Quem anda por qualquer um dos 19 bairros de Porto Alegre, atendidos pela “Coleta Automatizada de Resíduos Orgânicos e Rejeito”, conhece bem a cena: o contêiner aberto e o lixo todo espalhado pela calçada.

A falta de uma campanha educativa, a população que não separa os lixos, os catadores que reviram os contêiners – são vários fatores que explicam, mas o certo é que o sistema implantado em julho de 2011 e duplicado em 2016, nunca funcionou direito. E mais do que nunca está na hora de ser debatido.
Começou com a instalação de 1.200 contêineres em cinco bairros inteiros (Bom Fim, Centro Histórico, Cidade Baixa, Farroupilha e Independência) e em partes de outros oito bairros (Azenha, Floresta, Menino Deus, Moinhos de Vento, Praia de Belas, Rio Branco, Santana e Santa Cecília).
Entre janeiro e março de 2016, foi realizado o processo de duplicação do número de contêineres na cidade.
Assim, atualmente, Porto Alegre conta com 2.400 contêineres nos bairros mais centrais da Capital. O serviço está disponível para 19 bairros, sendo 12 com atendimento integral.
Os contêineres permitem que a população descarte seu lixo a qualquer momento (24 horas) diz o DMLU. Mas é só o lixo orgânico que deveria ser descartado no contêiner, o que não é entendido pela maioria.
Bairros atendidos totalmente – Auxiliadora, Bom Fim, Bela Vista, Centro Histórico, Cidade Baixa, Farroupilha, Higienópolis, Independência, Moinhos de Vento, Mont’Serrat, Praia de Belas e Rio Branco.
Bairros atendidos parcialmente – Azenha, Floresta, Petrópolis, Menino Deus, Santa Cecília, Santana e São João.
Resíduos que devem ser colocados nos contêineres (basicamente orgânicos): cascas e restos de frutas e legumes, sobras de comida, papel higiênico e fraldas descartáveis usados, guardanapo e toalha de papel sujos, plantas, restos de podas e varrição, pó de café e erva-mate.
Mas o que mais se encontra é cartão, madeira, plástico, latas, que deveriam ser descartados na coleta seletiva, que é outro tema fundamental, que também ainda não chegou ao debate eleitoral.

