Eleições 2024: em semana de convenções, 22 partidos definem seus candidatos e seus aliados

Com a definição do Podemos, no sábado, foi aberta a temporada de convenções partidárias para formalizar as candidaturas a prefeito e vereadores para a eleição de  6 de outubro em Porto Alegre.

São 22 partidos com convenções marcadas para esta semana e os primeiros dias de agosto. Outros oito partidos ainda não definiram suas datas.

O Podemos  definiu a nominata de 36 candidatos a vereador pelo partido e confirmou sua adesão à reeleição do prefeito Sebastião Melo, que será definida na convenção do MDB na sexta, pelo que se espera. 

“É a primeira vez que estamos fazendo uma convenção municipal e vamos disputar eleição já com nominata completa”, afirmou o presidente do Podemos Porto Alegre, Cassio Trogildo, que é secretário de governança local e coordenação política de Melo.

Nesta, segunda-feira (22), é a vez do Solidariedade apresentar seus candidatos, em evento no CTG Estância da Azenha. É outro partido da base de Sebastião Melo.

Na terça (23), o PCdoB formaliza o apoio à Maria do Rosário (PT).

Na sexta-feira (26), três partidos de esquerda definem candidaturas. Psol e Rede, federados, fazem convenção conjunta para formalizar Tamyres Filgueira (PSol) como  vice na chapa encabeçada por Maria do Rosário, do PT.

Na sede do Semapi, às 19 horas, o Partido Verde formalizará seus candidatos a vereador e o apoio à chapa Maria do Rosário/Tamyrez Filgueira.

No sábado, serão oito convenções.

Em conjunto, MDB, PP, PSD e PRD lançam Sebastiao Melo à reeleição. O  PL apresenta a tenente-coronel Betina Worm como vice de Melo, em ato para o qual está anunciada a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Já o PT oficializa Rosário para concorrer ao Paço Municipal às 10h, no ginásio da Associação Cristã de Moços (ACM). Ainda no sábado, o PSTU define Fabiana Sanguiné como candidata à prefeitura. No mesmo dia, o PCO deve lançar Cesar Pontes como candidato a prefeito.

No dia 30, o Novo oficializa a candidatura do deputado estadual Felipe Camozzato para prefeito. No dia 3 de agosto, será a vez do Republicanos, que ainda não se definiu quanto a candidado ou aliança.

No mesmo local, em outro horário, o União Brasil se define. O partido tem como pré-candidato o deputado estadual Thiago Duarte, mas não descarta uma aliança com o PDT, que tem Juliana Brizola pré-candidata e também fará sua definição também em 3 de agosto.

O PSDB ainda oscila entre uma candidatura própria, com o ex-prefeito Nelson Marchezan Junior, e deve realizar a convenção no dia 4 de agosto junto com o Cidadania. Também no dia 4 será a primeira convençao da União Popular.

 

VE

Porto Alegre pós-enchente: em vez de cidade-esponja, uma cidade-lajota

Retomada a todo vapor, a revitalização do quadrilátero central do centro histórico de Porto Alegre, principal obra da administração Melo, a cada dia vai revelando um projeto na contramão do que se poderia esperar em uma cidade que foi arrasada por uma enchente.

A solução que o urbanismo vem encontrando mundialmente para as mudanças climáticas é a das cidades-esponjas, com largos espaços de terreno não impermeabilizado, para absorção das águas.

O projeto que se implanta no centro de Porto Alegre vai em outro rumo.  Todas as ruas do quadrilátero central estão sendo recobertas com lajotas de cimento, de vários formatos, que impermeabilizam completamente a superfície das vias.

Rua Uruguai: problemas de escoamento

 

 

 

 

 

A revitalização alcança toda a porção central do centro histórico, tendo como eixo a rua da Praia e a avenida Borges de Medeiros.

Avenida Borges de Medeiros

 

 

 

 

 

 

As obras foram iniciadas em junho de 2022, com previsão de término em fevereiro de 2025. As reformas abrangem trechos da Avenida Borges de Medeiros, das ruas Vigário José Inácio, Doutor Flores, General Vitorino, Marechal Floriano Peixoto, Uruguai e Voluntários da Pátria.

 

Eleições 2024: cenário pós enchente favorece frente de esquerda em Porto Alegre

Em abril, quando confirmou sua candidatura à reeleição, o prefeito Sebastião Melo era considerado imbatível, até por alguns de seus mais severos críticos.

Com apoio explícito da mídia local, executando um programa dos sonhos do empresariado – com privatizações, terceirizações e incentivos à construção civil – Melo era tão favorito, que a indicação da deputada Maria do Rosário, pelo PT, chegou a ser considerada “uma candidatura para o sacrifício”.

A enchente que assolou Porto Alegre em maio virou de pernas para o ar o cenário destas as eleições, cujo adiamento chegou a ser cogitado mas  que estão confirmadas para 6 de outubro.

As águas que avançaram por todo o centro e vários bairros da cidade, numa situação inédita desde 1941, expuseram as graves negligências  da gestão Sebastião Melo, em planejamento, políticas ambientais e, sobretudo, nas medidas para contenção  das renitentes cheias do Guaíba.

Mesmo a imprensa que apoiava explicitamente o prefeito teve que expor os seus erros e mostrar que seus principais projetos para o desenvolvimento da cidade estavam na contramão de uma nova realidade que a enchente escancarou.

Uma pesquisa em junho apontou que 59% dos porto-alegrenses desaprovavam a gestão de Melo. Sua substituição já vinha sendo admitida dentro do próprio partido e da coligação que o apoia.

Ele tentou reagir.  Num evento da Fundação Ulysses Guimarães, Melo recebeu o apoio do deputado Alceu Moreira, presidente da Fundação e teve a oportunidade de fazer um discurso minimizando as críticas e dizendo que é “mais candidato do que nunca”.

Alceu Moreira lidera uma dissidência no MDB, em contraposição ao grupo majoritário alinhado ao vice-governador Gabriel de Souza, que defende a aliança com o PSDB, de Eduardo Leite, também para as eleições municipais.

A reação de Melo, tentando mostrar que tem como recuperar o desgaste da enchente, ao que tudo indica não teve força para alterar uma posição que se torna dominante em seu partido.

A fissura ficou evidente há poucos dias quando Leite indicou ex-prefeito Nelson Marchezan, do seu partido, como candidato das forças que dão sustentação a Melo, na verdade as mesmas que sustentaram Marchezan. Trata-se de salvar o projeto.

O ex-prefeito José Fortunatti, também já havia sido mencionado como candidato à “continuidade sem Melo” e agora, neste início de semana, circulou o nome de José Fogaça, o candidato que o MDB foi buscar em 2004 para quebrar a hegemonia de 16 anos do PT em Porto Alegre.

Esses movimentos provocaram alguns espasmos  à esquerda, mas até agora insuficientes para alterar o jogo de forças que sustenta a candidatura de Maria do Rosário, cujo desempenho em recentes pesquisas  fortaleceu sua posição.

Em entrevista ao Uol,  ela mostrou-se preparada e determinada e destacou as alianças que está costurando e que já envolveriam PSOL, PCdoB, PV, Rede e em andamento com o PDT.  Seria uma inédita aliança de esquerda já no primeiro turno.

Há, porém, um palpável silêncio e uma indisfarçada cautela no campo da esquerda, o que não elimina uma movimentação  intensa abaixo da linha d’água.

Maria do Rosário tem-se mantido discreta, mas firme em sua posição. Se ela era boa candidata para enfrentar um Melo imbatível,  por que não será agora que ele está em baixa?

Rosário, que exerce o sexto mandato na Câmara Federal, já foi candidata derrotada à Prefeitura de Porto Alegre em 2008, quando ela e Manuela d’Ávila dividiram os votos da esquerda e José Fogaça foi reeleito.

(Elmar Bones)

 

 

 

Enchente em Porto Alegre: Câmara aprova Escritório da Reconstrução com 12 novos Cargos em Comissão

A Câmara de Porto Alegre aprovou nesta quarta, 3, a criação do “Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática”,  projeto do prefeito Sebastião Melo, que cria um fundo, um programa e uma equipe “para coordenar a reconstrução e adaptação da cidade a fenômenos como as chuvas que provocaram, no mês passado, a maior enchente da história da cidade”.

O projeto sofreu duas emendas pontuais e foi aprovado quase na íntegra por 24 votos a favor e 11 contra. A lei complementar aprovada prevê a criação de 12 novos cargos de confiança, sem a necessidade de concurso público, ao custo de R$ 1,7 milhão até o final do ano.

Autoriza, ainda, o pagamento de gratificação a servidores que forem remanejados para o escritório até dezembro. Junto com a proposta, foram aprovadas duas emendas. Uma, do líder do governo, Idenir Cecchim (MDB), que limita a soma do salário com a gratificação ao que ganha o prefeito e outra, do Novo, que exige que seja publicado no Portal Transparência, o dinheiro gasto e em que ações e o currículo dos profissionais escolhidos para trabalharem no escritório.

Sebastião Melo diz que o escritório “vai concentrar os esforços em dar respostas mais ágeis para obras e intervenções”.

Por enquanto são genéricos os encargos do Escritório, que terá no comando o Secretario de Meio Ambiente e Urbanismo, Germano Brehmmen

“Diagnósticos de impactos ambientais, reconstrução de infraestrutura, gestão contínua de indicadores de desempenho e captação de recursos financeiros nacionais e internacionais”, são os eixos que vão orientar a intervenção do Escritório. 

O secretário, que vai chefiar o escritório, também é genérico

“Será uma força-tarefa técnica e responsável para tornar a Capital ainda melhor e mais preparada para o futuro, projeta o coordenador do escritório e secretário municipal declarou, Germano Bremm”.

A nota distribuida pela assessoria de imprensa da prefeitura, pouco explica:

“Programa – A estrutura é fundamental para a execução do programa, permitindo uma abordagem integrada e especializada. Atuará como unidade central de coordenação e execução das diversas ações e projetos previstos, assegurando uma resposta eficaz aos desafios impostos pelas enchentes.

As duas emendas não influem no principal do projeto. Uma determina que os currículos dos novos contratados e servidores realocados para a unidade sejam publicizados no portal de transparência da cidade. A outra versa sobre a proporcionalidade das gratificações a serem repassadas aos membros do escritório.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Nova data para inauguração do centro oncológico do GHC, sem Lula: 12 de julho

Nesta segunda-feira, os dirigentes do Grupo Hospitalar Conceição  marcaram para 12 de junho a inauguração do Centro de Oncologia, que vai ampliar a capacidade no tratamento de câncer  do principal hospital do SUS no Estado.

Estava previsto o dia 5 para a inauguração, na expectativa de contar com a presença do presidente Lula, que estaria no Estado neste dia.

Esta previsão não se cumpriu e a partir de agora fica impossível a presença do presidente no evento. Nestes 90 dias até as eleições municipais, o presidente não pode participar de eventos que possam ser considerado campanha eleitoral.