Foi instalada na quarta-feira (27/02) a CPI da Ponte Hercílio Luz, que vai investigar os gastos com a reforma do “Cartão Postal de Florianópolis”.
A obra já se arrasta por 28 anos e consumiu R$ 764 milhões dos cofres públicos.
Dezoito alterações entre contratos e aditivos já ocorreram, com troca de empresas e mudança de projeto.
A ponte foi interditada em 1982, reaberta para pedestres e bicicletas em 1986 e fechada definitivamente em 1991, para reforma.
A reforma, porém, só começou 14 anos depois e, neste ano, a ponte vai completar 15 anos em obras, com diversas paralisações e trocas de empresas.
Em março de 2016, uma nova empresa, o Grupo Teixeira Duarte, assumiu a obra comprometendo-se com um prazo de 30 meses e conclusão no segundo semestre de 2018.
Num seminário quinta-feira na Assembléia, o engenheiro responsável pela obra, Wenceslau Diotallevi, disse que a ponte está pronta.
O que falta decidir agora é qual vai ser o uso dela: está em condições de receber qualquer tipo de veículo (“o que passa na ponte de Laguna passa na Hercilio Luz”, disse o engenheiro. Mas há movimentos comunitários que defendem que a ponte integre uma rota turística, para pedestres, ciclistas e veículos leves.
O deputado Marcos Vieira (PSDB) foi eleito para a presidência da CPI e relator será Bruno Souza (PSB), que propôs a CPI.
A comissão tem nove deputados indicados pelos partidos e blocos: Fernando Krelling e Jerry Comper (MDB); Jessé Lopes e Sargento Lima (PSL), indicados pelo Bloco Social Liberal (PR e PSL); Marcos Vieira (PSDB) e Kennedy Nunes (PSD), indicados pelo Bloco Social Democrático (PSD, PDT, PSDB e PSC); João Amin (PP) e Bruno Souza (PSB), indicados pelo Bloco PP-PSB-PRB-PV, e Luciane Carminatti (PT).