Rio Grande entra na briga pela planta de gás GNL da Petrobras

Cleber Dioni
A Comissão de Representação Externa aprovada pela Assembléia Legislativa para acompanhar os estudos da Petrobras de implantação de uma planta de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) na Região Sul vai apresentar à governadora Yeda Crusius o projeto da Sulgás e da Petrobras de Rio Grande e, em seguida, terá audiência com a ministra Dilma Rousseff, e com o presidente da Petrobras.
Os cinco deputados que integrarão a representação querem mostrar que o Rio Grande do Sul apresenta condições mais favoráveis do que Santa Catarina, que também disputa o empreendimento. Outros dois projetos estão sendo analisados no Rio de Janeiro e Ceará.
Para o deputado Sandro Boka (PMDB), que vai coordenar a Comissão, o Porto do Rio Grande seria um local estratégico do ponto de vista econômico porque possibilitaria abastecer toda a Região Sul do Estado, incluindo a termelétrica de Uruguaiana.
“O gás, no Distrito Industrial do Rio Grande, viabilizaria a vinda de diversos empreendimentos não só a essa cidade, mas também a Pelotas e a toda a região sul do Estado. Na Vila da Quinta, próxima a Pelotas e Rio Grande, poderíamos construir – e já existe até liberação – uma termelétrica, que abasteceria a Argentina de energia elétrica”, afirmou o parlamentar, ressaltando que o Brasil não ficaria à mercê da Venezuela e da Bolívia, “países infelizmente muito instáveis”.
Outro ponto que pesa a favor do Estado, segundo o parlamentar, é que a planta facilitaria à Petrobras instalar uma planta de regaseificação também no Uruguai, um compromisso da empresa.
Todos sabemos que o porto do Uruguai não possui um calado suficiente para receber grandes navios. Com a planta em Rio Grande, o navio poderia vir carregado, deixar uma parte da carga no nosso porto, que terá 60 pés de calado, e depois, com meia carga, adentrar o porto do Uruguai, onde também será viabilizada a instalação de uma planta de regaseificação. Assim, estará reabastecendo também aquele país, que, como a Argentina, passa por uma séria crise de energia

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