Projeto premiado na Bienal Internacional de Arquitetura propõe passeio elevado sobre o Muro da Mauá

Um passeio ajardinado, com ciclovias e recantos para contemplação, correndo por cima do muro que separa o Cais Mauá do centro histórico de Porto Alegre.

Esse é o projeto que quatro alunos da Faculdade de Arquitetura da UFRGS apresentaram à 14a. Bienal Internacional de Arquitetura, que se realizou em São Paulo em outubro.

Selecionado entre mais de 130 trabalhos inscritos, foi um dos 30 projetos (15 de outros países ) expostos na Bienal e um dos dois premiados com Menção Honrosa (o outro foi de alunos da arquitetura da Universidade de Santa Catarina).

O tema da Bienal era o desafio da arquitetura diante das mudanças climáticas e a necessidade de  tornar as cidades mais resistentes e resilientes frente aos extremos do clima.

Os autores do projeto: Caroline Jan, Guilherme Staub e Fabiane Calistro.
Os autores do projeto:: Fabiane Calistro. Caroline Jan,  Yan Kruchin e Guilherme Staub 

“Escolhemos o muro porque ele chegou ser chamado o muro da vergonha e, afinal, com a enchente de 2024, foi o que evitou uma tragédia maior. Então, pensamos numa solução capaz de integrá-lo à paisagem urbana e ao mesmo tempo amenizar a separação entre a cidade e o Guaiba”, diz Yan Kruchin, um dos autores do projeto, junto com Caroline Jan, Guilherme Staub e Fabiane Calistro.

Eles desenvolveram o projeto sob orientação das Profas. Dras. Maria Paula Recena e Maria Peixoto.

O projeto prevê uma plataforma de 10 metros de largura e 1,2 km de comprimento, com uma estrutura de madeira engenheirada, que é leve e resistente.

Eles se inspiraram na High Line, a antiga linha ferroviária elevada junto ao Porto de Nova York que foi desativada e, depois, transformada num parque linear de 2,5 km, que atraiu para o entorno grandes projetos arquitetônicos e contribuiu para a revitalização de uma região degradada, tornando-se um polo de atração para os milhões de turistas que visitam a cidade.

A High Line de Nova York foi a inspiração

O apoio do IAB/RS viabilizou a inscrição. Os autores bancaram os demais custos da produção.