Os hospitais de Porto Alegre vivem o que a secretária da Saúde, Arita Bergman, definiu como “situação de guerra”, com emergências e UTIs superlotadas, pacientes em macas pelos corredores e até no chão, como se podia ver nesta segunda-feira no Hospital Nossa Senhora da Conceição.
O colapso da rede hospitalar da região metropolitana tem como causa principal a falta de investimentos ao longo dos últimos anos e foi agravado pela enchente do ano passado que atingiu hospitais em várias cidades.
O aumento exponencial de doenças respiratórias com a chegada do inverno completou o quadro de colapso na saúde pública na capital do Estado.
Quase cinco mil internações foram registradas pela Secretaria de Saúde este ano, com 66 mortes já contabilizadas.
Para agravar o quadro, já dramático, uma guerra política se acirra entre os governos estadual e federal com a proximidade das eleições e 2026.
Nesta terça-feira, em reunião de emergência com prefeitos e representantes do setor de saúde, o presidente do Grupo Hospitalar Conceição, Gilberto Barichello, apresentou proposta de usar o dinheiro do Fundo de Reconstrução do Rio Grande. O fundo tem recursos do governo federal no total de R$ 1,5 bilhão e é gerido pelo governo Estadual. Um grupo de trabalho com representantes dos prefeitos da região metropolitana e dos setores de saúde está detalhado a proposta.
Uma nova reunião nesta quarta-feira vai definir a proposta.
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