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Tag: Fórum da educação

Fórum da educação aborda crise capitalista

O Salão de Eventos da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul recebeu nesta terça-feira, 24, mais de 300 pessoas para a abertura do Fórum Mundial de Educação (FME).
Sérgio Haddad, do movimento Ação Educativa (Brasil), abriu a primeira mesa de debates, cujo eixo central tratou da crise capitalista, suas causas, impactos e consequências para o mundo da educação. Haddad contextualizou a evolução histórica do sistema capitalista e destacou a importância de analisar com calma a crise e como os movimentos sociais que estão em constante organização tem ocupado papel importante no processo de identificação de soluções potenciais. Ele disse, ainda, que essa crise converge num momento muito particular e que seus reflexos ainda não chegaram aos países emergentes como o Brasil.
Entretanto, alguns sinais da crise já podem ser observados nesse cenário, como a onda de imigração de haitianos para o Brasil que está se formando devido à intensa redução da qualidade de vida naquele país. “Sem serviços públicos adequados a distância de cada país é maior a cada ano e as diferenças entre os indivíduos também aumentam. A mídia internacional tem mostrado o aumento do número de pobres e de milionários, o que cria um espaço muito grande entre esses dois tipos de indivíduos”.
Haddad criticou ainda o quanto o modelo capitalista tem criado uma crise de natureza conceitual onde o valor das pessoas se dá pelo consumo e sua relação com o mercado, que por sua vez produz bens para satisfazer cada vez mais essa falsa necessidade. “O valor está naquilo que indivíduo tem, aquilo que ele usa, quanto ele tem no banco e não no que ele realmente é. Esse modelo está criando uma crise civilizatória”, completa.
Haddad chamou a atenção também que o sistema capitalista é insustentável em relação à questão ambiental, social e econômica por se pautar na separação dos povos entre os países e entre indivíduos do mesmo país. Sobre o modelo de “esverdear” a economia, Haddad colocou que há um grande avanço no movimento que é válido, mas que a profundidade da crise exige que se pense em outro modelo com outros valores alternativos. “Ações individuais são importantes, mas as grandes corporações devem assumir suas responsabilidades socioambientais. Não podemos nos satisfazer apenas com uma roupagem ambiental”.
Nélida Cespedes (CEAAL, Peru), iniciou sua participação focando na preocupação que os educadores devem ter para não formarem apenas consumidores. Ela reforçou a ideia de que a crise civilizatória se expressa em todos os aspectos da vida, em todo o planeta e consequentemente será também percebida na educação. Nélida compartilhou experiências com o público e questionou “Que articulações estamos fazendo ou propondo no âmbito local ou nacional em termos de justiça, democracia e justiça ambiental?”.
Finalizando a primeira mesa de debates a educadora das Filipinas Gigi Francisco, destacou que o modelo capitalista de educação que é baseado em acúmulo financeiro e contratos sociais voltados para o consumo está se quebrando em diversos lugares do mundo. “Outro modelo de educação que valorize mais cursos com questões mais humanas seria uma forma mais produtiva de formação”, ressaltou Gigi Francisco.
Além dos representantes de movimentos ligados à educação de diversos estados brasileiros, participaram também educadores de Portugal, Peru, Chile, Bélgica, Espanha, Itália, África, Haiti, Uruguai, Bolívia e Argentina. Sob a coordenação de Leslie Campaner de Toledo a primeira atividade do FME contou com a participação de educadores ligados a atividades alternativas de educação.
O FME segue nesta quarta-feira, 25, com a mesa “Justiça ambiental: práticas educativas para a construção de um outro mundo possível”.

na mesa (da esquerda para a direita), Leslie de Toledo, Sergio Haddad, Nelida Cespedes, Gigi Francisco. Em pé, Sílvia Padilha, integrante do movimento estudantil chileno.

Autor Elmar BonesPublicado em 24 de janeiro de 2012Categorias X.Categorias velhasTags Fórum da educação, Forum Social TemáticoDeixe um comentário em Fórum da educação aborda crise capitalista

Dilma vem, mas vai ter que ouvir

Coletiva de imprensa confirmou Dilma no FST e divulgou programação do evento. Foto: Ivan Trindade/FST2012

Está confirmada a participação da presidente Dilma Rousseff no Fórum Social Temático (FST), que acontece entre os dias 24 e 29 de janeiro nas cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. Ela será a estrela do painel “Diálogos da Sociedade Civil com os Governos”, no dia 26 de janeiro, às 19 horas, no Gigantinho. A presidente vai dividir o palco com seu colega uruguaio José Pepe Mujica – que volta a Porto Alegre dois meses depois de ter sido recebido pelo governador Tarso Genro.

O nome do debate no qual os mandatários latino-americanos vão estar não é decorativo. Nele será aberta uma janela para que as organizações possam apresentar ideias e proposições sobre os rumos de cada um dos países e do bloco regional como um todo.

“Estamos discutindo uma metodologia de trabalho para permitir essas intervenções. Mais do que saber o que os países pensam em fazer queremos que o Estado ouça os movimentos sociais”, pontua o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS), Celso Woyciechowski, que pertence ao Comitê Organizador do evento.

Escutar as demandas das organizações vai ser um desafio para Dilma Rousseff. A presidente vem sendo atacada por movimentos ecologistas por estar a frente de um governo cujas políticas de desenvolvimento – assim como as costuras partidárias necessárias no governo de coalizão – muitas vezes atropelam o cuidado com o meio ambiente.

A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e a recente aprovação do novo Código Florestal certamente serão alvo de questionamentos. “A presença das presidente representa a possibilidade que teremos de apresentar nossas críticas ao modelo de desenvolvimento do Brasil e da maior parte do mundo, que não é sustentável. E Belo Monte está no centro dessa discussão”, alfineta Woyciechowski.

Outro elemento indicativo de que a presidente deve estar preparada para ser questionada é o fato de que o Fórum Social Temático é um evento preparatório para a Cúpula dos Povos da Rio+20, a conferência que vai refletir sobre as duas décadas que se passaram desde a Eco92.

Apesar de o lema deste ano ser mais amplo – Crise capitalista, justiça social e ambiental – o FST vai ser dominado por atividades relacionadas à preservação da natureza. Mesmo debates que abordem os demais assuntos anunciados no subtítulo do evento serão abordados sob a ótica ecologista.

Um exemplo será o Fórum Mundial da Educação, um encontro paralelo que também está ligado ao Fórum Social Mundial. Ainda que a discussão se centre, naturalmente, no sistema educacional e suas problemáticas, ela será atravessada pelo tema meio ambiente.

“Sabemos que educação e meio ambiente estão fortemente relacionados. Nosso desafio vai ser justamente mostrar esse vínculo, como os problemas na natureza afetam a educação e como podemos trabalhar diante dessa realidade”, analisa o coordenador do evento, Albert Sansano Estradera.

Também fazem parte da programação atividades do Fórum Mundial de Saúde e do Fórum de Mídia Livre.

Cidades, habitação e água como subtemas

Outro exemplo de que todas as discussões serão permeadas pela temática da Rio+20 é a forma como as atividades nas cidades da Região Metropolitana foram organizadas. Ainda que tratem de questões diversas, elas estão intimamente ligadas à ecologia.

Em Canoas, os seminários vão abordar a questão das Cidades; São Leopoldo concentrará as abordagens sobre Habitação e Novo Hamburgo sediará as reflexões sobre Água.

Assembleia dos movimentos sociais, que será realizada no dia 28, às 13h, no mezanino da Usina do Gasômetro, vai definir os encaminhamentos para a Rio+20. “Queremos entregar um documento com propostas concretas de acordos para este outro evento”, ponderou outro organizador do FST, Mauri Cruz.

Novos líderes terão espaço próprio

Além dos chefes do Executivo brasileiro e uruguaio, o Fórum Social Temático vai receber participantes tradicionais do evento – mais de 400 conferencistas estão sendo esperados.

“Teremos aqueles convidados históricos como Leonardo Boff, Boaventura de Souza Santos, Ignacio Ramonet e Frei Betto”, anunciou o membro do Comitê Organizador, Mauri Cruz.

São ativistas que deverão atrair um público estimado entre 20 e 50 mil pessoas. O destaque, entretanto, para Cruz, serão os encontros diários com as “novas lideranças políticas mundiais”, como ele se refere.

Trata-se dos protagonistas dos movimentos contemporâneos que mais tem questionado o modelo econômico e político mundial vigente. São membros do Ocuppy Wall Street, que condena a concentração de riquezas e de poder nas mãos dos integrantes do sistema financeiro, dos Indignados, cuja mobilização pede uma renovação nas ideias e propostas dos governos europeus, e integrantes das revoluções que deram origem à chamada Primavera Árabe, a sequência de manifestações populares que derrubou ditaduras longevas em países como Egito e Líbia e que mantêm a população vigilante em outras nações do norte da África e do oriente Médio.

“Será uma troca muito rica entre os jovens de hoje e os que protagonizaram a ECO92, que já estão mais velhos”, aponta Cruz.

As conferências dos novos líderes mundiais acontecerão diariamente das 12h às 14h no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, no final da tarde, na Casa de Cultura Mario Quintana.

A programação completa do Fórum Social Temático pode ser acessada aqui: http://www.fstematico2012.org.br/imagens/programacao.pdf
Por Naira Hofmeister

Autor Elmar BonesPublicado em 18 de janeiro de 2012Categorias X.Categorias velhasTags Debates sociais, Dilma Roussef, Fórum da educação, Fórum de Mídia Livre, forum social mundial, Forum Social Temático, FST 2012Deixe um comentário em Dilma vem, mas vai ter que ouvir

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