Livro ” A Lanceirinha” conta a história dos Lanceiros Negros para o público infantil

Livro infantil de Ângela Xavier, com ilustrações de Alisson Affonso, tem lançamento no ano em que os Lanceiros Negros são inscritos no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria

A história resgata o orgulho de um povo na voz de um avô e emociona os leitores com o brilho nos olhos da netinha Aisha. E comprova, com afetos cotidianos, que é possível acreditar na luta por um futuro mais justo e inclusivo.

A autora conta como surgiu a abordagem: “Sou educadora, e ao trabalhar com a EJA, fui instigada a estudar sobre o tema. Uma jovem negra me questionou sobre o assunto, que ouvira de seus avós. O ano era 2004 e pouco se falava sobre o tema. Desde então, comecei a pesquisar a temática, fiz especialização, escrevi um artigo e decidi incluir o assunto em minhas práticas pedagógicas.

A escritora Ângela Xavier foto Marco Nedeff/ Divulgação

No ano de 2018 escrevi uma esquete sobre os Lanceiros Negros, que foi contemplada em um Festival de Teatro Estudantil do Rio Grande do Sul. No ano seguinte, nascia minha primeira obra literária: O Lanceirinho Negro, seguida de O Lanceirinho Negro: Herança de Porongos e Jerá Poty”. Em suas obras, a escritora tem valorizado bastante a oralidade dos mais velhos e também a ancestralidade. E, segundo ela própria, esse aspecto reflete um pouco da Ângela Xavier. Na infância ela sempre teve o hábito de escutar muito as pessoas mais velhas.

O ilustrador Alisson Affonso foto by Clô Barcellos/ Divulgação
Sobre os Lanceiros:

Em 14 de novembro de 1844, no Rio Grande do Sul, aconteceu o Massacre de Porongos. Quase 10 anos antes começara a Guerra dos Farrapos, em 1835. Estancieiros gaúchos pediam independência econômica e redução de impostos ao governo imperial. Os negros escravizados ingressaram no exército dos Farrapos em 1836, através da criação do 1º Corpo de Cavalaria de Lanceiros Negros, lutando a pé e a cavalo. Foi feita a eles uma promessa de liberdade, e essa era a única motivação do grupo.

 

A lancerinha. Aisha. Ilustração/ Divulgação

No entanto, já em épocas de tratativas de paz com o Império, alguns líderes farroupilhas entregaram aos imperiais o batalhão dos lanceiros desarmados em uma emboscada. Quase todos os combatentes negros foram massacrados. A monarquia escravagista não desejava a libertação daqueles homens e esta foi a solução encontrada. Morreram mais de cem homens negros, e os que sobreviveram voltaram à escravidão.

Em 2024, mais de 180 anos depois, no dia 8 de janeiro, foi publicada, no Diário Oficial da União, a Lei 14.795, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que insere o nome dos Lanceiros Negros no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. Esta foi uma vitória coletiva do movimento negro, que continua lutando pelo protagonismo de seu povo na construção de nosso país. “É uma reparação ainda que tardia. Fico satisfeita em saber que A Lanceirinha poderá ajudar no resgate do protagonismo negro junto as nossas crianças”, coloca Ângela.

Eventos de lançamento:

No dia 13 de abril (sábado), em Porto Alegre, Ângela realiza duas atividades de contação de história, além dos autógrafos: das 10h às 12h, com o Projeto Cultural Nossa Identidade no Instituto Sociocultural Afro-sul Odomodê (Av Ipiranga, 3850) e, a partir das 16h, na Livraria Cirkula (Av Osvaldo Aranha, 522). A programação é aberta ao público e com entrada franca.

Ângela Maria Xavier Freitas nasceu em Porto Alegre, em 1972, e é professora desde 1997. Começou com EJA (educação de jovens e adultos), depois, educação infantil e séries iniciais, na rede municipal de ensino de Gravataí, no Rio Grande do Sul. Escreve para o público infantil desde 2018, é formada em Letras (Ulbra/IERGS), com especialização em História e Cultura Afro-brasileira (Instituto Dom Alberto). Dentre seus livros já publicados, O Lanceirinho Negro foi contemplado em edital, sendo distribuído em mais de 50 escolas da Região Metropolitana de Porto Alegre. Também atua como diretora de teatro, ganhando em 2018 o troféu Desconstrução da História Oficial com a esquete Lanceiros Negros no Festival Estudantil de Teatro no RS. Seus filhos, William e Vallentina, foram os seus primeiros leitores.

Alisson Affonso é cartunista e ilustrador. Nasceu em 1979, em Rio Grande, no interior do Rio Grande do Sul. É bacharel em Artes Visuais pela FURG. Começou desenhando plaquinha para a tia do picolé, e hoje, já ilustrou dezenas de livros. É premiado pelo Brasil (São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro), expôs no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e até na França, em Saint-Jus-le-Martel. Em 2023, foi patrono da 49ª Feira do Livro da FURG.

“Onde está o amor – As Fitas Perdidas”, com a último show de Nico Nicolaiewsky, no Teatro São Pedro

O filme será exibido, dia 28 de março às 20h, no Theatro São Pedro  

 Lembranças. Lágrimas. Aplausos. Saudade. Palavras que marcaram a noite do dia 05 de fevereiro de 2024 depois da emocionante e inesquecível exibição, no Theatro São Pedro, do filme do show Onde está o Amor – A Fitas Perdidas”, dirigido por José Pedro Goulart. O sucesso foi tão grande que o público pediu e uma segunda sessão gratuita está programada para o dia 28 de março, às 20h, no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n°).

Os ingressos poderão ser retirados a partir do dia 14 de março, das 10h às 18h, na recepção do Multipalco. A exibição se dará dentro das comemorações dos 252 anos de Porto Alegre. No dia 07 de fevereiro, completou 10 anos do falecimento de Nico Nicolaiewsky .

A gente estava aqui para comemorar um artista, celebrar a vida, mais do que tudo. Foi impressionante a relação que as pessoas tiveram com o filme e a emoção que elas sentiram. Acho que o Nico flutuou pelo Theatro São Pedro. Foi como eu estivesse ali, junto com o meu amigo, de novo. Acho que Nico ganhou a homenagem que ele tinha que ganhar“, relembra Zé Pedro. Noite inesquecível, também, para o amigo e parceiro de décadas, o músico Hique Gomez, que fez dupla com Nico em Tangos e Tragédias. “‘Achei de fundamental importância o Zé Pedro trazer esse conteúdo. Nico Nicolaiewsky, um dos grandes compositores da música brasileira, feita no Sul do Brasil, um grande amigo e um grande parceiro. Foi bem bacana rever esse momento e para os anais da história das artes brasileiras“, diz Hique.

Onde está o Amor?

Onde está o Amor? é o nome do CD que Nico Nicolaiewsky  lançou em  setembro de 2008, também no Theatro São Pedro, com um grande show dirigido por  Zé Pedro Goulart. Anos depois, Zé Pedro remonta o espetáculo a partir de 16 fitas encontradas com mais de 10 horas de gravação deste show. A título de registro foi feita uma gravação não convencional do show, isto é, meramente um documento mesmo, sem que se soubesse muito bem qual seria o destino do material captado por três câmeras soltas durante as sessões de sábado e de domingo, sem muita pretensão. As fitas ganham muita importância enorme por se tratar de um registro único e valioso do trabalho do Nico. Contudo, só encontrar as fitas perdidas não era suficiente. Era preciso um minucioso trabalho de recuperação, sincronismo e edição. E assim foi feito.

Esse filme é maravilhoso. Foi muita emoção. É um parceiro (Nico) que estava ali na minha frente, vivo, e uma alegria de ver que foram salvas e achadas essas fitas, e que estão disponíveis para as novas gerações. Um músico talentoso, moderno e de futuro“, o músico Claudio Levitan.

No roteiro do show, além da coleção de canções de amor escritas pelo músico em parceria com amigos de talento reconhecido como Antonio Villeroy e Fernando Pezão, arranjadas e produzidas por John Ulhoa (Pato Fu), Nico canta as confirmadas como “Maluco Beleza”, “Ana Júlia” e recordar uma relíquia do Musical Saracura. Ficou por conta do bonequeiro Paulo Balardim a concepção de um boneco que ilustrou uma das cenas mais intimistas do show e que ganhou vida através da manipulação da atriz Carolina Garcia.  O desenho da luz do espetáculo, criação de Osvaldo Perrenot, trabalhou junto com as projeções programadas pela equipe da Zeppelin. Rô Cortinhas cuidou do figurino da banda composta por Luciano Albo (violão de aço/guitarra/vocal), Diego Silveira (bateria/vocal), Ana Paula Freire (contrabaixo acústivo/vocal), Maurício Nader (violão/vocal), Leonardo Boff (teclado/vocal) além de Nico Nicolaiewsky (piano/teclado/vocal).

EQUIPE TÉCNICA

AS FITAS PERDIDAS

NICO NICOLAIEWSKY – DEZ ANOS DE SAUDADES

Direção – José Pedro GoulartProdução Executiva – José Pedro Goulart, Caroline Colpo

Produção – Marilourdes Franarin

Câmera – Marcelo Lima e Zaracla

Manipulação Bonecos – Carolina Garcia

Confecção Bonecos – Paulo Balardim

Direção de Arte/Cenografia – Fiapo Barth

Figurinista – Rô Cortinhas

Edição – Tiago Bortolini

Pós-produção – Estúdio Ely

Colorista – Ely Silva

Projeção – VM Audiovisual

Sonorização – Edu Coelho

Iluminação – Osvaldo Perrenoud e Marguinha Ferreira

Técnico de Apoio – André Hanauer

Projeto Gráfico – Mauro Dorfman

Artes – Henrique Barbosa

Redes Sociais – Fernanda Pertile

Assessoria de Imprensa: C² Comunica – Adriano Cescani

Músicos

Luciano Albo – Violão de aço e vocal

Diego Silveira – Bateria e vocal

Ana Freire – Contrabaixo acústico e vocal

Leonardo Boff – Teclados

Mauricio Nader – Guitarra e vocal

SERVIÇO

O QUE: Onde Está o Amor  – As Fitas Perdidas

DATA:  28 de março

HORÁRIO:  20h

LOCAL:  Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n°) 51 32275100

ENTRADA FRANCA:  os ingressos poderão ser retirados na recepção do Multipalco , a partir do dia 14 de março, das 10h às 18h

 

Exposição Manifesto Antifeminicídio, da artista visual Graça Craidy, celebra o Dia Internacional da Mulher

Quem circular pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul nesta semana, marcada pelo Dia Internacional da Mulher (8), deparará com um Manifesto Antifeminicídio, em forma de arte, exposto pela artista visual Graça Craidy no Espaço Carlos Santos, principal acesso à Casa Parlamentar.

O Manifesto Antifeminicídio é composto de seis imagens produzidas pela artista para denunciar a incidência de crimes fatais cometidos por maridos, companheiros e namorados contra mulheres com quem se relacionam. Quatro obras retratam noivas mortas, figuras femininas fúnebres que vestem véu e grinalda e carregam buquê de flores nas mãos. A mostra é completada por duas pinturas de mulheres que gritam de pavor.

A montagem dos trabalhos foi concluída no final da tarde de segunda-feira, e a mostra permanece no local até sexta-feira (8). A inauguração oficial será nesta quarta (6), às 13h. Quatro deputadas apoiam a realização da exposição na Assembleia: Stela Farias (PT), pela Força Tarefa de Combate aos Feminicídios do RS, vinculada à Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado; Sofia Cavedon (PT), pela Comissão de Educação; Patrícia Alba (MDB), pela Procuradoria da Mulher; e Laura Sito (PT), pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos.

A artista Graça Craidy desenvolve essa linha de expressão na sua arte desde 2015. Ela conta que escolheu pintar o tema “noivas” para alertar, pois “é no contexto do casamento que a violência maior acontece. A maioria dos feminicidas é marido ou ex-companheiro, então, cuidado com quem tu casas, cuidado com o amor cego! Ensina tuas filhas a não se relacionar com homens violentos, potencialmente agressores e até assassinos,” adverte ela.

A exposição exibe o Manifesto Antifeminicídio escrito pela própria artista em um banner e em panfletos distribuídos no local:

“Parem de matar nossas mulheres. Parem de matar nossas mães. Parem de matar nossas avós, irmãs, tias, primas, amigas. Parem de nos matar. Nós não somos suas propriedades. Nós não somos suas escravas. Nós não somos suas inferiores. Está na Constituição. Somos iguais aos homens. Mesmos direitos. Mesmos deveres. Não, não e não, homem, você não é a cabeça da mulher. Toda mulher tem a sua própria cabeça. É autônoma. Livre. Dona do seu nariz. Do seu corpo. Quer que a sua mulher fique com você? Faça por merecer. Ninguém vai embora de onde existe amor, respeito, lealdade. Reconstruir a vida com outras pessoas pode ser a melhor saída para a felicidade de um casal que não vive bem. E para seus filhos também. Aceite. Amor não é obrigação. Amor é colheita”.

 SERVIÇO

Manifesto Antifeminicídio

O QUÊ: Exposição com obras da artista Graça Craidy

ONDE: Espaço Carlos Santos, térreo da Assembleia Legislativa do RS

Praça Marechal Deodoro 101 (Praça da Matriz)

Centro Histórico

QUANDO: de 4 a 8 de março de 2024

Abertura oficial: 6 de março, às 13h.

Visitação: até 8 de março

Horário: das 8h30 às 18h.

Elisa Lucinda mostra “Ensaio para uma ideia”, espetáculo que reúne poemas e canções

A partir das 20h, no espaço Cultural 512, a autora recebe o público e aproveita para autografar seus livros após a apresentação. A entrada é franca

Segundo o material de divulgação “Ensaio para uma ideia” reúne poemas e canções que brotam espontaneamente no coração da artista, cantora, autora, compositora, atriz, poeta, diretora e dramaturga que, surfando em sua experiente carreira e apoiada nos próprios talentos, nos oferece uma gama de recursos cênicos como intérprete, excelente narradora e profunda conhecedora da palavra poética. Elisa Lucinda, durante a apresentação de 1h30min, encantará o público com seu arsenal de benignas palavras que levam ao choro e ao riso com muita facilidade. É uma maestrina.

A multiartista, autora de 19 livros publicados e detentora de importantes premiações literárias e cênicas, envolve com sua conversa íntima, bem-humorada, de inteligência rápida e precisa presença de espírito, enquanto desfila suas histórias, poemas (dela e de outros poetas), entre canções de arrepiar os presentes. Tal qual uma Sherazade, Elisa Lucinda conquista com sua coragem e sua expertise em contar histórias, viver histórias, e em elaborar sua vida e a nossa através das lições destas histórias.

Ensaio para uma ideia ativa nossa potência, nos lembra dos nossos dons e nos provoca. Nos tira da zona de conforto para entrarmos num ativismo de esperança prática, que não permite que nos desperdicemos. Temos muitos recursos humanos e operamos, a nível de intensidade, no sub aproveitamento deles. Podemos mais. Chega de anestesias. Chega de friezas. Chega de falta de empatias. Afinal, falar e viver são improvisações. O espetáculo faz uma convocação para que com as joias do próprio tesouro humano, que são os sentimentos, possamos melhorar o mundo. Oxalá, que a breve turnê de Ensaio para uma ideia nos encontre preparados.

“Tenho nutrido, nesses últimos anos, a vontade de fazer um espetáculo totalmente improvisado, feito na hora, com um roteiro assinado por meu coração, nos moldes que eu já faço nas minhas palestras-shows pelo país. Só que dessa vez, a ideia é que cada um tenha um rio, um curso para onde seguir, de modo intuitivo, sem tema pré-definido por ninguém, a não ser por ele mesmo, o rio da minha alma e do meu coração. Considerando o acervo poético e memorial que eu trago, as músicas que também trago em minha memória do cancioneiro popular, vi que havia um campo vasto para realizar vários espetáculos sem repetir nem poema, nem ideia, não necessariamente. Mas sem precisar repetir. Portanto, o Ensaio para uma ideia é a gênesis desse espetáculo sonhado”, afirma Elisa Lucinda.

Ensaio para uma ideia terá única apresentação em Porto Alegre, dia 7 de março, seguido de autógrafos de Parem de falar mal da rotina e de Quem me leva para passear, no Espaço Cultural 512 (Rua João Alfredo, 512) a partir das 20h.

Quem é

Elisa Lucinda é poeta, atriz, intérprete, jornalista e professora. Tem publicados 19 livros. Entre poesia e prosa: O semelhante, Eu te amo e suas estreias, A fúria da beleza, Vozes Guardadas, além dos romances O cavaleiro de nada, uma autobiografia de Fernando Pessoa finalista do prêmio São Paulo de Literatura em 2015, e a coleção O Pensamento de Edite, onde Quem me leva para passear, 2º livro da coleção, foi indicado ao Prêmio Jabuti 2022 na categoria Romance de Entretenimento. É também autora da coleção infantil Amigo Oculto, pela qual ganhou o prêmio Altamente Recomendável da FNLIJ. Através da Casa Poema, instituição cultural em sociedade com a atriz Geovana Pires, a multiartista desenvolve projetos que popularizam a poesia para todas as idades, como “Versos de liberdade” que ensina a palavra poética aos jovens que cumprem medidas socioeducativas, além de cursos de poesia falada para professores e profissionais de áreas diversas. Vencedora do Prêmio Especial do Júri do Festival de Cinema de Gramado, pelo conjunto da obra no ano de 2020. No ano seguinte, a atriz e escritora tomou posse na Academia Brasileira de Cultura, ocupando a cadeira de Olavo Bilac, figurando entre nomes como: Zeca Pagodinho, Elza Soares, Christiane Torloni, Ana Botafogo, Carlinhos de Jesus, entre outros. O espetáculo que deu origem ao livro Parem de falar mal da rotina, que em 2023 recebeu uma edição revisada, completou duas décadas na estrada com milhões de espectadores e leitores, fervorosos fãs e seguidores das inspiradas ideias dessa artista. Em janeiro de 2023 estreou a novela das 19h, Vai na Fé, onde Lucinda viveu a personagem Marlene, na rede Globo.

SERVIÇO

Ensaio para uma ideia – Elisa Lucinda

Dia 7 de março, 20h

Espaço Cultural 512 – Rua João Alfredo, 512. Cidade Baixa

Entrada franca

Teatro, dança, poesia e show musical no espetáculo “Nós- performance”

Contando com um elenco de mais de 30 artistas, executando uma série de cenas que reúnem desde teatro, dança e poesia até show musical, o espetáculo NÓS – Performance teatral é uma das atrações que representam a diversidade da programação do 25º Festival Porto Verão Alegre. A montagem, dirigida por Everson Silva, terá sessões às 20h30min dos dias 01 e 02 de fevereiro (quinta e sexta-feira), no Teatro Renascença (Av. Érico Veríssimo, 307). 

Nós -performance. Foto: Adriana Marchior/ Divulgação

Os ingressos podem ser adquiridos no site do evento ou em pontos de venda físicos, localizados na recepção da Casa de Cultura Mario Quintana e no Praia de Belas Shopping. Também haverá venda de ingressos, a partir de uma hora antes das apresentações, nas bilheterias dos teatros – neste caso, somente se restarem lugares disponíveis.

Everson Silva_ator e diretor do espetáculo Nós Foto: Jean Pierre Kruze/ Divulgação

Utilizando o corpo coletivo e diverso como cenário e como impulsionador das cenas que falam sobre o “existir entre nós”, a montagem NÓS – Performance teatral se apresenta como um caleidoscópio de encontros de memórias, desejos e sentimentos – vivenciados e revisitados pelos artistas com seus corpos e suas vozes –, que surgem de forma fragmentada. Nesse lugar que dá origem à experimentação cênica sobre “nós”, artistas e plateia, um grande grupo de pessoas se encontra em cena, calçando seus sapatos que estão no chão do palco, vestindo, assim, suas personagens. 

o elenco e o diretor de Nós performance. Foto: Fábio Zambon/ Divulgação

O processo de construção da performance foi calcado no trabalho com as emoções do elenco, transformando em cena suas habilidades artísticas, seus repertórios e desassossegos, através de uma metodologia de experimentação que permite a emergência do imaginário.

O figurino vermelho, que compõe a cenografia, é como o sangue que bombeia as veias do corpo, a intenção de significar a vida pulsando através da arte. A performance se expande com as participações especiais de quatro artistas convidados locais (a atriz e percussionista Nina Fola, a atriz e produtora Silvia Duarte, a atriz, diretora, e escritora Jussara Gaspar e o cantor Daniel Debiagi), com o intuito de apresentar trabalhos relevantes e prestigiar personalidades da cena cultural.

Ficha técnica  

Direção/criação: Everson Silva

Texto e dramaturgia: Nós Cia. de Teatro, citações de Fernanda Bastos, Caio Fernando Abreu, Ana Martins Marques, Paul Éluard, Miguel Poveda, Augusto Branco.

Composição: Dança, Teatro, Música, Poesia.

Produção: Kacau Soares 

Operador de som: Pedro dos Santos 

Fotos: Fábio Zambon 

 

Sobre a Nós – Cia. de Teatro: reúne artistas que pesquisam teatro e realizam obras com o objetivo de aprofundar o estudo sobre a linguagem cênica e gerar novas experiências para o grupo e para o público. Capitaneada pelo ator e diretor Everson Silva, a companhia produziu – ao longo de 16 anos – 11 espetáculos, que são a expressão das inquietações dos artistas envolvidos.

 

Lu Barros celebra 25 anos de carreira com o show “Banho de Amar”, no Ocidente

“Banho de Amar” é um show autoral que celebra os 25 anos da carreira artística de Lu Barros. Trata-se de uma viagem musical que parte da imensidão azul do mar rumo ao infinito sentir humano, passando pelo cotidiano, profundo ou raso, de Amar.

Tem direção musical de Claudio Veiga, multi instrumentista que promove as releituras rítmicas variadas pretendidas para as composições da artista, contando com Filipe Narcizo no contrabaixo, Cesar Audi na bateria, e intervenções de Elaine Regina, com libras, performances e vocais.

Lu Barros agrega à música, em todas as apresentações, artes variadas em participações de convidados muito especiais. Nesta edição “reveillon”, traz Carla Menegaz e Laco Guimarães (rezo e dança), Ester Fabiana (pintura ao vivo), Mario Pirata (poesia), Susie Prunes (cerâmica), além de DJ Kafu, Lico Silveira, Mariana Stedele, Pramit e Sirilo da Fusão com intervenções musicais. Após o show, segue a confraternização com o DJ da casa.

SERVIÇO:
“Banho de Amar” – show autoral de Lu Barros & convidados.
Dia: 25 de Janeiro,

Hora: às 21h30min,
Local:  Ocidente Bar
Ingressos: via Sympla

Coro Júlio Kunz canta “Serenata entre luas e estrelas” no festival Porto Verão Alegre

O Coro Júlio Kunz de Novo Hamburgo celebra seu 136º aniversário em 2024 com o espetáculo “Serenata – Entre a Lua e as Estrelas”, fazendo parte das atrações do Porto Verão Alegre, nos dias 6 e 7 de fevereiro no Teatro Renascença.

O Coro Júlio Kunz tem um legado significativo: Fundado em 1888 sob o nome Gesangverein Frohsinn e integrado à Sociedade Aliança desde a fundação do Clube, o coro tem sido uma presença constante e ativa na preservação do patrimônio cultural imaterial do Canto Coral.

O material de divulgação explica , “O Coro Júlio Kunz tem o prazer de apresentar o musical “Serenata – Entre a Lua e as Estrelas” neste evento clássico de verão em Porto Alegre e vai apresentar ao público uma seleção especial de músicas brasileiras.

Coro Julio Kunz em apresentação. Foto:Divulgação

O Coro – sob a direção artística de Volmir Adolfo Jung e a preparação vocal de Regina Schaumloffel – que, desde sua estreia nos palcos, já encantou grande público lotando todas as apresentações, traz uma celebração única, potente e vibrante que promete proporcionar uma experiência inesquecível.

Junte-se a nós e descubra o poder do Canto Coral em sua forma mais inspiradora e emocionante.

Vamos derreter corações nesse Porto Verão Alegre.”

https://ingressos.portoveraoalegre.com.br

SERVIÇO

6 e 7 de Fevereiro às 20h30

Teatro Renascença

Avenida Érico Verissimo, 307

Bairro Menino Deus – Porto Alegre/RS

Nas redes sociais:

Facebook corojuliokunz

Instagram @corojuliokunz

YouTube Coro Julio Kunz

Dois cantores gaúchos estão no elenco de musical da Broadway no Brasil

 

Pedro Coppeti e Débora Neto estão no elenco de Into the Woods – Pela Floresta, primeiro espetáculo da Broadway apresentado no sul do País.

Depois de se apresentar em um concerto da Broadway, nos Estados Unidos, o gaúcho Pedro Coppeti vai ser um dos protagonistas do primeiro musical da Broadway encenado no sul do Brasil.  Ao lado da também gaúcha Débora Neto, Coppeti integra o elenco de Into the Woods – Pela Floresta, que estará em cartaz nos dias 26, 27, 28, 30 e 31 de janeiro, no Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis.

O convite partiu do diretor do espetáculo Rodrigo Marques, que conheceu Coppeti, em 2015, quando o dirigiu no musical Let’s Broadway, em Nova York. “Após a minha primeira apresentação no show, ele me convidou para fazer parte do elenco permanente da Marquee Productions USA – produtora dele. Agora, com sede física também em Florianópolis, a Marquee Productions está produzindo espetáculos em território nacional.

Quando o Rodrigo decidiu trazer o Into The Woods, o primeiro espetáculo licenciado pela Musical Theatre International (a Broadway) no sul do Brasil, com o subtítulo Pela Floresta, ele me perguntou se eu tinha interesse em fazer parte do elenco principal, interpretando o Príncipe da Rapunzel. Eu aceitei na hora! Sempre adorei trabalhar com ele”, destaca o cantor, que também indicou Débora Neto, que já foi sua aluna de canto, para participar das audições.

Para Marques, Pedro é o tipo de artista que todo diretor ama dirigir. “Pedro é um ator extremamente destemido, sempre preparado e disposto a arriscar. Artistas têm medo de arriscar, o que torna o produto final algo extremamente quadrado e sem graça. Pedro é o oposto, sua vontade de sempre evoluir e ir além transforma a sala de ensaio e não só eleva o padrão do espetáculo mas também influencia seus colegas a se permitirem brincar mais e mergulhar de cabeça no processo sem medos”, reconhece o diretor. “Nós precisávamos de alguém que estivesse pronto pra atuar ao lado da lenda do teatro musical brasileiro Saulo Vasconcelos e não houve dúvida que o Pedro era esse artista”, complementou. Uma das estrelas do elenco, Vasconcelos vai interpretar o Lobo e o Príncipe da Cinderela e é reconhecido por atuar em grandes espetáculos musicais como O Fantasma da Ópera.

Pedro Coppeti em apresentação ao lado do pianista Asafe Rodrigues no Natal Luz – Foto: Cleiton Thiele/ Divulgação

O nome de Pedro Coppeti ganhou destaque nacional após sua apresentação no Broadway by The Year, em Nova York, em 2022. Cerca de 1.500 pessoas prestigiaram o evento. No ano passado, o cantor retornou ao Brasil e foi convidado pela terceira vez a estrelar como solista no Natal Luz de Gramado, que encerrou a temporada no início de janeiro.

Natural de Iraí, no interior do Rio Grande do Sul, Coppeti estudou Música com ênfase em Canto na UFRGS e, antes de se formar, recebeu uma bolsa e se graduou na American Musical and Dramatic Academy (AMDA) em Teatro Musical, uma das mais conceituadas escolas de dramaturgia do mundo. Em sua trajetória, o artista foi o solista principal do Natal Luz de Gramado e se apresentou no espetáculo Chimango, com a OSPA, e no Concertos Comunitários Zaffari, entre outros trabalhos no Brasil. Também esteve em alguns dos mais renomados palcos de musicais dos Estados Unidos, como o Town Hall, o Lincoln Center e o The Carnegie Hall.

Débora Neto

A cantora Débora Neto foi convidada a participar das audições para o espetáculo Into the Wood – Pela Floresta, e foi selecionada para interpretar a madrasta. Débora Neto, de 27 anos, estuda música desde os 2 e começou a cantar profissionalmente aos 7 anos. Em 2012, participou do Reality Show Ídolos, da Rede Record, ficando entre os 20 melhores cantores do RS e os 60 melhores do Brasil.  Atualmente, além de cantora, é aatriz, professora de canto, dubladora, bailarina no Ballet Vera Bublitz, diretora da Bublitiz Academia de Musicais e integra o grupo acappella Voice In, que foi atração do Rock in Rio 2019.

Sinopse

“Into the Woods – Pela Floresta” conta a história de um casal que tenta de maneira desesperada quebrar uma maldição lançada por uma bruxa que os impede de ter filhos. A dupla sai pela floresta em busca de objetos mágicos que podem ajudar a quebrar o encanto. No caminho, encontram personagens muito conhecidos dos clássicos contos de fadas como Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel e João (de João e o Pé de Feijão), que, assim como o casal, também estão no bosque em busca de algo importante para si.

Ficha Técnica
Direção Geral: Rodrigo Marques
Assistente de Direção: Jamil Vigano
Direção Vocal: Nick Scalzo
Direção Musical: Jefferson Della Rocca
Pianista Condutora: Ashley Grace Ryan – vinda de Nova York, exclusivamente para trabalhar no espetáculo
Orquestra: Camerata Florianópolis

 

“Escuta silenciosa: ruídos da natureza” é tema da mostra de Márcia Rosa na Galeria 506

Doutora em artes visuais pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas/SP), uma das principais do país, a artista gaúcha Márcia Rosa mostrará em Porto Alegre, pela primeira vez, a exposição “Escuta silenciosa: ruídos da natureza”. A abertura será no dia 24/01 (quarta-feira), às 18h, na Galeria 506 (Avenida Nova York, 506, bairro Auxiliadora). A visitação irá até 29 de fevereiro, com entrada gratuita.

A produção artística de Márcia, cujo mestrado foi feito na Faculdade Santa Marcelina, na capital paulista, tem as plantas, as flores, a terra, a natureza, enfim, como principal fonte. Preocupada com a questão ambiental, na mostra ela apresenta plantas do Bioma Pampa ameaçadas de extinção, como forma de chamar a atenção para o problema. Estão entre as plantas sob ameaça, por exemplo, as ervas conhecidas popularmente como gravatazinha (Dyckia remotiflora) e jalap escarlate (Mandevilla coccínea). “Tenho esperança na recuperação dessas e de outras plantas. A preservação é um tema urgente”, defende ela.

 TÉCNICA MILENAR

Composta por obras de grande formato, a exposição abriga trabalhos produzidos em diferentes técnicas, como washi-ê, pastel seco, monotipias e um vídeo. Washi é um tipo de papel produzido artesanalmente no Japão em diferentes texturas, cores, tonalidades, a partir do qual a artista engendra suas colagens.

“É um trabalho demorado rasgar, recortar, desfiar, dobrar, sobrepor, justapor e colar o papel para compor um desenho. Mas é um processo muito gostoso”, diz Márcia, lembrando que o milenar papel japonês foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2014.

A especialista em arte botânica é admiradora da cultura japonesa e já fez cursos sobre a técnica washi-ê na Aliança Cultural Brasil-Japão (SP), com a professora Luíza Okubo, sansei que busca conhecimento diretamente com mestres no país do Oriente.

Outro sinal de identificação da artista com a cultura nipônica é o fato de Márcia assinar seus quadros com as iniciais MR em formato alusivo a um ideograma japonês que significa “Guerreira”.

Na opinião das curadoras da exposição, Fabiane Machado e Lurdi Blauth, a artista porto-alegrense “penetra a natureza como uma forma de perceber o mundo em profundidade, simultaneamente em que é tocada por ele, nos sensibiliza poeticamente. Seus trabalhos revelam sutilezas e nuances de cores que prendem e instigam o olhar do espectador”.

   

SERVIÇO

Exposição “Escuta silenciosa: ruídos da natureza”

Vernissage: 24/01 (quarta-feira)

Horário: 18h

Visitação: de 25 de janeiro a 29 de fevereiro

De segunda a sexta, das 13h às 19h

Visitas podem ser agendadas pelo fone/whats 51 9 8209 3526

Entrada gratuita

Galeria 506 – Rua Nova York, 506, Auxiliadora, Porto Alegre

–Fotos das obras: Rosana Almendares/Divulgação

Foto da artista: Wanderley Oliveira/ Divulgação

Street Expo Photo é atração no Pier do Gasômetro até final de fevereiro

Mesmo com a tempestade que assolou Porto Alegre nessa terça-feira, nenhum dano ocorreu na área expositiva e a mostra prossegue até final de fevereiro.

     A 6ª Street Expo Photo reúne imagens de 90 fotógrafos de diversos estados do Brasil e países da Europa, até o dia 29 de fevereiro, no Pier da Usina do Gasômetro. O designer gráfico, produtor cultural e fotógrafo Marcos Monteiro assina a curadoria e coordenação geral da exposição, que tem a curadoria adjunta do consagrado fotógrafo paulistano Marcos Varanda. Em 2023 o evento homenageia o grande mestre da fotografia gaúcha, Luiz Carlos Felizardo, considerado pela Funarte um dos maiores fotógrafos brasileiros paisagistas de todos os tempos, sendo referência na fotografia gaúcha.

Pier Usina Gasômetro foto Marcos Monteiro./ Divulgação

A coletiva é composta por 16 grandes painéis de mestres como Walter Firmo, Adriano ChamaNaLente, Penna Preara, Betina Samaia, Claudio Edinger, Luiz Garrido, Paula Sampaio, Paulo Vital, Raphael Alves, Wania Corredo, Biazzetto Neto e muitos outros, que são ícones da arte da fotografia.

Street Expo Photo 2023 – foto Claudio Edinger/ Divulgação

Há também trabalhos de fotógrafos amadores, profissionais e iniciantes, trazendo mais visibilidade para a interminável paixão do desenhar com luz e sombra. Do Rio Grande do Sul, mostram seus trabalhos Nina Pulita, André Seligman, Nilton Santolin, Guto Gutemberg, Heloiza Averbuck, Jurandréia Silveira, Jorge Neumann, Douglas Fischer, Daisson Flach e Sérgio de Paula Ramos, entre outros.

Street Expo Photo 2023 – foto Paulo Vitale./ Divulgação

De São Paulo, Carlos Sadao, Sônia Amorim e Leon Santos; do Rio de Janeiro, Márcio Pinto; de Recife, Ismael Holanda; de Roraima, Tatiana Capaverdi; de Manaus, Raphael Alves e de Curitiba, Nilo Biazzetto, só para citar alguns nomes. Tem ainda representantes da Bahia e Minas Gerais e do exterior, da França e Portugal.

Street Expo Photo 2023 – Carlos Sadao/ Divulgação

Realizada pela primeira vez no Pier da Usina do Gasômetro, a mostra ocupava a Galeria Escadaria, criada em 2021 no Viaduto da Borges de Medeiros. Mudou de local em  virtude das obras de restauração, passando a ocupar um dos pontos mais concorridos da capital gaúcha, de frente ao pôr do sol do Guaíba. Ao alcance de todos, a nova galeria a ceu aberto da cidade foi inaugurada no último dia 30 de setembro, com a mostra “ANI+”, que registrou a vida selvagem na ótica de quatro fotógrafos.

Street Expo Photo 2023 – foto Marco Resende.jpg/ Divulgação

”Misturamos técnica e talento, inspiração e transpiração, gerando um imenso e diverso caleidoscópio de imagens, que está à disposição de todos, para ser percorrido com paixão, dúvidas, perplexidade e surpresa, que certamente serão capazes de despertar lembranças, insights e acima de tudo emoções”, diz Marcos Monteiro.

Street Expo Photo 2023 – Maristela Padilha/ Divulgação

Exposição “Street Expo Photo”:

Abertura: De 9 de dezembro até 29 de fevereiro,

Local: Pier da Usina do Gasômetro

Visitação: Diária, 24h.

Contato: Com o curador, Marcos Monteiro, pelo whatsapp (51) 9935-0608 ou e-mail marcosmonteiroprojetos@gmail.com.

Entrada franca.

Street Expo Photo 2023 – Walter Firmo -fotografado Cartola./ Divulgação