Polo naval resgata vocação histórica de Porto Alegre

Um “protocolo de intenções”, assinado esta semana entre a empresa MBS e o governo do Estado, é o primeiro passo para a construção de um estaleiro em Porto Alegre.
O projeto vai reabilitar uma vocação histórica da cidade.
A indústria naval foi uma das primeiras atividades econômicas da capital já no início da sua povoação e uma das maiores empresas de sua história foi o centenário Estaleiro Só, que faliu em 1990.
O Polo Naval do Guaiba não vai fabricar barcos ou navios, mas módulos para de plataformas de petróleo. Se tudo der certo as obras começam em fevereiro.
No primeiro semestre de 2015, a primeira etapa pode entrar em operação, ficando uma segunda fase da planta para o final do anos.
O empreendimento vai ocupar duas áreas do porto da Capital: ao lado do Campo de Treinamento do Grêmio, no Cais Marcílio Dias, e outra próxima à rodoviária, no final do Cais Mauá e começo do Cais Navegantes.
Essa última é que terá as atividades iniciadas mais rapidamente.
O início das obras depende principalmente da autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e do licenciamento ambiental.
O projeto tem apoio da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) e da SPH, para acelerar o processo.
O investimento será de R$ 50 milhões, segundo a empresa.
A obra vai gerar em torno de 300 empregos diretos. Depois, na operação, serão criados entre 500 a 800, inicialmente,  podendo chegar a mil postos de trabalho.
Os módulos serão fabricadas mediante encomenda das empresas, como Ecovix, EBR, Quip e Iesa (com Andrade Gutierrez), que montam as plafatormas para exploração de petróleo em alto mar, para a Petrobrás – todos esses grupos possuem atividades no Rio Grande do Sul.
Com matriz em Itaboraí, no Rio de Janeiro, a companhia já desenvolve trabalhos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e para as plataformas P-67 e P70.
De acordo com a empresa, a primeira área do complexo em Porto Alegre (próxima da rodoviária) será destinada à fabricação dos blocos para os módulos e a segunda (perto do CT do Grêmio) à estocagem.
Os dois terrenos somam um total de 134 mil metros quadrados.
O diretor de portos da SPH, Paulo Astrana, informou que, pelo arrendamento, será cobrada, mensalmente, uma taxa portuária de R$ 3,00 o metro quadrado.

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