Define-se o estilo Sartori de governar

A reação de José Ivo Sartori, o governador eleito no Rio Grande do Sul, às especulações sobre seus futuros secretários, dá uma pista de seu estilo de governar.
Já na campanha, quando foi lembrado que seu vice, Cairoli, é critico do salário mínimo regional, ele foi taxativo: “Quem vai governar sou eu”.
Agora, mal  surgiram as primeiras especulações, ele reuniu os assessores e foi claro: não quer ninguém de sua equipe falando em nomes. E avisou à imprensa: “Até 15 de dezembro não vai ter nenhum nome e  ninguém está autorizado a anunciar nada”.
Nesse período ele vai consultar seus botões.
Mandou também um recado aos que fazem lobby: “O nome especulado é muitas vezes prejudicado”.
Os nomes no entanto já circulam nos jornais: muitos deles integrantes da coordenação de campanha, como João Carlos Brum Torres, Ibsen Pinheiro, José Fogaça e Luis Roberto Ponte, Germano Rigotto, Giovani Feltes, da nova geração, eleito deputado federal.  São citados, como os homens mais próximos de Sartori, Carlos Búrigo, braço direito na campanha, e Edson Néspolo, chefe de gabinete do governador eleito por oito anos em Caxias.
Quando prefeito, Sartori valorizou técnicos sem vínculo partidário, chegou a ter nove deles entre os vinte secretários municipais.
Em todo caso, ele não poderá fugir de reservar um espaço para  contemplar a composição política que o elegeu e que envolve: PDT, PTB, PSB, PSD, PPS, PP, PSDB, PRB e Solidariedade…
Fora os compromissos internos: por exemplo, é quase certo que chamará um deputado federal, para que José Fogaça, que ficou na suplência, possa assumir o mandato em Brasília. (EB)