Mistério envolve morte de jovens em Imbé

A Polícia de Imbé investiga as causas das mortes de duas jovens em menos de 48 horas encontradas enforcadas em suas casas e a existência de um possível pacto de morte entre elas e outras duas jovens.
As investigações levam a crer que a adolescente de 16 anos e a mulher de 24 anos cometeram suicídio como parte de um ritual. Os nomes não foram revelados.

Polícia reforça e centraliza área de comunicação

O novo Chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira, convidou para um café da manhã os jornalistas que trabalham na cobertura policial. O objetivo era apresentar a nova estrutura de comunicação não só da Policia Civil, mas de toda a área de segurança.
A delegada Vanessa Correa, nova diretora da Divisão de Comunicação Social da Polícia Civil disse que a orientação é de “abrir a casa” e que uma grande reforma na área de comunicação está em andamento com esse objetivo.
As mudanças seguem dois eixos:
De um lado, a centralização do atendimento aos jornalistas na assessoria de comunicação, que se prepara para melhor atender as demandas da imprensa. A intenção nesse caso, segundo a diretora, é “centralizar para dinamizar” o fornecimento de informações aos jornalistas.
De outro lado, criação de canais próprios para difusão de informações – desde um novo site até a utilização de novas ferramentas, como twitter, redes sociais e blog.
O diretor de Comunicação Social da Secretaria de Segurança, Antonio Cândido, reforçou as palavras da delegada, afirmando que essa orientação seguida na polícia e em toda a área de segurança está afinada com estratégia de todo o governo para a área de comunicação.
O anfitrião, delegado Ranolfo Vieira Jr. fez questão de esclarecer que a centralização do fluxo de informações na assessoria de comunicação não significava querer limitar o trabalho dos jornalistas, mas de facilitar a busca de informações mais completas.
O Chefe de Polícia explicou também que haverá uma uniformização da imagem da Polícia Civil. “Vao desaparecer esses simbolos diversos, como o tigrão do Deic, a águia do Denarc, o escorpião do GOE. Inclusive os uniformes dos policiais, que hoje são vários, serão padronizados.
Por fim, salientou que as mudanças são amplas, mas não significa que “vamos fazer terra arrasada”. “Nós não achamos que está tudo errado, achamos apenas que é preciso mudar algumas coisas”. Deu como exemplo, o caso das delegacias móveis, um projeto de 2007, de gestão do delegado Pedro Rodrigues, que está se concretizando agora.

Taxa de homicídios no RS é o dobro de São Paulo

O chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira, informou que o projeto para criação do Departamento de Homicídios está em fase final.
Ele acredita que no início de fevereiro já poderá levar ao Secretário de Segurança, para que seja transformado num projeto de lei que o governo Estadual deverá encaminhar à Assembléia Legislativa.
A sinalização do executivo é favorável ao projeto, segundo o delegado. Mas uma decisão vai depender de uma análise das implicações em termos de recursos e de infraestrutura.
Segundo o delegado, a criação de uma estrutura própria para cuidar dos crimes contra a vida se justifica com uma pergunta: “Homicídio é ou não é importante?”. A impunidade é um dos fatores que faz crescer esse tipo de crime.
“Hoje o perfil mudou. Antes eram crimes passionais, briga de vizinhos, desentendimento no bar. Agora são dez, quinze balas, é guerra de quadrilha”, diz o delegado.
Pelo projeto, serão 12 novas delegacias, duas em Porto Alegre, as demais nas cidades com maior número de crimes, Caxias do Sul em primeiro lugar.
Nessas cidades, onde as delegacias atendem a todo o tipo de ocorrência- desde briga de vizinho, até assalto a mão armada – muitas vezes os homicídios não são investigados pelo acúmulo de serviço, segundo o chefe de Polícia.
“Em Caxias do Sul, por exemplo: são 25 policiais para atacar um volume de 137 inquéritos em andamento. É humanamente impossível dar conta dessa demanda”
No Rio Grande do Sul o índice de homicídios é o dobro de São Paulo, onde a criação de um serviço especializado em homicídios vem contribuindo para reduzir essa taxa ano a ano.
Em 2010, o índice de São Paulo foi de 11 homicídios para cada 100 mil habitantes. No Rio Grande do Sul a média está acima de 20 homicídios por 100 mil habitantes. São 26 na capital e 21 homicídios por mil habitantes no interior do Estado.

O que muda com o novo Chefe de Policia

Está prevista para a próxima terça-feira, 3 de fevereiro, a posse do novo chefe da Polícia Civil do RS, delegado João Paulo Martins e a do seu subchefe, delegado Álvaro Steigleder Chaves. Esta mudança não se caracteriza como uma simples dança de cargos entre delegados. E será possível verificar isso desde as primeiras semanas dessa nova administração.
Ocorre que João Paulo não é só o delegado desenhado como o mais elegante, física e intelectualmente, entre os seus colegas de 4ª classe. Ele conhece a operacionalidade da corporação e é considerado hábil no campo do relacionamento político.
Steigleder, além da facilidade de diálogo, tem a obsessão da operacionalidade. Ele não deverá ser um sub-chefe cumpridor, em seu gabinete, da hora/bunda. Nesta moldura, aparece o novo diretor do DPM (Departamento de Polícia Metropolitana), delegado Gerson Mello, também um policial operacional, que sucederá o delegado Cleber Ferreira, que, neste campo, realizou um trabalho da melhor qualidade. No Deic, o delegado Ranolfo Vieira Júnior se ajusta perfeitamente com o traçado da nova cúpula da Polícia Civil, pois nos seus verdes primeiros dez anos de corporação tem demonstrado uma visão positiva e singular do que a sociedade exige de seus profissionais de polícia. Sigam-me.
Questionamentos
Uma cúpula, antiga ou nova, não funciona por si só. Espera-se que os delegados com vocação operacional sejam colocados em postos de liderança em que possam dar resposta ao clamor público por uma sensação segurança que esteja além da apreensão de máquinas caça-níqueis.
Steigleder, sob cujos ombros estará a responsabilidade de montar equipes, compete, a partir do dia de sua posse desencadear esta tarefa. E, se assim não o fizer, serão inevitáveis os primeiros questionamentos. Além disso, independente da análise que este humilde marquês faz da nova cúpula da Polícia Civil, é preciso registrar que o nome de João Paulo foi o escolhido, mas não se trata de uma unanimidade.
Barbárie
Dois homens encapuzados violentaram uma mulher e esfaquearam o marido e o filho dela, em Triunfo. Os bandidos invadiram a fazenda da família na BR 386 e queriam dinheiro da aposentadoria do homem de 76 anos. Os assaltantes fugiram com 25 reais e um aparelho de DVD.
Bárbaro
Dois homens, na noite de quinta-feira, assaltaram a casa noturna Dublin, na rua Padre Chagas, no sofisticado bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Na fuga, um segurança reagiu e os bandidos atiraram, dando um susto bárbaro nas pessoas que freqüentavam outros bares área.
Jornalismo
O III Prêmio Asdep de Jornalismo receberá inscrições até o dia 15 de fevereiro. Podem ser inscritas matérias publicadas no ano de 2008 em jornal, rádio e televisão e trabalhos fotográficos. Para participar, basta preencher o formulário que poderá ser impresso através do site da ASDEP/RS – www.asdep.com.br e enviá-lo por correspondência, juntamente com duas cópias de cada trabalho, para o endereço indicado no site. A inscrição é gratuita. Podem participar jornalistas e radialistas com registro profissional da categoria de todo o RS. O regulamento completo também está no site da Asdep.
Wander.cs@terra.com.br

Policiais vão à Justiça contra dívida no holerite

O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS – UGEIRM assinou hoje um contrato com o escritório Garrastazu Advogados de Porto Alegre. A proposta da parceria é controlar as situações de “superendividamento” da classe.
Pressionados pelo aviltamento de seus salários ao longo dos anos, um significativo percentual dos agentes da polícia civil se obrigou a buscar empréstimos com descontos em folha. “Em alguns casos houve comprometimento de mais de 90% do salário”, informa o advogado Artur Garrastazu.
Segundo o advogado, “o princípio constitucional da dignidade do ser humano impõe que se estabeleça um limite razoável para o total de descontos salariais”.
Garrastazu defende que este limite seja de no máximo 30% dos vencimentos brutos para o atendimento dos descontos facultativos. “O trabalhador tem direito de ter 70% de sua renda para o pagamento dos descontos obrigatórios, como impostos e previdência e para a sobrevivência de sua família”, esclarece.
De acordo com o UGEIRM, estima-se que cerca de 60% dos policiais civis apresentem um comprometimento de mais da metade de seus vencimentos com empréstimos consignados.
O advogado explica que na maioria dos casos é necessária a interferência do Judiciário para alongar o perfil da dívida, garantindo assim que o banco receba o valor que emprestou ao cidadão.
“O que buscamos é um equilíbrio entre o direito do banco em receber o que emprestou e a necessidade do homem a uma sobrevivência digna”, informa Garrastazu. A proposta do escritório é evitar que o policial enfrente uma situação de aguda miséria em função da exagerada drenagem de seus salários em prol dos juros cobrados pelos bancos.