As PPPs (parcerias público-privadas) propostas pelo governo gaúcho para dinamizar o Parque Assis Brasil, palco da Expointer, em Esteio, devem ficar em banho-maria até o desfecho das eleições de 5 de outubro ou, quem sabe, até que tome posse o novo governo, em janeiro.
Nitidamente, os protagonistas das mudanças estão pisando em ovos.
Os dois contratos de longo prazo (25 anos) assinados este ano entre o Parque e seus dois principais usuários – a Associação dos Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e o Sindicato da Industria de Máquinas (Simers) — foram passos importantes no sentido de um novo modelo operacional. Mas só redundarão em obras a partir de 2015, pois dependem de investimentos em infraestrutura do governo estadual.
Por baixo das mudanças já iniciadas pelo subsecretário Adeli Sell, diretor do parque, há uma polarização política mal disfarçada pelo PT e seus adversários, especialmente o PP, cuja candidata Ana Amélia Lemos lidera as pesquisas de intenção de voto para o Palácio Piratini.
Se o governador for reeleito, é provável que as PPPs decolem definitivamente e, em 2018, o Parque Assis Brasil já tenha se tornado o Parcão de Esteio, com funcionamento o tempo todo e não apenas na época da Expointer. Se vingar outro nome na disputa, a troteada pode mudar de ritmo. E de rumo. (Geraldo Hasse)