Vera Lúcia, do PSTU, inicia campanha à Presidência em São Paulo

 

A candidata do PSTU à Presidência, Vera Lúcia começa sua campanha em São Paulo, nesta terça-feira, 16.

De manhã, ela fez  panfletagem no Largo da Concórdia, no Brás. Às 13h30 visitou a fábrica Deka, em Água Branca, zona oeste da cidade. Em nota, a candidata disse que o início de sua campanha terá, como principais focos, fábricas, bairros da periferia, escolas, universidades, quilombolas e territórios indígenas. Às 19h, Vera Lúcia fará uma live, que será transmitida pelas redes sociais dela e do PSTU.

No pedido de registro, Vera declarou depósito de R$ 8,8 mil em poupança como único item da lista de bens.

A candidatura do PSTU não tem coligações, e o partido não participa de nenhuma federação partidária.

Conforme proposta de governo enviada ao TSE, a chapa do PSTU defende uma “alternativa socialista à barbárie promovida pelo capitalismo”.

Pelo calendário eleitoral, a partir desta terça-feira, os candidatos estão autorizados a fazer propaganda eleitoral na internet e comícios com aparelhagem de som. Já a veiculação de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, do primeiro turno das eleições, começará no dia 26. O término será no dia 29 de setembro.

(Com informações da Agência Brasil)

Eleições 2022: mulheres representam 53% do eleitorado brasileiro

Nas eleições de outubro, mais uma vez, as mulheres são a maioria entre pessoas aptas a votar.

Segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos mais de 156,4 milhões de eleitores que poderão participar do pleito nos dois turnos, 53%, pouco mais de 82,3 milhões, são do gênero feminino e 74 milhões do masculino, que equivale a 47%.

Na distribuição regional dos eleitores, os três maiores colégios eleitorais – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro concentram quase a metade dos votos do país (42,64%).

O estado de São Paulo, que sozinho detém 22,16% dos eleitores, há cerca 18,3 milhões de mulheres e 16, 2 milhões homens em condições de votar.

Na segunda posição do ranking, o eleitorado mineiro é formado por 8, 5 milhões de mulheres e 7,7 milhões de homens.

Já o Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral brasileiro, os votos femininos superam em 1 milhão os dos homens. No estado, 6,9 milhões de votantes são do gênero feminino e 5, 9 milhões do masculino.

A Bahia vem na quarta posição, com cerca de 11,2 milhões de eleitores. Lá, as mulheres correspondem a 52,5% dos votantes, enquanto os homens representam 47,5% do eleitorado baiano.

Perfil
Segundo o TSE, a maior parte das eleitoras brasileiras (5,33%) tem de 35 a 39 anos, seguida das mulheres com idade entre 40 e 44 anos (5,32%). A faixa de 25 a 29 anos soma 5,2%. Apesar do voto no Brasil ser obrigatório entre 18 e 70 anos, um dado curioso é o de eleitoras com 100 anos ou mais: são 87,4 mil.

Exterior
Entre eleitores que moram no exterior, elas, também estão em maioria. Das quase 700 mil pessoas que moram fora do país e se habilitaram para votar para o cargo de presidente da República, 59% são mulheres e 41% homens.

Representação
Números tão expressivos ainda não se refletem em assentos políticos e de poder. Segundo o TSE, nesses espaços, as mulheres continuam sub-representadas. Nas Eleições Gerais de 2018, apenas seis das 81 vagas do Senado Federal foram conquistadas por mulheres. Na Câmara, dos 513 eleitos somente 77 eram do sexo feminino. Em 2018, apenas uma governadora foi eleita: Maria de Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte (RN).

Para incentivar a entrada e a permanência das mulheres na política, o TSE lançou, em junho de 2022, a nova campanha Mais Mulheres na Política 2022. Exibida nacionalmente em emissoras de rádio e de televisão, redes sociais da Justiça Eleitoral e no Portal do Tribunal, a campanha enfatiza a diferença entre o Brasil real, de forte presença feminina, e o Brasil político, universo no qual as mulheres ainda são minoria.

Na avaliação do presidente da Corte Eleitoral, ministro Edson Fachin, a democracia sem a expressão do feminismo se atrofia, torna-se uma mera formalidade, perde a representatividade. Para o ministro, a democracia, para ser plena, tem que apresentar a sua face feminina.

“Além da questão da visibilidade das mulheres, há também a questão da efetividade das medidas que visam garantir a elas o acesso e a voz nos espaços da vida política do país. A Justiça Eleitoral está do lado da materialização dos direitos que são inerentes à condição feminina”, destacou à época do lançamento da campanha.

(Com informações da Agência Brasil)

Câncer: Ingleses não querem nitrito no bacon

Ganha adeptos no parlamento na Inglaterra campanha contra o uso no bacon de produtos químicos, que aumentam o risco de várias formas de câncer.

Eles querem que o governo diga à indústria de suínos para eliminar gradualmente o uso de nitritos, que são usados ​​para curar o bacon e dar a ele sua cor rosa.

Acredita-se que cerca de 90% do bacon vendido na Grã-Bretanha contém nitritos, que estudos de pesquisa associaram ao desenvolvimento de câncer de intestino, mama e próstata.

(Com informações do Guardian) 

Aprovação de Estado de Emergência libera R$ 41 bilhões em plena campanha eleitoral

Em sessão conjunta, na quinta-feira, 14.  a Câmara e o Senado selaram a Emenda Constitucional que cria o Estado de Emergência no país.

Emenda Constitucional 123, aprovada nas duas casas, autoriza o governo federal a gastar R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos públicos para aumentar benefícios sociais como o Auxílio Brasil e o vale-gás; conceder ajuda financeira a caminhoneiros e taxistas; ampliar a compra de alimentos para pessoas de baixa renda; e diminuir tributos do etanol.

Os gastos são permitidos até dezembro de 2022.

Os trabalhos foram dirigidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,  com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do presidente da República, Jair Bolsonaro; e de ministros: Ciro Nogueira, da Casa Civil; Adolfo Sachsida, de Minas e Energia; Célio Faria, da Secretaria do Governo; José Carlos Oliveira, do Trabalho; e o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional.

O Estado de Emergência  é o instrumento que os aliados do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, tendo à frente Artur Lira,  encontraram para  justificar a concessão de benefícios em período eleitoral, quebrando as regras do orçamento.

O Estado de Emergência permite que o Auxílio Brasil tenha o valor aumentado,  de  R$ 400 para R$ 600, com a abertura a novas famílias candidatas a receber o benefício. Ainda não está clara toda a extensão das medidas. Lira prometeu  a ampliação do vale-gás e a criação de subsídio para caminhoneiros e taxistas.

A sesão durou quase dez horas, envolvia duas outras matérias em um esforço para finalizar as votações antes do recesso parlamentar, que se inicia em 18 de julho.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ressaltou que a emenda vai “amenizar os nefastos efeitos sociais e econômicos” advindos da inflação observada nos últimos meses.

“Não poderia o Congresso Nacional permanecer omisso diante de números tão desalentadores”, disse Pacheco. Ele destacou a aprovação da PEC em tempo recorde.

Jair Bolsonaro afirmou que a pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia levaram ao aumento da inflação em todo o País e que o Brasil está agindo para retornar a patamares anteriores a 2020.

“A inflação se fez presente não apenas no Brasil, mas no mundo, em especial no tocante a gêneros alimentícios e combustíveis. Buscamos alternativas e, desde o início do ano passado, o governo federal zerou impostos e juntamente com o Parlamento tomamos medidas como um teto de ICMS nos estados. Isso se fará pesar para uma inflação bem menor no próximo ano, ousando dizer que poderemos ter inclusive deflação. É o Brasil voltando à normalidade”, disse Bolsonaro.

A PEC estabelece um estado de emergência “decorrente da elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes”.

Segundo dados trazidos por Rodrigo Pacheco em seu discurso, o número de brasileiros entrando na situação de pobreza chegou a 11 milhões, totalizando 47,3 milhões de pessoas na zona de pobreza ou extrema pobreza. O número representa 22,3% da população, o maior percentual em dez anos.

 

“Não vamos sair das ruas, nem desviar o foco”, diz coordenador da campanha de Lula

“A violência bolsonarista será motor para engajamento popular pacífico”, disse o coordenador da mobilização popular da campanha de Lula, João Paulo Rodrigues.
“Não vamos sair das ruas e deixá-las para o bolsonarismo”.

“Esses atos de violência devem ser motor da indignação e levar que as pessoas se posicionem, se manifestem, montem seus comitês e façam mais atividades”, disse Rodrigues em entrevista à coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

“Nós não vamos nos intimidar. Ao contrário. Isso vai servir de combustível para a mobilização pacífica. Não vamos desviar o foco do nosso tema central, o da fome e da miséria”.

 

“Não precisamos brigar”, diz Lula pedindo a apoiadores que não aceitem provocações

Lula pediu a militantes e apoiadores que não aceitem provocação neste período que antecede as eleições. “Nós não precisamos brigar”, disse em evento em Brasilia, nesta segunda-feira, 12.
Lula fez o pedido depois de comentar o assassinato no último fim de semana de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR). Arruda foi morto por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a própria festa de aniversário, na qual homenageava o PT e o próprio Lula.
“Não quero ninguém aceitando provocação. São três meses em que vamos nos multiplicar na rua. Vamos nos multiplicar fazendo passeatas. Vamos ter que dar uma lição de moral, que nem o Gandhi deu. Nós não precisamos brigar. A nossa arma é a nossa tranquilidade, o amor que temos dentro de nós, a sede que temos de melhorar a vida do povo brasileiro. Não temos que aceitar provocação. Se alguém provocar vocês, mandem morder o próprio rabo”, declarou em discurso no centro de convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. “Estão tentando fazer da campanha eleitoral uma guerra”, advertiu Lula.
Na mais recente pesquisa Datafolha, o ex-presidente aparece com 47% das intenções de voto e Bolsonaro, com 28%.

Vídeo mostra que Marcelo Arruda revidou depois de ser ferido

Uma câmera de segurança registrou o momento em que um homem invadiu uma festa de aniversário e matou o guarda municipal Marcelo de Arruda, que comemorava seus 50 anos.

Arruda era tesoureiro do PT e presidente do sindicato dos municipários de Foz do Iguaçu.

O crime ocorreu na noite de sábado (9), no salão de festas de uma associação esportiva da cidade.

A polícia identificou o homem que atirou contra Marcelo Arruda. É o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que se identifica nas redes sociais como apoiador do presidente Bolsonaro.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, ele chegou ao local gritando “aqui é Bolsonaro!”.

Nas imagens da câmera de segurança, o tesoureiro do PT aparece tentando se proteger atrás de uma mesa, já ferido por um tiro.

O atirador faz, então, um segundo disparo, conforme mostra o vídeo.  Em seguida, uma mulher – que, segundo a polícia, seria a esposa de Marcelo – tentou impedir que o atirador continuasse e o empurrou.

Nesse momento ele foi atingido por Arruda que estava armado e, mesmo ferido, revidou.

Num primeiro momento, a Polícia informou que Guaranho também tinha morrido. Mais tarde, corrigiiu e afirmou que ele está internado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu. Até o início da noite deste domingo não havia informações sobre sua situação.

Depois de ferido, já caído, ele foi agredido com chutes por dois homens que estavam na festa.

O crime chocou o país e levou às principais lideranças políticas a alertar para a escalada de violência que pode contaminar a campanha para as eleições de outubro se a intolerância política não for contida.

O presidente Jair Bolsonaro ainda não se manifestou.

Nota do Redator: Numa mensagem às 19h, Bolsonaro republicou uma postagem de 2018, dizendo que dispensa “qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores”.

“A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, acrescentou.

Edegar Pretto debate programa de governo com representantes da Região Metropolitana

A Assembleia Popular Regional da pré-campanha de Edegar Pretto chegou à capital gaúcha nesta quinta-feira (07) e reuniu cerca de 300 pessoas.

O encontro, que ocorreu na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, é o espaço de debate, onde a população pode indicar as prioridades para investimentos públicos na região. O objetivo é elencar os temas mais urgentes e aqueles que abrangem uma maior parcela da população para incluí-los no plano de governo do petista. Acabar com a fome e a extrema pobreza, fomentar as empresas para a geração de emprego e renda e investir em mobilidade urbana foram alguns dos temas mais recorrentes durante a assembleia.

Para Edegar Pretto, o Estado precisa investir pesado para melhorar a vida das pessoas. “Não vamos conviver com a vergonha da fome. Tem muito a ser feito. Vamos criar o Conselho das Cidades, porque nenhuma política vai ser colocada em prática sem discussão com a população. Isso não é promessa, é um acúmulo de práticas que há muito tempo nós já fazemos”, ressaltou.

Disse que o apoio dos aliados fortalece a ideia de reconstrução do estado. “Eu nunca estive só. Estamos com o PCdoB, com o PV, com os movimentos sociais do campo e da cidade, e cada um e cada uma que acreditam que o Brasil e o Rio Grande podem ser melhor.”

O evento de Porto Alegre reuniu representações dos municípios que integram os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) Metropolitano Delta do Jacuí e Centro-Sul.

Esta é a quinta edição, de um total de 10 assembleias, que estão sendo realizadas nas macrorregiões do Rio Grande do Sul, de forma que todas as localidades tenham a oportunidade de participar. Além dos encontros presenciais, os gaúchos também têm à disposição a Decidim Povo, uma plataforma virtual, pela qual podem ser enviadas opiniões e sugestões para a coordenação responsável pela formatação do plano do pré-candidato.

O modelo de participação popular adotado nas assembleias é o de ouvir um representante de cada segmento que predomina na região, além de abrir espaço para manifestações de diversas lideranças de entidades e movimentos sociais, que apresentaram reivindicações através de documentos e depoimentos.

Mara Nunes, da ONG Mistura Aí, falou sobre o trabalho de combate à fome e destacou que a população enfrenta uma piora das condições de vida. “Mesmo com o recuo da pandemia, há uma sequela da fome, do desemprego e da violência. Os governos precisam ter um olhar para gerar emprego e matar a fome das pessoas.”

Lucimar Siqueira, geógrafa e pesquisadora do núcleo gaúcho do Observatório das Metrópoles, defendeu a integração de políticas públicas para enfrentar os desafios das cidades e das regiões metropolitanas. “Precisamos criar espaços que dialoguem com todas as instâncias de participação. É preciso atenção especial e um olhar na relação entre o campo e a cidade. É preciso entender que planejar é evitar improvisos.”

MC Gangster alertou para o alto índice de mortes de jovens negros, e acrescentou que a cultura pode contribuir com a formação da juventude. Disse ainda que faltam oportunidades de estudo, de conhecimento e de cultura. Neste sentido, cobrou que os governos constituam políticas públicas que sejam capazes de mudar essa realidade, “mas uma política compartilhada que corra com interesse das pessoas”.

Fernando Lindner argumentou que a mobilidade urbana também é um direito, assim como saúde e educação, mas que, infelizmente, ela não é pensada. “Transporte coletivo é fundamental, mas precisamos pensar em conceitos e políticas públicas permanentes. O empresário precisa oferecer mais oportunidades, e não pensar em ter lucro em somente encher o ônibus. É preciso repensarmos o sistema, com mais qualidade de vida e dignidade. Isso é para ontem”.

A pesquisadora e crítica teatral, Michele Rolim, denunciou que no RS o Plano Nacional de Cultura não está sendo cumprido, assim como as demandas da sociedade civil não estão sendo acolhidas pelo governo. “Lamentavelmente, temos a constatação de que não há diálogo. A Secretaria de Cultura nunca esteve disposta a dialogar com a comunidade cultural. A disposição do poder público ficou apenas no papel”.

Entre os participantes, estiveram presentes lideranças e militantes do PT, PV e PCdoB, partidos que integram a Federação no Rio Grande do Sul; vereadores,  vereadoras, deputados, deputadas, pré-candidatos e pré-candidatas ao parlamento estadual e federal.

Além de Porto Alegre, já foram realizadas assembleias populares regionais em São Leopoldo, Pelotas e Sant’Ana do Livramento e Santo Ângelo. Confira o calendário das próximas:

09.07 – Passo Fundo, 9h

15.07 – Osório, 19h

16.07 – Santa Cruz, 9h

16.07 – Santa Maria, 15h

23.07 – Caxias do Sul, 9h

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

OMS promove campanha para conter queda na “cobertura vacinal” no Brasil

A queda na cobertura vacinal para várias doenças no país, motivou a campanha “Vacina Mais” lançada nesta quarta (29), em Brasília.

A iniciativa é da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas e OMS), em parceria com conselhos de saúde de âmbito nacional, estadual e municipal.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2015 e 2021 o número de crianças vacinadas com a primeira dose contra a poliomielite caiu de 3.121.912 para 2.089.643.

Já para a terceira dose, no mesmo período, os números reduziram de 2.845.609 para 1.929.056. Com isso, a cobertura vacinal contra esta doença recuou, no período, de 98% para 67%.

Para o CNS, a imunização insuficiente resultou também no retorno do sarampo ao Brasil.

“Estamos trabalhando para desfazer falsas notícias que levam à morte”, disse o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, durante a cerimônia de lançamento da nova campanha, que conta, também, com as parcerias do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Segundo o CNS, o Brasil é um dos “poucos países que oferecem um extenso rol de vacinas gratuitas à sua população”, com um Programa Nacional de Imunizações (PNI) que disponibiliza anualmente cerca de 300 milhões de vacinas contra mais de 30 doenças em aproximadamente 38 mil salas de vacinação espalhadas pelo território nacional.

O Conselho Nacional de Saúde reafirmou que a vacinação “é uma das intervenções de saúde pública mais eficazes, custo-efetivas e que salvam vidas”.

O objetivo da campanha é o de “unir esforços para conscientizar a população do Brasil sobre a importância de aumentar a cobertura vacinal”.

Direito e responsabilidade
Segundo a representante da Opas no Brasil, Socorro Gross, a campanha chama atenção para a necessidade de que as pessoas se vacinem “mais do que estão fazendo hoje”. “Ela mostra também que esse ‘Mais’ – usado na campanha – simboliza a soma de esforços que precisamos para alcançar o aumento da cobertura de vacinação para termos pessoas mais saudáveis”, enfatizou.

Acrescentou que “a campanha destaca, também, que as vacinas estão disponíveis gratuitamente pelo grandioso SUS em todos estados e municípios brasileiros para que as pessoas façam uso desse direito, o que envolve também responsabilidades”.

Segundo Gross, as vacinas são “uma das medidas de saúde pública mais efetivas”, sendo, portanto, necessário que continuem sendo “um bem público mundial que não pode ser retirado da população porque mantém todos saudáveis, ajudando-nos a eliminar doenças”.

“As vacinas salvam vidas, são seguras e previnem enfermidades, além de proteger comunidades mais vulneráveis”, complementou.

Queda de cobertura
O CNS lembra que, graças às vacinas, a varíola foi erradicada do mundo em 1980. “E a região das Américas foi a primeira do planeta a eliminar doenças como poliomielite (em 1994), rubéola e síndrome da rubéola congênita (em 2015) e tétano neonatal (em 2017)”, destacou.

No entanto, segundo Fernando Pigatto, a alta taxa de cobertura vacinal vem caindo nos últimos anos, deixando milhões de pessoas em risco.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2015 e 2021 o número de crianças vacinadas com a primeira dose contra a poliomielite caiu de 3.121.912 para 2.089.643.

Já para a terceira dose, no mesmo período, os números reduziram de 2.845.609 para 1.929.056. Com isso, a cobertura vacinal contra esta doença recuou, no período, de 98% para 67%.

Para o CNS, a imunização insuficiente resultou também no retorno do sarampo ao Brasil.

“O país havia ficado livre da transmissão autóctone [que ocorre dentro do território nacional] do vírus causador dessa doença em 2016. Porém, a combinação de casos importados de sarampo e a baixa cobertura vacinal levaram o Brasil a ter um surto, que, desde 2018, tirou a vida de 40 pessoas, principalmente crianças”, frisou o CNS.

“Vacina Mais”
Por meio da campanha “Vacina Mais”, o conselho pretende motivar a população a ampliar o uso desse tipo de imunizante, levando a diferentes públicos informações relevantes sobre a segurança, importância e efetividade de todas as vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Calendário Nacional de Vacinação.

Em seu pronunciamento, o ministro da Saúde substituto, Daniel Pereira, destacou que, graças ao esforço conjunto envolvendo as autoridades de saúde nos âmbitos federal, estadual e municipal é que foi possível distribuir mais de 500 milhões de doses de vacinas para o combate à pandemia.

“Cada brasileiro que quis se vacinar teve uma vacina à sua disposição onde quer que fosse. A vacina foi o que nos permitiu chegar, hoje, a um cenário muito mais tranquilo do que no passado, quando faltavam leitos nos hospitais do país”, disse Pereira.

“Mas isso não quer dizer que estejamos em um ambiente de normalidade. A pandemia está aí e temos de ficar atentos”, finalizou.

Eleições 2022: os trunfos de Onyx Lorenzoni no Rio Grande do Sul

O ex-ministro Onyx Lorenzoni lidera as pesquisas para o governo do Rio Grande do Sul. Tem 25% das intenções de voto segundo a pesquisa da Exame.  O ex-governador Eduardo Leite, segundo colocado, tem 20%.

Onyx está em campanha há muito tempo e vem correndo por fora das manchetes.

Ele é um dos mais próximos de Bolsonaro desde a eleição de 2018. Fez a passagem para o novo governo,  nomeado ministro para coordenar a transição antes mesmo da posse.

Nomeação de Onyx Lorenzoni publicada no Diário Oficial — Foto: Reprodução/Diário Oficial da União

Licenciou-se do quinto mandato de deputado para assumir a chefia da Casa Civil, quando Bolsonaro tomou posse.

Passou por momentos de desgaste, mas manteve-se entre os auxiliares mais próximos do presidente, ocupando a Secretaria Geral da Presidência, o Ministério da Cidadania e o Ministério do Trabalho e Previdência, que deixou em março desde ano para concorrer a governador.

Antes disso ele já estava em campnha. “Ele é o nosso candidato”, disse ao JÁ um dirigente partidário do PL em julho de 2021. A expressão “BolsOnyx” já circulava em grupos e já tinha até adesivo confeccionado.

A recriação do Ministério do Trabalho e Previdência, e a nomeação de Lorenzoni para comandar um orçamento de R$ 800 bilhões confirmou o seu prestígio. Sua candidatura ao governo do RS é estratégica.

O principal concorrente de Onyx no campo bolsonarista é o senador Luiz Heinze, pré-candidato pelo PP, que aparece com 7% das intenções de voto.

Onyx, porém, parece acreditar num entendimento com Heinze e por enquanto foca seu ataque no governador Eduardo Leite.

Para tanto não hesita em questionar o Programa de Recupeçração Fiscal , que o governo Leite acaba de assinar com o governo federal, um programa de ajuste que engessa as finanças públicas do Estado até 2030, pelo menos.

Ter conseguido assinar o acordo, que o Estado persegue há quase cinco anos, é o grande trunfo de Eduardo Leite na campanha.

Sem medo de paradoxos, Onyx diz que o programa assinado por Leite, e que Bolsonaro prontamente sancionou há poucos dias, é lesivo aos  gaúchos.

Na sessão da Assembleia em que foi consumada a adesão ao programa, a oposição mais contundente partiu do deputado Rodrigo Lorenzoni, filho do ministro. Ele disse, da tribuna: “Eu desafio a qualquer um dos senhores que estão aprovando este projeto a subir aqui e dizer se sabem o que estão votando”.

Ninguém se atreveu, e ele então concluiu: “Não sabemos o que estamos votando, essa é a verdade”.

Ao fazer este questionamento, Onyx toca no nervo exposto da crise do Rio Grande do Sul, que é a posição subalterna do Estado na relação com o poder central, uma bandeira que a esquerda não tem sabido levantar.