Banrisul obetve lucro de R$ 904 milhões em 2011

Durante evento realizado na sede do banco na manhã desta terça-feira (14/02), O Banrisul anunciou lucro líquido de R$ 904 milhões em 2011, 22,00% acima do obtido em 2010. O resultado gerado corresponde a uma rentabilidade de 21,91% calculada sobre o patrimônio líquido.
Na oportunidade, o governador Tarso Genro parabenizou todo o grupo de colaboradores e a diretoria do Banco pelo profissionalismo e competência. Tarso Genro destacou que o índice de inadimplência de toda a carteira de crédito do Banco é de menos de 3%, o que demonstra a qualidade da carteira de crédito da instituição. “Temos um banco forte aqui no Estado, elemento chave que proporciona as condições para o desenvolvimento”, salientou.
De acordo com o presidente do Banrisul, Túlio Zamin, os resultados abriram um espaço importante e a certeza de que não só teremos estrutura de capital, como também caixa e recursos para continuar financiando a atividade econômica do nosso Estado. “O saldo é extremamente positivo, não só pelo lucro, mas fundamentalmente pela qualidade e pelo êxito de conseguirmos alocar o crédito na direção que nós planejamos.”
A carteira de crédito comercial do Banrisul apresentou saldo de R$ 15,2 bilhões ao final de dezembro de 2011, compondo 74,88% do volume total de créditos. O segmento pessoa física atingiu R$ 8 bilhões, o que representa 39,62% do total das operações de crédito, com evolução de 9,20% no ano. O segmento pessoa jurídica alcançou saldo de R$ 7,2 bilhões em dezembro de 2011, contribuindo com 35,26% do saldo total de crédito, com expansão de 25,45% nos últimos 12 meses.
Até o final de dezembro de 2011, o patrimônio líquido do Banrisul alcançou R$ 4,4 bilhões, apresentando crescimento de 14,12% em relação ao montante registrado em dezembro de 2010.
O banco anunciou que seu projeto de expansão prevê a abertura de mais 111 agências. Hoje, a instituição possui 442 postos de atendimentos.

Banrisul anuncia lucro de R$ 677 milhões de janeiro até setembro

O Banrisul divulgou nesta segunda feira, 7/11, os resultados do terceiro trimestre de 2010. A tendência não se alterou, no acumulado (janeiro a setembro) o lucro do Banco chegou aos R$ 677, 7 milhões, 32,5% a mais do que o resultado do ano passado no mesmo período.

Só no terceiro trimestre de 2011, o lucro atingiu R$ 239,2 milhões, 15,9% acima em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

O desempenho do Banco apresentou, de janeiro a setembro de 2011, trajetória ascendente de crescimento no crédito.

A carteira de crédito do Banrisul totalizou R$ 19,6 bilhões em setembro de 2011, saldo que ultrapassa em 21% a posição alcançada no mesmo mês de 2010. O crédito comercial pessoa física registrou, em setembro de 2011, saldo de R$ 8,3 milhões, com crescimento de 15,4% em 12 meses. Já o crédito comercial pessoa jurídica alcançou R$ 6,6 bilhões no final de setembro de 2011, com expansão de 24,2% em 12 meses.

Até o final de setembro de 2011, o patrimônio líquido da instituição alcançou R$ 4,3 bilhões, expansão de 14,7% em relação ao montante registrado em setembro de 2010.

Os ativos totais do Banco apresentaram saldo de R$ 36,5 bilhões, ao final de setembro de 2011, com incremento de 13% sobre setembro de 2010. Os recursos captados e administrados somaram R$ 27,5 bilhões no final de setembro de 2011, incremento de 14,2% em relação ao montante registrado no mesmo mês do ano anterior.

O índice de eficiência do Banrisul atingiu 44,4% em setembro de 2011. A consistente melhora do indicador reflete a capacidade da margem financeira, sustentada pelo crescimento da receita de crédito, tesouraria e serviços, em absorver as despesas administrativas.

Banrisul rompe com agências investigadas

O Tribunal de Justiça do Estado confirmou a suspensão dos contratos das agências DCS e SLM com o Banrisul. A decisão do desembargador Carlos Roberto Lofego Canibal, da 1ª Câmara Cível, atende à solicitação do próprio banco e ocorreu no último dia 13, sendo tornada pública nesta quarta-feira, 18. “Não quer o banco continuar vinculado a empresas envolvidas em escândalos”, considerou o magistrado.
A informação coincide com a notícia divulgada nesta quarta-feira, 18, de que pela primeira vez o Banrisul faz parte do ranking “As 50 marcas mais valiosas do Brasil”, sendo a quarta instituição financeira de maior valor no País. A pesquisa foi elaborada pela revista Dinheiro e a consultoria BrandAnalytics, a qual indica que a marca Banrisul atingiu o valor de US$ 344 milhões.
As duas agências são alvo de investigação por suposto desvio de cerca de R$ 10 milhões da área de marketing do Banrisul. O esquema foi revelado pela Operação Mercari, do Ministério Público Estadual e Polícia Federal, em setembro do ano passado. O Banrisul anunciou a decisão de romper com as empresas no último dia 27 de abril.
Agora, com o aval da Justiça ao cancelamento dos contratos com DCS e SLM, a assessoria de imprensa do banco afirma que ainda está em avaliação a situação da publicidade na instituição.
Em abril, ao manifestar a intenção de romper os contratos – depois de a Justiça aceitar o indiciamento de 25 pessoas investigadas na Mercari –, nota oficial do Banrisul também afirmava a abertura de processo licitatório para publicidade. A licitação, no entanto, permanece, até o momento, como uma intenção, sem data prevista para ter início. Assim, pelo menos duas questões estão sem respostas: O banco deixará de anunciar até a conclusão do processo? Ou fará contratação emergencial de agência no período? As indagações estão relacionadas ao destino de recursos que podem chegar a R$ 100 milhões por ano, o orçamento de marketing do banco.
Também no Ministério Público Estadual, autor das denúncias da Mercari, permanece indefinida a situação da SLM. Mesma empresa investigada em negócios irregulares com o Banrisul, a SLM é a agência contratada pelo MPE para a área de publicidade. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, o eventual cancelamento do contrato está sob avaliação jurídica.

Denúncias de corrupção: "Justiça será feita"

Em entrevista exclusiva ao JÁ, o procurador Geraldo Da Camino, do Ministério Publico de Contas, prevê novidades em março para os dois casos mais rumorosos de denúncias de corrupção no Rio Grande do Sul – a Operação Rodin e o desvio de R$ 10 milhões no marqueting do Banrisul.
P -Tivemos rumorosas denúncias de corrupção em 2010, que depois sumiram do noticiário. Em que resultaram…a Operação Rodin, por exemplo?

R – Continua o processo penal em Santa Maria. Houve uma suspensão por conta de um recurso que um dos réus teria interposto, que não sei se já foi julgado. Houve também um atraso por mudança no Codigo Penal, na questão da oitiva…Mas está andando, é questão de tempo.
P-Um dos envolvidos, o ex-reitor da UFSM, Paulo Sarkis, está prometendo provar que houve injustiça…

R- Li toda a argumentação do ex-reitor. Não vi nada que tire fundamentação ou fragilize as provas apresentadas. Continuo com convicção de que a operacão foi muito bem conduzida. Os fatos denunciados devem ser comprovados em juízo.
P- Essa sensação, de que no final ninguém será punido, é irreal?
R- As vezes passa essa impressão de que não dá em nada. É que temos uma legislação que permite muitos recursos protelatórios e por isso se fala em reforma…pois há claro excesso de recursos, que muitas vezes levam à prescrição de processos e à malfadada impunidade…
P- No caso específico da Rodin…
R- Minha convicção é a mesma: o inquérito foi muito bem conduzido, a denúncia está bem embasada. Nada leva a crer que não se vai fazer Justiça.
P- Outro caso rumoroso foram as denúncias envolvendo o marketing do Banrisul. Em que pé está?

R- Foi um um depoimento de uma testemunha aqui no MPC que deu origem a essa Operação Mercari… Estão em análise os elementos obtidos na investigação, estão sendo ouvidas testemunhas… Antes do fim do ano houve uma reunião na Polícia Federal, com todos os envolvidos para uma avaliação. Agora nesse período o ritmo deve diminuir, mas acredito que em março teremos novidades…
P-Há paralelamente uma inspeção do TCE no Banrisul, não?
Sim, o Tribunal também realiza uma Inspeção Extraordinária no Banrisul. Então há o inquérito e a inspeção em andamento, na verdade já em fase final de conclusão. É provável que também esteja concluída em março.
Houve aumento das denúncias de corrupção no Estado?
Temos em andamento mais de 200 expedientes de pro-atividade, decorrentes de denúncias que nos chegam. O MPC tem sido mais demandado e estamos nos preparando para uma carga ainda maior de trabalho.
P- Hoje o quadro de procuradores está completo?
R- Estamos há quase dois anos com o quadro de quatro procuradores, queremos aumentar esse quadro para sete procuradores, para ter uma paridade entre procuradores e conselheiros, pois o MPC dá parecer em todos os processos de contas, além dessas essas atividades que decorrem de denuncias e representações, que nos consomem muito tempo. Fora isso temos uma série de atos de colaboracão com todos os órgãos afins, visando a integração dos trabalhos… A integração você sabe é o meu mantra…O resultado é uma carga considerável, que tende a aumentar…

Prêmio ARI: Banrisul diz que decisão foi em novembro

A assessoria de imprensa do Banrisul contesta a informação do jornal JÁ, de que o banco só decidiu manter o patrocínio ao Prêmio ARI 2010 depois que tomou conhecimento da lista de trabalhos finalistas. O patrocínio foi decidido pela diretoria no dia 22 de novembro, segundo a assessoria.
Eis a íntegra da nota assinada pela jornalista Soraia Hana:
“O comitê de Marketing do Banrisul autorizou o patrocínio do Prêmio ARI no dia 11 de novembro de 2010, o qual teve aval final da diretoria no dia 22 de novembro. Como existe todo um trâmite legal para a assinatura da autorização do processo, o mesmo foi anunciado no dia 6 de dezembro à ARI”.

Crise no marketing do Banrisul ameaça Prêmio ARI

A Associação Riograndense de Imprensa já marcou o dia 8 de dezembro, no Teatro Dante Barone, para a entrega do tradicional Prêmio ARI, que em 2010 chega a sua 52a. edição, inabalável na condição de “mais importante distinção da imprensa gaúcha”.
Os premiados deste ano, porém, talvez recebam somente diplomas e troféus. A premiação em dinheiro ainda não está garantida, pois o Banrisul, que patrocina o ARI há 13 anos, não quer renovar o contrato alegando a necessidade de cortar custos de publicidade e marketing.
O corte nas verbas foi determinado em agosto, depois que o ministério público e a polícia federal tornaram públicas as investigações para apurar o desvio de verbas, via superfaturamento, que teria causado, prejuízos de mais de R$ 10 milhões ao banco, nos últimos 18 meses.
Estima-se que os gastos com propaganda e marketing do Banrisul cheguem aos R$ 60 milhões em 2010.
O patrocínio do Prêmio ARI este ano está orçado em R$ 105 mil, 70% dos quais se destinam à premiação dos melhores trabalhos em cada uma das 13 categorias em que se divide o certame.
Nos primeiros 34 anos do Prêmio Ari, o patrocinador foi a Caixa Econômica Estadual. Com a extinção da Caixa, parte de suas atividades foram absorvidas pelo Banrisul, que passou também a patrocinar o prêmio.

Mais de 100 mil disputarão 500 vagas no Banrisul

Na tarde desta quinta, 26, já eram mais de 75 mil os candidatos a uma vaga de escriturário no Banrisul. As inscrições encerram na próxima segunda-feira, 30, e a previsão obvia é de que o número de pretendentes vai a mais de 100 mil.
São 500 vagas para o cargo de escriturário, com uma jornada de trabalho de 30 horas semanais. A escolaridade mínima exigida é o ensino médio completo.
As inscrições serão feitas somente pela internet no site da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (www.fdrh.rs.gov.br).
A taxa de inscrição, no valor de R$ 48,43, poderá ser paga, preferencialmente, na rede de agências ou nos correspondentes do Banrisul.
Os candidatos que são clientes do Banco poderão fazer o pagamento na Agência Virtual (www.banrisul.com.br) na opção Pagamentos/Arrecadação, no Banrifone ou nos equipamentos de autoatendimento na opção Pagamentos/Código de barras.
O pagamento poderá ser feito até o dia 1º de dezembro de 2009.
A prova do concurso será objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, no total de 80 questões, com o seguinte conteúdo: Língua Portuguesa, Matemática Financeira, Conhecimentos Bancários e de Mercado, Informática.
A aplicação da prova está prevista para o dia 17 de janeiro de 2010.
O salário de ingresso, durante o contrato de experiência de 90 dias, é de R$ 980,08 e mais vantagens (gratificação semestral (1/6), auxílio refeição e auxílio alimentação), somando R$ 1.939,69. Após este período, a remuneração total passará a ser de R$ 2.049,80.
Além disso, o Banrisul oferece participação nos lucros e resultados, plano de saúde médico e odontológico da Caixa de Assistência dos Empregados do Banrisul e plano de previdência privada, através da Fundação Banrisul de Seguridade Social.

"Sirvam nossas patranhas de modelo à toda terra…"

Elmar Bones
As gravações ouvidas nos últimos dias estão expondo as vísceras da política no Rio Grande do Sul. Estão pondo abaixo o mito de que no Estado se pratica uma política diferenciada – mais ética, mais comprometida com o interesse público.
Havia até uma referência histórica para isso, o positivismo borgista com seu moralismo. Agora vai ficando claro que era só para rechear discurso.
Nos anos 60, Franklin de Oliveira escreveu “Rio Grande do Sul, o novo nordeste”, livro polêmico. Dizia que o Estado estava empobrecendo e apresentava níveis de desenvolvimento equivalentes ao dos mais pobres estados nordestinos.
A profecia de Franklin de Oliveira para a economia se realizou na política. No sentido de usar a política para se apropriar do dinheiro público, o Rio Grande do Sul parece hoje o velho nordeste. Aquele dos coronéis, que confundiam o seu com o do Estado ou vice-versa.
Por mais que o deputado Cezar Busato tente explicar, o que está declarado nas gravações tem coerência total com o que realmente acontece.
O Banrisul é uma das fontes de financiamento do PMDB, diz Busato.
Todos sabem que o presidente do Banrisul é uma indicação do senador Pedro Simon, desde o governo Rigotto e que permanece no cargo por vontade do senador. O senador Pedro Simon tem se mantido distante do governo, sem abrir mão do seu campo de influência.
O Detran seria, segundo a afirmação de Busatto, a fonte de financiamento do PP, com Otávio Germano à frente. “Custa muito caro romper com Otávio Germano”, diz Busatto em seu diálogo com Feijó.
Em seguida, em demonstração de realismo político, o secretário descreve como ocorrem as relações dos grandes partidos dentro da estrutura do Estado.
Em cada momento a fonte é uma: já foi o Daer ( “Quanto tempo sustentou? Fortuna no tempo das obras”), a CEEE e, agora, o Banrisul e o Detran.
As conversas gravadas pela polícia federal na Operação Rodin mostram como os grupos operavam por dentro da máquina pública. As fitas divulgadas por Feijó mostram como se dava a cobertura política para essas operações.
Nesse ritmo, será necessário mudar o hino. Em vez de façanhas, “sirvam nossas patranhas de modelo à toda a terra”.