nas Aventuras do Avião Vermelho, leitura obrigatória no convívio familiar e é também uma reflexão sobre a importância da imaginação e da amizade, valores universais que continuam a tocar o coração de gerações.
Dilmar Messias reconhece que a montagem de 1995 forneceu referências estéticas importantes. “O jogo das linguagens permanece e, certamente, a palhaçaria em sua essência singela deverá ocupar o seu espaço. Uma das virtudes deste trabalho tem sido a libertade e os palhaços, estas figuras libertárias, é que irão contar para crianças e adultos ‘As Aventuras do Avião Vermelho’. O que mais queremos é que o público goste”, conclui.
AS AVENTURAS DO AVIÃO VERMELHO
FICHA TÉCNICA 2025
Elenco: Débora Rodrigues, Diego Steffani, Tuta Camargo
Direção de Arte: Diego Steffani
Cenotécnico: Tuta Camargo
Elaboração e Desenvolvimento do Projeto: Débora Rodrigues
Iluminação: Dilmar Messias
Música Original: Maninha Pedroso
Bonecos: Mario de Ballentti
Desenhos: Tadao Miaqui e Diego Steffani
Arte Gráfica: Pomo Estúdio
Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu
Direção e Adaptação: Dilmar Messias
Produção: Girassol Produções Artísticas e Culturais
O Brick de Desapegos vai virar festival em um dos espaços mais tradicionais de shows da cidade. O 1º Festival Brick de Desapegos será no dia 27 de abril no bar Opinião, das 14h às 20h. Vai ter show com Jalile & Banda, exposição de arte, desfiles, oficinas, talks, salão de beleza sustentável e mais de 70 expositores de brechós, marcas autorais, moda sustentável e empresas que transformam sobras de tecido, resíduos plásticos e até latas de refrigerante em peças de vestuário e acessórios. É a oportunidade para apoiar o empreendedorismo feminino e quem produz e faz a moda circular. O evento é gratuito e os ingressos devem ser retirados no Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/104789/d/311568/s/2122412.
Natália Guasso – Foto: Fábio Alt/ Divulgação
“O Brick de Desapegos é uma feira que abraça a causa da moda sustentável autoral e circular desde 2011. Nesse período, foram mais de 600 edições realizadas, com mais de 1,2 mil expositores e um público de mais de 500 mil pessoas”, destaca Natália Guasso, fundadora do Brick. O evento que nasceu em Porto Alegre também desbravou outros recantos. Foi para a Serra, para o litoral, para outras cidades e até para São Paulo.
A história pioneira na moda gaúcha e brasileira ganha um novo capítulo neste mês com o nascimento do 1º Festival Brick de Desapegos no Opinião. Será um evento de moda e de cultura, com uma programação gratuita e aberta a todos os públicos. Além das mais de 70 marcas de brechós, desapegos e moda autoral, o Festival vai levar para a tradicional casa de shows desfiles das marcas Chamaquitas, Cós – Costura Consciente e Design Sustentável, além de peças de brechós participantes. Também tem a exposição de arte “Lapsos, ausências e lacunas”, com as criações do fotógrafo Fábio Alt feitas com colagem a partir de editoriais produzidos para o Brick de Desapegos.
Obra de Fábio Alt/ Divulgação
Outra atração é o Espaço KOA eco+, com corte de cabelo e venda de produtos eco. O Espaço Mão na Massa terá customização de peças, com o Senac, e brechó de troca. O Espaço Assimetria é uma rede de mulheres com foco em fotografia, vídeo e arte. O Espaço Hermanas é voltado para comunicação e redes sociais. Já o Espaço Cora Talks vai debater a “Moda 2040: O futuro é circular?” e Descarte ou Recomeço? O destino das roupas do fim do ciclo de uso”.
O Festival Brick de Desapegos conta com a parceria institucional do RS Criativo e Senac e com apoio do Opinião, Hermanas, Cora, Assimetria Foto & Vídeo, Meu Copo Eco, Koa e switch mgmt.
Histórias de moda circular
Na trajetória de quase quinze anos de Brick muitas vidas foram transformadas pela moda. Entre elas, a das empreendedoras Alana e Carolina Muccillo, da Chamaquitas, uma marca que começou em 2016 como brechó e acabou agregando a moda autoral. “Eu adorava calças de cintura alta e vestia as da minha mãe, até que comecei a fazer as minhas e todo mundo pedia. Acabei criando uma marca de moda autoral focada em alfaiataria”, conta. No Festival, a Chamaquitas terá um desfile para apresentar sua nova coleção focada em fitness com peças de alfaiataria.
Outra marca que estará na passarela do evento é a Cós, um ecossistema de moda sustentável que reúne costureiras que produzem peças a partir de reaproveitamento de materiais. “Vamos levar jaquetas, shorts, acessórios da nossa coleção nova e algumas pelas conceituais, todas feitas de lonas de kitesurf e guarda-chuvas reaproveitados, muitos deles resgatados da enchente”, relata a fundadora da Cós, Marina Anderle Giongo.
Jalile por Auryn Souza/ Divulgação
A moda circular também está nos acessórios e uma “prata da casa” do Brick de Desapegos é o byPaulo, que teve sua estreia em uma edição da feira há nove anos. Desde então, a marca que transforma resíduos de alumínio, vidro, madeira e outros materiais só cresceu. “Já estive com minhas criações na França, em Portugal, na Casa dos Criadores, em São Paulo, e em diversos editoriais de revistas”, enumera Paulo Sombrio, o nome por trás da byPaulo.
O grande hub de sustentabilidade que é o Brick de Desapegos fez escola e continua inspirando novas empreendedoras. É o caso de Nara Delta Rodrigues Pinto, de 68 anos, que se aposentou e lançou o Brechó da Nara, há dois anos, com peças próprias e roupas das amigas. Depois decidiu ir além e transformar roupas. Uma calça vira saia e ganha aplicações de outros tecidos, tricô e croché, em criações únicas, que reforçam que a moda é circular e se renova. “Nunca é tarde para fazer nada nesse mundo. A mulher pode fazer tudo o que ela quiser”, defende.
Cós/ Divulgação
Programação:
Festival Brick de Desapegos Data: 27 de abril, das 14h às 20h
Local: Opinião – Rua José do Patrocínio, 834 – Cidade Baixa
Ingressos gratuitos: Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/104789/d/311568/s/2122412
Palco 15h – Desfile Chamaquitas – Moda Autoral
16h – Desfile Cós – Costura Consciente e Design Sustentável – Moda Circular
17h – Desfile Brechós participantes
19h – Show Jalile & Banda
Espaço KOA eco + 14h às 20h – Corte de cabelo e venda de produtos eco
Espaço Hermanas
14h às 19h – Comunicação e Redes Sociais
Espaço Mão na Massa 14h às 17h – Customização de Peças Senac
17 às 20h – Brechó de Troca
Espaço Assimetria
Banca do Coletivo Assimetria – fotos
Espaço Cora Talks 15h às 16h – Moda 2040: O futuro é circular?
17 às 18h – Descarte ou recomeço? O destino das roupas no fim do ciclo de uso
Um olhar que atravessa o tempo: as cidades, seus habitantes e seus silêncios registrados por uma lente sensível e apaixonada. É isso que o público poderá descobrir com o lançamento do projeto “Jacob Prudêncio Herrmann – O Olhar Revisitado”, que traz à luz mais de 1.000 fotografias inéditas feitas entre as décadas de 1930 e 1940 por um fotógrafo amador que, com sua câmera Zeiss-Ikon, eternizou cenas da vida urbana e do cotidiano em Porto Alegre, Litoral Gaúcho e Catarinense, além de outras cidades do Rio Grande do Sul
A iniciativa culmina na criação de uma plataforma digital pública e gratuita, onde as imagens serão acompanhadas de contextos históricos e interpretativos. Mais do que um resgate visual, o projeto propõe uma releitura de uma Porto Alegre distante, revelada pelo olhar atento e artístico de Jacob Prudêncio Herrmann.
O lançamento oficial acontece no dia 24 de abril, quinta-feira, às 18h30min, no Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. O evento marcará a primeira exibição pública da plataforma, permitindo ao público explorar virtualmente o extenso acervo fotográfico de Herrmann, cuidadosamente recuperado e organizado ao longo dos últimos meses.
Viaduto da Borges . Crédito Jacob Prudêncio/ Divulgação
Com curadoria e coordenação de pesquisa de Jorge Herrmann, artista visual e neto do fotógrafo, o projeto representa um marco para a preservação da memória urbana e da arte fotográfica gaúcha. Financiado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado da Cultura do RS, “Jacob Prudêncio Herrmann – O Olhar Revisitado” é uma oportunidade única de revisitar um passado quase esquecido — e, ao mesmo tempo, redescobrir a força documental e estética da fotografia.
Jacob Prudêncio Herrmann ficou conhecido por sua capacidade de capturar, com sensibilidade e rigor, aspectos do cotidiano e da transformação urbana. Embora tenha sido um fotógrafo de fins de semana, devido à sua rotina profissional, isso jamais limitou seu olhar. “Jacob era um fotógrafo de fins de semana, pois o seu trabalho impunha esta condição. Porém, isso em nada pareceu tê-lo limitado, pois tinha o dom do memorialista, que sabe estar fotografando uma realidade que precisa ser documentada”, destaca Jorge Herrmann.
Homens empoleirados acompanhando algum evento (talvez próximo ao Lago Guaíba)/Divulgação
E completa: “Foi registrando tipos humanos, costumes, eventos históricos, paisagens e fatos do dia a dia com uma sensibilidade surpreendente para um homem cujo cotidiano durante os dias de semana era bem outro. Talvez Jacob não tivesse exatamente essa ideia a seu próprio respeito, mas ao analisar suas fotografias, não consigo deixar de pensar que se tratava, mesmo, de um sensível artista.”
Lago Guaíba – Margem e cais ao fundo/Divulgação
Agora, esse legado se torna acessível a todos, abrindo janelas para uma Porto Alegre de outros tempos — uma cidade que pulsa nas imagens de Jacob, entre bondes, ruas de pedra e céus cruzados pelo Zepellin. Uma cidade viva, que volta a respirar pela força da memória e da arte.
A fala de especialistas
O acervo fotográfico de Jacob Prudêncio Herrmann é uma rica fonte para refletir sobre a evolução da cidade. O arquiteto Analino Zorzi, que integra a equipe de pesquisadores, destaca os aspectos arquitetônicos e urbanísticos mais marcantes que percebeu nas imagens analisadas e que ajudam a compreender o crescimento de Porto Alegre no final do Século XIX e início do XX: – Na variedade de imagens clicadas por Jacob Prudêncio Herrmann percebemos claramente os diversos momentos, com características distintas, da paisagem urbana e dos estilos arquitetônicos. Conseguimos acompanhar o que foi se desenvolvendo na cidade de Porto Alegre. O registro e a divulgação destas imagens colaboram com a conscientização do valor cultural que deve ser conferido às ações humanas. Esta produção cultural contribui indelevelmente para reforçar a compreensão de que somente pelo conhecimento e entendimento do passado, construiremos o futuro desta produção cultural, reforça.
Centro – Andradas / Divulgação
Jacob Prudêncio Herrmann foi um dos membros mais assíduos do Photo-Club Helios. A pesquisadora Luzia Rodeghiero, analisa o envolvimento dele com a fotografia na época e o seu papel dentro desse ambiente fotoclubista. – Jacob era contador de profissão e sua presença foi constante nas reuniões do Photo-Club Helios, no período analisado. Acredito que sua qualificação e habilidade técnica em realizar os serviços contábeis para seus clientes contribuíam para seu perfil metódico e extremamente organizado como fotógrafo amador. Em cada um dos envelopes em que armazenou os negativos de vidro de sua produção, ele registrou os dados técnicos das fotografias, como o tempo de exposição, a abertura do diafragma da câmera, o horário em que fotografou, local e data, revela Rodeghiero.
Segundo a pesquisadora, essas características se uniam à grande sensibilidade de Herrmann para pensar e estudar as formas e os recursos técnicos necessários para capturar o instante que percebeu nas cenas que eternizou em fotografias. – Seu talento artístico, aliado ao conhecimento que era compartilhado e obtido nas reuniões do Helios, além de garantir a criação de imagens memoráveis, foi uma força persistente que contribuiu para a sobrevida do fotoclube até o limite imposto pelas circunstâncias que levaram à sua extinção, destaca Rodeghiero.
Morro Ricaldone – Delta do Jacuí/Divulgação
Kátia Becker Lorentz, responsável pela pesquisa histórica sobre processos fotográficos, ressalta “a qualidade, a escolha, a composição das imagens e a sensibilidade extrema em tudo que fotografou. Tem imagens que parecem pura poesia”, ressalta. Segundo ela, as imagens do acervo do Jacob Prudêncio Herrmann mostram uma Porto Alegre que já não existe mais, mas que pode ser conhecida através dos registros que ele deixou.– As cidades são desde muito o centro da vida econômica, política e social de uma comunidade. As fotografias de Jacob e suas relações com a cidade ajudam a compreender a história e a evolução urbana nas suas mais diversas funções, morfologia e tipologias. Possibilitam a visualização do espaço urbano, seus habitantes e seus costumes ao longo do tempo em que Jacob registrou suas imagens, afirma.
Meninos negros – Autoria duvidosa/ Divulgação
As museólogas Eroni Rodrigues e Isabel Ferrugem realizamo trabalho de indexação, catalogação e pesquisa do acervo fotográfico e documental de Jacob Prudêncio Herrmann. Para Eroni Rodrigues, os registros fotográficos de Jacob Prudêncio Herrmann se constituem em testemunhos das transformações ocorridas em diversos setores da sociedade, principalmente, da cidade de Porto Alegre. – Suas fotografias nos revelam uma cidade com as suas mais variadas nuances – costumes locais, crescimento da malha urbana, catástrofe climática, etc. E, dessa maneira, por suscitarem memórias de um passado, o acervo fotográfico representa uma valiosa fonte primária de informações, opina Eroni.
Agora, com o lançamento da plataforma digital, o olhar de Jacob Prudêncio Herrmann encontra novos olhos. Suas imagens, antes guardadas em negativos e álbuns familiares, ganham o mundo — oferecendo não apenas um registro visual do passado, mas uma ponte sensível entre gerações.
FICHA TÉCNICA:
Tommaso Mottironi: digitalização do acervo. geração do website. diagramação e design gráfico de impressos. acondicionamento do acervo. produção executiva.
Jorge Herrmann: digitalização do acervo. coordenação interdisciplinar. curadoria. pesquisa estética do acervo. palestrante no evento de lançamento.
Eroni Rodrigues e Isabel Ferrugem: pesquisa museológica. indexação, reorganização e catalogação do acervo.
Luzia Costa Rodeghiero: pesquisa histórica sobre o fotoclubismo.
Analino Zorzi: pesquisa arquitetônica sobre evolução urbana.
Kátia Becker Lorentz: pesquisa histórica sobre processos fotográficos.
José Nilton Teixeira: roteiro e locução de audiodescrição.
Silvia Mara Abreu: assessoria de imprensa . plano de divulgação . entrevistas. clipping .
Carolina Marzulo e Ana Vieira: gestão de divulgação em redes sociais.
Claudia Herrmann e Jeff Minchef: organização e apresentação do projeto em escolas públicas de Porto Alegre.
O protagonismo feminino indígena na atuação coletiva em defesa dos direitos dos povos originários é o tema central do documentário Kunha Karaí e as Narrativas da Terra, que chega às telas da Cinemateca Paulo Amorim nesta quinta-feira (17). As sessões acontecem diariamente (exceto na segunda-feira), sempre às 19h, até o dia 23 de abril, na Sala Norberto Lubisco (Rua dos Andradas, 736 – térreo da Casa de Cultura Mario Quintana). Os ingressos custam R$ 8,00 (meia-entrada) e R$ 16,00 (inteira) na terça, na quarta e na quinta-feira. Já na sexta-feira (feriado), no sábado e no domingo, o valor das entradas é R$ 10,00 (meia-entrada) e R$ 20,00 (inteira).
Longa-metragem dirigido pela cineasta e pesquisadora Paola Mallmann, o filme conta a história de vida de mulheres indígenas brasileiras de diferentes povos e biomas, em que os caminhos de luta política e espiritualidade vinculada ao resgate da ancestralidade se entrecruzam no processo de se tornarem lideranças.
Entre memórias afetivas, sonhos, elementos da cosmovisão ameríndia e gestos de resistência, Kunha Karaí e as Narrativas da Terra nos leva a reconhecer de forma intimista e sensível a autenticidade das relações das entrevistadas com os territórios visitados e com a ancestralidade brasileira.
Foto: Divulgação
O elenco do filme é formado por Elis Alberta Santos (Elis Mura), Shirley Djukurnã Krenak, Alice Martins – Kerexu Takuá, Iracema Gãh Té Nascimento, Celita Xavier, Jera Guarani, Juliana Kerexu, Francisca Arara, Edina Shanenawa, Nedina Yawanawa, Talcira Gomes, Júlia Gimenez, Eryia Yawanawa, Rosa Peixoto, Ermelinda – Yepário, Kedasere, Laurinda Borges e Raquel Kubeo (esta última também colaborou com o processo de pesquisa e produção das filmagens).
O documentário aborda, através das mulheres, o debate sobre mudanças climáticas e proteção dos biomas – elementos que apontam caminhos de fortalecimento da história indígena contemporânea brasileira como vozes da Terra. Rodado entre 2019 e 2022, em diferentes regiões e cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Acre, o filme foi lançado em abril de 2024, sendo exibido nos cinemas de Brasília (DF), Palmas (TO), Manaus (AM), Salvador (BA), Ribeirão Preto (SP) e Teresópolis (RJ).
Por conta das enchentes de maio, a estreia do filme em Porto Alegre precisou ser adiada, ainda que, em outubro, o documentário tenha sido exibido em uma sessão especial na Sala Redenção e, no mês seguinte, na Sala Paulo Amorim da Cinemateca Sala Paulo Amorim, dentro do evento Mostra Virada Sustentável. Agora, Kunha Karaí e as Narrativas da Terra estreia oficialmente nos cinemas gaúchos, com a temporada na Sala Norberto Lubisco.
Foto: Divulgação
“É bem significativo que as pessoas possam assistir ao filme e conhecer a história dessas mulheres e, quem sabe, através delas refletir um pouco sobre sua própria história e sobre os laços com sua ancestralidade e sua responsabilidade na construção do nosso futuro comum como cidadãos”, ressalta a diretora, destacando a importância do lançamento desse documentário em salas de cinema, em especial para novos realizadores. Contando com distribuição independente da Panda Filmes (RS) e da Opará Cultural (RS), Kunha Karaí e as Narrativas da Terra teve produção executiva de Beto Rodrigues, da Linha de Produção Cinema e TV, em produção associada com Opará Cultural, com diversos apoios de articulações locais.
“Vivemos um momento histórico de grande relevância central da pauta dos povos originários, com a recente criação do Ministério dos Povos Indígenas, em articulação com questões globais de grande impacto e esperamos contribuir com essa causa, a partir do nosso ofício, resultando neste registro feito de forma imersiva para os povos indígenas e para todos os brasileiros e brasileiras”, afirma a diretora do filme. Ela destaca a relevância da pauta, citando a ação policial violenta contra os indígenas em marcha pacífica realizada em Brasília no início deste mês, que atingiu também a deputada federal Célia Xakriabá. “Esse incidente mostra o quanto ainda é preciso lutar pelo respeito aos direitos dos povos indígenas”, destaca Paola.
Kunha Karaí e as Narrativas da Terra contou com recursos do edital Programa #Audiovisual Gera Futuro, do Ministério da Cultura (MinC) e também marca a estreia de Paola no formato longa-metragem. A diretora já havia dirigido três curtas-metragens documentais, um deles com vários prêmios e participações em festivais de cinema importantes, como Gramado e Brasília.
Foto: Divulgação
“Conseguir lançar o documentário em salas de cinema é realmente bem importante, por viabilizar a difusão da informação ao público que não acessa obras com essa temática e compromisso social e pelo desafio que é colocar filmes documentários brasileiros dirigido por mulheres no circuito comercial”, comemora a diretora, que também assina o argumento do filme.
“Esse documentário é fruto da imersão no caminho que nos leva ao encontro dos povos originários, revelando as diversidades e o universo plural das mulheres indígenas do Brasil contemporâneo. Torcemos para que o maior número de pessoas possa assistir, compartilhar com amigos, e que o filme se some, às ações do movimento de luta abril indígena, como o ATL que ocupa Brasília todos os anos para reivindicar os direitos garantidos às comunidades indígenas”, observa Paola. Nesta temporada do filme na Sala Norberto Lubisco, a diretora do documentário estará presente na sessão do dia 22 (terça-feira).
Foto: Divulgação
Ficha técnica
Produção: Linha de Produção Cinema e TV
Produção associada: Opará Cultural
Pesquisa, argumento e direção: Paola Mallmann
Direção de Fotografia e Câmera: Pedro Clezar
Direção de som: Guilherme Cássio
Direção de Produção: Flávia Seligman
Montagem e Edição: Vanessa Leal dos Santos
Distribuição: Panda Filmes
Produção executiva: Beto Rodrigues e Gabriel Sager Rodrigues
A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), receberá duas sessões gratuitas da experiência sensorial internacional The Sub_Bar Show #1, que apresenta um repertório musical para ser sentido em vez de ouvido. Elas acontecem na quarta-feira (23) e no domingo (27), às 19h, no Teatro Carlos Carvalho (2° andar da CCMQ). A entrada é franca nas duas sessões, mediante a retirada de ingressos com uma hora de antecedência, na bilheteria do Teatro. O evento conta com interpretação de Libras.
Apresentado nos idiomas inglês e Língua Internacional de Sinais, o momento imersivo convida o público surdo e ouvinte a se movimentar pelo espaço e deitar no chão para conhecer o repertório musical que é transmitido através de subwoofers, que são alto-falantes que reproduzem as frequências mais baixas do áudio. Após o espetáculo, haverá um bate-papo entre organizadores e o público, para debater as sensações e contextualizar as obras em português e Libras.
Gabriele Modica Fotografia/ Divulgação
SOBRE O SUB_BAR
Criado na Europa em 2021, o projeto Sub_Bar reúne artistas, pesquisadores surdos e ouvintes de todo o mundo, que buscam romper com a ideia de que o som é o principal elemento da música. Ao longo dos quatro anos, em parceria com artistas consagrados e ascendentes, o projeto tem construído um repertório crescente em que a modulação da pressão do ar, a vibração e o silêncio são os elementos centrais. A partir de agora, obras selecionadas desse acervo farão parte das apresentações mensais promovidas em diversos espaços culturais espalhados pelas Américas, Ásia e Europa.
O evento no Teatro Carlos Carvalho integra a programação mundial de lançamento do show, que promove performances em cerca de 18 países ao longo do mês de abril. A CCMQ é o único espaço a sediar a experiência no Brasil.
O plano anual da CCMQ é financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio direto do Banrisul, patrocínio prata da Hyundai, Lojas Renner, EDP e Paraflu; apoio de Tintas Renner, Banco Topázio e iSend; e realização do Ministério da Cultura – Governo Federal – União e Reconstrução.
SERVIÇO
The Sub Bar #1 na CCMQ
Quando: quarta-feira e domingo (23 e 27/4)
Horário: 19h
Onde: Teatro Carlos Carvalho, no 2° andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 – Porto Alegre, RS.
Recurso de Acessibilidade: Libras
Entrada franca, mediante retirada de ingressos na bilheteria do teatro, uma hora antes da sessão
Exatamente um ano após as históricas enchentes que devastaram Porto Alegre e o Rio Grande do Sul, o Memorial do Ministério Público abre ao público a exposição fotográfica “Sob as Águas:
Bravura e Resistência”.
A mostra, uma realização do Fotoclube Porto- Alegrense em parceria com o Memorial, apresenta 40 obras que documentam os impactos da tragédia, retratando histórias de dor, coragem e superação que marcaram a população gaúcha.
Gutemberg_51 x 34 peq/ Divulgação
A cerimônia de abertura oficial, com vernissage e presença de autoridades, parceiros e convidados, ocorrerá na quinta-feira, 24 de abril, às 19h, reforçando o caráter memorialístico de uma data simbólica. Período de Visitação: A exposição permanecerá em cartaz até 17 de junho de 2025, permitindo que o
público reflita sobre este marco de um ano através de um olhar artístico e humanizado.
JaneC 45,3 x 34 peq/Divulgação
As imagens capturam paisagens transformadas, cenas urbanas submersas e momentos de solidariedade, servindo como um poderoso registro histórico e uma homenagem à resiliência dos atingidos.
A exposição chega no momento em que a cidade ainda vive o processo de reconstrução, oferecendo uma
reflexão sobre os desafios enfrentados e a força comunitária que emergiu da adversidade.
Eloi 70×46,5 Peq/Divulgação
Inauguração oficial
A cerimônia de abertura oficial, com vernissage e presença de autoridades, parceiros e convidados, ocorrerá na quinta-feira, 24 de abril, às 19h, reforçando o caráter memorialístico de uma data simbólica. Período de Visitação: A exposição permanecerá em cartaz até 17 de junho de 2025, permitindo que o
público reflita sobre este marco de um ano através de um olhar artístico e
humanizado.
Serviço
Abertura ao público: 17 de abril de 2025. Local: Memorial do Ministério Público
Horário: das 8:30 às 18hs
Entrada gratuita
Relação dos expositores
Ale Freitas Beleza tragica @alefreitas.fotos
Álvaro Sanguinetti Reflexos e marcas da enchente @alvarobertonisanguinetti
Ana Elisabeth Nunes Deixando tudo para trás @anaelisabethnunes
Andréa Barros Espelho de Maio @andreabarros_photomobile
Andréia Kris Kaleidoscope @andreia.kris
Anelise Barra Ferreira Cicatriz (1) @anelise_barra_ferreira
Aníbal Elias Carneiro A Solidariedade Vive @anibal.ec
Beto Martinez Súplica @bettomarttinez
Bia Donelli A Casa Rosa @biadonelli
Cris Mattos Brincar Ficou para Depois @crismattos_fotos
Cynthia Jappur Cores da Enchente @cynthia_fotoarte
Cynthia Recuero O cais e o caos @cynthia.recuero
Eloi De Farias Êxodo Ribeirinho @elofarias
Flavia Ferme Solidariedade @flavia_ferme
Gerson Turelly Rowing @gersonturrely
Gutemberg Ostemberg Lar do Menino Deus @gutemberg_ostemberg
Heloiza Averbuck Nas águas @heloaverbuck
Jane cassol À margem @cassoljane
Jorge Lansarin Nau Fragado @jorge.lansarin
Jorge Leão Limpeza @leao.jorge
Jorge Neumann Espetáculo e espanto @jorgeneumann
Kathy Esposito Cidade Invadida @ka.thy1575
Marco Resende Mudança Climática – Bravura @marcoresende
Margaret Abreu O resgate @margabreu11
Maria Helena Guaragni Rastros e resquícios @guaragni.mh
Marlene Silva O reflexo da tristeza @marlenehist
Mendes Filho Barricada no Banco Safra @fotoletrada_mendesfilho
Nely Alves Cultura Submersa @nely.fotoart
Nina Pulita Era uma vez uma passarela….. @ninapulita
Paulo Paim Usina D ́água @pespaim
Rafael Beck Verso Emerso @2beck
Rafael Rosa Cozinhando Solidariedade @fujixphoto_rafaelrph
Rodrigo Cantini How many roads must a man walk down? @streets_of_poa
Rogerio Camboim Novo Cais @camboimx
Rogério Soares Hidrovia ? @cursosimagopoa
Sandra Rodrigues Calçadão Orla de Ipanema @sansrodrigues7
Selmar Medeiros Barqueiro da Enchente @selmar_medeiros_
Vinícius Tabajara Horizonte trágico @vinitabajara
Viviane Monteavaro Três de maio no Gasômetro @vivianemonte
Wanderlei Oliveira Tragédia @artefotowander
William K Clavijo O Corpo @williamkclavijo_photography
O bairro Sarandi, na capital gaúcha, vai ganhar um espaço de reconstrução e esperança. É o Instituto Brasa Zona Norte, um local onde a educação, o acolhimento e a cultura se encontram para apoiar uma das comunidades mais afetadas pelas enchentes de maio do ano passado. A inauguração será neste sábado, 12 de abril, às 10h, na Rua Baltazar Oliveira Garcia, 430.
Quem for à inauguração no dia 12 de abril vai poder sentir um pouco dessa vibração de cultura, de educação e de apoio que a casa vai oferecer à comunidade. Entre as atividades previstas está o lançamento da exposição “O Recomeço”, com obras da artista visual Isabel Ferreira, que também vai ministrar uma oficina de desenho. Haverá também uma oficina de violino, com a violonista Luiza Czeczelcki, além de oficinas de decoupage, aulas de inglês, finanças, e de presença digital para pequenos negócios, entre outras. Toda a programação da inauguração será gratuita.
Sala de aula do Instituto Brasa Zona Norte – Ricardo Glavam/ Divulgação
A história desse novo espaço de inclusão que Porto Alegre vai ganhar nasceu a partir dos desafios enfrentados em maio do ano passado. Por estar localizada em um dos bairros mais afetados pelas cheias, a Igreja Brasa Zona Norte foi também um dos primeiros locais a receber os desabrigados. “Ali acolhemos 350 desalojados e mais de 10 mil pessoas tiveram acesso a algum tipo de atendimento. Fomos um dos primeiros a receber as vítimas e um dos últimos a fechar”, relata o pastor Ricardo Glavam.
Orquestra Jovem Fábrica dos Sonho/ Divulgação
Diante da situação, o Instituto Vakinha doou R$ 300 mil e as contribuições podem chegar a R$ 600 mil, em breve, com a ajuda de outros apoiadores. E justamente são essas doações que estão possibilitando a criação do Instituto Brasa Zona Norte, um empreendimento totalmente novo, com 700 m2, com diversas salas de aula, espaço de exposição e auditório, que deve beneficiar centenas de pessoas de todas as idades da região.
A proposta é simples, mas poderosa — profissionais de diversas áreas, que também foram duramente impactados pela enchente, irão ministrar cursos de formação para pessoas em situação de vulnerabilidade social, promovendo qualificação, inclusão e geração de renda. “O diferencial do projeto é o modelo sustentável: além de oferecer formação gratuita para quem mais precisa, o Instituto também abrirá turmas pagas, permitindo que os professores recebam por seu trabalho e reconstruam suas próprias vidas. É um ciclo virtuoso: quem sofreu, agora transforma. Quem perdeu, agora ensina a recomeçar”, destaca.
Vista Superior do Instituto Brasa Zona Norte com a exposição O Recomeço de Isabel Ferreira – Ricardo Glavam/ Divulgação
“Nosso objetivo é promover apoio e reconstrução para a comunidade da Zona Norte de Porto Alegre, oferecendo diversas atividades voltadas para famílias direta ou indiretamente afetadas pelas enchentes de 2024”, complementa Adriana Paz, diretora do Instituto Brasa Zona Norte. É um espaço de cultura, com atividades como música, com a Orquestra Jovem da Fábrica dos Sonhos, dança, com a Escola Ritmos, artes visuais e outras manifestações artísticas. É um ambiente de educação, com atividades como reforço escolar e cursos voltados para finanças, empreendedorismo, gastronomia e outras capacitações para jovens e adultos impactados pela enchente. É um local de assistência e saúde, com foco no acolhimento, com consultoria jurídica e acompanhamento psicológico. É um espaço de incentivo ao esporte, com aulas de jiu-jitsu e outras atividades para promover habilidades motoras, disciplina, socialização e alívio de estresse pós-traumático.
Serviço:
Inauguração do Instituto Brasa Zona Norte
Data: sábado, 12 de abril de 2025. Horário: 10h às 16h
Endereço: Rua Baltazar Oliveira Garcia, 430, bairro Sarandi.
Entrada franca e atividades gratuitas com vagas limitadas por ordem de chegada.
Programação:
10h – Evento de Inauguração
11h40 – Lançamento da exposição “O Recomeço” com a artista Isabel Ferreira
13h30 – Oficina de decoupage com Laura de Franco
14h – Palestra “Teoria do Flow: usando a criatividade para tesolver problemas” com Laís Fagundes
15h – O violino é pra mim? Descubra os primeiros sons com Luiza Czeczelski
15h – Arte em personalização: transforme desafios em oportunidades com Maiara Weber
15h – Palestra “Como Blindar Suas Finanças” com Álvaro Konrath
16h – Oficina de desenho com Isabel Ferreira
16h – Inglês para viagem com Silvana Konrath
16h – Crie presença Digital e destrave seu negócio com Laura Franco
Um dos mais importantes compositores do Rio Grande do Sul, Gelson Oliveira vai celebrar seus 70 anos com show especial, dia 11 de abril (sexta-feira), no Espaço 373. Além de cantar as obras relevantes como “Tem que Provar” – gravada por Lauro Corona e que foi trilha sonora da novela Louco Amor –, “Dentre elas”, “Papagaio Pandorga”, “Salve-se Quem Souber”, “Tempo ao Tempo”, “Pimenta” e “Noite Magia”, a noite contará com várias “canjas” surpresas.
Em seus 46 anos de carreira, Gelson Oliveira se consolidou no rol de cantautores gaúchos com carreiras longevas. Seu primeiro álbum, Terra (1983), lançado de forma independente, ao lado do baterista Luiz Ewerling, é um artigo cult de colecionadores de vinil. Já o premiado segundo álbum, Imagem das pedras (1992) contou com a participação de Gilberto Gil. Seu nome está ligado a grandes outros nomes da música brasileira como Antonio Villeroy, Bebeto Alves, Chico César, Geraldo Flach, Giba Giba, Gilberto Gil Hique Gomes, Jerônimo Jardim, Luis Vagner, Nei Lisboa, Nelson Coelho de Castro, Paulo Moura e Renato Borguetti.
Dono de voz potente e canções que marcaram época, interpretou com maestria uma composição de Geraldo Flach e Jerônimo Jardim, chamada Pátria amada,
Sua discografia conta com oito álbuns solo (Terra: Gelson Oliveira & Luiz Ewerling, Imagem das pedras, Coletânea,Tempo ao tempo, Gelson Oliveira & Júlio Rizzo,O Anjo Negro, Tridimensional e O ônibus do sobe e desce) e dois gravados com o Juntos, formado por Antônio Villeroy, Bebeto Alves e Nelson Coelho de Castro (Juntos ao vivo e Juntos 2).
Como diretor artístico, atuou em trabalhos como Mameluca (2007), de Paulo Lata Velha, Ziringuindim (2009), de Zilah Machado, e Brasil Quilombo (2019), de Glau Barros. Gelson já cantou em palcos da Argentina, Uruguai, Alemanha, França, Holanda, Itália, Portugal, República Tcheca e Suíça.
A obra de Gelson Oliveira tem sido revalorizada no novo contexto tecnológico. Em 2018, foi editado na Alemanha um disco chamado Too Slow To Disco Brasil, compilado por Ed Motta, com fonogramas dos anos 1970 e 1980 que se destacam pela incursão qualificada nos gêneros soul e funk. Entre eles está Acordes & Sementes, do primeiro LP, ao lado de nomes como Filó Machado e Sandra de Sá. A coletânea possui versão em vinil e digital. Um selo português também fez contato com o gaúcho manifestando interesse em relançar Terra em longplay.
Além dos seis prêmios Açorianos e das distinções nacionais com os prêmios Fiat (1990) e Sharp (1993), o artista guarda outras curiosidades, como o fato de ter sido artesão em Gramado, onde confeccionou o troféu Kikito do festival de cinema.
SERVIÇO
GELSON OLIVEIRA – 70 ANOS
Quando: 11 de abril | Sexta-feira | 21h
Onde: Espaço 373 (Rua Comendador Coruja, 373 – Floresta)
Ingressos: R$30 a R$90
Ingressos antecipados: https://tri.rs/event/65/gelson-oliveira-70-anos
Informações e reservas de mesas pelo WhatsApp: (51) 999 99 23 15
O Grupo De Pernas Pro Ar celebra nos dias 9 e 10 de abril o lançamento do sua mais recente produção, o curta-metragem MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo, com uma programação especial e gratuita. Dirigido por Tayhú D. Wieser, o curta promete transportar o público para o universo particular de seu protagonista, o ator, diretor e inventor, Luciano Wieser, e de suas criações, que atravessam o tempo. O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, Município de Canoas/RS, e pelo Ministério da Cultura do Governo Federal.
Em MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo, adentramos a mente fascinante das criações do inventor Luciano Wieser. Seu cotidiano, repleto de delírios e recordações, mesmo que enferrujado pelo tempo, continua a ressoar e a moldar sua existência. “Esta é uma experiência provocadora que entrelaça passado, presente e futuro, onde curiosas máquinas ganham vida e, como artesãs do tempo, costuram memórias e destinos”, afirma o inventor.
Na trama, o velho inventor, esquecido e desgastado, vive imerso em ilusões e lembranças despertadas por suas próprias criações. Cada uma das suas máquinas guarda preciosas pistas e acompanha cada um de seus passos, fragmentos de um quebra-cabeça a serem decifrados em um futuro distante. É através da vida pulsante dessas criações que ele não apenas recorda, mas revive cada momento com uma simplicidade renovada. Uma dança de tempos que se cruzam e se reinventam, costurada nas engrenagens das máquinas e nas emoções que elas despertam.
A programação
O lançamento do curta-metragem MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo, dirigido por Tayhú D. Wieser, inicia no dia 9, a partir das 19h30, quando será realizada a exibição online do filme no canal do YouTube do Grupo De Pernas Pro Ar (@depernasproar), com legendas e audiodescrição. Logo após, às 20h, realiza-se uma live de lançamento, com um bate-papo entre o diretor Tayhú D. Wieser, o criador da obra Luciano Wieser e os cineastas Jackson Zambelli e Tutti Gregianim. A será transmitida no mesmo canal do YouTube.
No dia 10, a exibição do curta será feita presencialmente na Escola Municipal de Ensino Fundamental Erna Würth, localizada para alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos), às 19h30min. Às 20h, o público presente poderá participar de um bate-papo com o diretor Tayhú Wieser, o criador Luciano Wieser e a cineasta Maíra Coelho.
Toda a programação é gratuita e aberta ao público, oferecendo uma oportunidade única de interagir com os criadores do curta e explorar o universo de Memórias Enferrujadas – Costuras do Tempo.
Sobre o grupo:
Desde 1988, o Grupo De Pernas Pro Ar, de Canoas-RS, tem desenvolvido um estilo próprio de teatro e audiovisual, com obras curiosas e inusitadas, com traquitanas, bonecos e maquinarias de cena que misturam mecânicas com tecnologias digitais e robótica: estética ousada que rompe com o cotidiano por meio de máquinas que provocam reflexões sobre a vida de forma sensível, poética e curiosa.
FICHA TÉCNICA:
Diretor de Audiovisual: Tayhú Durigon Wieser
Diretor de arte: Luciano Wieser
Roteirista: Raquel Durigon e Luciano Wieser
Produção: Raquel Durigon
Ator: Luciano Wieser
Atriz animadora de tecnologias digitais e robótica: Raquel Durigon
Inventor das máquinas de cena e cenógrafo: Luciano Wieser
Captação de imagens e Montagem: Tayhú Durigon Wieser
Designer: Isadora Fantini Rigo e Tayhú Durigon Wieser
Figurinista: Raquel Durigon
Iluminação: Gabriel Gonçalves
Cabelos e maquiagem: Raquel Durigon e Luciano Wieser
Assessoria técnica de audiovisual: Tutti Gregianim
Debatedores: Jackson Zambeli, Tutti Gregianim e Maíra Coelho , Luciano Wieser e Tayhú Wieser
Auxiliar de audiovisual: Isadora Fantini Rigo
OVNI – Acessibilidade
Legendas: Isadora Fantini Rigo
Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu
Divulgação: Rolezino
Contabilidade: Extrema Razão
Realização: Grupo de Pernas Pro Ar
Projeto contemplado Lei Paulo Gustavo Município de Canoas/RS – Ministério da Cultura Governo Federal
Apoio:
Ponto de Cultura – Inventário Espaço Criativo
ABTB/Unima Brasil _ Associação Brasileira de Teatro de Bonecos
Met RS
Rolezinho
SERVIÇO:
09/04/25 – 19h30 – Exibição do curta-metragem MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo
Minutagem: 15min
Local – Canal Youtube: @depernasproar
Com Legendas e audiodescrição
Indicação: Livre
Divulgação: @grupodepernasproar @tayhuwieser
09/04/25 – 20h – Live de lançamento MEMÓRIAS ENFERRUJADAS – Costuras do Tempo.
Bate-papo: Diretor Tayhú D Wieser
Artista Criador Luciano Wieser
Convidados: Cineastas Jackson Zambelli e Tutti Gregianim
Local – Canal Youtube: @depernasproar
Duração: 1h20min
10/04/25 – 19h30 – Exibição do curta-metragem na EMEF Erna Würth para alunos do EJA (Av. Dezessete de Abril, 430, Guajuviras, Canoas-RS)
10/04/25 – 20h – Bate-papo com o Diretor Tayhú Wieser, o criador Luciano Wieser e a cineasta Maíra coelho
Duração 1h30min
Programação Gratuita
Acesse fotos de divulgação – Crédito Tayhú Wieser: