Organizações da sociedade civil críticas ao modelo de revitalização proposto para o Cais Mauá – com shopping center, torres comerciais e estacionamento para 5 mil automóveis – estão convocando um abraço aos armazéns no sábado, 23 de abril, às 16 horas.
Na página do facebook que chama para a ação, os ativistas argumentam que a mobilização é necessária para preservar o patrimônio público, a exemplo do que foi feito nos anos 50, com o Parcão, nos 70, com o Mercado Público, e nos 90, com a Usina do Gasômetro.
“A bola da vez é o Cais Mauá. E nossa geração não vai permitir que o maior símbolo de Porto Alegre seja privatizado e desfigurado, com a construção de espigões, shopping e megaestacionamentos”, justifica o texto.
Leia o Dossiê Cais Mauá do Jornal JÁ
Revitalização desafia governos há três décadas
Licitação teve um único concorrente
Mudanças acionárias movimentam milhões
Há uma preocupação especialmente com a demolição do armazém A7, que não é tombado e deverá ser posto abaixo assim que a licença de instalação for liberada pela Secretaria de Urbanismo (Smurb), que entretanto, trabalha para alterar alguns pontos do projeto.
O local onde hoje está o edifício – que não possui características construtivas iguais às dos demais, como as estruturas em ferro, porém compartilha o mesmo desenho – está projetado o shopping center que se estenderá até a Usina do Gasômetro.
O abraço está marcado para às 17h, mas a concentração inicia às 15h, na Sepúlveda, entre os edifícios do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) e o Memorial. Vai ter música e apresentações artísticas.
Se chover o evento será transferido para o dia seguinte.
Movimentos convocam abraço ao Cais Mauá para frear demolições

Preocupação é, sobretudo, com o A7 (d), que não é tombado | Tânia Meinerz/JÁ
Que lixo, estão impedindo milhares de empregos de serem criados. Por que??