Livro aborda a vida emocional dos bebês

A Editora Centauro, especializada em livros didáticos e para-didáticos, faz uma reviravolta em sua história ao lançar na Bienal do Livro de São Paulo o livro “Bebês de Mamães Mais que Perfeitas”, um ensaio de 192 páginas em que a jornalista e educadora somática Cláudia Rodrigues focaliza um aspecto praticamente esquecido da puericultura — a vida emocional e psíquica dos bebês de zero a dois anos.
A Editora Centauro, especializada em livros didáticos e para-didáticos, faz uma reviravolta em sua história ao lançar na Bienal do Livro de São Paulo o livro “Bebês de Mamães Mais que Perfeitas”, um ensaio de 192 páginas em que a jornalista e educadora somática Cláudia Rodrigues focaliza um aspecto praticamente esquecido da puericultura — a vida emocional e psíquica dos bebês de zero a dois anos.
O livro, vendido a R$ 20, é o piloto de uma coleção em que a autora dá voz aos pequenos, passando informações científicas numa linguagem coloquial e bem-humorada. Defensora da humanização do nascimento e do tratamento dos bebês e da criança, Cláudia acredita que nenhuma reforma na educação e na saúde será eficaz se não houver uma união sólida entre a antropologia e a psicologia.
Ao filhote humano, do ponto de vista do seu desenvolvimento, pouco importa se nasceu na África, Oceania, Américas, Ásia, Europa ou Oriente Médio. Para a plena evolução mental e física do bebê o importante é que suas necessidades antropológicas sejam observadas, respeitadas e atendidas pelos adultos que cuidam dele.
A sociedade contemporânea com seu estilo de vida apressado criou uma série de objetos e brinquedos para distrair o bebê, confortá-lo, aquietá-lo e até estimulá-lo; em contrapartida vem esquivando-se de atender algumas demandas fundamentais para o desenvolvimento somático e emocional dos filhotes humanos.
Com uma linguagem muito acessível, em que o bebê aparece como sujeito de seu próprio processo, “Bebês de Mamães Mais Que Perfeitas” propõe uma reflexão sobre os novos comportamentos sociais e as necessidades atávicas dos pequenos. Mais do que isso, sugere soluções para um acordo entre a vida
apressada dos adultos e a dos bebês em seus estágios primários de desenvolvimento.
Jornalista desde 1986, Cláudia Rodrigues nasceu em 1964 em Alegrete, RS, foi repórter do Guia Rural, do jornal O Dia, da Rádio Eldorado AM em São Paulo; editora de A Gazeta de Vitória, ES; colunista da revista Meu Nenê, de São Paulo, e do Diário da Região, de São José do Rio Preto, SP; formou-se em terapias corporais em 1996 pelo Instituto Ágora e em educação somática pelo Centro de Educação Somática Existencial em 1998. É mãe de três filhos.