A visão do Quarto Distrito e adjacências do Bairro Humaitá é alarmante, ainda mais por ser apenas um dos pontos da cidade nas mesmas condições. É um cenário pós-enchente estagnado. Grande quantidade de água continua acumulada no rebaixamento de acesso à Rua Voluntários da Pátria, nas imediações da Igreja dos Navegantes. A área está coberta de água escura e fétida desde início de maio, quando começou a enchente histórica. No gradil de concreto, muito lixo pendurado. O local tornou-se foco de proliferação de insetos, além de concentrar água contaminada pela urina de roedores.
A situação revela que a cidade não estava preparada para enfrentar tantas ocorrências simultâneas, mesmo com 1.040 garis, 477 equipamentos para remoção de lixo e de entulho – caminhões, retroescavadeiras, mais 1,5 mil pessoas contratadas e incontáveis voluntários.
É uma de várias regiões da cidade, muitas bem próximas do centro, que enfrentam um tormento interminável, onde continua impedido o trânsito de veículos e também do metrô de superfície, que não circula desde a Estação Mercado Público.
Nei Rafael Filho,
DE PORTO ALEGRE,
PARA O JÁ.
