Taxa de desocupação de 7,5% é a menor desde 2015

A taxa de desocupação de 7,5% no trimestre encerrado em novembro de 2023 variou -0,2 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de junho a agosto de 2023 (7,8%) e caiu 0,5 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2022 (8,1%). Foi a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (7,5%), conforme Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população desocupada (8,2 milhões) ficou estável no trimestre e recuou 6,2% (menos 539 mil pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015 (8,15 milhões). A população ocupada chegou a 100,5 milhões, novo recorde da série histórica, cresceu 0,9% no trimestre (mais 853 mil pessoas) e 0,8% (mais 815 mil pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,4%, variando 0,4 p.p. na comparação trimestral (57,0%) e mantendo-se estável no ano.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) foi de 37,7 milhões, com alta de 1,4% (mais 515 mil) no trimestre e de 2,5% (mais 935 mil) no ano. Foi o segundo maior contingente desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012, atrás apenas de junho de 2014 (37,8 milhões). Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) foi o maior da série, apesar de ficar estável no trimestre e no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões de pessoas) também ficou estável frente ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas).

A taxa de informalidade foi de 39,2% da população ocupada (ou 39,4 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1% no trimestre anterior e 38,9% no mesmo trimestre de 2022.

O rendimento real habitual (R$ 3.034) cresceu 2,3% no trimestre e 3,8% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 300,2 bilhões) atingiu um novo recorde, crescendo 3,2% frente ao trimestre anterior e subindo 4,8% na comparação anual.

No trimestre móvel de setembro a novembro de 2023, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 108,7 milhões de pessoas, crescendo 0,6% (mais 645 mil pessoas) frente ao trimestre de junho a agosto de 2023 e ficando estável no ano.

Frente ao trimestre de setembro a novembro de 2022, houve alta em: Transporte, armazenagem e correio (4,3%, ou mais 228 mil pessoas), Alojamento e alimentação (4,0%, ou mais 207 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,0%, ou mais 486 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,3%, ou mais 403 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-4,3%, ou menos 365 mil pessoas).