As santas da creche Santa Terezinha

Por Ana Lúcia Mohr
Quem passa na frente da Creche Santa Terezinha, na Avenida Venâncio Aires, não pode imaginar que ela surgiu como um local para as empregadas domésticas deixarem seus filhos. E muito menos que isto aconteceu há 31 anos.
A Santa Terezinha foi criada pela Fundação CAPED (Centro Arquidiocesano de Promoção da Empregada Doméstica), em 1978, que até hoje a mantém com a ajuda das mães (as que podem pagam uma mensalidade de 90 reais, as demais não pagam), as senhoras Amigas da Creche, Sesc Mesa Brasil, Banco de Alimentos e doadores anônimos.
Funcionando inicialmente na Ramiro Barcelos, em maio de 1985 mudou-se para sede atual, adquirida pelo Governo do Estado e pela organização de Ajuda Miseror do Episcopado da Alemanha. Ali funcionam o CAPED e a Creche.
Em 1988, porém, com a nova constituição, o estatuto teve de ser modificado. Com a proibição da diferenciação, o atendimento passou a ser universal para crianças oriundas de famílias de baixa renda.
Administrada exclusivamente por professoras aposentadas (todas voluntárias, as quais, além de tudo, arcam com pequenas despesas), a creche funciona somente com 7 funcionários pagos: as 5 atendentes, a cozinheira e a copeira; os outros são todos voluntários.

A entidade possui um amplo espaço físico com profissionais qualificados para atender 60 alunos de 3 anos e meio a 6 anos das 8 às 17h, cujas mães trabalham, em sua maioria, como empregadas domésticas ou no comércio. As turmas são de 15 alunos e vão do Maternal 1 ao Jardim 2, como explica Estela Lopes Testa, que há dez anos é voluntária.
As crianças recebem atendimento especializado: nas segundas-feiras, têm aulas de Educação Física com estagiários da PUCRS, nas sextas, de música, com um professor. Também há acompanhamento médico e odontológico. Sempre que dá, as crianças da Santa Terezinha são levadas para passear. No dia 12 de maio, na semana de aniversário da creche, por exemplo, as crianças do Jardins 1 e 2 foram levadas ao teatro.
Segundo Estela, a comunidade ajuda bastante, “a gente não tem do que reclamar”. Tanto é que conseguem fornecer quatro refeições diárias, “alimentos não faltam nunca”, conta Estela. Já a doação de brinquedos costuma ser maior que a demanda. Quando isso acontece, eles são doados para uma creche da Ilha da Pintada, “pobre tem que ser solidário”, brinca a secretária. A única dificuldade enfrentada pelas administradoras é pagar funcionários na data correta. Apesar disso, segundo Estela, o pagamento nunca foi atrasado.

0 comentário em “As santas da creche Santa Terezinha”

  1. devia ser pesquizada se as crianças são bem tratada e perguntar pra eles sobre os segredinhos que as funcionárias tem com as crianças, do que elas fazem e dizem para as crianças que ´-É segredinho não pode contar pra ninguém!!!!

  2. Existe o direito das crianças e deve ser respeitada se uma criança não quer dormir, a criança não deve ser obrigada E NEM FORÇADA PODE SER UM PREÇO RAZOAVEL MAS NO MOMENTO EM QUE AS MÃES CONFIANM SEUS FILHOS EM UMA CRECHE TA CONTANDO QUE O FILHO(A) VAI SER BEM TRATADA !!!!

  3. oi onde fica está creche ela ñ tem o convenio com a smed?
    tem um e-mail para contado…
    obrigadoo.
    vc ai de cima claro as crianças tem o direito .
    mais os educadores tem direito de tirar o intervalo,vc gosta do seu neh imagina se todos os 25 crianças da sala resolve ñ dormir…
    é melhor cuidar da sua vida se ñ tiver gostanto tira seu filho de la e coloca numa particupar q é bem pior …
    educador

  4. Tenho maravilhosas lembranças deste lugar! Estudei em 1994, estava com 6 anos… Lembro de alguns colegas e da cozinheira… Estive lá a pouco tempo, e qual não foi a surpresa? A cozinheira é a mesma… Que saudade!

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