Trabalhadores do transporte público fizeram ato contra os projetos do governo municipal de extinguir a função de cobrador e privatizar a empresa pública de transporte, a Carris.
O grupo fez caminhada pelo centro de Porto Alegre até o Paço Municipal na manhã desta quinta-feira.
Os manifestantes foram recebidos pelo vice-prefeito Ricardo Gomes a quem entregaram um documento pedindo o adiamento do projeto dos cobradores.
Gomes deu a entender que não irá retirar o projeto e alegou que o transporte público sofre uma crise com a queda dos passageiros nos últimos anos: “Estamos escutando as pessoas e abertos para encontrar a melhor maneira de colocarmos o projeto em prática”,
Para aprovar a proposta o governo alega uma economia de R$ 0,72 centavos da tarifa dos ônibus .Uma audiência pública virtual será realizada nesta quinta, às 19h.
O Projeto de Lei do Executivo nº 016/21, que institui o Programa de Extinção Gradativa da Função de Cobrador de Transporte Coletivo por ônibus, determinando ações que viabilizem a transposição dos profissionais para outros mercados de trabalho. A proposta revoga, ainda, o inciso 4º do artigo primeiro da Lei nº 7.958 de 8 de janeiro de 1997 e o inciso 2º do artigo 34 da Lei nº 8.133 de 12 de janeiro de 1998, que tratam da composição mínima da tripulação nos coletivos da capital gaúcha.
Conforme edital assinado pelo presidente do Legislativo, vereador Márcio Bins Ely (PDT), publicado no Diário Oficial de Porto Alegre do dia 20 de julho passado, a Audiência Pública se dará por meio de videoconferência na plataforma Zoom (https://zoom.us/). Para participar, os cidadãos devem preencher formulário de inscrição no endereço eletrônico: https://audienciaspublicas.camarapoa.rs.gov.br/ No mesmo local obterão o link de acesso para ingressar na sala da audiência no dia e horário definidos pelo edital.
Já o projeto que autoriza o governo a desestatizar a Companhia Carris Porto –Alegrense entrou na reta final para decisão. A última audiência pública foi realizada no dia 12 de agosto. Na terça-feira, 17 a Comissão de Constituição e Justiça deu parecer favorável ao projeto. Agora a decisão será no plenário do legislativo municipal em votação ainda não marcada.