Economia gaúcha cresce 5,6% de janeiro até setembro

Os produtos que tiveram crescimento destacado no período foram o milho (14,1%), a laranja (11,6%) e o fumo (4,7%), no setor de agropecuária.
Nos Serviços, a maior expansão foi no comércio (4,4%), intermediação financeira (3,4%) e administração pública e aluguéis (2,7%).
Na indústria, o fumo atingiu o primeiro lugar, com 17,4%, seguido de máquinas e equipamentos (9,4%) e produtos de metal (5,1%).
A economia do Rio Grande do Sul cresceu 5,6% até setembro, mantendo índice superior à média nacional. Os números do Índice Trimestral de Atividade Produtiva (ITAP) gaúcha foram divulgados, nesta quinta-feira (17), por técnicos da Fundação de Economia e Estatística (FEE).
De acordo com o economista Martinho Lazzari, que coordenou o estudo, “a boa notícia é que no Rio Grande do Sul a desaceleração da economia é menor, o que coloca o Estado em posição muito boa no cenário nacional e na comparação com outros”. Para o Brasil, os dados do IBGE indicam crescimento em torno de 3,5%.
No terceiro trimestre, o crescimento econômico no RS foi de 3,3%, o que representa uma retração de 0,3% em relação ao trimestre anterior. “Esses dados mostram de maneira bem clara que, ainda que o índice seja positivo, existe uma desaceleração, característica do momento nacional.
Mas no Rio Grande do Sul essa desaceleração econômica é mais lenta pela característica do perfil das atividades do Estado, concentradas na agropecuária e nas exportações, que vivem um excelente momento”, explica Lazzari.
Agropecuária lidera
O setor agropecuário continua impulsionando o crescimento da economia gaúcha, mantendo o primeiro lugar em expansão no trimestre: 4,2%, seguido dos serviços (3,4%) e da indústria (2,1%). No total do ano de 2011 (três trimestres, até setembro), as atividades agrícolas têm 14,2% de crescimento, enquanto o setor de serviços tem 5,3% e o da indústria 3%.
A perspectiva dos economistas da FEE para o fechamento dos números de 2011 também é otimista para o Rio Grande do Sul. De acordo com o presidente da FEE, Adalmir Marchetti, a perspectiva é que o Estado cresça em torno de 5% ao final do ano, enquanto o Brasil, segundo as projeções do IBGE, deve ficar em torno de 3,5%.
Entretanto, a partir de 2012, ainda que o ano inicie com desaceleração da economia, a perspectiva é de retomada do crescimento no Brasil, na faixa dos 5%.
Ainda relacionados aos números do terceiro trimestre de 2011, os produtos que tiveram crescimento destacado no período foram o milho (14,1%), a laranja (11,6%) e o fumo (4,7%), no setor de agropecuária. Nos Serviços, a maior expansão foi no comércio (4,4%), intermediação financeira (3,4%) e administração pública e aluguéis (2,7%). Na indústria, o fumo atingiu o primeiro lugar, com 17,4%, seguido de máquinas e equipamentos (9,4%) e produtos de metal (5,1%).

Neugebauer pode ir para Goiás

Embora tenha ganho terreno em Guaíba e incentivos fiscais do Estado para implantar uma nova fábrica de chocolate no valor de R$ 168,5 milhões, a Vonpar Alimentos, dona da marca Neugebauer, está sendo assediada e pode optar por investir em Goiás, impelida por vantagens “bastante competitivas” oferecidas pelo governo goiano, em mais um capítulo da guerra fiscal entre os estados brasileiros.
Oficialmente, a Vonpar mantém o projeto de iniciar em junho as obras em Guaíba, mas na prática persistem antigas pendências ambientais na área terraplanada em 1998/99 para a indústria de carros da Ford, afinal não concretizada.
Em Goiás, além de benesses fiscais e facilidades ambientais, a Vonpar desfrutaria de vantagens logísticas para disputar o mercado do Centro-Oeste e do Nordeste, dominadopela Nestlé-Garoto.
Falta avaliar o quanto pesaria para a imagem da Neugebauer o fechamento da fábrica de Porto Alegre, inaugurada há 110 anos.